Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 25 de maio de 2015


MISTIFICAM E DESENGANAM COM O DESEMPREGO. O PDT MORREU JUNTO COM BRIZOLA.

HELIO FERNANDES
25.05.15

Quando o segundo Joaquim tomou pose na Fazenda e Nelson Barbosa no Planejamento, comentei aqui, podem procurar no arquivo, se passaram apenas seis meses: “Nelson Barbosa, executivo de Mantega, queria substituí-lo, não conseguiu, foi embora. Agora assume o planejamento como suposto, possível ou previsível substituto na Fazenda”.

As coisas estão se encaminhando, depois de controvérsias com a própria Dilma, e protestos insistentes do PT. “Levy é muito conservador”, ele encontrou um ponto de apoio: o “ajuste fiscal”. Sofrendo oposição de todos os lados, se mostrou muito mais esperto do que pensavam, foi buscar apoio para esse “ajuste” no exterior.

Viajou para o exterior, fez contatos demorados com Agencias de classificação de risco, conversou lá fora, trouxe até uma delas ao Brasil, conseguiu que as duas mais importantes deixassem bem claro: “Sem ajuste fiscal o Brasil não escapará do rebaixamento”.

Pânico total e absoluto. O que permitiu que Levy conversasse no congresso com os que fazem oposição a Dilma: PT e PMDB.

(O PSDB de Aécio inteiramente desligado do que deveria ser o seu papel, só trabalha e trata do impeachment, o que não vai acontecer. E se acontecer destrói a remotíssima possibilidade dele e o seu partido chegarem ao poder em 2018).

Chegou a hora final, a mesa preparada com duas plaquetas e duas cadeiras. Ministro da Fazenda, Ministério do Planejamento. Este, sozinho “informou” que Levy estava com gripe. Levy não aceitou o “ajuste fiscal”, fico trabalhando até tarde no seu ministério, e ainda acrescentou que não estava nada satisfeito.

Agora tudo e incerto, até mesmo o tempo que Levy demorará, para ficar ou sair. O ajuste é uma incógnita, a permanência de Levy nem tanto. Dona Dilma é a mais preocupada, nenhuma surpresa. No primeiro mandato gastou ou desperdiçou mais do que devia. No segundo, deve mais do que pode pagar, cortar os gastos seria a forma de “arranjar” recursos para o inusitado “superávit primário”.

Em matéria de micro ou macroeconomia, a questão e apenas de “ser ou não ser”. Mas nesse palco cambaleante, nenhum personagem tem formação “shesquepereana”.

Desemprego.

O governo anuncia que a taxa dos que não têm trabalho, está em 6,4 por cento. E conclui: “Assim, 1 milhão e 600 mil pessoas estão desempregadas”. É inacreditável que jornais, televisões e comentaristas, aceitem tranquilamente esses números.

Essa taxa “encontrada e divulgada”, é sobre a “população economicamente ativa”.

Há um evidente “confronto” entre a realidade e o que o governo considera razoável e que pode ser aceito pela comunidade. 6,4 sobre a “população ativa” que deve ser de 80 milhões, provocaria mais ou menos cinco milhões de desempregados. Para combinar os dois números, a “população ativa” teria que ser de apenas 25 milhões, impossível para um país com 206 milhões de habitantes.

Nos países desenvolvidos, a “população ativa” costuma ser um terço dos habitantes ou um pouco mais. Fiquemos nesse terço. EUA: 300 (hoje 306 milhões), portanto 100 milhões “ativos”. Na Europa praticamente a mesma coisa.

Com 200 (204) milhões de habitantes, esses 25 milhões, impossível de aceitar. Digamos que essa população “ativa” seja de 50 milhões, um quarto dos habitantes, entre 3 milhões e 3 milhões e 500 mil desempregados. Por favor, retifiquem, os desempregados estão entre 5 e 6 milhões. (Fora os que ganham de 30 a 50 reais por dia, mas isso já é outra história).

Resposta.

Tadeu Lopes, obrigado pela correspondência, mas são tantas perguntas, que tenho que responder de forma entrelaçada, alguns fatos rigorosamente históricos, jamais publicados, rigorosamente verdadeiros. Começo pela visita de Brizola á Tribuna da Imprensa, o descontentamento de muitos funcionários, não sei como você pôde ou pode saber disso.

Funcionários (não jornalistas) cm 30 anos de casa, (o jornal foi fundado em 1949, isso aconteceu em 1979) não gostaram da ida dele ao jornal.

Uma tarde, da portaria me avisam, “o governador Brizola está aqui, quer falar com o senhor”. Nunca havia falado com ele que fez toda carreira no RGS, (deputado estadual, prefeito da capital, Governador), com uma exceção até então: Candidato a deputado federal pela Guanabara com Lacerda governador. Vitória estrondosa. De cada 10 eleitores, quatro votaram neles. Mandei subir, lógico, o que fazer?

Me abraçou, amistoso, amável, agradável: “Tinha um compromisso comigo mesmo”. “A primeira vista teria que ser você. No exílio éramos mais ou menos uns 20, já não mais em Montevidéu. Todo dia chegava 10 Tribunas, disputávamos. Teu artigo sobre Castelo Branco, é Histórico, ficará para sempre. Prova de coragem, grandeza, desprendimento”.

