Titular: Helio Fernandes

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Cresce o movimento a favor do impeachment.

HELIO FERNANDES

Continuo acreditando que o impeachment morrerá na Câmara. Não obterão os 342 votos, indispensáveis para que o processo vá para o Senado. Onde acontecerá o verdadeiro julgamento. (Na Câmara também é um julgamento. Com menos de 342 votos, o processo é arquivado. Como aconteceu com Vargas em 1953). Mas no recesso, Dilma perdeu apoio. E surpreendentemente dentro do PT e com o próprio Lula.

Falastrona na hora errada, a presidente deixou entrever que pode sair do PT. Não precisa de legenda, sua carreira acabou ha muito tempo, mesmo que consiga se arrastar até 20l8. Com isso, o PT votaria contra ela, sem nenhum sentimento de culpa ou de traição. Esta palavra é muito utilizada por Lula , sempre que vai depor por 5 horas ou mais numa delegacia policial. O que Lula tem dito de palavrão, logicamente impublicável.

O encontro dele com Dona Dilma, anteontem, no Alvorada, hostilidade do inicio ao fim. Quando ela disse que era jantar, ele respondeu sem a menor amabilidade: “Não quero jantar, quero ir embora assim que achar que a conversa acabou”, Dona Dilma concordou, lógico, falou: "Assim que o Nelson Barbosa chegar, começamos a conversar na outra sala". 

Lula usou o mesmo tom indelicado, decretou: "Não tenho nada a conversar com o teu Ministro da Fazenda". Fez o gesto de se levantar, "vou embora". Dilma chamou um coadjuvante, deu ordem para esperar o Ministro, dizer que não haverá mais o encontro".

Duas horas inúteis. 

Hostilidade pura, não só contra Dilma. Lula atirou também em Jaques Wagner, considerado amigo de confiança. Criticou o Chefe da Casa Civil pela sua afirmação publica e realmente contraditória: “O PT se lambuzou no poder". Não houve resposta, Wagner fingiu que não ouviu. Não houve conversa e sim troca de palavras vazias, a não ser quando Lula gritou, você precisa apresentar um plano de governo, pelo menos
para mostrar que ainda existe.

Não vamos tirar coelho da cartola.

Como se fosse um mágico de circo, Wagner respondeu a Lula 24 horas depois. O ex-presidente pediu um "plano de governo", Wagner declarou, "vamos continuar com o mesmo roteiro". Lula estava no Instituto, viu na televisão, ligou para Dilma, não adiantou nada. Mas o dia não terminara, para o ex-presidente. Wagner arquitetou uma jogada que julgou genial: um encontro com Temer para conversar sobre o PMDB. Temer não queria outra coisa, apenas uma exigência: teria que ser no gabinete do vice, no Planalto. Wagner não entendeu mas aceitou.

Conversaram sobre a questão da liderança do PMDB, o vice trabalha contra a manutenção de Picciani, indicado por Dilma. Não chegaram a acordo, mas marcaram um encontro Dilma-Temer na quinta, ontem. Nasceu um neto da presidente, ela teve que desmarcar. Mas antes de viajar para o sul, tomou café da manhã com jornalistas.  E surpreendentemente, disse coisas. 

Perguntaram qual foi seu maior erro, respondeu rapidamente: não ter percebido em 2014, "que a economia havia desacelerado" Disse outras coisas que ninguém esperava, lancinante e degradante, mas podia ter "localizado" tudo em 2011, logo depois da primeira posse. Dilma, nesses 5 anos, não teve um momento de lucidez.

Ia esquecendo. Alguém perguntou como estava o relacionamento dela com Temer, a resposta veio fulminante: “Ótimo”. Insensata, estranha, extravagante. O vice conspira a ti aberto e ela acha timo. 

A China comunista e a China capitalista.

Em 1945, Mao-Tse-Tung começou "A Grande Marcha". Sucesso completo. Em 1980 a China era a espantosa preocupação. Todos os maiores países acumulavam o mesmo receio: a China tinha tudo para ser a grande potencia comunista que a União Soviética não foi.  Isso se confirmou nos primeiros anos, mas logo se desvaneceu.

A partir digamos de 1990, surgiu a China capitalista, hoje a segunda potencia do mundo. A China desvaloriza sua moeda, o mundo capitalista treme, até Wall Street sente os efeitos. No penúltimo dia de 2015, a Bolsa de Pequim sofreu queda de 7 por cento, no dia seguinte (por causa do fuso horário) todas as Bolsas foram derrubadas. Ontem, nova queda que chegou quase a 10 por cento, pregão interrompido, repercussão em todo lugar, negativa.

