Titular: Helio Fernandes

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Presidente do BC, promete muito, confirma pouco. Presidente provisório comanda sobrevivência do corrupto Cunha

HELIO FERNANDES

Normalmente é um dos cargos mais importantes. Nas atuais circunstancias, de relevância incalculável. Convidado e nomeado sem restrições, e recebendo um dilúvio de elogios, devia ter sido mais cauteloso.  Apressado, garantiu demais, transformou a própria duvida, rigorosamente incerta, numa quase verdade só que com 1 ano de espera. Lembremos as promessas da posse: "Envidaremos esforços para trazer a inflação ao centro da meta, 4,5 por cento".

E concluiu de forma decepcionante: "Em 2017". Comentei na mesma hora: "A promessa da inflação é audaciosa, o tempo,1 ano, sinalizava para 12 meses de duvidas ou até de adivinhações. 

Ainda não completou 1 mês de existência, e já vem a publico no Brasil e na Suíça, onde está, e é obrigado a esclarecimentos, não quero nem chamar de desmentidos. Não vai atingir a meta na prometida chegada aos 4,5 tão almejados, "vamos trabalhar  para ser em 2017, ou então no inicio de 2018". Visivelmente desistiu do vago 2017, que se fosse em novembro ou dezembro, quase o mesmo que o "inicio de 2018". Que não pode ser prorrogado, a não ser com outra "solução" como a de agora, sem povo e sem eleição.

Esse senhor Ilan, como é chamado por causa do sobrenome complicado, precisa entender a extensão ou o tamanho da sua responsabilidade. A melhoria ou até a definição para o Brasil não vem da política e sim da economia. A política só complica, principalmente por causa do comprometimento empavonado, do presidente provisório. Que luta insensatamente para misturar o desarvorado com o desiquilibrado, as duas palavras quase sinônimos, na verdade conflitantes.

Isso tudo leva e eleva ao paroxismo, qualquer coisa que venha do Banco Central. Prazos precisam ter credibilidade, não podem vir seguidos do desmentido. Afirmações têm que ser confirmadas.

Lamento, mas nem os especialistas interessados estão acreditando no presidente do BC. Tentam preservá-lo, desmentindo apenas os números. Não adianta nada. A realidade tem que ser enfrentada com medidas praticas e verdadeiras, não apelando apenas para a boa vontade. Terminemos  a analise economica-financeira, mostrando a contradição do comportamento no combate á inflação e a manutenção dos juros, vergonhosamente altos.

A presidente efetiva errou elevando os juros na alta e na baixa da inflação. A inflação estava em 8 por cento, os juros em 7. Tombini aumentou os juros até 14,25, à inflação chegou a 11,30. A partir de novembro de 2015 até abril de 2016, a inflação veio para 7,4. Era uma chance de reduzir os juros, eles se mantiveram impávidos e altaneiros em 14,25.

Veio o "novo" governo, ficou a mesma coisa. Ilan assumiu o BC, trata intensamente da inflação, nenhuma palavra sobre juros.

Perdão, diz que não é hora de cuidar do assunto.Mas não é unanimidade entre economistas e especialistas, que se combate inflação com alta dos juros? E com a queda o presidente do BC fica silencioso e aparentemente satisfeito. Os juros não são importantes? 14,25 quando já deveria estar obrigatoriamente em 10 por cento, não representam crime? E quando a inflação estiver nos sonhados 4,5 em que patamar estarão os juros. Falta conhecimente, coragem e competencia.

(J.P.Morgan aposta: "Corte da Selic. virá  em outubro". O CitiBank. mais eclético, divulga: "A Selic será reduzida  entre agosto e novembro".Total insegurança. O Itaú não informa nem desinforma:"Queda de juros só em 2017". Como se vê, adivinhações para todos os gostos. Nem o proprio presidente do BC pode ficar irritado. Os  especialistas tão inseguros quanto ele).

Alemanha e França não perdoam Cameron

Anteontem, a primeira vez que Merkel e Hollande  se  encontraram pessoalmente com Cameron. Já vinham de longe, criticando duramente o Reino Unido. Injustiça, pois o Primeiro Ministro era a favor da permanencia, foi derrotado. E precisa de tempo, para consumar a saida. Alem dos problemas economicos e administrativos. completa turbulencia politica.

È impossivel desfazer uma aliança de 43 anos, em algumas semanas.  Ninguem sabe até agora, quem será o futuro Primeiro Ministro. Para complicar, pode ser Trabalhista ou Conservador. Muitos nem querem saber. Mas existem 6 deputados, 3 em cada partido, que declaram: "Serei o Primeiro Ministro". È o caos no país e no Parlamento.

O presidente provisório, se  arrisca para salvar Cunha

Nos meios politicos e setores jornalisticos, um assunto está presente diariamente: o relacionamento entre Michel Temer e Eduardo Cunha. E não ha disc ordancia, ao contrario, inesperada unanimidade: "Não pode ser apenas amizade,tem que existir alguma coisa até agora não desvendada".

Tres encontros em 10 dias, desgaste completo para o presidente provisorio, que não tem tanto capital para desperdiçar. O primeiro e o segundo, condenavel pela facilidade com que Cunha transita pelo Jaburu. Já ressaltei: ele jamais vai ao Planalto, acha a residencia não tão visivel. Acontece que isso é Brasilia: assim que  ele chega, todos sabem.

