Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Desejamos aos nossos seguidores, amigos e familiares um, ANO NOVOrepleto de saúde, paz, alegria e prosperidade.
A todos um ano de luz e harmonia, Salve 2015!

*Blog oficial do jornalista Helio Fernandes que durante 46 anos foi diretor do jornal Tribuna da Imprensa. Agora com suas matérias exclusivas, e a participação de colunistas especialmente convidados. (NR).
*PUBLICADA EM MARÇO/13.

HELIO FERNANDES
30.12.14

Hoje e amanhã, 31 de março e 1º de abril, trato do golpe de 64 com lembranças do passado, e análises lúcidas de personagens de hoje. Começo citando como está no título, a afirmação do general Leônidas. Quando ele diz que o “Exército nunca foi INTRUSO”, quer dizer que sempre esteve no primeiro plano de tudo, raramente deixou de ser participante e dominante.

Acontece que escrevo isso há mais de 30 ou 40 anos, citando a participação do Exército na República. Sempre estabeleci a diferença entre duas palavras: PROMULGAÇÃO e IMPLANTAÇÃO da República. A primeira palavra define ou definiria o movimento histórico dos “ABOLICIONISTAS”, e os “PROPAGANDISTAS da República”.

A segunda, intromissão de dois marechais, que entraram na História através de um golpe, (o primeiro da República), e tomaram o Poder. Cambaleando e quase sem conseguir subir num cavalo.

Não vou relembrar a História do Brasil, apenas confirmar o general

Deodoro e Floriano, dois coronéis que vieram brigados da estranha guerra do Paraguai, na madrugada de 15 de novembro, já marechais, se reconciliaram e “expulsaram” os civis da conquista da República. República que com esses dois Marechais, se transformou numa quartelada. Eu sei, o general Leônidas não havia nascido.

E também não era torturador. Mas numa entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto, tentou convencê-lo de que “comandou o DOI-CODI”. Ora, o general Leônidas nem sabia onde ficava a Rua Barão de Mesquita. Adido Militar na Colômbia, se perdia no Rio.

O Exército ou generais sempre arrogantes  

Logo depois da República, massacraram e assassinaram toda a população de Canudos. Em 1896 usaram três quartas partes do efetivo militar, usando até canhões. Assassinaram toda a população, não escapou nem o “santo” Antônio Conselheiro.

Como “Tenentes” tumultuaram o país desde 1922, tomaram o poder em 1930. Garantiram a tremenda ditadura do Estado Novo. Ainda tiveram “fôlego” para derrubar João Goulart, que como eu já disse há anos, não tinha nada a ver com os comunistas. Queria o “poder total” e mais nada.

Tenho todo o direito de situar Jango na sua exata posição, pois em 1963, fui o único preso por ordem direta dele. Pediram 15 anos de prisão para mim, estavam certos de que me condenariam. Pois foi na minha casa que nasceu a “Frente Ampla”. Na minha casa e da minha cabeça.

Depoimentos históricos

Anteontem, na mesma página, matérias de agora, altamente elucidativas, competentes inesquecíveis. Numa entrevista ao repórter Bernardo Mello Franco, Daniel Aarão Reis, lúcido e participante, com a visão do torturado agora Historiador, interpreta o golpe dos dois lados. E em com total isenção ou não poderia ser chamado de Historiador.

Aarão Reis, que começou na guerrilha com 23 anos, freqüentou os subterrâneos da ditadura. Foi torturadíssimo até ser trocado pelo embaixador alemão, seqüestrado precisamente para haver a negociação. E a ditadura dos generais torturadores, mostrou mais uma vez a covardia inata e assumida.

Cumpriram as ordens dos EUA

Assim que o embaixador americano foi seqüestrado, (decisão, planejamento e execução perfeita), começaram as conversas. Primeiro exigiram a leitura, nas televisões, do manifesto dos seqüestradores. Veio a ordem: “Publiquem imediatamente”. Publicaram, lógico.

A seguir a exigência da troca do embaixador por alguns presos. Os combatentes ainda não tinham consciência da própria força, “trocaram” por poucos. Mais tarde, com o seqüestro do insignificante embaixador alemão. 39 presos foram soltos ou embarcados para o exterior.

O final da entrevista de Aarão Reis, dois pontos magistrais. 1 – “Faltou povo na guerrilha”. É verdade. Mas como 60 guerrilheiros poderiam passar por cima de 60 mil militares? Que recebiam ordens de alguns generais ambiciosos?

2 – Deixa à mostra a “contradição” de alguns generais e não do Exército: “Até hoje esses generais se omitem, condenam e falsificam a história”.

E de forma irresponsável: “Fui preso, torturado, anistiado pelo Ministério da Justiça. E quem me torturou diz que não houve tortura no Brasil”. E ele mesmo termina: “É uma coisa esquizofrênica”.