Ontem, pânico maior por causa do efeito Coreia do Norte. O país mais isolado do mundo anunciou, "fizemos teste com uma bomba de hidrogênio". Embora até agora essa Bomba H não tenha sido confirmada, não se fala noutra coisa. Por que a China é citada? È o único país do mundo com relacionamento com a Coreia. Ninguém sabe qual a reação da China. Pode condenar a Coreia ou protegê. Por causa dos interesses pessoais e da proximidade territorial. Temos que esperar. 

Voto aberto ou voto fechado.

 Essa é uma questão importante na votação do impeachment. Eduardo Cunha, sem consultar ninguém, para a formação Comissão dos 35 deputados que opinarão, inicialmente, utilizou o voto secreto. Houve recurso para o Supremo, que decidiu: "O voto tem que ser aberto”. Como isso ocorreu na véspera do recesso geral, cabe recurso, só será decidido a partir de 1 de fevereiro.

Curiosidade ou absurdo: quem apresentará esse recurso, será o audacioso e corrupto Eduardo Cunha. Ele diz que só entrará com recurso, depois de fevereiro.
O Procurador Geral da Republica pediu ao Supremo para "afastar" esse presidente da Câmara do cargo. Ele foi intimado, tem 10 dias para cumprir a decisão. Garante:só tomarei conhecimento do assunto depois do fim do recesso. E a respeito do pedido de esclarecimento, sobre o tipo de resposta do Supremo ao meu embargo.

O Ministro Gilmar Mendes votou pelo voto secreto. É um direito dele.  Agora em entrevista afirma: "O Supremo utiliza o voto secreto para eleger seus presidentes". O Supremo não elege ninguém. Eles são designados pelo rodízio. Se quisesse, eu poderia denominar os próximos seis presidentes. 

Petróleo.

No ultimo dia de 2015, um barril valia 35 dólares em Nova Iorque ou Londres. Apesar de este ser mais valorizado. Ontem, em Nova Iorque caiu para 33 dólares, o preço mais baixo em 19 meses. A Arábia Saudita, o maior produtor e exportador, está com dividas de 1 trilhão de dólares. A Rússia, o segundo maior produtor e o primeiro na produção de gás (abastece quase toda a Europa) está em situação desesperadora.

Não quero nem falar na Petrobras, que alem da roubalheira das empreiteiras, está perdendo pelo menos 13 dólares, por cada barril do pré-sal. Esperava ganhar 130 dólares por barril. Nessa queda do petróleo, está à explicação para a prefeitura do Rio emprestar dinheiro para o governo do estado.
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

 Charlie Hebdo: 1 ano do assassinato.

HELIO FERNANDES

Ninguém esqueceu. O presidente Hollande inaugurou uma placa, seria inesquecível mesmo sem ela. Os profissionais do semanário fizeram um numero especial. Tiragem elevada, circulação aumentada, esgotou logo, não revelaram os números. Pedem nova tiragem, até mesmo fora da França, estão tentando ou estudando.


Mas não escondem: nada é como antes, mudou tudo. Constrangimento diário. Trabalham em outro lugar, gente nova e diferente, alem dos mortos alguns desapareceram. Lamento principal: a segurança no trabalho, fora dele, em casa e fora dela. A repercussão cada vez maior. Ontem, logo que a edição foi para as bancas, o Vaticano já protestava por causa da capa. Mas o publico, de todos os lugares, cada vez "mais Charlie".


2016 começa em 1° de fevereiro. Chegará a 2018?

A afirmação, tremenda realidade. A interrogação um mistério insondável, impenetrável, indecifrável. O personagem principal das duas datas se chama Dilma Roussef. No dia 1° de fevereiro acaba o recesso global, continua o processo do impeachment. Impossível dizer quanto tempo levará até chegar ao fim. Facílimo dizer que ela será absolvida, continuará no cargo. (Com a única duvida do repórter, já afirmei: poderá ser atingida pela cassação da chapa).

Digamos que essa tragédia termine em junho, 5 anos e meio depois da primeira posse, 1 ano e meio depois da segunda. Dona Dilma recomeçará  então o que não deveria  ter começado em 2010 e continuado a partir  de 2015 .Nos dois primeiros anos , poucos perceberam a tragédia  Mas ela era mais do que visível. De tal maneira que Lula e o PT, assombrados, foram os primeiros a perceberem.

Tentaram imediatamente localizar seu mandato em 4 anos, não conseguiram. Ela usou toda a incompetência, imprudência, a volúpia do poder para desafiar os inimigos e confrontar os amigos. Conseguiu apenas tornar visível a impopularidade, que antes de terminado 2015 ,já a colocava como o primeiro ocupante do Planalto a ficar com mais de 85 por cento de rejeição.