Passou a relatar seus projetos. “Vou recriar o PTB, fundado por \Vargas”. 15 anos fora do Brasil, desinformado, não sabia que a “anistia” era uma farsa, os generais continuavam mandando. Principalmente Golbery, que mobilizou o Tribunal Eleitoral, tirou o PTB de Brizola, entregou a Ivete Vargas, que colaborara com a ditadura.

Fundou o PDT, disputou e ganhou o governo da Guanabara, quase não tomou posse por causa da Procosult e da campanha da Sujíssima Veja, sempre utilíssima e servil á ditadura. Brizola naturalmente queria a presidência da república, tentou prorrogar o mandato de João Figueiredo para 1986 assim a eleição seria direta. Não conseguiu.

Depois da vitória e da morte de Tancredo, a primeira direta em 1989, sucedendo aos 21 anos da terrível ditadura. Muitos candidatos. Ulisses, Mario Covas, Lula, Brizola, Fernando Collor e outros. Collor foi para o segundo turno com Lula que venceu Brizola por meio ponto.

Foi parta a fazenda no Rio grande, chamou Lula de “sapo barbudo”, voltou, teve que Apoia-lo. Me disse: “eu ganharia de Collor”. A eleição de Collor, ou melhor, o seu impeachment mudou a Historia do Brasil. Todos conspiraram contra ele, a começar pelo seu líder na Câmara, Renan Calheiros. Traição completa, Collor não percebeu nem acreditou. A grande campanha do impeachment foi liderada por Renan, com FHC e se aproveitando do irmão de Collor que estava morrendo de câncer. Usaram a Sujíssima Veja como sepultura, o velório dele e da revista.

Assumiu o vice Itamar, como não havia reeleição, ficou apenas dois anos. E logo preparou a candidatura de FHC, que foi feito Ministro da Fazenda, e a seguir, simultaneamente Ministro do Exterior. De senador sem importância e em fim de mandato, a presidente, com os cargos, os privilégios e a máquina do governo.

Sem nenhuma generosidade mas com temor evidente, FHC nomeou Renan ministro da justiça. De “advogado de porta de Xadrez” a Ministro, Renana continua o destino controverso mas vitorioso. Do impeachment até agora, 23 anos debaixo dos holofotes.

Antes intimidava o presidente, era feito Ministro. Agora confronta e enfrenta outro presidente, o preço é mais relevante: quer escapar da Lava-jato.

Se Collor tivesse cumprido o mandato inteiro, em 1994 os candidatos naturais seriam Brizola e Lula. Com qualquer dos dois, a História seria diferente. Em 1998, numa madrugada de “café gaucho”, (que eu não conhecia) disse a Brizola que ele não podia ser vice de Lula, não ganhariam. FHC já havia comprado a reeleição, ficou até 2002.

Lula depois de FHC, já era muito tarde. E com a morte de Brizola, morreu também o PDT. Assumiu Carlos Luppi, essa mesma decepção que está aí. Tinha uma banca de jornal quase na esquina do edifico onde Brizola morava. Descia todo dia para comprara jornais, conversavam, não sei o Brizola viu nele, levou-o para o partido, ficou intimissimo.

Assumi discricionariamente, está até hoje. Foi Ministro do Trabalho, demitido por Dilma, respondeu pelos jornais e televisões com ridícula “declaração de amor”. O PDT até hoje é a cara do Luppi, não entendo a razão de não ser afastado. A subserviência tem muitos adeptos.
........................................................................................................................................ 
Nossos leitores podem fazer comentários e se comunicar com os colunistas, através do e-mail: blogheliofernandes@gmail.com
Helio Fernandes

O texto abaixo retrata o mais próximo dessa realidade que envolve o HSBC. Completando as suas matérias, que deixaram de fora pontos técnicos e essenciais para informar o leitor. Quando informamos entendo seja importante fornecer maiores subsídios. Sou da área econômica e conheço a fundo a questão. Queira por gentileza aceitar minhas considerações.

O HSBC no Brasil com ativos totais de 150 bilhões de reais, trata-se do quarto banco privado no Brasil, antecedido por Itaú, Bradesco e Santander, e o sétimo na classificação geral. Bradesco, BTG Pactual e Santander compõem a relação de possíveis compradores, seguidos pelo canadense Scotiabank, por chineses como o Industrial & Commercial Bank of China e o espanhol Bilbao Vizcaya. O que vão adquirir esses bancos? A quadrilha de golpistas internacionais, muitos aqui do Brasil? Isso pode e deve acontecer?

O motivo do fechamento de 77 negócios nos últimos quatro anos. Entre 2013 e 2014, a instituição foi investigada na Europa por manipulações nos mercados de câmbio e de taxas de juro. A situação agravou-se com a descoberta, em fevereiro deste ano, das contas secretas de 106 mil clientes de 203 países na filial suíça, com mais de 100 bilhões de dólares em depósitos feitos entre 1988 e 2007 por governantes, empresários, políticos, celebridades e criminosos, no escândalo apelidado SwissLeaks. O banco é suspeito de cumplicidade com a sonegação provavelmente cometida por 95% desses clientes. Com 7 bilhões de dólares em 8.667 contas, o Brasil é o nono colocado em volume de depósitos e o quarto em quantidade de contas correntes secretas.

A Receita Federal e uma Comissão Parlamentar de Inquérito instalada em março no Senado investigam as suspeitas de irregularidades nessas contas, abertas por empresários, donos de grupos de mídia, políticos e empresas, neste caso para pagamento, na Suíça, de parte da remuneração de executivos. Compõe a vasta lista, banqueiros, empresários, políticos, donos de empreiteiras e outros.

