Titular: Helio Fernandes

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Formalmente, Lula é réu

FERNANDO CAMARA

Muitos avaliaram que o MP e a PF elevaram a temperatura oferecendo a denúncia contra o ex-presidente, semana passada. Muitos avaliaram que já deveriam ter tomado a atitude há muito tempo. No entanto, as ações do núcleo de comando da Operação Lava Jato vêm sendo apresentadas com cuidado, levando em consideração o momento político e buscando o apoio da mídia. Há uma preocupação em não provocar confronto com o “mito Lula" e, consequentemente, trabalham para a desconstrução do personagem.

Moro esperou o tempo amadurecer, acolheu a denúncia, Lula se tornou réu e o juiz recuou num gesto considerado como humanitário quando revogou a prisão do ex-ministro Guido Mantega. Recuou para evitar alguma ação de propaganda na mídia que comprometesse a sua imagem perante a opinião pública, caso algum infortúnio acontecesse com a Sra. Mantega.

Soltou porque não confiou que o mundo político sairia em defesa dos atos juridicamente constituídos que o levaram a aceitar o pedido de prisão.

A PF não sabia que ele estava no hospital... Tampouco sabe, até agora, se a Sra. Mantega estava sendo submetida a uma cirurgia ou a apenas um procedimento ambulatorial. Até agora a grande imprensa não informou.

Mas o justo

 Prender o ministro da fazenda acusado de usar de poder político administrativo para saldar uma dívida do seu partido, cuja mulher está doente, pode parecer desumano, mas remete à nossa imaginação que o tratamento que foi destinado a saúde pública, durante a sua gestão, deixou a desejar. Condições humanitárias merecem todos os cidadãos, sejam eles de alto escalão ou não.

Mantega escapou da "faxina" que Dilma fez em 2011

Calos Lupi (Trabalho) Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte), Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes) e Wagner Rossi (Agricultura), estes por denúncias de corrupção, até hoje sem consequências e sem sentenças, e Nelson Jobim (Defesa) que saiu por críticas à presidente, mas não escapou de ser demitido, via imprensa, num gesto considerado, aquela época, profundamente desrespeitoso desferido pela presidente Dilma. Afinal, foi o ministro mais longevo da história, e aceitou carimbar a política econômica equivocada da referida senhora.

Lava Jato no PT

Eike afirmou em depoimento que fez contribuição para resolver dívida do PT com o mago João Santana, a pedido do ministro da fazenda. Mônica Moura confirmou. Uma situação delicada e comprometedora: “ O que deveria fazer um empresário que deseja ter um contrato que não poderia ter, se dissesse não ao poderoso presidente do Conselho da Petrobras”? Eike testemunhou voluntariamente por quê? Para quê? Vingança? Patriotismo?

Cadê o STF?

O grupo de trabalho da Lava Jato enviou para o STF resolver 38 investigações envolvendo 93 políticos com mandato. E o que está acontecendo lá? Quando haverá sentença?

Citação ao Temer. João Augusto Rezende Henriques, ainda não.

O ministro Teori Zavascki determinou que seja aberta uma petição na Corte, com trechos do depoimento do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, com acusações contra o presidente Michel Temer. Mas ainda há citações sobre o vice-presidente feitas por Delcídio Amaral e Júlio Camargo. A Lava Jato também encontrou uma mensagem no celular de Léo Pinheiro, que cita um pagamento de R$ 5 milhões ao então vice-presidente, segundo denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República contra Eduardo Cunha, que ainda não foi importunado pela Força Tarefa.

O nome de João Augusto apareceu novamente, agora no testemunho de Eike Batista. Ele é personagem chave na trama do Petrolão, dito por ele mesmo, em entrevista à Revista Época, em agosto de 2013, onde cita o nome de Temer e outros, que a Polícia e o Ministério Público não devem ter lido.

Caixa 2 na calada da noite na Câmara
Todos os líderes dos partidos tramaram, mas algum assessor atento alertou ao deputado decano, Miro Teixeira, a fazer barulho. Com conteúdo e propriedade é com ele mesmo! Parabéns Miro!

Beto Mansur PRB/SP x Rodrigo Maia DEM/RJ

Não há desentendimentos entre eles, os dois são muito responsáveis pelo episódio, e pela tentativa de anistiar os malfeitos.