Sem projeto, sem plano, sem compromisso, sem ideias, sem vontade, arrogante. Em silencio, era um pavor. Falando, e sem conhecimento, errou em tudo. Não ha comparação com ninguém. Em silencio, se omitia em tudo. Falando, a catástrofe que revoltava o país inteiro. Seu primeiro equivoco foi à nomeação do Ministro da Fazenda, tido e havido como um personagem que poderia ser nomeado por Aécio, caso tivesse sido eleito. Não que o segundo Joaquim fosse incompetente, apenas frequentou a Universidade errada no entendimento de Lula e da cúpula do PT. O que Dilma imaginava, nenhuma importância.

Nos 27 dias que faltam para fevereiro, o Brasil continuará estagnado. Dilma sem fazer nada, ou fazendo tudo errado, como sempre. Elogios só de amigos, como Jaques Wagner no ultimo dia de 2015: "Impopularidade não é crime". Não é mesmo. Mas essa impopularidade, é consequência da alta da inflação, do dólar, dos juros do desemprego, da divida.

Baixa só mesmo do PIB, do investimento, do otimismo, da esperança, da expectativa de que os próximos 2 anos e meio, sejam mais prósperos. Nenhuma possibilidade. São todos farsantes, na situação ou na oposição.

Dilma e Aécio, que disputaram a ultima eleição, adoram falar na montanha de votos que receberam. Ela, 54 milhões. Como estavam inscritos 137 milhões, 83 milhões nem se lembraram do seu nome. Ele recebeu 52 milhões, pelo mesmo calculo, 85 milhões esqueceram dele. Por que tanto orgulho e arrogância? 
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

CASTELO TOMA POSSE PERANTE O CONGRESSO. REPRESÁLIA DE COSTA E SILVA E CORDEIRO DE FARIAS. OS GENERAIS FALAVAM EM “REVOLUÇÃO”, NA PRATICA ERA MAIS UM GOLPE. OS SEMPRE “AMIGOS-INIMIGOS”, LACERDA E ROBERTO MARINHO.

HELIO FERNANDES
reprise

 A grande surpresa não foi o Congresso aprovar o golpista Castelo Branco, mas os rumos que Costa e Silva e Cordeiro, unidos eventualmente, deram ao golpe. Fizeram um Ato, modificando tudo o que existia no mundo em matéria de regime de exceção. Arbitrário, autoritário, atrabiliário. Ditatorial como os outros, mas inteiramente diferente.

Cordeiro furioso, não sobrou lugar para ele, Costa e Silva ficou como Ministro da Guerra, temido por todos. Fizeram então esse Ato, num bloco de papel, pequeno, da mesma forma que Lucio Costa, em três traços ou linhas, criou o genial Plano Piloto de Brasília.

Isto está sendo publicado e revelado pela primeira vez, depois de 50 anos de ter saído na Tribuna da Imprensa. Textual, podem ficar assombrados com a criatividade ambiciosa dos dois generais. Em apenas cinco itens, sumaríssimos, mudaram e modificaram a História.

Em vez de um ditador FIXO, que ficaria no Poder pelo tempo que fosse possível. Um ditador ROTATIVO com uma ditadura permanente. Teve repercussão no mundo todo, não só por causa do golpe, mas principalmente pela inovação; Jamais existira isso, no mundo ocidental ou oriental.

Os cinco itens. 1 – O presidente teria que ser um general. 2 – Do exercito. 3 – Da ativa e de quatro estrelas. 4 – Não haveria reeleição para ninguém. 5 – Essas disposições teriam que ser rigorosamente cumpridas. Era extraordinário, só que o tempo, o espaço e o destino, são invioláveis e não podem ser entrelaçados ou planejados com tanta antecedência.

Castelo queria ficar mais tempo como “presidente”.

Costa e Solva já era candidatissimo á sucessão de Castelo. Marcada para 15 de março de 1965. Golbery então, junto com os irmãos Orlando e Ernesto Geisel, lançou a “prorrogação” do mandato de Castelo, com a aprovação do próprio. Era Chefe do Estado Maior, se transformara em “presidente”, e não queria deixar o cargo.

Só que Costa e Silva tinha força de Ministro da Guerra e notável popularidade junto á tropa. Queriam que Costa w Silva assumisse logo, liquidasse a “prorrogação”. O general foi para Vila Militar, acalmou a todos, garantiu: “Em 15 de março estaremos no Poder”. (Não estariam, teriam que esperar até 15 de março, mas de 1967).

A seguir, como desafio, viajou para a Europa, e no aeroporto respondeu aos “prorrogacionistas”, satisfeitíssimo: “Embarco Ministro e volto Ministro”. Os que estavam no Poder, desesperados e sem saber o que fazer, desistiram de lutar contra Costa e Silva, mas tomaram sua providencias para não ficarem subordinados ou ao alcance de Costa e Silva.

