ANÁLISE & POLÍTICA
“Informação com Liberdade de
Expressão”
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
Pauta da
8ª Turma do TRF4 ameaça o futuro de Lula
O Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF-4) recebeu, no dia 23 de agosto , o recurso contra a sentença do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi condenado pelo juiz federal de
primeira instância, Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão por
corrupção ativa e lavagem de dinheiro, no episódio envolvendo a compra de um
tríplex no Guarujá (SP).
O recurso será analisado pelo
colegiado de desembargadores da 8ª Turma do TRF-4. O relator é o desembargador João
Pedro Gebran Neto, responsável pelos processos da Lava Jato no segundo grau.
Prazo...
No processo ainda tem o prazo
para que a defesa de Lula e o Ministério Público se manifestem e o relator
analisará as provas, ouvirá os advogados. Após o voto do relator ser elaborado
e revisado, o processo vai para uma sessão de julgamento na 8ª Turma,
formada pelos desembargadores: Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus.
Pesquisa mostra a desaprovação da sociedade ao líderes do PSDB
Pesquisa realizada
pelo Instituto Ipsos e divulgada no dia 26 de agosto pelo jornal Estadão mostra
que a taxa de desaprovação da população brasileira em relação a caciques do
PSDB como Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin e FHC é maior que a rejeição
Temer, Cunha e Aécio
O levantamento indica que o líder de desaprovação dos brasileiros é o
presidente Michel Temer, rejeitado por 93% da população. O segundo lugar do
ranking é compartilhado por Aécio Neves e o ex-deputado Eduardo Cunha
(PMDB), ambos com 91% de desaprovação.
Segundo colocado na eleição presidencial de 2014, o
ex-mandatário nacional do PSDB teve sua imagem duramente atingida
pelas denúncias surgidas a partir do acordo de delação premiada do
empresário Joesley Batista, em maio deste ano – assim como Temer.
Lula integra a lista
Condenado a 9 anos e 6 meses de prisão na Lava Jato, o ex-presidente
Lula é desaprovado por 66% dos brasileiros, ficando atrás dos tucanos José
Serra (82%), FHC (79%) e Alckmin (73%).
10 nomes lideram a lista ao lado de
Dilma, Renan e Rodrigo Maia
Também figuram no ranking dos dez nomes com maior taxa de desaprovação o
senador Renan Calheiros (rejeitado por 84% da população), a ex-presidente Dilma
Rousseff (79%) e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (72%).
Doria e Jereissati
Os únicos tucanos da relação que registraram baixos índices de
desaprovação foram o prefeito de São Paulo, João Doria, que teve 52% de
rejeição; e o atual presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (55%
de desaprovação). Apesar de apenas três pontos percentuais separarem os dois no
ranking, o prefeito da capital paulista tem a aprovação de 19% dos
brasileiros, segundo a pesquisa, enquanto Jereissati tem apoio de apenas 4%.
Rejeição chega ao STF e até à PGR
A pesquisa Ipsos mostrou também que, para além dos políticos, a
insatisfação da população brasileira alcançou também integrantes do Poder
Judiciário e do Ministério Público. O nome com maior taxa de
desaprovação é o do ministro do Supremo Tribuanal Federal (STF) Gilmar
Mendes. Responsável por conceder liberdade a presos da Operação Lava
Jato e por dar o voto de minerva que absolveu a chapa Dilma-Temer em
julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar aparece no levantamento
com 67% de desaprovação – quase o mesmo índice de Lula.
Janot
Já o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, figura como
segundo nome com maior rejeição, com 52% de desaprovação. O juiz federal Sérgio
Moro, responsável pelos julgamentos de ações penais da Lava Jato na primeira
instância, é o nome com menor taxa de rejeição dessa pesquisa, sendo
desaprovado por 37% dos brasileiros.
Temer, Gilmar Mendes, Carmen Lúcia, Fachin, Janot e
Dallagnol
Na lista de avaliados pelo
Ipsos estão três dos 11 atuais integrantes do Supremo: Cármen Lúcia, a
presidente; Edson Fachin, relator dos casos relacionados à Lava Jato; e Gilmar
Mendes, principal interlocutor do presidente Michel Temer no Tribunal. Os três
enfrentam deterioração da imagem.