O terceiro encontro, execravel. Inadmissivel. Inacreditavel. Foi o proprio Temer que chamou ao Jaburu o ex-presidente. Pediu isso mesmo, pediu a Cunha que fizesse exame da situação politica do país, "e como deverei agir para manter o controle da Camara". Já revelei com exclusividade os "conselhos" de Cunha. Mas não terminou por aí. Cunha falou sobre a presidencia da Camara, e disse textualmente: "Você pode me ajudar a voltar á presidencia da Camara". Nem protesto ou discordancia de Temer, Cunha deu toda a receita, cumprida á risca, até agora.

Como o problema de Cunha está na Comissão de Constituição e Justiça, (CCJ) Temer cumpriu todo o roteiro determinado por Cunha. Mandou um assessor convidar o presidente da CCJ, Osmar Serraglio, para ir ao Planalto. Chegou logo, o presidente provisorio recitou: "Quero que você trate pessoalmente da questão do Eduardo Cunha. Indique como relator o deputado (disse um nome desconhecido) se possivel ainda hoje". Não havia mais nada a  tratar, voltou para a Camara.

Chamou o deputado, disse, "você será o relator do processo do Eduardo Cunha". Acreditou que ia surpreender o deputado, tipico baixo clero. Surpreendido foi ele com a resposta: "Já estou trabalhando no parecer". Falou pelo telefone com Cunha,voltou para o gabinete de Osmar,"pediu prorrogação do prazo". Concedido na hora.

Um escandalo, Osmar foi criticadissimo pelos colegas, mas procurado por reporteres  de televisão. Falou: "A CCJ tem 65 membros, o relator é só 1" Olhando para câmera de TV,apontou o dedo na "cara do telespectador", e rindo, gritou, "só 1". “Indecencia e indignidade".

Mas a coordenação presidencial não termina aí. Cunha diz que "não renuncia, quero voltar á presidencia ". O apaniguado de Cunha na CCJ, pede mais prazo para processo de Cunha. O acolito dele na liderança do governo, afirma publicamente: "O processo de Cunha tem que terminar no maximo em 15 dias". Não é só indignidade. È preciso inventar outra palavra, mais elucidativa.

O perdão e a prisão de Dirceu

Muita gente no mundo politico e juridico ficou surpreendido e levou um  susto. O Procurador Geral pediu ao Supremo, perdão para o ex-Ministro Chefe da Casa Civil.Ele estava condenado pelo processo do mensalão. Cumpriu uma parte preso, estava em prisão domiciliar, quando foi novamente preso e enquadrado na Lava-Jato. Continua na prisão, e não existe a menor duvida de que será condenado novamente.

Existem duas versões a respeito da questão. 1-Janot sabe ou soube que José Dirceu será condenado, novamente, e não demora muito. Como seria a segunda condenação, teria que ir para uma penitenciaria imediatamente. Considera que a reação seria desfavoravel. E como  falta pouco tempo, não seria  absolvição e sim  perdão-anulação.

2- Voltaria a não ter prisão. Se fosse condenado pela Lava-Jato, não iria para uma penitenciaria. E caberia recurso para o STJ e STF. De qualquer maneira, o Supremo daria a ultima palavra em tudo. Por enquanto, tem que decidir, contra  ou a favor do pedido de perdão. Enquanto escrevo, vem  a noticia: Dirceu se torna réu pela segunda vez na Lava-Jato. As coisas se complicaram.

A propósito de Supremo

o Ministro Dias Toffoli, mandou libertar o ex-Ministro  Paulo Bernardo.A libertação de alguem, geralmente é uma boa noticia.No caso é preocupante, pois sozinho,Toffoli reformou a Constituição.Até agora, só algumas pessoas tinham foro privilegiado.
A partir de hoje,com a jurisprudencia Toffoli, até imoveis têm esse  privilegio. E pensar que Lula lutou e insistiu tanto para ser considerado Ministro o e não ir para Curiiba. Bastava morar num apartamento"funcional", e estaria tudo resolvido.

PS- Personagens importantes do Brasil, já foram mais cautelosos e respeitosos, consigo mesmo e com a opinião publica. Ontem, num jantar em homenagem ao
presidente provisório ,estavam presentes Gilmar Mendes  e Otavio Noronha.

PS2- Os três não poderiam estar juntos. O presidente provisório, como homenageado, teria que estar presente. Os outros dois não poderiam comparecer. 

 PS3- Motivo: Gilmar Mendes é presidente do TSE. Otavio Noronha é Ministro desse TSE. Ha meses estão com o processo para julgar e obviamente cassar a chapa Dilma-Temer. Estão descumprindo o dever, algum dia terão que realizar o julgamento. Votando contra, a favor, ou arquivando.

PS4- Otavio Noronha é a favor da cassação da chapa. Gilmar é uma incógnita. Maria Tereza Moura, a relatora, ha 5 meses com o processo, contra a cassação. Se tivessem realizado o julgamento no tempo certo, não teria acontecido tudo o que aconteceu.

PS5- No momento o placar está 3 a 3. São 7 Ministros, existe tendência forte de arquivamento. Um acordo. Dona Dilma não será mais atingida. Haveria a possibilidade de eleição indireta.


quarta-feira, 29 de junho de 2016

Temer, muito perto do sonho milenar dos ANARQUISTAS: um país sem governo, ou dominado pela ANARQUIA

HELIO FERNANDES

Durante centenas e até milhares de anos, grupos tentaram de todas as maneiras, nos mais diversos países, implantar um novo sistema. Era o mais revolucionário possível, chamaram de ANARQUISMO. Sua base, seu objetivo, sua obsessão: nenhum governo. Consideravam que o governo era o culpado de tudo.