No final de janeiro de 1965, Ernesto Geisel, que era general de Três Estrelas, foi promovido, e logo nomeado Ministro do STM, (Superior Tribunal Militar). Golbery, que era da reserva, foi para o Tribunal de Contas da União, também “vitalício” até os 70 anos, Mas antes de tomarem posse, trataram da “prorrogação” do mandato de Castelo, até 15 de março de 1967. Mais dois anos, explicavam: “Castelo assim, com esse mandato de quase quatro anos, ainda fica menor do que outros, civis, que tinham cinco”.

Por 1 voto, “prorrogaram” Castelo.

Golbery, que não tinha o menor escrúpulo ou caráter, era presidente da Dow Chemical, a maior empresa fabricante de distribuidora de Napal do mundo. Naquele tempo, ganhava fortunas colossais com a Guerra do Vietnã, e a formidável derrota dos americanos.

O general que era Chefe do SNI ainda nascente, deixou o cargo, ganhou da Dow uma fazenda maravilhosa, e de lá “exercia” o cargo de Ministro do TCU. E comandava a luta pela prorrogação.

Conseguiram, Costa e Silva aceitou, Cordeiro desistiu da “presidência”, foi nomeado Ministro dos Transportes, importantíssimo.

(Já havia ocupado, com enorme competência e honestidade, dois cargos civis. Interventor do Rio Grande do Sul, quando morreu o general Daltro Santos, isso ainda com Vargas. Mais tarde, já derrubado o “Estado Novo”, foi eleito governador de Pernambuco pelo voto direto, quatro anos sem roubo ou violência).

Tudo começa a dar errado, menos a perda do Poder.

1967, acaba o novo mandato de Castelo, ele morre num desastre de avião. Costa e Silva assume, tem um derrame cerebral, (AVC) em 1969, os “Três Patetas” militares tomam o Poder, mas são logo desalojados. Antes surge o tenebroso e monstruoso AI-5, que teria provocado a “incapacidade e morte” de Costa e Silva.

E finalmente, ainda em 1969, os americanos, que apoiaram, financiaram e garantiram com dinheiro e intimidação as triturantes e torturantes ditaduras do Chile, da Argentina e do Brasil, entram em desespero: seu embaixador no Brasil PE sequestrado, têm que se render á exigências deles e os ditadores do Brasil também.

Começa uma nova Era, amargura para os americanos que querem seu embaixador de volta, a qualquer preço. Os ditadores militares, aceitaram não tinham opção. Mas depois se vingam inundando, encharcando e engolfando o país num mar de sangue. Torturavam eventualmente passaram a tortura exaustivamente. Diziam que a “tortura era indispensável”, (como confessou agora George Bush, 8 anos presidente dos EUA), mas os próprios generais passaram a saber e a ter satisfação. Exatamente como Pinochet no Chile, Videla na Argentina.

Carlos Lacerda e Roberto Marinho: os dois sem qualquer preconceito.

Em 1962, caiu um edifício de 12 andares, no Bairro Peixoto, zona sul do Rio. Muitos prédios construídos ali, um antigo e profundo lamaçal. Imediatamente a Câmara Municipal aprovou projeto reduzindo os gabaritos para seis andares, naturalmente em prédios novos.

Carlos Lacerda era governador, Roberto Marinho comprou o terreno, queria construir outro edifício com os mesmos 12 andares. Sem preconceito ético de nenhuma espécie pediu ao governador licença para repetir o número de andares.

Lacerda negou, respondeu: “Se eu violar o novo gabarito, posso ir preso na hora”. O dono do “Globo” passou a atacar o governador diariamente na Primeira. Um amigo perguntou a razão, Lacerda sem o menor preconceito racista, explicou: “Isso é coisa do Roberto azul Marinho quase preto”.
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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Dilma, pejorativamente incompetente. Lula, vergonhosamente complacente.

HELIO FERNANDES

Juntos ou separados, são e serão para sempre inesquecíveis. Mas apesar das falhas, dos erros, dos equívocos, poderiam ter construído alguma coisa solida, respeitável, até mesmo duradoura. Mas deveriam aproveitar a conquista do poder, depois de três derrotas presidenciais, (fato único e inédito no mundo ocidental) para modelar ou remodelar o sistema político. Alem das falhas e equívocos humanos, a impossibilidade de governar e construir, está no sistema político capenga, caótico, confuso, que não é nem Presidencialismo nem Parlamentarismo. O que chamam de presidencialismo pluripartidário, está aí, visível e fracassado. De vários lados falam em Parlamentarismo de ocasião, para favorecer alguém ou alguns.

Citam o sistema da França.