Além de Moro e Fachin, há na
lista outros dois nomes relacionados à Lava Jato: o do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, e o do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da
força-tarefa da operação em Curitiba. No STF, a pior situação é a de Gilmar: no
último mês, sua taxa de desaprovação subiu de 58% para 67%. Desde abril, o
aumento foi ainda maior: 24 pontos porcentuais
O senão
da candidatura de Lula a presidência ...
No caso de condenação do
ex-presidente Lula da Silva, pela segunda instância a possibilidade de se
lançar candidato para as próximas eleições presidenciais, naufraga. Para não
ter seu registro negado, ele não pode ser julgado pelo TRF4 antes da eleição –
ou seja: em agosto de 2018. Em suma: Se
ele for julgado pelo tribunal federal após o prazo para registro de
candidaturas, que é o dia 15 de agosto do ano que vem, e tiver se cadastrado
como candidato a algum dos cargos eletivos no pleito de 2018, seu registro pode
ser cassado.
Decorrido o prazo fatal para
julgar o recurso de Lula, o TRF4 ele concorrer às eleições de 2018. Se vencer,
for diplomado e, só depois disso, o tribunal condená-lo, a situação muda
totalmente. Isso porque não haveria respaldo legal para que o petista não
ocupasse o cargo. Nesse caso, a Constituição Federal prevê a suspensão do
processo e, com tal medida, o petista seria o presidente do Brasil e assumiria
o cargo normalmente em 2019.
UFRB diz que diploma
“honoris causa” concedido a Lula, exibido nas redes é falso
Em nota
distribuída nas redes sociais, a universidade nega ter emitido o diploma doutor
honoris causa, já que não consta a
assinatura do reitor. A homenagem feita pela UFRB (Universidade Federal do Recôncavo
da Bahia) gerou piadas nas redes sociais. Quando o diploma foi postado, o
texto do diploma, chamou atenção pelos erros de português. A imagem foi
divulgada pelo amigo de Lula, o sociólogo Emir Sader, nas redes sociais.
Erros...
O
primeiro erro é a separação do sujeito, verbo e predicado: “A Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia, concede ao maior presidente da República
Federativa do Brasil, senhor Luiz Inácio Lula da Silva, o torneiro mecânico, o
título de doutor honoris causa”.
Depois aparece com erro na palavra “discente”: Assinam o documento os
“dicentes da UFRB”. Neste caso, há duas explicações possíveis: a primeira é que
a palavra se refira aos estudantes (discentes). A segunda, menos provável, é
que a menção seja aos professores (docentes).
Os super salários chegam dos “barnabés”
do STF
Neste ano, nove
técnicos e analistas judiciários lotados no Supremo Tribunal Federal (STF) foram
remunerados com valores entre R$ 37,8 mil e R$ 226,8 mil líquido. A matéria
divulgada pelo jornal “O Globo”, explica a manobra. Para justificar os salários
bem acima do teto os barnabés do judiciário, utilizaram a rubrica: “conversão de licença-prêmio em pecuniária”,
que transforma em dinheiro o direito e descanso remunerado, premiação prevista
após certo tempo de serviço.
CNJ atua de forma desconcertada
Outra fórmula
utilizada é indenização por férias não aproveitadas e decisões judiciais que
determinam pagamentos retroativos. Porém, é preciso ressaltar que no mesmo
momento que os pagamentos extras estão sendo feitos, o Conselho Nacional de
Justiça cobra a reavaliação de valores pagos no Judiciário. O “privilégio”,
como foi mencionado pela própria ministra Cármen Lúcia, presidente do CNJ e do
Supremo, ‘deve acabar’, conforme foi admitido por ela, completando ainda que é
necessário transformar o Brasil “numa República verdadeira, não apenas de
papel”.
Lewandowski, sempre ele
As ações que
permitiram que os pagamentos acima do teto se enquadrassem dentro da legalidade
vêm de decisões do próprio tribunal: a sugestão do ministro Dias Toffoli que,
depois de acatada, se transformou na ata da sessão administrativa de 21 de
setembro de 2011. Em 2015, a resolução 555, sob presidência do ministro Ricardo
Lewandowski, tratou a indenização por férias não usufruídas. Essas decisões
estabeleceram jurisprudência e frequentemente são usadas em pedidos de outros
funcionários públicos do Judiciário e do Ministério Público, que recorrem a
tribunais para tentar pedir as mesmas condições do STF.
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