Sem governo, acreditava que não haveria guerras, ninguém para decretá-las ou combatê-las. (Como Muhammed Ali incontáveis períodos de anos depois, não queria matar ninguém). Sem governo, haveria liberdade total, sem ditadura civil ou militar, sem fortunas colossais acumuladas com a fabricação e venda de armas.

(Não haveria Premio Nobel, distribuído, desejado, ambicionado sem explicação. Mas existindo por causa do inventor da pólvora, e um dos maiores fabricantes de armas de todos os tempos.

A partir de 1850, Alfred Nobel e outros lançaram armas que foram se multiplicando e se aperfeiçoando criminosamente. Não por arrependimento, seguramente por exibicionismo ou por não terem herdeiros ou sucessores, eternizou seu nome pela vaidade da generosidade.   

O presidente provisório, está muito mais para o sem governo da ANARQUIA do que da filosofia do ANARQUISTA.Prisioneiro de um Congresso de quinta categoria,bravateia que está sendo bem recebido pela opinião publica.Na verdade faz tudo o centrão pede.Isso n a Câmara, dialoga, satisfeitíssimo com o antigo baixo clero.No Senado compra e compõe maioria, por causa do impeachment.

Basta um senador se declarar indeciso, logo aparecem vários, para ajudá-lo a se descomplicar. 

O colunista Lauro Jardim revelou: "O presidente provisório acha que sem medidas revolucionarias e profundas, muita coisa pode ser resolvida". E cita o fim da coalizão proporcional e a limitação do numero mínimo que cada partido tem que eleger. Ora, nos últimos 20 anos me fartei de combater esse voto proporcional.È uma excrescência, todos os políticos sabem disso.Mas eles é que podem modificar as coisas.

Quanto á limitação dos votos,já existiu, anulou. Era a chamada clausula de barreira. O partido precisava eleger 13 deputados,para ser representado.Na Alemanha, o Partido  Verde levou 17 anos até conseguir obter a representatividade constitucional.Nos EUA existem quase 30 partidos, sem a menor formalidade ou ajuda. Para se credenciar perante o povo, Temer teria que fazer duas coisas que seriam maravilhosamente recebidas pelas ruas, onde está o povo, ou "a patuléia vil e ignara", como escrevia o notável J.E. de Macedo Soares.

A primeira providencia: acabar o Fundo Partidário. Economia de mais de 1 bilhão por ano nas duas casas do Legislativo. Eliminar para sempre o horário eleitoral dito “gratuito", mas que rouba mais de 2 bilhões anuais do cidadão-contribuinte-eleitor. È evidente que Michel Temer, provisório ou efetivado, não tomará nenhuma providencia.

A ética de Bolsonaro, Cunha, e principalmente de Michel Temer

Chegou ontem, á Comissão de Ética, o pedido de processo contra o deputado-capitão. O presidente José Carlos Araujo, tentou escolher logo o relator. Pelo numero de recusas, o que se diz sorrateiramente, ficou quase evidente:ele não será punido, a não ser levemente. Não serão gastos 8 meses, mas a Comissão ficará muito tempo nas manchetes.

Eduardo Cunha continua engavetando seu processo. Notadamente depois dos encontros com o presidente provisório. Conseguiu "eleger" relator na CCJ, depois de15 dias. E o que teve mais votos, (me recuso a dizer, eleito) foi precisamente o mais indicado pelo próprio acusado e derrotado na Comissão de Ética.

Sobre Cunha, muitas variações: Dizem que fará delação, nega. Como informei ha dias com exclusividade,a Policia Federal e a Procuradoria do Paraná, não estão interessados. Aceitariam a delação da mulher, Cláudia Cruz.Também garante: "Não renunciarei á presidência, voltarei para o cargo.

Pergunta ingênua e inútil: quando o Supremo irá julgar Eduardo Cunha. Duas vezes RÉU, precisarão de quanto tempo mais para o julgamento?

PS- O desgaste de Temer com a proximidade e intimidade com o corrupto deputado suspenso, é COLOSSAL. 3 encontros em 10 dias, com ele, duas vezes RÉU no Supremo é tido como desafio e até desprezo ao mais alto  tribunal do país.

PS2- O presidente provisório tem sido cobrado por muita gente. Empresários importantes que financiaram a campanha do impeachment, cobram de Temer mais credibilidade e seriedade e menos intimidade.

PS3- Alguns, depois das criticas, perguntam de forma clara: "Você deve alguma coisa a esse Eduardo Cunha?". Nenhuma reposta.



LAVA JATO E AS DELAÇÕES REVELAM A CADA DIA A FACE OCULTA DO PT. CHAMBINHO (NÃO LEIA CHUMBINHO), DISTILA VENENO NA DELAÇÃO. PAULO BERNARDO O MARIDO DA SENADORA NARIZINHO, DITO POLUTO, METIDO A DAR LIÇÃO DE MORAL, ESTÁ “EXECRADO”. O BRASIL NÃO TEM PARA ONDE CORRER. NA DIREITA OU ESQUERDA O “BICHO PEGA”