Mas recomendam o que não existe, nem sabem que depois da Segunda Guerra, a França esteve á beira da falência econômica e com uma guerra civil iminente por causa da tentativa de Independência da Argélia, sempre colônia da França. De 1945, fim da Segunda Guerra até 1958, o país insistiu no modelo anterior, completamente fracassado. O Primeiro Ministro não durava 1 ano , até mesmo De Gaulle renunciou , foi para o seu retiro em Colombey le deus eglise.

Lógico, a França vinha de uma derrota humilhante. O ex-Primeiro Ministro comunista, Pierre Laval, foi enforcado. O herói da Primeira Guerra, Marechal Petain, se transformou em traidor, foi condenado á morte. Morreu antes. Erros pessoais atingiram o país. Quando a Alemanha se entregou e Berlim foi ocupada, apenas tropas da Inglaterra União Soviética e EUA. A França foi esquecida e humilhada.  

De Gaulle salva a França.

Em 1958, todas as forças políticas se convenceram: era preciso união nacional. Mas com quem, se perguntavam. Gostando ou não gostando, amigos e inimigos vinham com a mesma resposta: De Gaulle. Marcaram o encontro, foram ao seu retiro, confessaram sem orgulho, arrogância ou humilhação. O general disse que estava á disposição. Acrescentando: "Mas o problema não é apenas pessoal, é principalmente político". Concordaram, De Gaulle foi enumerando os itens.

1-Temos que inverter a hierarquia dos Poderes. O Presidente será eleito pelo voto direto. Serei o candidato.  2-O presidente eleito indicará o Primeiro Ministro. 3 - O Primeiro Ministro terá poderes, mas não acima do Presidente. 4 - Se ninguém obtiver maioria absoluta, haverá nova disputa entre os dois mais votados. 5 -Surgia no mundo o segundo turno, que na França se chamou e se chama de Ballotage. Hoje seguido por inúmeros países 

Tudo acertado, foi realizada a primeira eleição, nesse sistema em 1960. O adversário foi o socialista Miterrand, resistiu o Maximo, não queria enfrentar De Gaulle, respeitava sua posição na guerra. Obrigado a disputar, teve 42 por cento dos votos, De Gaulle 47. No segundo turno, De Gaulle acumulou 54 por cento, Mitterrand 46. Houve nova eleição em 1967, O mandato era de 7 anos (agora é de 5), Mitterrand não admitiu outra candidatura.

De Gaulle fez tudo o que precisava fazer, incluindo a Independência da Argélia. Mesmo sabendo que a Argélia se transformaria num país comunista. O que aconteceu, com a posse do "camarada" Boumediene. 

No Brasil a situação é completamente diferente.

Não temos nem o fato definido, precisamos esperar a votação do impeachment ou cassação pelo TSE. Sobre o impeachment, nenhuma duvida, não será aprovado. No TSE, com todas as duvidas é preciso esperar. Mas enquanto esperamos, não podemos fugir da obvia constatação: outro mandato para Dona Dilma, seria a tragédia anunciada .O que fazer ?

Duas providencias, que se transformariam em solução, 1- Reforma política, com um sistema definido, que não exigiriam ou permitiriam que o país virasse um balcão de negócios. Ou como se chama ostensivamente, o troca-troca "partidário presidencial".

2- Um governo de união nacional, com projetos de realizações nacional. O que não está na nossa cultura, e hoje então, está fora da ética, da estética, da genética. Dessa forma, como não haverá impeachment, Dona Dilma continuará na perda de tempo que já desperdiçou 5 anos. Como acreditar ou imaginar que súbita e inesperadamente, Dona Dilma compreenda que cuidar de inflação, juro, desemprego, divida, cambio, façam parte da arte de governar? Se não aprendeu até agora como esperar, que nesse 2016 que nem começou e já foi embora, aprenda alguma coisa nos dois anos que lhe restam? O que sobrar de 2016, será devorado na guerra suja do impeachment, ou na luta de bastidores pela eleição municipal.  

Portanto, a simples aritmética deixou isolados e desolados, 2017 e 2018. Os últimos no calendário petista e não mais lulista, E sem a menor esperança, otimismo, ou a crença de que alguma novidade possa surgir da eleição de 2018 e a posse de 2019. Nada do que venho escrevendo, pode ser considerado pessimismo, é apenas o reconhecimento de que a partir de 2018 com o comando assumido em 2019, é impossível surgir um personagem que não esteja enlameado, não apenas pela Lava Jato, ou pela própria vida que exibiram.

Como o Brasil jamais recebeu um Premio Nobel, poderia ganhar o da Generosidade, se algum personagem merecesse.
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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

2016 começa em 1° de fevereiro. Chegará a 2018?