A provável saída do HSBC marca o fracasso da abertura financeira dos anos 1990, anunciada pelo malfadado governo FHC como um caminho para o aumento da eficiência do sistema financeiro local pela sua exposição à concorrência externa. A Constituição de 1988 vetou a entrada de capital do exterior, mas deixou uma brecha, no artigo 52, utilizada pelo governo em 1995 para permitir o ingresso. 
O efeito foi, porém, oposto ao anunciado. “A ampliação da presença estrangeira no sistema bancário brasileiro não teve o impacto previsto pelas autoridades econômicas na redução dos custos do crédito e dos serviços bancários oferecidos à população e no alongamento dos prazos das operações de crédito”, ao contrário, acabou se transformando num esbulho aos correntistas. Que Brasil estamos vivendo!


Jonathan Lucas de Freitas – São Paulo.

Terceirização é um mercado jurídico de bilhões

(...)  Neste momento se discute a terceirização. Como já escrevi aqui, esta oferece inúmeros riscos, a fragilização (não leia flexibilização), dos direitos, eis que o trabalho deixa de ser arma de negociação, e o intermediário, entre o principal e o contratado terceirizado, está distante do seu principal empregador.

ROBERTO MONTEIRO PINHO
25.05.15

   Toda vez que o país mergulha no desemprego, uma enorme massa de trabalhadores aumenta a demanda no judiciário laboral. É causa/efeito, sem que nada modifique esta transformação sociológica, onde a mais valia, que não pode ser devolvida ao trabalhador, vai se transformar em titulo executivo, na maioria dos casos um precatório privado, eis que apenas 36% (dados do CNJ) desses títulos são viabilizados.
   Enquanto o trabalhador alimenta a máquina deste judiciário, seus integrantes desfrutam dos mais altos salários do planeta, acrescido de vantagens jamais comparadas aos países do globo. Este frisson, que envolve os atores da justiça, pode ser constado, a partir das suntuosas sedes dos tribunais trabalhistas que contrastam com a miséria de humildes operários, dispensados de empreiteiras e terceirizadas, reféns e a deriva da própria sorte. Muitos deles humilhados por juízes que cerceiam o acesso a justiça, somente por calçar “chinelos de dedos”. O que faz o governo? Esta justiça criada para entregar a mais valia, porque não é eficiente?
   Chega ser agressivo quando deparamos com edifícios suntuosos dos tribunais, das sedes do Ministério Público do Trabalho, e demais setores que agregam um sistema edemico, combalido, fragilizado em razão dos seus próprios erros e desfocado da visão da realidade que se impõe. O judiciário num todo, a bem da verdade está mergulhado num coma profundo. As questões, mesmo as de menor valor, são levadas à apreciação de um juiz e, posteriormente, de um tribunal. É o fenômeno do acesso ao judiciário (não leiam justiça) que oferece um quadro preocupante de mais de 100 milhões de processos judiciais. Ou seja; a metade da população brasileira está com ações na justiça.
   O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, é o maior do País e do mundo, iniciou o ano de 2014 com um déficit de R$ 1,3 bilhão, mesmo assim, dotado de um orçamento bilionário: R$ 7.658.857.221,00. Mas insuficiente para fazer face às exigências de seus 65.937 servidores, 2.501 magistrados e 25.515.955 processos, um quarto do total do país.
   No ano de 2013 o Poder Judiciário gastou aproximadamente R$ 61 bilhões. Despesa equivalente a 1,3% do PIB nacional e R$ 306,35 por habitante. Mais da metade - 55,2% - de todo o gasto do Poder Judiciário corresponde à Justiça Estadual e a maior parte do orçamento é destinada a pagar o quadro pessoal - R$ 55,3 bilhões. O percentual aplicado em recursos humanos variou de 88,8% em 2012 para 89,8% em 2013 e a principal causa do crescimento de 2,7% da despesa com pessoal foi o aumento de 1,8% no número de magistrados e de 3,7% de servidores e auxiliares.
   A continuar essa projeção, logo a tendência ao aumento do custeio tornará a Justiça algo muito preocupante para um Brasil Republicano. Mesmo assim, permanece a falta de infraestrutura, sem dotar seus servidores de técnicas modernas, (as mínimas possíveis), senões que jamais se compara ao de países, onde o judiciário não é problema e sim a solução.
   Neste momento se discute a terceirização. Como já escrevi aqui, (inclusive na minha obra Justiça Trabalhista do Brasil – editado pela Topbooks), esta oferece inúmeros riscos, a fragilização (não leia flexibilização), dos direitos, eis que o trabalho deixa de ser arma de negociação, e o intermediário, entre o principal e o contratado terceirizado, está distante do seu principal empregador.
   Por outro a mão de obra passa ser arma de barganha no atacado, desconfigurado os contratados capacitados e os incapacitados, como forma de achatar salário. Discute a terceirização a CUT toda poderosa, popular e tal qual arvore frondosa (dá frutos, e definha). Não existe hoje no país nada capaz de enfrentar o capital. Com a terceirização a força de trabalho estará no controle dos patrões. Discutir com central sindical é perda de tempo, a CUT data venia, não quer perder seus milhões de contribuintes do poder público e por isso faz “estardalhaço”. No fundo é por interesse. Atacam a causa, sem saber qual seria o efeito.


sábado, 23 de maio de 2015


NINGUÉM QUER O HSBC DO BRASIL. OFICIAL: CORTADOS QUASE 70 BI.