Demétrio Magnoli não tinha idade para combater, tem para analisar

Sociólogo, Geógrafo, com vocação de historiador, conta e interpreta fatos importantes. Contesta os “memorialistas das conveniências”, e corajosamente penetra num círculo que tantos querem esquecer. Círculo da contradição, digo eu.

“O golpe de 64 não nos salvou da ameaça comunista que não existia”. E depois: “Isso foi urdido por um fascismo puramente imaginário”. O artigo de Demétrio vai assim até o final, é um dos dois pontos mais completos e para ser aplaudido.

O segundo é a coragem e o discernimento de entrar na interpretação de um dos fatos mais importantes do golpe. Os dois editoriais do Correio da Manhã, intitulados “Basta” e “Fora”. Até hoje se discute, se nega e se confirma a autoria dos manifestos.

Demétrio dá o nome de sete autores, desculpe, foram oito. Hoje todos negando a autoria, com exceção de quatro que já morreram. Esses dois artigos explicitam e elucidam um período torpe, covarde e farsante da História do Brasil.

O primeiro golpe militar foi o da República. Dois marechais que eram inimigos, se reconciliaram, derrotaram a brilhante geração dos “abolicionistas” e dos “propagandistas da República”. Os charmosos “Tenentes de 1922”, combateram até 1930, quando se beneficiaram de tudo.

O Estado Novo, garantido pelos generais

Em 1937, Vargas “implantou” ditadura, que chamou de “Estado Novo”. Garantido pelo general Dutra, que nos oito anos, foi chamado de “condestável do Estado Novo”. Derrubada a ditadura, lógico foi presidente, garantindo a volta de Vargas.

O golpe de 64, teve remanescentes

Alguns mais longevos, que palavra, garantiram o Estado Novo, voltaram em 64. Que capacidade. Concluiu, dizendo: “Vamos olhar para o futuro, esquecendo o passado”. Que farsa, Ministro. Era melhor ficar em silêncio. A Comissão da Verdade deveria ter sido criada 33 anos antes e não agora.

Mas sem interpretar e examinar o passado, não podemos acreditar no futuro. O passado, qualquer que seja ele, tem que ser lembrado, mesmo para ser contestado. Quando assinaram em 1979 a extravagante “anistia ampla, geral e irrestrita”, estavam tentando sepultar esse passado.

Os próprios militares que deram o golpe de hoje, estavam apavorados e achavam que com esse “ato” que só beneficiou os vencedores, não valia nada, sendo assinado apenas pelos representantes de um lado. E que estavam absolvendo a eles mesmos.

PS – Fatos desse 31 que completa 50 anos e não mais interpretação. A indecisão e a certeza eram totais. Carlos Lacerda, “ilhado” no Guanabara, com centenas de pessoas, recebeu a informação ou informe.

PS2 – O Almirante Aragão “iria invadir o palácio”. Não sabia o que fazer. Tentou falar com Castelo Branco, dos chefes golpistas, o único que estava no Rio, mas não tinha a menor idéia de onde.

PS3 – Deu uma sorte. Um amigo médico, soube do seu problema, telefonou para o governador: “O general está na minha casa em Copacabana, emprestei para ele. Está com o general Ademar de Queiroz, teu amigo. O telefone da minha casa é 42-6178”. (Na época só seis números).

PS4 – Lacerda ligou, o general Ademar ficou perplexo do governador ter localizado Castelo. Mas não podia deixar de passar o telefone para o chefe do golpe.

PS5 – Lacerda contou o que temia, a invasão do Almirante, recebeu a seguinte resposta: “Governador, não posso fazer nada pelo senhor. A tropa que veio de Minas e a do Rio estão a um ponto do confronto, quero evitar isso” e desligou.

PS6 – Lacerda telefonou imediatamente para o presidente da Comlurb: “Mande os maiores caminhões da empresa, bloqueiem todas as ruas que chegam ao Guanabara. Não pode passar nenhum veículo, civil ou militar”.

PS7 – Apesar de ser o civil de maior penetração nos círculos militares, Lacerda não sabia de coisa alguma. O movimento golpista foi organizado, comandado e empossado por militares, perdão, generais.

PS8 – Abertamente não houve mais nada nesse 31 de março. A ocupação final do poder ficou para o dia seguinte, 1º de abril. Mas como é o chamado “Dia da mentira”, comemorado popularmente, proibiram de forma terminante, qualquer que seja a citação nesse dia.

PS9 – Para os generais, o golpe, desculpem, farsantes até o fim, falavam em Revolução. E comemoravam, como agora, no dia 31.

  • Estaremos retornando com as matérias no dia 05 de janeiro de 2015.


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Desejamos aos nossos seguidores, amigos e familiares um, ANO NOVOrepleto de saúde, paz, alegria e prosperidade.
A todos um ano de luz e harmonia, Salve 2015!