HELIO FERNANDES

A afirmação, tremenda realidade. A interrogação um mistério insondável, impenetrável, indecifrável. O personagem principal das duas datas se chama Dilma Roussef. No dia 1° de fevereiro acaba o recesso global, continua o processo do impeachment. Impossível dizer quanto tempo levará até chegar ao fim. Facílimo dizer que ela será absolvida, continuará no cargo. (Com a única duvida do repórter, já afirmei: poderá ser atingida pela cassação da chapa).

Digamos que essa tragédia termine em junho, 5 anos e meio depois da primeira posse, 1 ano e meio depois da segunda. Dona Dilma recomeçará  então o que não deveria  ter começado em 2010 e continuado a partir  de 2015 .Nos dois primeiros anos , poucos perceberam a tragédia  Mas ela era mais do que visível. De tal maneira que Lula e o PT, assombrados, foram os primeiros a perceberem.

Tentaram imediatamente localizar seu mandato em 4 anos, não conseguiram. Ela usou toda a incompetência, imprudência, a volúpia do poder para desafiar os inimigos e confrontar os amigos. Conseguiu apenas tornar visível a impopularidade, que antes de terminado 2015 ,já a colocava como o primeiro ocupante do Planalto a ficar com mais de 85 por cento de rejeição.

Sem projeto, sem plano, sem compromisso, sem ideias, sem vontade, arrogante. Em silencio, era um pavor. Falando, e sem conhecimento, errou em tudo. Não ha comparação com ninguém. Em silencio, se omitia em tudo. Falando, a catástrofe que revoltava o país inteiro. Seu primeiro equivoco foi à nomeação do Ministro da Fazenda, tido e havido como um personagem que poderia ser nomeado por Aécio, caso tivesse sido eleito. Não que o segundo Joaquim fosse incompetente, apenas frequentou a Universidade errada no entendimento de Lula e da cúpula do PT. O que Dilma imaginava, nenhuma importância.

Nos 27 dias que faltam para fevereiro, o Brasil continuará estagnado. Dilma sem fazer nada, ou fazendo tudo errado, como sempre. Elogios só de amigos, como Jaques Wagner no ultimo dia de 2015: "Impopularidade não é crime". Não é mesmo. Mas essa impopularidade, é consequência da alta da inflação, do dólar, dos juros do desemprego, da divida.

 Baixa só mesmo do PIB, do investimento, do otimismo, da esperança, da expectativa de que os próximos 2 anos e meio, sejam mais prósperos. Nenhuma possibilidade. São todos farsantes, na situação ou na oposição.

Dilma e Aécio, que disputaram a ultima eleição, adoram falar na montanha de votos que receberam. Ela, 54 milhões. Como estavam inscritos 137 milhões, 83 milhões nem se lembraram do seu nome. Ele recebeu 52 milhões, pelo mesmo calculo, 85 milhões esqueceram dele. Por que tanto orgulho e arrogância? 

Venezuela, com Maduro, quase na guerra civil.

Pode ter sido até um bom motorista para Chaves. Mas não aprendeu nada, dirige cada vez pior. Jamais em tempo algum, a Venezuela esteve em situação tão catastrófica, dramática, miserável, e não apenas do ponto de vista econômico, financeiro, de abastecimento, e em plena ditadura, sem solução á vista.

1. Maduro sabia que perderia a eleição parlamentar. Por causa dessa certeza não permitiu nenhuma fiscalização estrangeira. Mas não acreditava que a oposição obtivesse dois terços do Parlamento. Com isso pode depor Maduro. Na véspera da posse, suspendeu 2 deputados, a oposição não tem mais o poder de destituir o ditador. A oposição já disse que não aceita essa barbaridade.

2. Só o MERCOSUL pode resolver o problema. Não se trata de "intervenção" nem negócios internos, como dizem alguns apaniguados de Maduro, inclusive Dona Dilma, a desbragada, desequilibrada e desorientada presidente do Brasil. O MERCOSUL tem que intervir na ditadura da Venezuela. Tem um contrato com o MERCOSUL,  precisa cumpri -lo ou ser expulso .

A maldição do petróleo.

Quando o Brasil descobriu a fabulosa profundidade do ouro do pré-sal, 
festejos, comemorações, gastos antecipados, por conta de cálculos aritméticos. Um barril de petróleo em Nova Iorque,valia 165 dólares, compradores fazendo fila. Aqui, o custo para cada barril, entre 42 e 46 dólares. 

Como as contas são feitas na base de 1 milhão de barris, até Dona Dilma acertava. Gastos de 42 milhões de dólares, venda no valor de 165 milhões. Agora, os gastos da prospecção tendem a subir. O preço do mercado não para de cair. Na quinta feira, ultimo dia de 2015, 1 barril de petróleo não valia mais do que 35 dólares. Para a Petrobras, o lucro de 123 dólares por barril se transformou em prejuízo de 13 dólares por barril.