ROBERTO MONTEIRO PINHO

O Partido dos Trabalhadores mergulhou de vez nas trevas do crime. Figuram emblemáticas, vem revelando outro lado, que é o inverso da moralidade que tanto defendeu durante anos e anos.
Neste momento o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicações) nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff está sendo indiciado acusado de ter recebido pelo menos R$ 7 milhões de propinas do esquema de desvios alvo da Operação Custo Brasil, deflagrada pela Polícia Federal no dia 23 de junho.
Mas as investigações caminham para confirmar que de 2010 a 2015 o esquema teria gerado R$ 100 milhões em propinas, referentes a contrato da empresa Consist Software, por serviços indiretos para o Ministério de Planejamento.
Na esteira das descobertas da operação Lava–jato, o operador das propinas arrecadadas com a Consist, o ex-vereador do PT Alexandre Romano, o Chambinho, confessou em delação premiada que havia propinas para o PT, para Bernardo, para o ex-ministro Carlos Gabas (Previdência e Aviação Civil), entre outros.
Conforme vai desenrolando as operações deflagradas pela Polícia federal, por ordem do judiciário, nomes de políticos, até então tido como alicerces da moralidade pública, desmoronam, com a descoberta de falcatruas e recebimento de propinas.
“Chambinho”, foi alem denunciando que o negócio teria como principal beneficiados o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicação) e sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Essa senhora, pernóstica, arrogante e rançosa, tal qual a presidente Dilma que ela defende como se fosse à dona da verdade. Elas se merecem de fato. Para quem não sabe Chambinho, foi preso na 18ª fase da Lava Jato, em agosto de 2015, alvo da Operação Pixuleco 2 – que apontou pagamento de R$ 51 milhões em propinas nesse contrato, a partir de 2010.
O delator aponta Paulo Ferreira com responsável por sua participação no negócio, em reunião na sede do PT, em Brasília, no final de 2009. "Para a conversa, Paulo Ferreira chamou Duvanier Paiva Ferreira (Secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento) e Carlos Gabas", informou Chambinho. "Foi dito que parte dos lucros da empresa ficaria com o Partido dos Trabalhadores (80%) e outra parte com as pessoas envolvidas na operação."
A comunidade brasileira é hoje refém de um Co0ngresso venal, contaminado em quase sua totalidade por legisladores, que não tem o menor respeito e sensibilidade para o trato do patrimônio público, a ponto de se envolverem em falcatruas das mais infames e trágicas para o país.
Por quase três décadas, a metade praticamente no poder maior da nação, com dois mandatos do ex-presidente Lula da Silva e um e o segundo em curso da presidente Dilma Roussef, agora afastada por conta do seu impeachment, o Partido dos Trabalhadores, vendido para a opinião pública como o “caminho para libertação e a distribuição de riqueza igualitária”, rompeu seu “slogan” DE BONZINHO.
Agora mostra a face criminosa, de seu grupo de elite, que tomou para si, fortunas, através de falcatruas das mais diversas. É o social ao avesso.
O Brasil que trabalha e recebe menos de dois salários mínimos por mês, e os que estão no desemprego, está assim: Se corre para a direita o “bicho pega”, se correr para a esquerda “o bicho come”.
Do “mensalão”, que revelou criminosos, como José Dirceu, Genoíno e Palocci, entre outros, a Lava-jato que trouxe a tona, figuras tidas como “anjos do socialismo trabalhista”, agora, desconstrói de vez por todas o “projeto de poder petista”, e a recuperação de Dilma no impeachment e ainda vão derrubar Lula da Silva da ponta das pesquisas como favorito a eleição de presidente em 2018.
Fim do PT boquinha, fim da farsa, que enganou a opinião pública por três décadas.
Mesmo assim, em que pese à falsa esquerda, essa falsa frente socialista está por ai, pleiteando seu voto nas eleições de outubro. Um voto que é obrigatório, compulsivo e eletrônico. Uma maldição que não tem fronteiras.
A situação é tão medíocre que no Rio de Janeiro, três nomes da autodenominada esquerda disputarão a prefeitura da cidade. Dois deles só querem a visibilidade do horário gratuito (para eles, mas o cidadão paga) da TV, para marcar posição e garantir lastro até a eleição de 2018.
Com chances de ser maquiado, alterado e modificado. Somos reféns de um Congresso venal, e de um sistema eleitoral capcioso, que infecta o sistema democrático de tal forma que nos tornamos escravos de nos mesmos. Somos filho de uma República apodrecida e amorfa.

O Parlamento brasileiro é tão inescrupuloso, quanto o judiciário dois. Melhor seria se existisse, o Parlamento e um Judiciário, igual os campeonatos de futebol. Times das séries A, B e C. Quem sabe se rebaixando os representantes do legislativo e do judiciário, se consiga moralizar o país?

terça-feira, 28 de junho de 2016

Tentando se popularizar dá entrevistas, não diz nada. Mas sonha com o futuro. Lacerda e JK, presidentes, mudariam o país

HELIO FERNANDES

Faz o possível e o impossível para se destacar, não consegue. Deu entrevista á Globo News, normalmente é de 30 minutos, anunciaram fartamente, "será de uma hora". Deviam ter reduzido para 15 minutos. Foi no dia 21, no dia 24 já haviam repetido varias vezes, repercussão zero. Dois dias depois, outra "palestra" ao impresso, o mesmo distanciamento do fato e do publico.

No áudio, só o tom habitual do ex-vice, entre pretensioso e presunçoso, considerando que sua palavra, escrita ou falada, está acima de tudo. A primeira pergunta, corretamente, era sobre a razão da carta á presidente, se confessando "decorativo". E a complementação obrigatória: "E por que a publicação imediata de um documento que deveria ser particular e sigiloso?".

Com inusitada veemência respondeu: "Foi à primeira traição da senhora presidente. Não se passou muito tempo, e o planalto vazou o documento". O entrevistador não sabia, foi o próprio ainda vice quem entregou a carta a um jornalista, que como era do seu dever e obrigação jornalística, colocou no seu blog.