*Blog oficial do jornalista Helio Fernandes que durante 46 anos foi diretor do jornal Tribuna da Imprensa. Agora com suas matérias exclusivas, e a participação de colunistas especialmente convidados. (NR).
*PUBLICADA EM JUNHO/13.

HELIO FERNANDES
29.12.14

Em 1953 sofri meu primeiro processo. Mestre Evandro me defendeu, o que fez mais 8 vezes, até 1961, quando foi ministro-chefe da Casa Civil de Jango, e depois chanceler. Me chamou no escritório da Primeiro de Março, onde trabalhava com o irmão, o excelente Raul.

Foi encurtando caminho: “Helio, não posso mais ser teu advogado, serei ministro do presidente João Goulart. E é impossível pertencer ao governo e ser advogado de um jornalista influente e participante. O Raul vai continuar no escritório, mas haveria confusão”. Continuou: “Mas vou te indicar um jovem advogado, que será um dos maiores criminalistas. Eu comecei no escritório do pai dele, ele começou no meu escritório”.

Era Evaristo de Moraes Filho, herdeiro da competência do patrono dos advogados brasileiros. (Algum dia falarei das minhas relações maravilhosas com ele, hoje as lembranças são para Evandro). 

COMO SE RECONHECE UMA DEMOCRACIA 

Ficamos grandes amigos, almoçávamos quase sempre no restaurante do Jóquei ou no Ianque, na ruazinha Chile (substituída pela Avenida Chile, enorme), da preferência dele. Quando tomou posse na Academia, minha filha Ana Carolina, grande fotógrafa, linda e irreverente, foi imortalizá-lo para a Folha.

Evandro conhecia Ana Carolina, que era muito amiga do seu neto. Disse para ela: “Defendi seu pai 9 vezes”. E ela, irreverente mesmo:  “Quantas vocês ganharam?”. Evandro deu aquela gargalhada característica, respondeu perguntando: “Adivinha?”. Todas, eram tempos de “injúria, calúnia e difamação”, grandes e reluzentes debates.

A Constituição de 1988 acabou com isso. Criaram os processos por “danos morais”, quem não tinha nem tem caráter, processa (intimida) jornalistas.

Lembrei das lições de Evandro, assistindo anteontem, no Supremo, debate sobre democracia. Até de forma brilhante, um advogado dizia, “a democracia começa e se afirma pela defesa do direito das minorias”. Também, isso é importante, mas não em primeiro lugar. 

ALTERNÂNCIA NO PODER 

Mestre Evandro sempre me dizia: “Helio, se você chegar pela primeira vez num país, não conhecer nada do seu sistema de governo, pergunte: Existe alternância de poder? Se existir, você está numa democracia”. E completava: “A alternância protege a todos, minorias e maiorias. Todos precisam de proteção, se só um homem ou um partido se eternizar no Poder, não há proteção para ninguém”.

Ministro do Supremo, votando contra a ditadura, Evandro ia ser cassado, foi salvo pela bravura do presidente do STF, Ribeiro da Costa, que mandou este recado para o “presidente” da República de plantão: “Se algum  ministro do Supremo for cassado, fecho o Tribunal e mando a chave para o senhor”. Não houve cassação, mas aposentadoria.

Evandro é inesquecível. Nos debates no Supremo, muita erudição e pouca humanidade. E conhecimento quase inexistente sobre grandes advogados, como Evandro Lins e Silva. 


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Desejamos aos nossos seguidores, amigos e familiares um, ANO NOVOrepleto de saúde, paz, alegria e prosperidade.

A todos um ano de luz e harmonia, Salve 2015!

*Blog oficial do jornalista Helio Fernandes que durante 46 anos foi diretor do jornal Tribuna da Imprensa. Agora com suas matérias exclusivas, e também a participação de colunistas especialmente convidados. (NR).
(MATÉRIA PUBLICADA EM NOVEMBRO/14)

A CUMPLICIDADE DOS MILITARES HOJE NA ATIVA, CÚMPLICES PELO SILENCIO. E O LIVRO IMPERDÍVEL COM DEPOIMENTO MAGESTOSO DE SOBRAL PINTO, SOBRE A DITADURA VARGAS.

HELIO FERNANDES
26.12.14

Nenhum dos militares, hoje na ativa, participou de qualquer ato de violência, crueldade, selvageria do golpe de 1964. Digamos que tivessem saído da Escola Militar, da Escola Naval, ou da Escola da Aeronáutica no dia 1º de abril, quando assaltaram o país, ou no dia 9 de abril desse macabro e tenebroso 1964 quando tomou posse o primeiro usurpador, Castelo Branco.

A idade é uma só para as três unidades militares. 21 anos. Digamos que tenham ficado na ativa até á idade limite, 64 anos. Assim no ano 2000, teriam 57 anos, já seriam generais ou não estariam na ativa. Em 2007 completariam os 64 anos limite. Portanto, há sete anos não existe um só militar que tenha participado dos atos arbitrários, autoritários atrabiliarios. Mas devem ser execrados pela cumplicidade silenciosa e corporativa em “defesa” dos ditadores de plantão.

