Titular: Helio Fernandes

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Trump gostaria de tomar posse mediatamente

HELIO FERNANDES

O primeiro cumprimento para o presidente eleito, partiu de Putin. Compreensível e imaginável. Só que não foi a favor dele, e sim contra Obama. Trump e o carrasco da KGB, foram batizados nas mesmas águas da intolerância e da imprudência. O russo acredita que terá grandes vantagens com Trump presidente dos Estados Unidos. Está completamente enganado.

Sem que isto represente elogio a Trump, uma constatação. Em matéria de realização, o presidente eleito ficará distante do candidato. Suas ameaças e intimidações na campanha, serão cumpridas apenas em parte pelo presidente eleito. Por isso gostaria que a posse fosse hoje ou amanhã. Não demorasse tanto como está no calendário, 20 de janeiro.

Sabe que nesses 70 dias de espera até á posse, será confrontado e duramente hostilizado pelos órgãos de comunicação. Todos ficaram contra ele, jornais impressos, televisões, sites, blogs, Internet. Não teve o apoio de nenhum lado, será massacrado, e terá raras chances de se defender atacando.

Ficou surpreendidissimo com a reação violenta da imprensa do mundo inteiro. Terá que ver e ouvir, sem poder responder. Depois que estiver na Casa Branca, considera que o fogo contra ele diminuirá. Podem até discordar, mas sabem que não ficará em silencio.

Primeiro obstáculo: preenchimento dos cargos

Está totalmente convencido, que os primeiros ataques e restrições, surgirão com as indicações para cargos chaves. Principalmente os que tenham relação, dependência e influencia militar. Pois atingem diretamente as promessas que fez como candidato. E a questão militar, por vários motivos, é a que mais divide hoje o país.

Pode ser dito: os votos que lhe deram a vitoria e derrotaram Hillary, têm origem militar. Na maioria. E essas convicções do presidente eleito, no setor, dificilmente sofrerão alterações.

Primeira providencia de Trump como presidente: tentar romper o acordo com Cuba, acabar com o que chamaram e chamam de "reconciliação depois de 57 anos". È duramente contra o que Obama considera grande triunfo. E nessa decisão, terá o apoio e entusiasmo do Partido Republicano, que criticou muito Obama.

Poderá se transformar num inicio de dialogo com os Republicanos. Está até disposto a oferecer a eles, também a vaga na Suprema Corte. Aberta ha muito tempo. Um cargo que não entrará em nenhuma negociação ou acordo: Secretario de Estado. Precisamente ocupado pela candidata que derrotou. 
Durante a campanha, deixava entrever, que nomearia para o cargo um general. Isso completaria suas colocações e afirmações de base militar. Outras concordâncias e discordâncias, irei revelando, falta muito tempo.

Insistência na reeleição de Maia

Como Temer e Renan, insistem no assunto, não posso abandoná-lo. Num ponto estão cobertos de razão. Se houver disputa para o cargo, a chamada base de "sustentação "parlamentar, será atingida. E o próprio Rodrigo Maia, sabe que não terá outra oportunidade na vida. Por isso tem feito tanta concessão ao Presidente indireto e ao presidente do Senado.

Tiraram até do ostracismo, o Ministro aposentado do Supremo, Francisco Rezek. Manifestou-se imediatamente, como eles queriam, A FAVOR da reeleição. Disse textualmente que a "REELEIÇÃO só pode ser utilizada, em situação ANOMALA". E de questões ANOMALAS, Rezek entende e muito bem. Até mesmo em beneficio próprio.

Rezek era ministro do Supremo, foi até presidente. Houve uma vaga na Corte de Haia, ficou seduzido, foi nomeado. Ficou algum tempo lá, voltou para o Brasil, achou monótona a condição de parecerista. Decidiu ser novamente Ministro do Supremo.

Nomeado, ei-lo no Supremo pela segunda vez. Situação totalmente ANOMALA. Que defende para favorecer o governo. Se não fosse o impedimento da idade, poderia ser Ministro do Supremo, pela terceira vez.

Discurso de Hillary

PS- Falou durante 12 minutos, não precisava mais do que isso. Tempo necessário para dizer textualmente: "O país está mais dividido do que se imaginava".

PS2- Na mesma linha, duas constatações: "Precisamos preservar os valores democráticos". E terminando: "Os jovens precisam participar mais intensamente, o futuro do país depende deles.

PS3- Naturalmente emocionada, estava e esteve na proximidade do mais alto do mundo. Não penetra no ostracismo ou no desconhecido, mas deixa de ser personagem. Em determinado momento, "senti" que ia chorar. Teria ido uma despedida gloriosa.


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