HELIO FERNANDES
23.05.15

Há anos (dezenas) se discute e se exige a reforma política-partidária. Há anos (dezenas) essa reforma está engavetada na Câmara e no Senado. Parece contradição ou incompreesão. É apenas impossibilidade, pois a reforma é monopólio de deputados e senadores. Feita com dignidade, responsabilidade e espírito público, atingiria os privilégios e as mordomias desses mesmos parlamentares.

Quanto recebe mensal ou anualmente um deputado ou senador? Pelo menos umas três ou quatro vezes o limite constitucional, que é o que recebe um Ministro do Supremo.

Agora tratam de transformar o espaço da Câmara e do Senado num Super Shopping Center, com mais gabinetes, outros anexos. Eduardo Cunha, o planejador de tudo isso, pode dizer: “Na campanha para a presidência da Câmara, essa era uma exigência e um compromisso meu”. “E não sou homem de faltar com a palavra”.

É também uma ponte para Eduardo Cunha tentar aprovar a emenda prorrogando seu mandato. Se não prorrogar, será difícil conseguir seu objetivo em 18 meses.

A favor do contribuinte, existe a esperança da Lava-jato. Por enquanto está apenas sendo investigado. Pode ser que as coisas andem precisamente o espaço de um Shopping.
O mais competente e veemente protesto de rua, com liderança expressa, de junho de 2013, está completando dois anos. Diante do congresso, retumbaram: “Vocês não nos representam”. Infelizmente, houve a constatação, faltou a contestação.
HSBC.
O banco da Suíça, especializado em contas de clientes que sonegam impostos dos mais variados países foi enquadrado de forma irrefutável pelo grupo de jornalistas investigativos, que descobriu e revelou portentosas bandalheiras financeiras.

O HSBC tentou fugir da ligação com o banco da suíça, fingiu que explicava; “Não temos relação com esse banco estrangeiro”. Não convenceu ninguém, perguntavam: “Então por que usam o mesmo nome?”. Em grandes dificuldades, colocou o HSBC á venda, até agora não apareceu nenhum comprador.

PS- Ontem, bem ao fim do prazo, o governo anunciou o corte do orçamento, também chamado de ajuste fiscal. O esperado era de 70 bilhões, o anunciado 69,946 milhões O governo considera positivo e otimista o fato de ter cortado menos 54 milhões.

PS2- Quem fez o anúncio foi o Ministro do Planejamento, (supostamente substituto, como comentei quando Levy foi feito Ministro da Fazenda) que entrou antes das perguntas, falou 22 minutos.

PS3- Foi triunfante, usou 9 vezes a expressão, "macroeconômico”, disse textualmente, “ainda no segundo semestre retomaremos o crescimento”. Exagero evidente.

PS4- Dona Dilma, que ouvia a entrevista, gostou, disse isso a ele, quase que imediatamente Na verdade, é uma tentativa de recuperar agora, o que gastou indevidamente antes.

PS5- Nelson Barbosa afirmou, “47 por cento desses quase 70 BI, sairão do PAC e de emendas impositivas, o Minha Casa, Minha Vida, Será totalmente preservado”. Depois retificou, perderá 5 bilhões.
 .............................................................................................................................................. 
Nossos leitores podem fazer comentários e se comunicar com os colunistas, através do e-mail: blogheliofernandes@gmail.com

 Estimado Jornalista Hélio Fernandes,

A situação em que o PDT se encontra é triste. Está dominado pelo ´´ditador`` Carlos Lupi, que não sai do comando do partido. Ele faz a agremiação partidária apoiar o PT, em nível nacional, e o PMDB no Rio de Janeiro. 
Suas lideranças abandonaram completamente os princípios de seu fundador e líder, Leonel de Moura Brizola. Todos se curvam perante as benesses que os governos Federal e Estadual lhes oferecem. Recentemente foi aventada a possibilidade de Eduardo Paes se filiar ao partido, assim como ACM Neto, na Bahia. No estado do Amapá o PDT é aliado de Sarney.
Ano passado, numa entrevista, Cidinha Campos me surpreendeu ao dizer o seguinte: ´´Se Brizola tivesse acompanhado o governo de Sérgio Cabral, apoiaria.``
O Partido Democrático Trabalhista definitivamente foi para o atoleiro. Não há como resgatá-lo. 
Procede a informação de que, quando retornou do exílio, Brizola visitou a Tribuna da Imprensa? Nesse período ainda havia funcionários que trabalharam com Carlos Lacerda no Jornal? Se a resposta for positiva, qual foi a reação deles?  
Parabenizo o senhor por continuar escrevendo.
Tadeu Lopes - Rio de Janeiro - RJ.
...

Jornalista Hélio Fernandes. Não obstante pesquisas, não consegui
chegar a bom termo quanto ao tema questionado. Incorrerá ou não em
crime de falsidade ideológica  todo aquele postulante a cargo público
que, através de declarações e não através de documentos, se comprometa
a cumprir os mandamentos e as exigências legais inerentes ao cargo
pretendido ou afirmar, ocultando o que realmente seja ou pense a
respeito das mais variadas matérias de interesse do País como um todo
e que, uma vez empossado, desdiga por palavras e, principalmente, por
atos tudo o que anteriormente dissera ou se comprometera? Possíveis
desdobramentos, providências e punições aplicáveis ao caso.
Atenciosamente. Grato. Marcelo Gonzaga - Pirapora-MG.
...
Senhores,

Sou doutoranda em Linguística e estou tentando levantar textos ou fontes de consulta de jornalistas que escreveram na época da ditadura militar, tanto com nomes originais como com pseudônimos. Ao fazer uma busca pela internet, deparei-me com o nome de Hélio Fernandes que escreve para esse jornal. Ele escrevia naquela época e usava pseudônimo, o que atenderia ao perfil da minha pesquisa. Porém, não consigo acessar textos que ele tenha assinado com pseudônimos. Gostaria de que indicassem fontes para essa consulta. No aguardo, agradeço antecipadamente.