Era o que Temer queria, esbravejou furiosamente contra o "vazamento" que ele mesmo coordenou. A carta tinha um objetivo, não podia ficar em sigilo. Era o primeiro item da traição conspiração, deu tudo certo, anunciou rompimento, Começava o impeachment, que levaria Temer á tão sonhada presidência, sem voto e sem eleição.

Era lapso ou gafe, a pergunta: "O que o senhor fará quando ficar legitimo?". Temer não gostou, respondeu, levemente irritado: "Eu sou legitimo, está na Constituição". Como era entrevista vôlei, o entrevistador levanta para o entrevistado cortar, a colocação amável para a resposta encomendada: "O senhor admite ser candidato á reeleição?". Temer abre um largo sorriso: "Em hipótese alguma. Presidência é destino" Ficou satisfeitíssimo com a descoberta da frase, continuou, desfilando títulos e méritos, cada vez mais falante, como se estivesse diante de um espelho.

 "Já servi muito ao país. Mais do que muita gente. Fui secretario varias vezes (duas apenas, o resto exagero), três vezes presidente da Câmara". Com apoio e 
insistência de Renan Calheiros. E um fenômeno: foi presidente, sendo suplente de deputado.

Raramente se elegia, ficava primeiro ou segundo suplente, assumia logo. Podia escrever (se soubesse escrever) um Tratado sobre o Carreirismo, sem disputar grandes cargos majoritários, senador, governador. Vai em frente, glorificando o nada, que é a sua própria vida publica.

Fala sobre a relevância de ser vice e a sua participação, que considerou "importantíssima", na eleição de Dona Dilma para presidente duas vezes. Textual: "Contribuí com uma votação enorme para a vitoria da chapa. As pessoas viam meu nome na chapa, queriam votar em mim, tinham que votar nela". A entrevista vôlei chegou ao fim, nenhuma pergunta que exigisse resposta mais elucidativa ou constrangedora.

Sobrou tempo apenas para a satisfação da constatação: "Fico feliz e recompensado, com o apoio da comunidade ao meu governo".

O Fundo Soberano, e a realidade da Divida publica

Temer e Meirelles conversaram, ficaram satisfeitos com a constatação: o Fundo Soberano atingiu o total de 1 trilhão de reais. Levemente admitiram, que numa eventualidade, poderiam utilizar esse dinheiro, na verdade reservas externas, para dificuldades internas.

Se fizerem isso, será uma traição criminosa ao país, mais exigindo punição do que a traição pessoal de Temer a Dilma. Não deram uma palavra sobre o fato desse Soberano ter sido criado por Lula e mantido por Dilma. E se ela tivesse usado uma parte mínima, não teria sido acusada desvairada, insensata e mentirosamente de "pedaladas".

Mas é preciso comparar a reserva do Soberano com a Divida Publica. O Fundo rende de juros, 5 bilhões anuais. A Divida exige esforço financeiro tão grande que é impossível atingi-lo. Fica em media 10 por cento. 14,25 dos juros catastróficos. 9 por cento da taxa contratual. 6 por cento da exigência dos chamados emprestadores.

Como a Divida está em 2 trilhões e 900 bilhões, a amortização anual, tem que ter um volume de 290 bilhões, não para pagamento. Como vimos à diferença entre o rendimento do Fundo e a massa de juros, tragédia inominável.

Se reduzissimos os juros de 14,25, (os maiores do mundo) para 10 por cento, a media ficaria em 6 por cento. Ainda alta, a amortização baixaria para 170 bilhões. Os juros da Selic tão desprezados, precisam de operação especial.

Dizem que os juros estão elevados para conter a inflação. A Selic foi para 14,25 com a inflação em 12 por cento. Continuou com a inflação em 9 por cento. E o novo presidente do Banco Central, "acena com inflação a 4,5 em 2017", mas não dá uma palavra sobre redução dos juros. FHC elevou os juros, estratosfericamente a 40 por cento, entregou a Lula em 25. Lula passou para Dilma a 12. Ela conseguiu reduzir para 7, ninguém explica a razão, voltou a subir até esses execrados 14,25, que parecem intocáveis.

Lacerda ou JK, Presidentes em 1965, viável e altamente favorável

Teu pai tinha razão, Pawwlow, em Historia não existe SE. Principalmente no limiar dos 40 anos da morte dos dois. Juscelino, mais tarde confessou que conversou sobre uma possível reeleição. Não encontrou receptividade. Abandonou a ideia. Ao passar o cargo para o trêfego e bêbado Janio Quadros, lançou sua candidatura para voltar em 1965. Infelizmente no calendário político não houve 1965.

Nos primeiros dias de 1964, JK teve 2 encontros com Castelo Branco, na casa do deputado Joaquim Ramos, irmão de Nereu. Castelo disse a JK: "Presidente, não quero assumir como "Chefe do Governo Provisório", não terei força para garantir a eleição de 15 de novembro de 1965, o senhor será o beneficiado, já é candidato". (Todos sabem o que aconteceu).

Lacerda tinha a obsessão da presidência. Principalmente depois do excelente trabalho realizado como governador da Guanabara. Muitos acreditaram que apoiou o golpe de 64, como forma de consolidar a candidatura. Engano completo. Ele era tão ligado aos militares, que não existia possibilidade de ficar contra. Mas eles começaram a abandoná-lo quando aderiu á Frente Ampla, que surgiu na minha casa.

Foram tão cruéis com ele, que precisou escrever um artigo emocionante, com o titulo, "Carta a ex-amigos fardados". Me deu para ler, eu ia ficando com ele, pediu de volta, explicou: "Tenho que publicar no Globo, o Roberto Marinho vive reclamando que só escrevo para a Tribuna".