Desde que foi criada a Comissão da Verdade, se recusam a colaborar, fornecer informações, mostrar que o que negaram até agora é um ato repulsivo de colaboracionismo. (como se chamou BA França em 1940, quando Hitler tomou Paris e foi exaltado por franceses liderados pelo ex-herói Marechal Petain).

Em 1964 o Exercito dividido, sufocados os contra o golpe

Quando digo Exercito é porque a predominância deles era total, indecorosa, perigosa, criminosa. Marinha e Aeronáutica “colaboravam”, (novamente a palavra imprescindível), se destacaram no exercício da tortura e da violência.

Em julho de 1963, antes do golpe, fui preso por publicar uma circular sigilosa e confidencial, assinada pelo Ministro da Guerra, general Jair Dantas Ribeiro. O importante: fui mandado para o BIC, Batalhão de Investigação Criminal, minha estreia na Rua Barão de Mesquita. Ainda sem CODI, que seria criado e comandado pelo general Orlando Geisel.

Fiquei lá três dias, até meus advogados, (Sobral Pinto, Prado Kelly, Adauto Cardoso e Prudente de Moraes neto) pedirem ao bravo Ribeiro da Costa, presidente do Supremo, minha transferência para Brasília, mas nesses três dias, pude constatar pessoalmente, como o exercito estava dividido. Já se conspirava abertamente, mas também, nos quartéis, se resistia também abertamente.

Não quero contar a História, mas apenas mostrar que os militares não eram todos golpistas. É lógico, esses tomaram o Poder por 21 anos com os crimes e a impunidade garantida à vida inteira e sobrevivendo depois da mote. Sabiamente morreram antes da c-r-i-m-i-n-a-l-i-z-a-ç-ã-o. Ao contrário do Chile da Argentina, onde todos morreram na prisão.

Eu estava incomunicável, mas na hora do banho de sol, me levavam para fora, queriam fingir de magnânimos. Andava por aquele páteo enorme, lógico, cruzava ou emparelhava com oficiais. Muitos me diziam: “Helio, resista, estamos com você”. Outros, com o ódio na alma, na mente, no coração e nos olhos, acreditavam que podiam me fuzilar á distância.

Os que comandam hoje, ofendem o Exercito

Até agora, desde agosto e setembro de 1979, “decretaram” o que não podiam fazer. O fim da tortura ostensiva, a negativa dos crimes cometidos, e por fim, um crime ainda pior: “Anistia ampla, geral e irrestrita”, que só serviria a eles.

E que anos mais tarde, imprudentemente e sem poderes para isso, o Supremo Tribunal consideraria constitucional. O Supremo ainda pode se reabilitar, votando pela inconstitucionalidade do que eles mesmos referendaram sem sentir culpa ou remorso.

Os que comandam hoje, e não participaram de nada nos porões do Exercito, FAB, Marinha, até agora se negaram a reconhecer que esses porões existiram, enxovalharam as Forças Armadas, negaram toda e qualquer violência do Exercito no passado. Agora, em posição cúmplice, omissa pelo corporativismo, insustentável pelo conhecimento do que houve, dão sinais de que pretendem falar.

Não acredito neles, não aceitamos desculpas mentirosas e retardadas, não torturaram fisicamente ninguém, mas mantiveram o país no mais completo desconhecimento de tudo.

No dia 9 de Abril de 1964, Sobral Pinto mandou carta a Castelo Branco na sua posse. Mas no dia 29 do mesmo Abril, tomando conhecimento da tortura, mandou nova carta a Castelo: "O senhor é chefe de estado maior do exercito, não pode fingir que é presidente". Castelo tentou falar com Sobral, não conseguiu de jeito algum.

PS- É preciso examinar e reexaminar a posição dos presidentes civis que colaboraram com a ditadura e não permitiram investigação. Começando com Sarney, serviçal da ditadura, depois presidente por acidente. Mortal para a história por muitos e vários motivos.

"Sobral Pinto": um livro imperdível

Recebi nessa segunda feira, na terça já havia terminado de ler as 316 paginas dos 40 capítulos. Emocionante da primeira a ultima pagina, é estarrecedor em todo o relato sobre a tortura de Harry Berger, o homem mais torturado da historia do Brasil.

Advogado de Prestes e de Berger, além do retrospecto da vida do inimitável defensor, o único que esteve ao lado de presos políticos em duas ditaduras: a de Vargas apoiado pelos militares, a dos militares (generais) garantida pelos civis.

Além do relato das dificuldades do próprio Sobral, que não cobrava de ninguém, não atendia nem os apelos da própria mulher, "Sobral, cobre alguma coisa, não temos nada em casa". Continuou imperturbável, não mudando o mínimo que fosse do seu comportamento como advogado.