ZELI MIRANDA GUTIERREZ GONZALEZ

sexta-feira, 22 de maio de 2015



HA 75 ANOS, "LADRÕES DE BICILCLETA" ERA O TITULO DE UM FILME GENIAL. LEVY 70, O CONFRONTO DOS PODERES.

HELIO FERNANDES
22.05.15

Angela Merkel, chanceler (Primeira Ministra) da Alemanha, tomou ontem medida corajosa e inesperada. Vetou a permanência (ou volta) da Rússia ao grupo dos oito países mais industrializados do mundo. A questão vinha e arrastando, não se esperava que tomasse decisão tão radical, mas rigorosamente justa.

No dia 9 de maio passado, quando Putin festejava a participação da União Soviética na Segunda Guerra Mundial, convidou todos os lideres da UE (União Europeia), nenhum aceitou. Isso no dia 8, só a Rússia comemorou no dia seguinte.

Aí, Angela Merkel foi á Rússia, surpreendendo os parceiros da UE. È bem verdade que quase não se olharam, não se falaram apesar dela falar russo correta e correntemente, e ele se expressar num alemão puríssimo.

Os dois começaram na Alemanha Oriental, apesar dela ter nascido em Hamburgo. Quando houve a reunificação, ela foi para a Alemanha ocidental, fez a carreira que a levou ao poder.

O veto de Merkel a Putin, tem como base o assalto dele á Ucrânia. Quem acompanha este repórter, lembra que critiquei duramente a invasão de Putin á Criméia e á própria Ucrânia. Merkel ontem, cumprimentadissima.

Ladrões de bicicleta.

Está ficando cada vez mais fácil morrer do que viver no Rio. (E não apenas no Rio, no Brasil todo. Ontem na capital da Paraíba, três pessoas foram feridas a faca, duas em estado grave.) Impossível sobreviver ou suportar esse governador Pezão, tentando justificar assaltos e mortes.

Textual dele: “INADMISSIVEL que um assalto e morte como esse aconteça na Lagoa Rodrigo de Freitas”. Esqueceu que é INADMISSIVEL que centenas de milhares de habitantes das favelas (entre 300 e 500 mil) não consigam tranquilidade, esteja sendo assassinados por traficantes, deliberadamente, ou por essas amaldiçoadas “balas perdidas”.

INADMISSIVEL que esses bandidos sejam abastecidos e reabastecidos de mercadoria (drogas) e de armas pesadas, com tantas UPPs, que deviam funcionar, o que parece que não acontece. Surpreendente e INADMISSIVEL: policiais de folga, são assassinados na porta de casa, como esses traficantes triplamente criminosos, têm essas informações que deveriam ser sigilosas?

Em relação á morte do cardiologista Jaime Gold, perda dolorosa, repercussão terrível. Ladrões que roubaram uma vida em troca de uma bicicleta. Vem então o INADMISSIVEL governador, irresponsavelmente: “vamos reforçar o policiamento da Lagoa”. E nem pensa na filha do assassinado, que escreveu sobre o episódio, com enorme sensibilidade que se transformou em saudade.

Os crimes, os assaltos, mortes, perdas de vida, na lagoa, nas favelas, no Parque do Flamengo, em todos os lugares. E o governador, “reforçando o policiamento”, dará por cumprida sua obrigação. Convencido de que apenas isso é ADMISSIVEL para enfrentar traficantes e ladrões de bicicleta.

(Em 1940, em plena Segunda Guerra Mundial, Roma, o extraordinário Vitório de Sicca, fazia um filme genial, intitulado, “Ladrões de bicicletas”. Começava a Era portentosa do cinema com uma “câmera na mão e uma ideia na cabeça”. Lá criação portentosa, aqui o roteiro de atuação criminosa e INDAMISSIVEL).

Levy 70 BI.

O Ministro da Fazenda não suporta mais tanta indagação a respeito do limite para o ajuste: 70 BILHÕES. Mas a interrogação vai no ministro, passa pela internet, chega aos mais diversos locais. Como Levy não “tem tempo para explicar ou informar, fica a desinformação”.

Esse limite de 70 BI, atende a uma exigência da divida levada e elevada aos extremos pelo então presidente FHC. São muitos os “buracos” que precisam ser fechados com o chamado superávit primário. (No mundo inteiro existe déficit ou superávit. No Brasil, esse superávit é primário porque ninguém entende).

A dívida já passou de 2 TRILHÕES e 200 BILHÕES, com esse juro inacreditável, a amortização tem que ser mais ou menos de 200 BI. A “economia” para essa amortização está distante do necessário.

Os credores não reclamam. Se receberem metade haja ficam satisfeitos, a outra metade jogam em cima do total, cada vez mais alto, exigindo remuneração mais impagável. Se o juro do Brasil fosse igual ao do Japão, 0,10. Ou seja, "um décimo de um por cento", nenhum lamento, a dívida seria sinônimo de investimento.