Para terminar, Pawwlow, um encontro impressionante, teria mudado as coisas. Em janeiro de 1966,já não mais governador, telefona: "Helio, preciso conversar com você, agora, mas não quero ir ao jornal". Chegou logo, estava morando no Humaitá enquanto aprontava o famoso triplex.

Não demorou, contou: "Estou vindo do Laranjeiras, o Presidente Castelo me convidou para Embaixador na ONU". Nem deixei terminar, interrompi, aplaudi, "e você aceitou na hora". Respondeu como se fosse o mais normal: "Recusei imediatamente. O presidente ficou surpreendido, pediu para estudar a questão".

Comentei então: "Eles estão te mandando um recado, você não será presidente, mas não ficará abandonado. Tem que aceitar, fala correta e correntemente 6 idiomas, é extraordinário orador, tem paixão por política internacional. O que tiver que acontecer, acontecerá. Se for positivo, é só pegar um avião. Negativo, já estará exilado". Mal acabei de falar, disse apenas, "serei presidente", foi embora. No final desse 1966, fui cassado.  Em 1968 fomos presos juntos, perguntou: "Você ainda considera que eu deveria estar na ONU?". Não era hora de resposta.

Quem tem medo de gravação?

O presidente do Senado, enviou oficio á Policia Federal. Motivo: “quer investigação urgente para saber" quem vazou as gravações do presidente da Transpetro. È possível que Renan Calheiros abandone o pedido. Imita o que fez com o Procurador Geral da Republica. Anunciou que pediria seu impeachment desistiu. Renan está farto de saber, que quem distribuiu as gravações, foi Sergio Machado. Ia gravar para guardar em casa?

Temer e Cunha, íntimos para sempre

Nos ulimos10 dias, estiveram juntos, isolados, três vezes. No Jaburu, lógico, o Planalto é muito transparente. Na véspera da votação do Conselho de Ética, o presidente afastado foi comunicar ao presidente provisório: "Vim TE dizer, que amanhã acaba essa farsa do Conselho de Ética. Sairei vitorioso por 11a 9". Temer: "Fico satisfeito, tuas analises são sempre certíssimas". Derrotado pelos mesmos 11 a 9, Cunha voltou ao Jaburu para explicar, "o que para muitos seria derrota, menos para mim".

Domingo, anteontem, Cunha recebeu um comunicado da assessoria de Temer: "O presidente espera o senhor amanhã, ás 9 horas da manhã". Chegou pontualmente, conversaram até ás 10,15. Não foi muito, fizeram analise sobre o momento político. E mais: examinaram o relacionamento do governo com a Câmara dos deputados. E sensacional: com o presidente provisório em silencio,

Cunha mostrou como o governo tem que agir, "para eleger o presidente da Câmara". Já se despedindo, Cunha falou: "Estou á disposição". Temer foi levar Cunha, ele entrou no carro na frente, com o motorista. No banco de trás, três seguranças.

PS- Que fase, da Inglaterra. Expulsa da União Européia por metade dos Conservadores e metade dos Trabalhistas, a reação que não esperava. Pedem pressa "na saída", não podem esperar. 

PS2-Ontem, o inacreditável: derrotados pela Islândia, foram eliminados da Europa. E o inaceitável: em todos os lugares da Europa onde o jogo era transmitido, vaias para o futebol mais rico do mundo. E satisfação geral.

PS3- Em 48 horas, a Inglaterra longe da União Européia e fora da Euro Copa.


A terceirização e a síndrome dos juízes
(...) Essa me parece com todas as letras, de que se trata de uma discussão inócua, eis que os juízes do trabalho já se posicionam contra o PL e com certeza vão fulminar em suas decisões os contratos, em que o estado, contrata através de terceirizadas.