E não ha o que fazer. Pelo que lamentam na Arábia Saudita e na Rússia, recuperação só a longo prazo.
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O calendário da recessão e da falência: o fim de 2015 a continuação em 2016.

HELIO FERNANDES

Só existe um responsável por essa crise catastrófica que completa 5 anos: a própria Dona Dilma. Mas dois irresponsáveis cavaram o subterrâneo, onde a incompetente, imprudente e inconsciente desconhecida, mergulhou o país, logo que foi transformada em presidente.

O primeiro, FHC, que em 1997 comprou a reeleição, proibida por todas as Constituições, a primeira da nossa Historia. Pagou á vista, acabou com a alternância no Poder, cumpriu seu plano de mais 4 anos, fazendo o que bem entendesse. Criou a Comissão de desestatização, vendeu uma parte enorme do patrimônio do país, "recebendo" em moedas podres. Denominação criada por este repórter, que identificou seu governo como o "retrocesso de 80 anos em oito". Com ele no poder. 

O segundo irresponsável pela invenção de Dona Dilma, foi o ambicioso e iconoclasta Luiz Inácio Lula da Silva. Trilhando o asfaltado caminho aberto  por FHC , cumpriu os 8 anos , já oficializados , tentou ficar mais 4. Não conseguiu, apesar de ter incluído governadores e até Ministros do Judiciário.

Tido como carismático, era apenas aprendiz de maquiavélico, mesmo sem conhecer o próprio, nem saber onde ficava a cidade de Firenze. Mas sabia de “ciência certa”, que o melhor roteiro para reconquistar o poder, era fazer presidente, alguém bem incompetente, que não aguentaria mais do que 4 anos. Não precisava muita sabedoria, tinha ao lado, sem jamais ter disputado qualquer eleição, uma coadjuvante, também sequiosa de poder, era só indica-la, e retira-la, cumpridos os 4 anos. E aí voltaria.

Incompetente, surpreendente, resistente.

Ninguém confiava na Dona Dilma, mas poucos acreditavam que a desconfiança surgisse tão rápida. Organizou um ministério de quinta categoria (39 personagens), com 3 meses teve que substituir 5 deles, o que foi chamado de faxina, gozação colossal da imprensa. Errou na escolha ou na demissão. Mas surgiu a certeza, que foi se consolidando, o Brasil não tinha presidente. O primeiro ano se deteriorou , o segundo se esfumaçou antes da metade,o "volta, Lula " dominava o PT, era a realidade que engarrafava as ruas. Duas surpresas: o movimento era insuflado pelo próprio Lula, mas a resistência, que os petistas não esperavam ,estava aquartelada no Planalto e no Alvorada.

O governo acabara, visivelmente, mas Lula recolhia a convicção amarga: Dilma não lhe entregaria o poder, se convencera que seu mandato era de 8 e não de 4 anos. E o ex-sentiu a hostilidade que não esperava , se desprendeu de  2014 , mas como não tem nada de tolo, trouxa ou desinformado , suas esperanças para 2018 desapareceram.
No ultimo ano conflitaram velada ou abertamente, não podiam se divorciar pessoal ou politicamente, Lula teve que pedir votos para ela, perdão, para ele. Só que nem ele nem ela imaginavam que o segundo mandato começasse tão trágico, dramático, inimaginável. 

A incompetência revelada, o impeachment mobilizado.

Antes da segunda posse, o Datafolha recolhia das ruas: "76 por cento dos pesquisados, Inacreditável, mas rigorosamente verdadeiro confessavam que a presidente mentira”. A impopularidade dela atingiu índices assombrosos , surgiram os panelaços "á longa distancia", a pergunta obrigatória :" por que lutou pela reeleição, se não governava? "Em fevereiro , o impeachment fugiu dos bastidores, entrou na rota dos órgãos de comunicação , juristas passaram a serem consultados , se eram contra ou a favor.

O primeiro a se manifestar foi Ives Gandra Martins, a favor do impeachment. Este repórter imediatamente contestou, “não existe motivo para o impeachment". Mas nos dias e meses seguintes, surpreendeu muita gente, mostrando que Dona Dilma fazia o pior governo da Historia. O impeachment foi assunto de todo o ano. Agora, na passagem de 20l5 para 20l6, ainda é manchete diária, ninguém tem coragem de fazer analise, comentário ou previsão. Não haverá impeachment.

Digo isso desde Fevereiro. Dentro de 2 meses terá passado 1 ano, não demora muito. Não tenho nada para mudar minha convicção. Os que pretendem o poder sem eleição, voto ou urna, não conseguirão os indispensáveis 342 votos na Câmara. Se por acaso eu cometer o maior erro dos meus 70 anos de jornalista, repórter, analista, e eles conseguirem, não obterão, no Senado, os 54 votos. 
Necessários. 