E o cidadão-contribuinte-eleitor que fique satisfeito se não houver mais aumento de impostos. O segundo Joaquim chama tudo de "ajuste fiscal", longe do que ele mesmo imagina. E ainda tendo que participar da guerra entre Executivo e Legislativo, perdão, Cunha e Renan contra Dilma.

PS- Felipão, continua o mesmo de antes ou depois do 7 a 1, ninguém esquecerá, podem se passar dezenas de anos. Era técnico do Palmeiras, ganhava 800 mil reais por mês. O clube se encaminhava para o descenso, abandonou-o.

PS2- Ainda no clube, foi convidado para comandar (?) a seleção, 1 milhão por mês, fora os bônus. Aceitou correndo, afirmou: “Estamos com as duas mãos na taça”.

PS3- Acreditava mesmo, seus auxiliares exibiam uma parreira vistosa, que os levaria á consagração. Todos sabem o que aconteceu com a seleção. O Grêmio, mostrando uma autoestima totalmente negativa, contratou-o dez dias depois do fracasso da Copa.

PS4- Agora, sem vitórias e sem mercado, saiu do clube gaúcho, repete: "Sou rico, feliz, não gostam de mim por causa disso". Espera proposta da China ou do Qatar, no Brasil, para contratá-lo, só alguém viciado em loteria ou jogo de azar.
..............................................................................................................................................

Nossos leitores podem fazer comentários e se comunicar com os colunistas, através do e-mail: blogheliofernandes@gmail.com

quinta-feira, 21 de maio de 2015


FACHIN FICARÁ NO STF ATÉ 2032. A IMPORTÂNCIA DO CLUBE MILITAR NO “PETROLEO É NOSSO”.

HELIO FERNANDES
21.05.15

Hoje politicamente, ninguém tem tanta obsessão pelo impeachment da presidente Dilma, quanto FDHC. Excluindo juristas, alguns sendo consultados mas não contratados. Motivo: o contrato só é assinado e pago, se o parecer for exatamente o que interessa ao contratante.

FHC poderia ter o impeachment pedido á Câmara, não garanto que teria sido aprovado e ele, julgado pelo senado, presidido pelo presidente do Supremo. Mas alem da aprovação de que seu governo foi “um retrocesso de 80 anos em 8”, sobrariam outras gravíssimas justificativas.

Pelo menos quatro acusações poderiam (ou deveriam) ser alinhadas contra o então presidente. E nenhuma delas prescreveu, importantíssimo.

1 - Criou a criminosa Comissão de Desestabilização. DOOU partes importantes do patrimônio nacional. Em troca recebeu “moedas podres”, como denunciei incessantemente enquanto ele estava no Poder. Impossível calcular o prejuízo para o país.

2 – Tentou trocar o nome da própria Petrobras, que passaria a se chamar PetrobraX, esse X seria um chamariz, uma espécie de senha para DOA-LA a multinacionais. Diante da reação contraria. Como é de seu estilo e ação, recuou, abandonou a ideia.

3 – Elevou os juros a colossais a 44 por cento, jogando a divida lá para o alto, com essa remuneração estratosférica. É impossível saber quanto o país se endividou e quanto perdeu. Basta uma operação aritmética. Quem comprou digamos 1 milhão da dívida, e dois anos já teria o dobro. Como esquecer ou inocentar um personagem como esse?

A divida impagável de hoje, cresceu e se transformou num total insuportável, começou a atingir limites incalculáveis com FHC.

4 – finalmente, pela primeira vez na História da República, um presidente foi reeleito. Comprou a permanência no Poder por mais quatro anos. E pagou á vista. De onde surgiu tanto dinheiro para compartilhar o voto de 513 deputados e 81 senadores?

Sem falar que é o responsável pelo segundo mandato de Dona Dilma, mandato que ele agora quer encurtar. A falta de alternância no poder se deve a ele. Sem contar que a reeleição dificilmente acabará.

Embaixadores.

Desde que foi criada a diplomacia oficial, (1940, Instituto Rio Branco) pela primeira vez um embaixador de carreira é vetado. E o atingido, Guilherme Patriota, intocável, filho de embaixador, irmão do também embaixador Antonio Patriota, penúltimo chanceler.

O cargo também importante, representante na OEA.

O que fazer? Não havia o menor rumor, o resultado da votação de 38 a 37, surpreendente. Ele terá que ser indicado para outro posto, examinado pelo Senado, será vetado? Complicação, confusão, hostilidade visível.

Fora do Itamaraty, alguns casos. Antes do Estado Novo, Vargas convidou o grande poeta popular Olegário Mariano para embaixador em Portugal. No senado 23 a 22. Foi ao Catete disse ao presidente: “Fui derrotado não vou mais para Portugal”. Pragmático, Vargas respondeu: “Você foi aprovado, a Constituição não estabelece a diferença da votação”. Foi, ótimo trabalho.

Em 1962 Jango mandou o nome do Presidente da importante Votorantim Hermínio de Moraes para embaixador em Bonn, (Berlin ainda não voltara a ser capital da Alemanha) e. Vetado, não se revoltou, afirmou; “Em outubro volto senador por Pernambuco”. Voltou, convivência amigável e cordial com muitos senadores que vetaram seu nome.