ROBERTO MONTEIRO PINHO                          

   Após mais de dez anos em trâmite a Câmara dos Deputados aprovou no ano passado um projeto de lei (PLS 555/15) permitindo que empresas privadas contratem funcionários terceirizados para qualquer tipo de atividade. O setor público também poderá terceirizar um elenco de tarefas desde que não seja para exercer funções exclusivas do Estado, como regulamentação e fiscalização.
   Um dos argumentos decisivos para sua aprovação se prende ao fato de que não existe legislação regulamentando a terceirização de atividades. Há apenas entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), consolidado por meio da Súmula 331, para solucionar os litígios levados à Juízo, a qual permite terceirização apenas de atividade-meio.
   Se a nova lei for aprovada no Senado, esta mesma empresa poderá terceirizar inclusive o cargo de vendedor (sua atividade-fim, já que lá a principal finalidade é vender), assim como um banco, que poderá terceirizar o serviço de caixas.
   O assunto despertou intensa discussão entre juristas, em toda mídia nacional, sindicalistas e principalmente entre os políticos, que divergem de posição. Ocorre que este “modelão” que está no papel, é uma carta “chapa branca”, da ordem global, que o próprio governo da agora afastada presidente Dilma Rousseff acolheu sem reticências.
   Prova disso em 16 de maio de 2016 o então Ministro da Casa Civil Eliseu Padilha (no seu governo) disse em evento para empresários e executivos de São Paulo que o país precisava “caminhar no rumo da terceirização.”.
Realidade: Levantamento do programa “Contas Abertas” mostra que, em média, o servidor do Judiciário e o do Legislativo ganha o dobro do lotado no Executivo. A União gasta, em média, R$ 13.290 com a remuneração dos 119 mil servidores federais do Judiciário, R$ 12.516 com os quase 36 mil servidores do Legislativo (Câmara, Senado e Tribunal de Contas da União) e apenas R$ 5.599 com 1,8 milhões de servidores do Executivo.
   Essa me parece com todas as letras, de que se trata de uma discussão inócua, eis que os juízes do trabalho já se posicionam contra o PL e com certeza vão fulminar em suas decisões os contratos, em que o estado, contrata através de terceirizadas. A tese é de que atualmente a empresa contratante de serviços terceirizados só responde pelos créditos trabalhistas do empregado quando se esgotam as chances de cobrar da empresa terceirizada, ou seja, a responsabilidade é subsidiária.
   Com o advento da nova lei, a responsabilidade da empresa contratante passaria a ser solidária. O risco é de que empregados celetistas poderão ser demitidos e recontratados como pessoas jurídicas através das empresas terceirizadas. Mas isso elas já fazem, através de PJ (empresas individuais).
   Tenho variavelmente escrito aqui que os juízes do trabalhado não deveria intervir em matéria legislativa, na qual, estariam tomando decisões. Parece correto afirmar que o juiz não deve interferir num texto legislativo, sob risco de macular a lei, que brota de forma debilitada, e é exatamente isso que vem ocorrendo.
   Um dos maiores exemplos está ai com o NCPC, rejeitado em mais de 300 pontos, e com a inquietante e esdrúxula Instrução Normativa (n° 39/16) do Tribunal Superior do Trabalho. No caminho da terceirização está a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o funcionalismo público, que desde o tempo do Império, estão na defensiva, contra medidas que possam afetar a sua permanência e no status de privilégio, que o diferencia das demais classes trabalhadoras.
   A lei da vantagem em tudo (parodiando Gerson) é o sinal vital para essa rejeição.


segunda-feira, 27 de junho de 2016

A Grã-Bretanha está acabando, ficará apenas a Inglaterra, que pode arrastar a UE. Fortalecendo a direita do ódio

HELIO FERNANDES

A situação é muito mais grave do que parece ou se imagina. O problema não é numérico, a UE tinha 28 membros passa a 27. È o fim de muita coisa, poucos percebem. E ninguém, mas ninguém mesmo imagina o que virá depois. Pode ser o fim da UE, certa e seguramente é o fim da Grã-Bretanha.

Durante 300 anos dominou os maiores territórios, geográfica, política e administrativamente. Austrália, Canadá, índia (antes de ser dividido com o Paquistão) eram propriedade autoritária e indevassável da Grã-Bretanha. Fora as enormes possessões na África e na Ásia.

Até 1782, eram "donas" de um território enorme mas desconhecido, não tinha nem nome. Em 1776 sem exercito, desafiaram a poderosa Grã-Bretanha, em 6 anos se tornaram independentes. Naquelas terras quase desabitadas, só com imigrantes montaram a hoje maior potencia do mundo, Estados Unidos da America. Depois de 1800, revanchistas e raivosos, invadiram a capital Washington, completamente incendiada.

Com o fim da Segunda Grande Guerra, a Grã-Bretanha, que vinha se arruinando ou deteriorando desmoronou de vez. Resistiu algum tempo com uma providencia inteligente: criou a Commenwelt, que ajudava a administrar os países que já foram seus.

Durou um certo tempo. Desapareceu como potencia, não existia mais a Grã-Bretanha. Se refugiou então entre os países vizinhos, dominando-os da mesma forma arrogante e discricionária. Intitulada de Reino Unido. Tentou escravizar, a Irlanda, Escócia, País de Gales e a criada mais tarde, Irlanda do Norte. Desenvolveu então, criminosamente, serviços de inteligência e métodos cruéis de tortura. (Alguns deles usados no DOI-CODI, a partir de 1968).

Fracassou também como Reino Unido. Os poderosos instrumentos de repressão, foram usados monstruosamente contra a Irlanda. Que acabou se libertando. E ajudando a criar a livre Irlanda do Norte. A Escócia vai embora, não demora muito. No ultimo plebiscito, o país decidiu ficar na UE, o Reino Unido era conseqüência.

A Primeira Ministra, no dia da saída, afirmou: "Queremos pertencer a UE, essa é a nossa decisão".

Indefinido, por enquanto, só o País de Gales muito ligado á aristocracia inglesa. Um membro da família Real, tinha o titulo de Príncipe de Gales. Mas isso é passado. A terrível realidade: têm que sobreviver sem a potencia, a opulência e a arrogância antiga. Ha enorme expectativa a respeito de quem será o novo Primeiro Ministro. Inicialmente a duvida: será Conservador ou Trabalhista? Inteiramente divididos, quem indicará esse Primeiro Ministro. Haja o que houver, "governará" o caos, a indecisão, a desilusão. Será simplesmente a isolada Inglaterra.

A situação da UE, também nada confortável. Impossível saber se resistirá ou desaparecerá. De qualquer maneira, a UE agora tem apenas dois pilares: Alemanha e França. Os outros 25 são e serão apenas coadjuvantes. Mas é obrigatório lembrar e registrar: com a decisão de sair da UE, o ainda Reino Unido, "entronizou" Alemanha e França no comando dessa combalida UE.

A mesma Alemanha e a mesma França, que antes da união, se enfrentavam ferozmente pelo que se chamava de BIPOLARIDADE. O outro que disputava a liderança da Europa, precisamente a Grã-Bretanha, Reino Unido, Inglaterra.