O relato capitulo por capitulo, pagina por paginam linha por linha, obriga a uma retificação do próprio repórter. Eu sempre escrevi, que "Prestes foi o prisioneiro mais torturado do Brasil". Sabia que Berger havia "enlouquecido" com a tortura e com o regime de prisão a que foi submetido durante dois anos.

Mas não tinha ideia do que Berger sofrera nesse tempo todo. Sobral, sem o mínimo de esmorecimento escrevendo e procurando pessoalmente juízes, Ministros da Justiça. E até para o ditador Getúlio Vargas que se recusou a receber Sobral Pinto, mas não pode deixar de ler a carta minuciosa e candente, que Sobral escreveu a ele. Leu e não tomou nenhuma providencia.

Dois anos num vão de escada

Ninguém pode sofrer mais do que Berger sofreu. Segregado, sem sol, sem qualquer forma de limpeza, Berger estava num espaço, como define Sobral: "Era tão pequeno, que ele não podia ficar em pé, sentado ou deitado". Sobral também esclarece: "Pedi realmente a colaboração da Sociedade Protetora os animais, mas não para Prestes e sim para Berger”.

PS- Berger enlouqueceu, Vargas era informado de tudo, mas tomou nenhuma providencia. Assim mesmo, Berger foi condenado a 20 anos de prisão. Em 1945, o ditador derrubado, houve a anistia, Berger foi posto num avião de carga. Ainda não havia aviação comercial, que só começaria em 1949 levado para a parte soviética de Berlim. Morreria 14 anos depois sem saber de nada.

PS2- Sobral, o advogado que não cobrava e suas cartas famosas. Defendendo este repórter no Supremo foi o encarregado da magistral defesa oral. Em pagamento, ninguém tinha coragem de falar com ele.


PS3- Uma semana depois, recebi uma breve carta dele, curta e explicativa: "Hélio, estou satisfeito com a tua absolvição, você nem devia ser processado e julgado, cumpriu o dever de jornalista. Mas quero deixar bem claro que existem grandes divergências ideológicas entre nós". Assinado HERACLITO grande, e em baixo, menor, Sobral Pinto.
A ILHA DE CUBA, CUBANITA, OBAMA E OS PORÕES DA DITADURA DE FIDEL.

"el verano caribeño  y la lunes del capital americano".

ROBERTO MONTEIRO PINHO
26.12.14

A fonte de riqueza do estado cubano em sua origem se concentrou na indústria açucareira e durante três séculos sustenta a economia insular, mas teve também seu ponto baixo, no tráfico de escravos. Posteriormente Cuba chegou à independência, e transformou-se num famoso destino de férias.

Na capital Havana estão localizadas as fábricas de alimentos, as montadoras de veículos, as produtoras de bebidas alcoólicas (especialmente o rum), indústrias têxteis e de produtos do tabaco, especialmente dos famosos havanos, um produto de renome internacional. Havana é o porto principal de Cuba e 50% das importações e exportações passam pela cidade. Este mesmo porto sustenta ainda uma indústria pesqueira considerável.

Cuba proclamou a formação de seu Estado independente sob o comando do intelectual José Marti e auxílio direto das tropas norte-americanas. A inserção dos norte-americanos nesse processo marcou a criação de um laço político que pretendia garantir os interesses dos EUA na ilha centro-americana. Uma prova dessa intervenção foi a criação da “Emenda Platt”, que assegurava o direito de intervenção dos Estados Unidos no país. 

Essa situação contribuiu para a instalação de um Estado fragilizado e subserviente. E Cuba sofreu várias ocupações militares norte-americanas, até que, na década de 1950, o general Fulgêncio Batista empreendeu um regime ditatorial explicitamente apoiado pelos EUA.

Nesse tempo, a população sofria com graves problemas sociais que contrastavam com o luxo e a riqueza existente nos night clubs e cassinos destinados a uma minoria privilegiada. Ao mesmo tempo, o governo de Fulgêncio ficava cada vez mais conhecido por sua negligência com as necessidades básicas da população e a brutalidade com a qual reprimia seus inimigos políticos.

Nesse tenso cenário um grupo de guerrilheiros se formou para tomar o governo pela força das armas. Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara, e um pequeno grupo de aproximadamente 80 homens se espalhou em diversos focos de luta contra as forças do governo. Entre 1956 e 1959, o grupo conseguiu vencer e conquistar várias cidades do território cubano. No último ano de luta, conseguiram finalmente acabar com o governo de Fulgêncio Batista.

O colapso da antiga União Soviética em 1991 e a intensificação do embargo dos Estados Unidos contra, Cuba, Havana e o resto do país experimentam a sua pior crise econômica desde o triunfo da revolução em 1959. Esta crise é denominada oficialmente de "Período Especial em Tempo de Paz". Mas os efeitos do Período Especial e a consequente escassez de alimentos tiveram repercussões mais sérias na cidade de Havana, cidade, com 2,4 milhões de habitantes.