O último, José Aparecido, respeitadíssimo, com 31 anos poderoso secretario particular do presidente Janio. Itamar mandou seu nome para Embaixador em Portugal. Na Comissão de Relações Exteriores, festa, aprovação por unanimidade. No plenário vitória por um voto, 26 a 25.

Explicam sempre, é um “recado” ao presidente. Pode ser. Mas como conseguem controlar essa diferença de UM VOTO?

Resposta.

Orlando Frida, Paulo Alberto Romualdo, (desculpe se entendi errado), Aldo Travassos, Nelson Carioca, Arlete Sormane e outros, querem saber a razão de generais importantes, (citados por mim ontem) disputarem a presidência do Clube Militar.

As razões eram várias. O clube militar muito importante, sempre uma fortaleza de defesa do grande interesse nacional. Hermes da Fonseca, ex-presidente da Republica, (1910 a 1914, derrotando Rui Barbosa) presidiu o Clube Militar. Na campanha do "petróleo é nosso", antes de 1950, os maiores debates se travaram no Clube, e se não fosse o apoio dos militares nacionalistas, a campanha não teria sido vitoriosa.

Os americanos atrasaram por muito tempo a criação da Petrobras, com aquela famosa frase que inventaram e divulgaram intensamente: "Não ha petróleo no Brasil".

Monteiro.Lobato foi o maior combativo e responsável pela preservação das nossas riquezas. E mais tarde acabou asilado por anos fazendo um mapa do Brasil e suas fronteiras, e a legenda: "Deus quando criou o mundo estabeleceu que todos esses países teriam petróleo menos o Brasil".

Uma das razões de generais de prestígio e importância se candidatarem a presidente do Clube Militar, é que o cargo era privativo de Generais da ativa. Então um grupo lançava general, enfrentado por outro também destacado.
Isso durou até1960. A partir dai e até hoje, o presidente do Clube passou a ser obrigatoriamente um general da reserva. Não perdeu a importância, mas a competição não foi mais tão empolgante.

A ultima disputa foi mesmo a de Estilac Leal contra Cordeiro de Frias, com recorde de votantes.

PS-O Supremo dará posse ao novo ministro com a mais completa solenidade. Qual  Fachin estará votando, com a mais absoluta incerteza? O Fachin que pode ser jurista e academico, mas não se enquadra de forma alguma na “ilibada reputação”?.

PS2- Podem esperar: em todos os votos Fachin, muitas "datas venias" para ele mesmo. Pois não se sabe, nem dá para "adivinhar", se que estará votando será o Fachin da militância ou convivência do PT ou o Fachin do lugar comum, "faça o que eu faço, mas não o que eu digo". Pois já disse e desdisse sem constrangimento.

PS3- Dizem que Fachin chorou ao saber da aprovação. Já falei varias vezes que sou a favor de homem chorar. Mas devia ter chorado quando foi vetado por Lula e depois pela própria Dilma.

PS4- Fachin parece uma nova versão do também ministro Dias Toffoli. Que vai chorar de inundar o plenário (se a Lava-jato, como se espera, for enquadrada, indiciada e condenada).


PS5- Como tem 57 anos, Fachin ficará no Supremo até 2032. Pelo rodízio, será presidente em 2027/28. Seguindo a ordem de entrada em cena, sem qualquer restrição as destino de sete pessoas que chegaram antes.
 ..............................................................................................................................................
Nossos leitores podem fazer comentários e se comunicar com os colunistas, através do e-mail: blogheliofernandes@gmail.com



quarta-feira, 20 de maio de 2015

21 BI DA CHINA PARA A PETROBRAS. A DECADÊNCIA DA UNIMED, FIM DO PLANO DE SAÚDE, FHC E O IMPEACHMENT DE DILMA.

HELIO FERNANDES
20.05.15

Ontem, precisamente ás 19 horas, o senado cometia mais uma iniquidade, aprovando para ocupar uma vaga de Ministro do Supremo, o advogado Luiz Edson Fachin. teve 52 votos a favor e 27 votaram contra. Elegeram um advogado controverso, mudando rapidamente de convicções, como eu disse ontem, t-e-r-g-i-v-e-r-s-a-n-d-o.

Assim que o placar anunciou a presença de 79 senadores, Renan Calheiros telefonou para sua grande amiga presidentA Dilma, comunicou: "Com 79 senadores colocareI o nome em pauta, não ha nenhum perigo". Não era comunicação e sim preservação do seu nome, diziam que ele trabalhava contra.

Presente no plenário o governador Berto Richa, que foi "faturar" o fato do novo Ministro ser do seu estado. Saudado e proclamado pelo presidente do senado.

Faltam apenas dois dos 81. Roberto Requião, que está na Finlândia, mandou mensagem para o senador Lindbergh, pedindo para ler no plenário, considerando válido seu voto. Senador e governador varias vezes, sabia que isso era impossível.

Ele mesmo tinha certeza, queria apenas influenciar algum indeciso. Alguns senadores riram. Que República.

FHC e o Impeachment.

FHC juntou todo lugar comum do qual é proprietário indiscutível e inalienável, e despejou em cima do cidadão-contribuinte-eleitor, utilizando o horário gratuito (?) do seu partido, e o jornal britânico "Financial Times", que aceita qualquer coisa que seja contra o Brasil.

FHC termina a exibição diante dos holofotes, com uma “revelação " que é a mais conhecida do Brasil: “O PT não tem outra alternativa do que Lula". Rigorosamente verdadeiro. Por causa disso tentam de todas as maneiras destruí-lo, não ganham dele.