Reforma na grade escolar

Eu entendo o porquê do ministro da educação, Mendonça Filho, que na adolescência, digamos, apresentava algum sobrepeso, era pouco chegado aos esportes e a acordar cedo aos sábados, quando são ministradas as puxadas aulas. Mas não entendi a equação proposta em aumentar o número de horas e diminuir o de matérias. Atitude agravada pelo fato de Mendoncinha ser um bom parlamentar mas que como ministro esqueceu do Parlamento e abusou do uso da Medida Provisória.

Eleições

Será que o Governo está impregnado de corrupção e o povo é somente vítima? Tenho andado e acompanhado alguns movimentos das campanhas eleitorais, e vejo a ansiedade dos cabos eleitorais em busca de "recursos". Tenho visto muitos da chamada “classe média” se afastando e até abominando o debate eleitoral. Concluo que a corrupção existe nos Poderes porque os eleitores assim permitem e absorvem também.

Temos que promover uma profunda reforma partidária e eleitoral em benefício do futuro. Temos também que promover uma reforma do Povo.



terça-feira, 4 de outubro de 2016

Colômbia: o povo, retumbante, implantou a voz das ruas

HELIO FERNANDES

Ninguém acertou no resultado do plebiscito, incluindo este repórter. Identificado por todos, como "o maior acordo de paz já acontecido na America Latina", foi rejeitado nas ruas e nas urnas. Depois de 2 anos de conversas e negociações (sempre em Cuba, exigência de neutralidade), o plebiscito, fundamental como ratificação, provocou surpresa no mundo inteiro. E duvida, incerteza, perplexidade, na própria Colômbia.

A BBC, que transmitiu a solenidade da assinatura e a grande festa da aparente reconciliação, ininterruptamente, por mais de 5 horas, deixou a impressão: o referendo será o inicio de um novo tempo. Não foi. Ainda poderá ser? Os maiores jornais de todos os países exaltaram o fim de uma guerra civil que durou mais de 50 anos. Este repórter analisou e concluiu pela aprovação, apenas ressalvando que a maioria não seria esmagadora. Mas jamais imaginei a vitoria do NÃO.

Sem que isto seja ressalva ou ratificação, considerei que "seriam necessários alguns anos, pelo menos 5, para que os obstáculos fossem superados". Agora, ninguém sabe o que fazer, o que vai acontecer, como recuperar o que parecia uma conquista. E se não foi uma derrota definitiva ,pelo menos é decepção, insatisfação, indecisão. Ocasional, mas é impossível deixar de reconhecer, que as conversações têm que ser retomadas, com outro espírito, visão diferente, e um modelo inteiramente novo.

È preciso saber quem escreverá ou reescreverá o novo roteiro. Logo depois da publicação do resultado, o líder reconhecido do NÃO, se credenciou, afirmando: "Somos a favor da paz, mas em outras condições". Esse é o grande desafio. Retomar as conversações, tendo que enfrentar problemas, que aparentemente dividem o país.

Alem de todas as concessões que precisam ser feitas, surgiu uma constatação que parecia não existir: a repulsa aos "guerrilheiros". Alem dos números de mortos, desaparecidos, torturados, é preciso levar em consideração: 8 milhões que foram obrigados a trocar a vida antiga, por uma outra totalmente inconseqüente, inesperada, sem direito a resistência.

A maioria quer punição, considera que esses ditos guerrilheiros, "são bandidos, que enriqueceram com o aumento indiscriminado do trafico de drogas". Duvidam do anunciado julgamento militar para os que criaram e mantiveram essa selvageria, durante 50 anos.

Fatos que têm que ser ressaltados. 24 horas antes do referendo, duas pesquisas davam ao SIM entre 62 e 65 por cento dos votos. A abstenção de 60 por cento, tem que ser dissecada com isenção e reflexão. E concluir: se a abstenção ficasse nos habituais 20 por cento, os outros 40 por cento favoreceriam o SIM ou o NÂO? Pelo que se vê, dariam vitoria total para o NÃO.

Diante de uma realidade ou reviravolta que ainda não surgiu, um medo generalizado e já reconhecido: se os guerrilheiros (ou uma parte), decidirem voltar para a selva? Se isso acontecer, podem se juntar ao outro grupo menor, mas muito bem organizado e que sobrevive com extorsão?

Se isso ocorrer, a Colômbia terá que enfrentar a situação definida exclusivamente por uma palavra: CATÁSTROFE. Mais terrível do que antes.