A partir da queda da União Soviética, Cuba reorganizou a indústria do turismo, que é atualmente a principal fonte de receitas do país. Além disso, na década de 1980 construiu-se na parte oeste da cidade de Havana um Polo Científico com instituições do setor da Biotecnologia, que com um alto valor intrínseco exportam produtos como medicamentos, equipamentos e vacinas, que competem com homólogos dos países mais desenvolvido neste setor. 

Um fenômeno cubano é a exportação dos seus médicos. Tendo trocado petróleo por médico na Venezuela e negociado a vinda deles para o Brasil.

Hoje a cidade de Havana, capital de Cuba, está vivendo o pleno desenvolvimento do setor de serviços nos dias atuais, com sucursais de todo o tipo, desde automóveis como Peugeot ou Mercedes-Benz, até famosas marcas de perfumaria e moda como Dolce & Gabbana, Zara ou Benetton, o que tem feito renascer antigas artérias comerciais como o "Boulevard de San Rafael", "Galiano" ou a "Calle Obispo".

Um episódio classificado como um dos grupos da “teoria da conspiração”, jogou os EUA de John Kennedy contra Cuba.


*Na próxima coluna falaremos sobre o reatamento de relações Cuba - Estados Unidos.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014


Desejamos aos nossos seguidores, amigos e familiares um, FELIZ NATAL E ANO NOVOrepleto de saúde, paz, alegria e prosperidade.

A todos um ano de luz e harmonia, Salve 2015!


*Blog oficial do jornalista Helio Fernandes que durante 46 anos foi diretor do jornal Tribuna da Imprensa. Agora com suas matérias exclusivas, e também a participação de colunistas especialmente convidados. (NR).
(MATÉRIA PUBLICADA EM NOVEMBRO/14)

TRES CARGOS DISPUTADÍSSIMOS: BANCO CENTRAL, PETROBRAS, MINISTÉRIO DA FAZENDA. DILMA E O PAÍS,  PERDEM TEMPO.

HELIO FERNANDES

Um dia, jornalistas pediram ao presidente Roosevelt para definir a extensão dos Três Poderes. De forma simples e elucidativa, respondeu. “O legislativo legisla, o Executivo executa e o Judiciário diz aquilo que o Legislativo legislou e o Executivo executou, é constitucional”. Foi eleito quatro vezes, todos acreditavam que obteria mais um mandato, o quinto, morreu no início do quarto, com 61 anos.

Falastrona, atrapalhada, sem charme e sem liderança, apenas mal humorada, recorre sempre ao lugar comum, repete as mesmas tolices, deforma as palavras, deturpa até o sentido que elas devem ter. E volta com idiotices de antes, como essa proposta de reforma política através de plebiscito. 

Ontem fulminei essa ideia (?), que já fora derrotada em junho de 2013, quando queria “constituinte exclusiva”, “plebiscito”, “referendo”. Em menos de 24 horas recuou derrotada, volta o assunto 1 ano e meio depois.

Insiste desbragadamente na vontade de “dialogar”, lança a palavra de ordem primaria e inconstitucional, “vou governar com a sociedade”, E reforça a ideia de “conselhos populares”, como se isso fosse democrático. Tem que governar com a sociedade, nem precisava se expor. Mas não vai ás ruas, de casa em casa pelo país todo, perguntando aos moradores: “o senhor está satisfeito?”.

48 horas depois de uma eleição que escolheu deputados, senadores, governadores e o próprio presidente, o Congresso conquistou o direito de ser a REPRESENTATIVIDADE, é com o Congresso que tem que exercer o mandato.

Como venho propondo há mais de 30 anos, essa reforma político-partidária é imprescindível. Mas proposta pelo Executivo e aprovada pelo Congresso ou vice-versa. Mesmo que não preencham todas as reformas, pois só falam no financiamento de campanhas.

Mas a primeira e a mais importante dessas modificações políticas para regular o eleitoral, é a existência dos partidos, a sobrevivência de legendas puramente de aluguel. É impossível conviver e governar com 28 partidos, muitos, a maioria absoluta com o bolso aberto para o Fundo Partidário e a voracidade desigual do “horário gratuito”.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Desejamos aos nossos seguidores, amigos e familiares um, FELIZ NATAL E ANO NOVOrepleto de saúde, paz, alegria e prosperidade.

A todos um ano de luz e harmonia, Salve 2015!

*Blog oficial do jornalista Helio Fernandes que durante 46 anos foi diretor do jornal Tribuna da Imprensa. Aqui teremos suas matérias exclusivas, e também a participação de colunistas especialmente convidados. (NR).

COMEÇO COM A EXTRAVAGÂNCIA DE ESCOLHER PUTIN O PERSONAGEM DO ANO, TERMINO COM MEDINA, LEMBRO EM SUMA, EPISÓDIOS DE 64, 65 E 66, GOLPES E MAIS GOLPES.