Sobre o impeachment FHC tenta parecer isento, mas a primeira manifestação examinando o assunto, foi um artigo assinado pelo jurista Ives Gandra Martins. Só que nesse artigo, o jurista fez questão de afirmar textualmente: "Fui contratado por um advogado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso". E acrescentou: “Quando disse que ia publicar o parecer, ele me pediu para revelar a minha condição de advogado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”. O jurista atende ao contratante, naturalmente FHC não sabia de nada. E depois da publicação da matéria, qual a reação publica e pessoal dele? Nenhuma.

Ainda sobre impeachment, comentário de FHC: “o fato de que eles (quem?) estão falando sondo sobre ele (sic) seis meses depois da eleição é um sinal de que algo está errado”. Se conhecesse História, FHC na diria isso.

Em 1950, insensatamente depois de ser ditador, por 15 anos, Vargas voltou, através de eleição. Quase não toma posse em 1951, Para isso, precisou nomear Ministro da Guerra, o Presidente do Clube Militar, Estilac Leal. Um dos generais mais prestigiados do exercito, defensor intransigente do interesse nacional. Não queria o cargo, teve que aceitar.

Vargas não sabia governar democraticamente, ficou impopularissimo. Respondeu a dois pedidos de impeachment, mais ou menos com um ano de governo. O primeiro, recusado pela Câmara. O segundo foi aceito, mas Vargas saiu vencedor por 136 votos e com apenas 25 contra.

É o que acontecerá com qualquer impeachment para derrubar Dilma. Apesar de agora, o presidente da Câmara trata distante do assunto. E com apoio velado e ao mesmo tempo ostensivo do presidente do Senado. Naturalmente com satisfação do inócuo FHC.

Acontecerá o mesmo se pedirem o impeachment da presidente Dilma. Em outra oportunidade, farei uma comparação do primeiro governo eleito e Vargas, e a reeleição de Dona Dilma. Erro completo dos dois, semelhanças incríveis por motivos inteiramente diferentes.

Em tempo: Estilac Leal foi eleito presidente do importante e histórico Clube Militar, derrotando numa eleição duríssima, o general Cordeiro de Farias.

BriC.

O primeiro Ministro veio ao Brasil, não fez outra coisa a não ser deslumbrar membros do governo. 53 bilhões de dólares, ou seja, 150 BI de reais. Vai demorar a entrar em caixa, não é tão importante.

Curiosidade: desses 53 bilhões de dólares, 7 BI são destinados á Petrobras. Portanto, 21 BI de reais. Precisamente 21 BI, é o prejuízo da empresa, registrado no balanço maquiado.

Unimed.

Passou rapidamente de arrogante a incompetente e decadente. Durante anos foi “patrocinando” tudo pelo Brasil, internamente começou um “racha”. Pagava no Fluminense salários (?) de 1 milhão a jogadores.

Não podia aguentar, o sinal de improvidencia pode ser anunciado com o fato de não “patrocinar” mais o clube de futebol. Mas durante um tempo, sem retorno.

Agora a Agencia Nacional de Saúde, suspendeu 82 Planos de Saúde. Entre eles, todos os eu exibiam a marca da Unimed. E os clientes normais, que pagavam regularmente seus planos, como ficarão?

Resposta.

Bruno Torres Paraíso, notável a sua radiografia da ABI da atual direção do Domingo Meirelles. Assim que acabar de ler devia renunciar. Tentaram se abrigar protegido pelo nome de Prudente de Moraes, um dos maiores presidentes. Mas nada pode salvar os indolentes, imprudentes, imprevidentes que compõem a diretoria de agora. Um abraço e obrigado.

PS- Amanhã, quarta feira no belíssimo estádio de Berlim, Barcelona e Juventus disputam a importante Copa de Clubes da UEFA. O Barcelona venceu o Bayern de Munique, o time italiano eliminou o Real Madrid. Tudo para ser um excelente jogo.

PS2- Não custa lembra que esse estádio, além de excelente é histórico. Em 1936, há 79 anos. Berlim sediava os Jogos Olímpicos, e as provas de atletismo se realizavam ali.

PS3- Na tribuna de honra, Adolph Hitler, que fora comemorar a vitória dos "arianos puros". Frustrado, abandonou o estádio depois das vitórias nas provas de velocidade, dos americanos Jesse Owens e Ralf Metcalf. O primeiro foi considerado o grande herói da Olimpíada.

PS4- No mundo inteiro criticaram o fato da Olimpíada se realizar na capital da Alemanha nazista. Acontece que as Olimpíadas eram e são escolhidas seis anos antes, portanto em 1930. Nessa época Hitler ainda não era poderoso, conhecido e odiado.

PS5- Mas em 1936, seu Partido Nacional Socialista, já estava no poder, ele era Chanceler (Primeiro Ministro) dominava o povo, tentaria dominar o mundo, com o "Reich dos mil anos". O presidente da Republica era o Marechal Hinderburg, agonizando num hospital, morreria logo depois.

PS6- O mundo pode não se lembrar ou até não saber da Olimpíada de Berlim. Mas Hitler é inesquecível. Até hoje a Segunda Guerra Mundial é considerada a mais terrível de todas. 100 milhões de mortos ou inutilizados.
 ..............................................................................................................................................
Nossos leitores podem fazer comentários e se comunicar com os colunistas, através do e-mail: blogheliofernandes@gmail.com