HONG KONG-CHINA
HELIO FERNANDES
Ha 150
anos, era possessão da Inglaterra. Nenhuma surpresa, os maiores
territórios
eram propriedade dela. (Austrália, Canadá, Hong Kong, EUA,
uma parte
da África, Índia).Com a decadência, e a Segunda Guerra
Mundial,
perdeu tudo, deixou de ser a maior potencia mundial.
Ficou
apenas com a posse de Hong Kong. Ha 22 anos não resistiu á
pressão,
entregou sua ultima possessão. Mas fez exigências á China
comunista.
Hong Kong tinha que ser democrática, com Parlamento e
presidente
eleitos . A China aceitou, ela e Hong Kong fizeram
comunicação
ao mundo, numa frase maravilhosa.
"China
e Hong Kong. Um pais, dos sistemas".
Só que do
lado da China não era para cumprir.
Do lado
de Hong Kong, democracia plena e um centro financeiro
importantíssimo.
Sua Bolsa de Valores, em movimento diário a quarta
do mundo.
(A terceira, Cingapura, a única Cidade-Estado do mundo, cada
vez mais
progressista).
Surpresa
total quando a China comunista concordou em fazer parte do
grupo
chamado de Brics. Pelo acordo, o Brasil teria o direito de
nomear o
presidente do banco de Hong Kong. Indicou economista de
prestigio
internacional, ocupava alta
representação na ONU. Ele tomou
posse,
sentiu logo opressão da China, que considerava o presidente
como seu
empregado ou subordinado. O representante do Brasil resistiu
pouco
mais de 1 ano, entregou o cargo.
Logo a
pressão se voltou violentamente contra o independente Hong
Kong.
Mostrou que a frase, "China e Hong Kong. Um país, dois
sistemas",
era apenas uma quimera. A realidade era a violência da
ditadura
contra a democracia.
Só que o
Governo de Hong Kong tinha e tem o apoio do povo, a reação já
dura
meses. As manifestações de protesto são diárias. E nunca t:em
menos de
500 ou 600 mil pessoas nas ruas.
O povo de
Hong Kong está disposto a manter a resistência.
A China
quer incorporar a potencia financeira. Acreditou que assumiria
facilmente
Hong Kong.
O CAPITÃO PRECISA DE UM REVISOR PARA
SUAS FALAS
Todos os jornais e revistas do mundo, (os grandes e os outros) têm
revisor. No Brasil, no apogeu dos matutinos, o Jornal do Brasil tinha
como revisor, o notável escritor Graciliano Ramos. Policiava a
linguagem, o tamanho das frases. Todos gostavam.
Limpava o texto, como dizia Helio Jaguaribe, dava categoria ao
"conteúdo e continente".
Bolsonaro não devia ter liberdade de exibir sua ignorância. Alguém
devia ler antes. Deixar que ele pegue o microfone e diga o que
quiser, improvisando, acontece esta barbaridade, violência contra o
vernáculo e o bom senso.
Textual e criminoso: "O Brasil é uma virgem, que todo tarado de fora,
quer estuprar".
33 % A FAVOR DO BOLSONARO, SURPRESA
E "GENEROSIDADE" EXAGERADA
Ele vem cometendo tantos erros, equívocos, contradições, que ninguém
esperava nem admite os mesmos 33% contra e a favor. Por outro lado, a
mesma pesquisa coloca o capitão com o menor índice, depois de ocupar
por 6 meses o Planalto.
O levantamento começa com Collor, passa por FHC, Lula e Dilma. Os dois
presidentes eleitos pelo PT, são os mais favorecidos. Bolsonaro é o
ultimo. E a expectativa bastante visível, é a queda ainda maior do
capitão-presidente, nos próximos 6 meses.
Comentaristas independentes, concordam com este repórter. Como ele
continua no palanque, fingindo que governa, decidiu tirar a mascara e
se mostrar com o que pensa (?) ser a vontade do povo. E lançou a
própria candidatura á reeleição, em 2022.