Política e economicamente Dilma ficará

Garantido que o impeachment não será aprovado ela perderá, digamos 6 meses, o tempo para decidirem. Pode surgir à cassação determinada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), aí sim estará implantada a mais completa confusão. Não examino a validade dessa hipótese, muita gente aposta nela. Surgiria o vazio em cascata, FHC aposta que poderia ser chamado para um mandato tampão. Aécio pretenderia o que chama de "reversão", o segundo colocado assumiria. Já foi utilizado para governadores e prefeitos, mas para presidente da Republica , seria "solução". De qualquer maneira, o Ministro Toffoli tem dito reservadamente, que isso pode acontecer, e mais rápido do que a votação do impeachment. Deixo em aberto, seria mais adivinhação do que analise.

Inflação, juro, cambia, desemprego, divida.

Escrevo no limiar de 2015, praticamente na entrada de 2016, com a certeza de que o ano que desaparece, sem muito otimismo, será melhor do que o ano que surge. Rapidamente examinarei os 5 índices que destaquei, poderiam ser 10 ou 20. 

Inflação - Está fechando 20l5 em 10,81, quase 11. Dona Dilma não tem  potencial para redução, com boa vontade , talvez feche 2016 com inflação em 10 por cento, barbaridade 2017 pode até mesmo descer para 9 por cento, previsão  de  analistas. E finalmente em 2018, a inflação poderá descer até 7,80, estou encampando previsões gerais. Dessa forma, ficará sempre longe do centro da meta, como ficou até aqui. Isso na hipótese de resistir até lá.

Juro - È uma vergonha, uma afronta, qualquer um constataria facilmente que em 1 ano passou de 7 para 14,25 e ainda subirá mais. Garantiam que a alta do juro era para derrubar a inflação, esta subiu junto. Nos próximos 3 anos , o juro tem que ser derrubado , mas não ha expectativa de  que aconteça. 

Cambio - Esse então é inatingível. 

Ficará rondando os 4 reais , a tendência é para mais e não para menos.Em 1955 , Salazar , professor de Finanças da Universidade de Coimbra e ditador de Portugal , aconselhou  Juscelino:"Presidente , se o senhor quiser governar o mandato inteiro  não toque no cambio". JK seguiu o conselho, ficou os 5 anos no poder.

Divida - Esse é um dos pontos fundamentais, quase sempre desprezado pelos analistas. Não estamos nem amortizando os juros, o total caminha em velocidade para os 3 trilhões. No momento , devemos 2  trilhões , 770 bilhões. Necessidade anual para amortização: 270 bilhões.

Realidade cruel e dramática: não amortizaremos nada.
 Desemprego- Pela primeira vez atingimos esse numero de total insensibilidade: 10 milhões de brasileiros não conseguem onde trabalhar, e o numero tende a crescer.  Sem investimento, sem esperança, com o que se chama de "desindustrialização", o numero dos sem trabalho vai aumentando de forma dilacerante.

É o maior crime praticado contra o cidadão, o emprego é o seu único bem. Por enquanto, 10 milhões desperdiçam o tempo procurando um trabalho que não existe. E com Dilma ou sem Dilma, este 2016 que está chegando, 201 7 e 2018, não oferece esperança de melhoria. Por que mentir para o povão?

Em suma, não ha suma. 2015 vai embora amaldiçoado, mas 2016 não chega abençoado. A única salvação será ou seria a Lava Jato, com a imposição de uma renovação no sistema político. Precisamos destruir essa extravagância  que dura anos, e se chama PRESIDENCIALISMO  PLURIPARTIDARISMO .Metade falso presidencialismo e a outra metade parlamentarismo de ocasião ou de quem dá mais .

O problema insolúvel: a reforma política imprescindível tem que ser feita pelo Congresso nada imprescindível. Se não colocarmos o presidencialismo e o parlamentarismo, cada um no seu lugar ,a guerra política suja permanecerá até 2018.

“E aí, os que sobrarem pela idade ou pela “habilidade”, estará disputando o poder, mistificarão o povo, continuarão repetindo:” Nós temos o voto direto das ruas”. Depois de 8 anos de Dilma, (que destruiu as reivindicações das mulheres, agora outra, só depois de 50 anos) ou mudamos completamente o sistema de escolher e de governar ou nos destruiremos para sempre. 

Para enterrar 2015 e não comemorar 2016, nada melhor do que citar o genial Einstein. Perguntaram a ele como terminaria a Terceira Guerra Mundial. Resposta: "Se for nuclear, a Quarta será travada com paus e pedras, é o que sobrará". Se não mudarmos o processo político, os candidatos terão os mesmos nomes sujos, a não ser que tenham sido limpos pela Lava Jato. Pelo menos é uma realidade ou esperança.
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