MORO EM PLENA CAMPANHA DE RECUPERAÇÃO
TENTA FUGIR DO OSTRACISMO
HELIO FERNANDES
Ninguém
se desgastou tanto quanto ele, em tão pouco tempo quanto ele.
Juiz no
exercício do cargo, sua ligação com Bolsonaro era tão
evidente,
que foi noticiado: "Deixará de ser juiz, começará carreira
política".
Desmentiu logo:"Não farei carreira política".
Bolsonaro
tomou posse, Moro desmentiu a si mesmo, foi imediatamente
para
Brasília. Gratificado (ou recompensado) com 2 ministérios. E a
convicção
geral: seria presidenciável em 2022. Bolsonaro afirmara
publicamente:
"Não disputarei a reeleição".
Só que
Moro errou tanto como ministro e Bolsonaro gostou tanto de
fingir
que é presidente, que está em plena campanha, 3 anos e meio
antes de
ter certeza de que termina o atual mandato. E Moro jogou fora
o que
aparentemente seria o seu cacife, e passou a ser hostilizado de
todos os
lados.
Principalmente
pelo próprio Bolsonaro. Que lançou seu nome para uma
vaga,(que
não existia e não existe) no STF. Mas defende que "um
evangélico
deve ir para o STF", e tem um candidato o "bispo" Malafaia.
(Nos
bastidores chegou a circular: fez proposta a um ministro
desgastado.
Se aposentaria, seria nomeado embaixador. Dizem que a
idéia não
avançou, teria pedido Washington. Bolsonaro tem
compromisso
com seu guru, de nomear embaixador nos EUA,onde mora,
um diplomata
indicado por ele).
Antes de
ser encurralado pelo Intercept, Moro tem um processo no STF
questionando
a sua imparcialidade. Hoje, perderia na Turma, por 3 a 2.
E no
plenário, o melhor que conseguiria, seria uma derrota por 6 a 5.
(O
ministro Gilmar Mendes deixou entrever isso, numa entrevista tão
magistral,
que até este repórter elogiou).
Agora,
Moro tenta recuperar o espaço perdido. Começou indo a um jogo de
futebol
em Brasília com Bolsonaro, os dois, ás gargalhadas, vestiram
espetacularmente
a camisa do Flamengo. Cancelou o depoimento na
Câmara, viajou
para os EUA.
PS- Espera
voltar prestigiado.
PS2- Pelo
menos está outra vez nas manchetes, em posição
altamente
favorável.
13 MILHÕES DE DESEMPREGADOS
Muitos países não têm isso como população. Barbaridade, selvageria,
crueldade, desumanidade. E não existe esperança de melhora. Pelo menos
um terço desses abandonados, respondem aos pesquisadores: "Ha 3 anos
não procuro, não ha trabalho".
Uma empresa que anuncia contratação de 150 ou 200 pessoas, vê logo a
formação de uma fila de mil pessoas. Milhões reclamam que são
"subutilizados". Traduzindo: trabalham, digamos, 2 horas por dia,
recebem proporcionalmente. Quer dizer: mensalmente, um quarto do
sal[ario mínimo.
E não existe esperança no horizonte. A promessa, sem garantia: criação
de 8 milhões de vagas, em 10 anos. Mesmo que confirmem, faltará muito.
O IBGE confirma: "24 milhões de pessoas estão na informalidade".
São os obrigados a aceitar qualquer proposta. E os EMPREENDEDORES.
Demitidos, descobriram formas de sucesso, de "industrializar"
habilidades que estavam escondidas. Tragédia grega.
AS MANIFESTAÇÕES DE ÓDIO, ORGANIZADAS PELO PLANALTO,
PATROCINADAS E APLAUDIDAS PELO MESMO REDUTO
DA COVARDIA
Ódio, covardia, intolerância, manipulação fingindo de manifestação.
Tudo com a participação do próprio capitão. Basta indicar os alvos
Dos ataques dirigidos. Primeiro e com mais insistência:
o congresso, (na verdade a Câmara) que tem inflingindo derrotas
contundentes ao governo.(Desgoverno).
Depois o STF. Ameaças e intimidações. Não por atos contra ele e sim
por presunções. Inicialmente tem medo que o mais alto tribunal do pais
tome duas decisões que considera contra ele.
1- Libertar Lula no dia 1 de agosto, quando acaba o recesso. O
ex-presidente ficaria livre até o julgamento da parcialidade ou
imparcialidade de Moro.
2- Tem certeza: Moro seria considerado parcial, Lula ficaria em
liberdade, não apenas provisória.(Nada a ver com as contundentes
denuncias do site Intercept, irrespondíveis. Ha mais de 1 ano,
advogados denunciaram a parcialidade e suspeição de Moro para julgar
Lula. Agora, tudo indica que o STF, (Turma e plenário) combaterão o bom
combate).
Presumindo a derrota, Bolsonaro patrocinou a farsa. E ainda se arrojou
de forma subserviente aos pés da opinião publica.Textual: "A população
mostrou novamente que tem legitimidade".
PS- Ninguém duvida. Mas falta ao capitão, respeitabilidade e
credibilidade para proclamar o fato.
O país se recuperando, apesar da Câmara dos Deputados e Senado Federal, cujos presidentes possuem uma biografia conhecida e bastante comprometida no sentido negativo e o jornalista respeitado Hélio Fernandes escrevendo conteúdos desse tipo contra o ministro Sérgio Moro e presidente Jair Bolsonaro. Uma pena. Um grande brasileiro que poderia colaborar com sugestões para ajudar nessa recuperação tão desejada e importante para o país. Uma boa seria analisar o avanço no G-20 de uma pauta que estava emperrada e os índices de homicídios que reduziram no país. Mesmo assim, pela importância e sua memória espetacular sobre a história nacional, desejo muita saúde e que continue nos brindando com suas análises, com as quais em muitos momentos discordamos, mas são fundamentais na democracia.
ResponderExcluir