Quando é muito contestado, como na questão das armas, desconversa,
afirma: "Isso é compromisso de campanha". Esqueceu que logo depois de
eleito,garantiu:"Não disputarei a reeleição".
Pois já é candidatissimo, 3 anos antes da eleição, uma antecipação
inédita na Historia da Republica.
A QUARTA COMEÇOU ÀS 11 DA NOITE DA TERÇA.
FOI A PRIMEIRA CONTRARIEDADE DE RODRIGO MAIA
Conforme registrei, respondendo a um deputado, votaremos ás 2 ou 3 da
madrugada, mas votaremos". Ás 11, deputados da maio(reforçados pela
minoria) pressionaram o presidente: "VOTAR na madrugada, já quarta,
poderemos votar amanhã, quarta no calendário". Maia não tinha
argumentos para contestar, concordou, negou sua própria palavra.
Ontem, no primeiro jornal das 10 da manhã, noticias de rotina, se
tratava da Previdência, expectativa geral sobre a votação, a que horas
seria. Se aproximavam perigosamente do recesso. Reunidos na mansão do
presidente, fecharam a questão,vamos votar,duas vezes mesmo que no
sabado" Não marquem as passagens antecipadamente, nem para o
domingo".Era uma ordem.
Começaram a discursar. Ao meio dia e meia, falava o oposicionista Ivan
Valente do PSOL. Estavam inscritos mais de 130 deputados a votação será
bem mais tarde, voltaremos. Às 6,20 ainda
QUATRO DA TARDE.
A OPOSIÇÃO INSISTE NA OBSTRUÇÃO, A SITUAÇÃO
PRECISA VOTAR, MESMO VIOLENTANDO O COMBINADO
Exatamente ás 5, o plenário está praticamente vazio. Ligo a TV Câmara,
que fixa mais as imagens, nem 100 deputados presentes. Quase todos da
oposição precisam falar. 6 ou 7 da situação papagaiando.Vamos votar
hoje, restam no mínimo horas de votação, até ás 11.A sessão não é
presidida por Maia. 3 motivos para a sua ausência.
1- Só gosta de entrar em campo para o jogo principal que está longe
de começar.
2- Muita divergência e até briga entre os situacionistas, não quer se
incompatibilizar.
3- O capitão mais prejudica do que ajuda,defende privilégios.
Apregoam, propagam e divulgam, "temos grande maioria,votaremos e
venceremos facilmente". Mas demitem 6 ou 7 ministros, para aumentar a
votação.Excelente oportunidade para se livrar do comprometido
ministro do Turismo.
Nenhum discurso brilhante ou fundamentado. (Ninguém chegou perto da
fala arrasadora da Jandira Feghali, ontem).
Às 6,20 ainda existem deputados inscritos, mas anunciam que começará a
chamada orientação da bancada. É possível que por volta das 9 horas,
haja votação. Faltando 10 para ás 8, Maia passa a presidência,
e faz o discurso de encerramento.
Existem deputados inscritos, mas anunciam que
começará a chamada orientação da bancada. È possível que
por volta das 9 horas, haja votação.
Maia assume a presidência logo depois do almoço, ás duas. Diz que
haverá votação "dentro de 2 horas". Na terça garantiu votação na
madrugada, encerrou a sessão ás 11 sem votação. Está errando muito.
Deve ser o contato prolongado com Bolsonaro e Guedes.
PS- Faltando 10 para ás 8, ÀS 7,45 começava a votação, com um numero
oscilante. Estimavam 490, votaram 502, de um total de 513.
PS2- Às 10 para às 8, Maia passa a presidência, faz o discurso de
encerramento. 14 minutos de serenidade, tranquilidade, credibilidade.
PS3- Resultado: 379 votos a favor, ninguém acertou. (Nem este repórter)
Quem apostava em 330 era o mais confiante.
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