Grande vitoriosa, a direita do ódio, da raiva, vingança, xenofobia. E de muitos países dominados por esses grupos, surgirão modificações. Em alguns deles, com plebiscito agora, para se definirem em eleições, um pouco mais tarde. No ainda Reino Unido, essa direita já se manifestou, não esconde: "Fomos os vitoriosos". Suécia, Polônia, Noruega, e outros 3 ou 4, irão pelo mesmo caminho.

Mas a mais perigosa é Marie Le Pen, da extrema direita da França. Candidata a presidente em 2017, tem organização e seguidores. Já declarou: "Estamos estudando se convocamos um plebiscito, ou se começamos imediatamente a campanha presidencial". Afinal, 2017 é amanhã.

Com exceção do presidente provisório, o Brasil inteiro, aplaude e segue a Lava- Jato

Ontem e ante ontem, diversos episódios mostraram a realidade admirável do que acontece em Curitiba. E a hipocrisia de Michel Temer. Começando pelo que aconteceu com Cerveró e a enorme repercussão.

As vaias a ele, o fato de ter sido chamado de ladrão, aplauso e entusiasmo pelo trabalho dos que desvendam os caminhos e descaminhos das empreiteiras roubalheiras. A Policia Federal de SP, e a Procuradoria também de lá, encarregados da operação "Risco Brasil”. Cumpriram tudo, incluindo a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo.

Acusado de um crime nefando, desviar 90 milhões de funcionários endividados. (Praticamente a mesma criminalidade desonrosa, dos que roubaram dinheiro da merenda escolar). Foram criticados por terem efetuado a prisão dele, num apartamento "funcional" da mulher, que é senadora.

Todos os deputados e senadores têm direito ao privilegio da moradia "funcional". Cada um recebe 4 mil e 100 reais mensais, mesmo que a residência seja própria. E o privilegio se transforma em imunidade.

Já o presidente provisório, não perde oportunidade de demonstrar a hipocrisia. Sempre diz, "sou a favor da Lava-jato", mas age ao contrario. Ontem, garantiu: "A Lava-jato tem meu apoio, mas não pode durar para sempre". Tem que durar o tempo que for necessário. Na coletiva de anteontem, perguntaram sobre sua relação com o presidente afastado da Câmara. Resposta: "O Eduardo Cunha não me atrapalha em nada". Inacreditável.

Quando foi obrigado a demitir o poderoso Ministro do Planejamento, Romero Jucá, manteve no cargo, o Executivo. Informei aqui: "Vai ser mantido, apesar de estar sendo investigado pela Lava-jato". Alguém "lá de dentro" me disse: "Michel vai demiti-lo". Concluí: "Não vai, exigência de Jucá, ele tem que ficar". Eu não adivinho nada, trabalho a informação. O interino está lá até hoje, o presidente provisório, morre de medo do Senado não prorrogá-lo.

PS- Causa preocupação e repercussão nacional o fato de juízes do Paraná estarem processando jornalistas da "Gazeta do Povo". Eram 36, passaram a 41. Os juízes teriam todo direito de se defenderem, desde que tivessem sido ofendidos.

PS2- Os jornalistas revelaram quanto recebem os juízes, bem acima do teto constitucional. Essa é a "ofensa" que provocou a reação coletiva. Ora, a transparência é consagrada pela Constituição. E revelação de salário não é quebra de privacidade.

PS3- Os juízes não fizeram restrição fato ás matérias, se eram mentirosa. Ou se tinham o objetivo de desmoralizá-los. Processaram e pronto. E agora, os próprios juízes irão julgá-los.

PS4- A douta Ministra Carmem Lucia interrogada sobre o assunto respondeu: "È "esquisito" (as aspas são dela) que juízes movam ação e eles mesmos julguem, em causa própria".

PS5- A Associação Brasileira de Imprensa – ABI, abandonada a própria sorte, não sai do marasmo que se meteu a uma mais de uma década. Dos seus 4 mil associados, hoje apenas 300 são  pagantes. O resto sumiu, “ninguém sabe e ninguém vê”.

PS6- Quem viveu os seus áureos anos de brilho entre outros líderes do jornalismo, com o laborioso presidente Barbosa Lima Sobrinho, não pode imaginar quão diferente está à casa do jornalista. O retrato da apática administração reflete na mal produzida  placa de “ALUGA-SE SALAS”, que se encontra na hall de acesso. Senão irônico, é por demais vergonhoso para a classe.

PS7- Afinal, um grupo de abnegados associados indignados e com razão. Falam: É preciso entrar com uma prestação de contas da diretoria!  E se cometeram ilegalidade, é caso de impeachment.

PS8- Inicialmente para que seja explicado quanto custou o processo eletrônico introduzido na última eleição, quando votaram apenas 44 associados?  E ainda se pagam despesas diferenciadas das autorizadas pelo seu Estatuto, quanto custa para seu cofre o gasto com passagens e hospedagem para diretores e conselheiros amigos da casa, votar em suas reuniões?
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Via e-mail do leitor:

Mestre HF, meu pai dizia: "Não existe 'Se' em História”, mas...

como o Sr imagina que seria um Governo Carlos Lacerda, caso este ganhasse, e '65, ou o segundo governo JK, fosse este o vencedor naquela eleição.

Não existe se, mas o Sr tem elementos para imaginar como seria hipotético governo de um, ou de outro, não?

Desde já agradeço

Abraço do Pawwlow
...
Helio
Fale a respeito da redução da verba orçamentária do judiciário. Outro dia o jornalista falou sobre o processo de indenização da Tribuna da Imprensa, que já dura 37 anos. Entendo que é um acinte e uma insolência deste Judiciário desafeto da sociedade.
Abraços
Jose Messias de