HELIO FERNANDES
22.12.14

Amanhã, véspera de Natal, se completam 23 anos do fim da União Soviética. Com 37 anos, Putin, naturalmente comunista, fazia seu aprendizado na KGB. Nada surpreendente, Nesses anos que se passaram, sem charme, sem carisma, sem liderança, enveredou pelo caminho que considerou mais propício para se afirmar e se lançar “Senhor de Todas as Russias”, como era no tempo dos Romanoffs. (Disse isso quando invadiu a Crimeia).

Vocação de aristocrata e senhor de escravos, escreveu o próprio roteiro. Comunista-carreirista-oportunista, esperou apenas o momento certo pra executar o que planejara. Destruída a União Soviética pela “Guerra Fria”, A mais custosa e ruinosa de toda História, não fez um gesto. Silencio total, enquanto o bêbado Yeltsin e o traidor Gorbachev, esquartejavam o país, doavam todo espolio e patrimônio riquíssimo aos EUA.

De 1917 a 1991, foi um dos componentes da cúpula do mundo. O primeiro país a mandar um homem ao espaço, Gagarin, Não foi á Lua, mas lá de cima, gravou a frase para sempre: "A terra é azul". A União Soviética foi a primeira a colocar no subterrâneo dos mares, os submarinos nucleares.

Mas por descaso, desprezo, desinteresse, não conseguiam fazer um liquidificador. E o carro que fabricaram, o Lada, era tão deficiente, que de 5 em 5 quilômetros precisavam de reabastecimento e de oficina  mecânica.

O maior país do planeta, (duas vezes e meia o território do Brasil), o maior arsenal militar do mundo. De 1992 a 1994, dois anos da guerra Irã-Iraque, esses países utilizando exclusivamente armamento soviético, comprado e pago no “cambio negro”. E vendido por muitos empresários amicíssimos de Putin. Todos vivendo “luxuosamente exilados” na União Europeia.

Donos de clubes de futebol em vários países, sem serem incomodados, Já quiseram comprar times de basquete (NBA), nos EUA, não encontraram vendedores.

A Rússia de hoje.

Corta para hoje, não quero nem tenho espaço para contar a historia surpreendente da União Soviética, seu fim, e o aparecimento de Putin, em 2000. Surgindo das trevas da KGB, com 47 anos de idade.

Agora que foi escolhido “o personagem do ano”, números da Rússia, confessados por ele mesmo. Como esconder de um mundo que revela e proíbe até a exibição de filmes engraçados, como a “Entrevista”?.

1 – A inflação chegou a 25 por cento. 2 – Em cinco dias da semana passada, aumentou os juros de 10 por cento para 17. É dos governantes (como foram o Marechal Dutra, FHC, Lula e Dilma), que acreditam, a “inflação cai com a subida dos juros”.

2 – Em 1944 em Bretton Woods, com a Segunda Guerra terminando, os EUA conseguiram “o domínio financeiro do mundo”. Acabaram com o ouro como “lastro”, para operações, implantaram o dólar, que chamei logo de “papel pintado”.

(Mocissimo, Secretario - Adjunto da revista “O Cruzeiro”, ainda não aquela de 750 mil exemplares por semana. Mas que chegaria lá, a partir da genial invenção de Millor, as duas páginas centrais com o inesquecível Pif-Paf).

3 – Nesses 7- anos que se completam agora, os EUA determinaram: “o dólar passa a ser a moeda universal de troca”. Pois hoje, o valor do rublo é o mais desvalorizado entre todos os países. 4 – Juntando petróleo e gás, a Rússia é o maior produtor e exportador.

Se o levantamento for feito apenas com petróleo, a Rússia é o terceiro.

5 – Para cumprir a vocação de “comunista” aristocrata, Putin precisava invadir os vizinhos, como já fizera com a Geórgia e a Bielo-Rússia, teve que bater em retirada. Agora, Europa e EUA, reagiram, Putin mistificou descaradamente: “Estamos em situação dificílima, por causa das sanções dos inimigos”. É exatamente o contrário: as “sanções” foram executadas para paralisar sua arrogância, traduzida na frase: “Quero apenas unificar os povos que falam russo”. Ora todos falam russo, até mesmo Dona Merkel, que começou lá, muita amiga de Putin, na época.

6 – Aí não foi culpa dele, reconheçamos, mas por causa da necessidade e submissão total e mundial ao petróleo, os preços do combustível caíram só este ano, quase 50 por cento. E como 80 por cento do produto era exportado para a UE, através da Ucrânia, (fronteira com a Polônia), perdeu mais esse mercado.

Negativa e positivamente.

