Clemenceau em 1917, economistas contra a economia, 100 anos depois
HELIO FERNANDES
*Publicações históricas no Centenário do jornalista
Na equivocadamente chamada de Primeira Guerra Mundial, a França estava vencendo, (surpresa) quase chegava a Berlim. O acordo de 1917 na entrada de Moscou, resultou na paz em separado. Todos, Alemanha, Inglaterra, russos, franceses precisavam das tropas fora dali.
Os russos para vencerem a terrível guerra civil. Os alemães se defenderam. Inglaterra e França reforçaram o ataque a Berlim. O Primeiro Ministro da França, Clemenceau, desesperado, retumbou a frase eterna: “A guerra é importante demais para ser comandada por militares”.
70 anos da invasão da Europa a inesquecível Segunda Frente
No dia 6 de junho de 1944, depois do planejamento de mais de 1 ano, os americanos atendiam o apelo desesperado dos aliados da Europa. Incluindo a Rússia já União Soviética, contra Hitler, ainda poderoso, que fora massacrado pelos soviéticos.
Em 1943/1944, da mesma forma que o genial Napoleão Bonaparte em 1809/1810. Ambos não resistiram ao que se chamou de “general inverno”, até 50 e 60 abaixo.
Napoleão dizimado ainda no tempo da cavalaria, Hitler já na era das “panzer divisions”, as mesmas que entraram em Paris em junho de 1940.
O general Marshall, líder civil e militar
Chefe geral do Estado Maior das Forças americanas, acima dele só o presidente Roosevelt. Sua competência e liderança desmentiram o julgamento de Clemenceau. Eisenhower, chefe de gabinete é um produto e uma consequência da sua importância.
Marshall coordenou tudo, criou cinco locais onde poderia acontecer a invasão da Europa. Essa precaução, para que os alemães não se defendessem. Marshall sabia que eles se informariam dos planos da Segunda Frente mas não conheceriam o local exato.
A tragédia do sacrifício de milhões
Eles salvaram a democracia mesmo esfarrapada. Os “Mil anos do Reich”, prometido por Hitler, naufragaram naquele mar gelado. Os filmes que tratam do assunto, mostram de forma impressionante e até emocionante a luta daqueles bravos. Os alemães corriam de um lado para o outro, acabaram descobrindo o lugar correto. Perderam uma multidão de combatentes. E perderam também a guerra.
Marshall não quis ser presidente
Nenhuma ambição. Criou o Plano Marshall que livrou a Europa se “comunizar”. Bilhões de dólares jorraram. Seu nome surgiu naturalmente, Roosevelt morreu pouco antes. Com sua recusa apareceu Eisenhower, que ganhou fácil em 1952. Não fez nada durante 8 anos, mas deixou uma frase perfeita: “Agora eu sei porque o mundo é dominado pelo complexo industrial-militar”.
Apesar da frase e da constatação, nada mudou, tudo igual. Esse complexo
cada vez mais poderoso.
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