Citei apenas os países e não os presidentes, pois são rigorosamente diferentes, nas duas observações. Vergonhosamente, de forma deprimente e criminosamente, o Presidente George W. Bush torturou prisioneiros durante todo seu governo. E contou com a “colaboração entusiasmada da CIA, e do seu diretor, Dick Cheney”.

Covarde, não querendo se responsabilizar, "entregou" o presidente: "Bush sabia de tudo". Sem o  menor pudor, dignidade ou respeito pela vida humana, George W. Bush confessou: "Mandei torturar mesmo, sem tortura não se consegue informação".


George Bush é o personagem NEGATIVO deste 2014, por um motivo: a tortura selvagem, cruel, aviltante, comandada do "Salão Oval" da Casa Branca só foi denunciada ao mundo agora.

Obama, neste 2014, duas vezes personagem positivo.

Os episódios são mais que conhecidos, não acabaram, estão em desenvolvimento. 1- A denúncia feita por Obama a respeito dos crimes de Guantánamo. Assombraram, deixaram o mundo perplexo, revoltaram, repercussão espantosa. Quase todos já estão em liberdade, só que as torturas eram tão bárbaras, que não podem ser revelada pelos nomes. É execrável lembrar, pensar ou escrever sobre isso.

O reatamento Cuba-EUA.

O presidente dos EUA foi insuperável e inimitável na retomada do dialogo com Cuba. Nem é preciso dizer ou ressaltar que teve a participação e a colaboração do próprio Raul Castro. (Ele é comunista desde adolescente. Fidel nunca foi).

Por causa do petróleo, dos ataques das forças americanas a partir da "Baía dos Porcos", teve que assumir. Mas nesses anos todos, Raul chefe das Forças Armadas, não se meteu em nada. 

Francisco.

É o grande Papa. Alguns outros só foram a Cuba depois que a União Soviética desapareceu. Em 1996, 1998, 2001. Agora Francisco serviu de ponte, mas desta vez, sólida mesmo. Sem ele não teria havido o desenvolvimento, o novo relacionamento, não importa o que aconteça.

Raul pode dizer, "Cuba continua comunista", não tem a menor importância. Se tiver condições, tentará, quem sabe, repetir aqui nesta parte do mundo, "o regime hibrido da China".

Meu amigo Luciano Martins, notável figura, foi embaixador em Cuba 1999 a 2002. Me contou: "Hélio não consegui conversar uma vez sequer com Raul Castro. Ele não aparecia, marcávamos almoço ou jantar, a secretaria depois desmarcava".

E concluiu: "Conversei e almocei várias vezes com Fidel, agradabilíssimo. Afinal eu era embaixador do Brasil, Fidel respeitava isso. Raul, timidissimo, diziam nunca me viu ou falou comigo, nem pelo telefone". 

(Quando examinar mais profundamente o que aconteceu aqui em 1964, 65, 66, mostrarei a gravidade e a importância da tortura patrocinada, financiada e comandada pelos EUA. Sem a participação deles não teria havido o golpe. O mesmo aconteceu no Chile em 1973 e na Argentina em 1976).

Foi deprimente, acintoso, revoltante, desumano. Mas em 1969 tiveram que aceitar e pagar o preço cobrado pelos jovens corajosos e determinados que sequestraram o embaixador deles. Foram humilhados e humilharam os generais no poder, que tiveram que cumprir todas as exigências.

Existe o tempo de viver, o tempo de lembrar, o tempo da memória e o tempo de contar.

PS- Agora, todas as palavras de carinho, ternura e admiração para esse jovem de 20 anos, Gabriel Medina. Campeão mundial de um esporte que não é de grande repercussão, se transforma em ídolo nacional, num país que tem mais de 8 mil quilômetros de mar.

PS2- Não como o do Havaí, é claro. Mas Gabriel Medina só precisou do mar para se elevar acima das ondas, dos adversários como o americano que tem 11 títulos mundiais, ou o australiano. Que dividem os títulos entre eles, dizem como toda sinceridade. “O futuro é desse menino”.

PS3- Grandeza do próprio Medina, que conquistou o país inteiro, não apenas pela competência, mas também pela esportividade, simplicidade, autenticidade. O prazer com que todos o abraçavam dentro d’água, é impossível dizer mais alguma coisa.

PS4- Medina, em poucas horas, (fora a espera de ondas) resgatou o orgulho nacional, tão atingido, nas competições ou fora delas. Por isso, o apelo total: precisa desfilar no Rio, em carro aberto do Corpo de Bombeiro. Como fazia a seleção de futebol, antes de perder por 7 a 1.

PS5- E como continuarão a fazer seleções de vôlei, depois que recuperarem o dinheiro que os dirigentes roubaram do Banco do Brasil. Quer dizer, dos profissionais.

*COMUNICAMOS QUE DURANTE O PERÍODO DAS FESTAS NATALINAS E ANO NOVO, SERÃO PUBLICADAS AS MATÉRIAS MAIS ACESSADAS PELOS SEGUIDORES DO BLOG.