A eleição municipal, que não foi federalizada

Bem que tentaram. Os chamados caciques,cujo interesse político eleitoral, tem como alvo e objetivo a campanha presidencial de 2018,apoiaram prefeitaveis, para se fortalecerem.Todos foram derrotados, principalmente em são Paulo e Rio, os dois municípios mais importantes.Temer,Aécio,Serra,Marina,até FHC que não é candidato, lógico, mas quer aparecer.

(Não citei Alckmin e Lula, dedicarei aos dois a seguir, um capitulo especial. No caso do governador de são Paulo, supostamente positivo. No do ex-presidente, irrefutavelmente negativo).

Temer e o PMDB naufragaram por terem embarcado numa nau furada, a de Marta Suplicy. Me fartei de informar que ela não tinha a menor chance,por conta dela mesma, do passado e do presente.Prefeita em 2000,em 2004 foi derrotada no cargo.Insistiu em 2008,voltou a perder,esperou 8 anos por outra decepção anunciada.E ainda por cima falou de mais.Se tivesse ficado em silencio, talvez escapasse da ultima colocação.

Textual e irrevogável: "Nunca deixei entrever que era de esquerda”. Ficou 33 anos no PT, que o próprio Lula garantiu: "Fundei o maior partido de esquerda da America Latina”. Se não era de esquerda,por que apenas 33 anos depois entrou no PMDB?  E disputou com apoio do PSDB, e de Andreia Matarazzo, mais do que adversário, inimigo declarado.

Para completar o quadro altamente medíocre, basta lembrar de Russomano segunda vez, começa disparado na frente. E recua voluptuosamente. Só não chegou em ultimo, o lugar era "cativo'' de Dona Marta. E finalmente o candidato mais bem municiado, o prefeito Haddad. Derrotado pela rejeição e a queda terrível do PT. Fez esforço inútil, chegou em segundo. Mas pela primeira vez, não haverá segundo turno, João Doria, perdão, Alckmin, ganhou direto.

Curioso: Datafolha e Ibope fizeram exaustivas pesquisas. Nem chegaram perto da vitoria no primeiro turno.Nas simulações para o  segundo turno, com todos os candidatos,Doria seria o vitorioso.Repetindo:no segundo turno. Mas ele ganhou no primeiro, insuspeitado para os pesquisadores. Para terminar São Paulo,números  anti democráticos:41 por cento de abstenção, brancos e nulos.
A eleição manteve o quadro atual, medíocre e irreal

Todos os órgãos de comunicação, sem exceção, declararam: "A eleição de ontem, mudou completamente o quadro eleitoral do país”. Já vimos São Paulo, analisemos o Rio, o segundo mais importante.Apesar da repercussão, nenhum nome do primeiro time,disputando ou patrocinando candidato.Daí o resultado questionadissimo, e a dificuldade, quase impossibilidade, projetar o segundo turno.Ou admitir que exista  ou surja alguém para 2018.

Crivela, tinha a "fama" de ser o Russomano do Rio. Novamente disparou no inicio, e começou a retroceder. Mas como não aparecia ninguém para superá-lo, terminou em primeiro.Terá um segundo turno complicado, da mesma forma que Freixo.Este fez esforço grande para ir ao segundo turno.Vai.Mas com que aliados?A dificuldade: tirando Jandira Feghali, que já declarou apoio a ele, todos os outros são de direita ou centro direita. Como apoiar um candidato nitidamente de esquerda?

O que pode favorecer o Freixo, é que Crivela não é de esquerda, centro ou direita. Também não tem credibilidade, situação forjada por ele mesmo.Nega que seja "bispo", e declarou publicamente,"preciso me livrar da ligação com a Igreja Universal". Também não tem carisma, coisa bastante comum em quem fica "sempre em cima do muro", como é o seu habito.

Por enquanto, Freixo já declarou taxativamente: "Não admito de maneira alguma o apoio do PMDB”. Talvez Índio da Costa possa apoiar Freixo, na impossibilidade de aparecer publicamente com Crivela.

O candidato do prefeito, Pedro Paulo, alem de toda a rejeição do primeiro turno, tem outra, surpreendente, no segundo turno: encontrar quem queira o seu apoio. A abstenção, brancos e nulos, bateu em 39 por cento, quase igual á de São Paulo. Não houve a menor diferença entre a política existente no sábado, e a que surgiu a partir do fim  do domingo.

Paes, vitima de si mesmo

Foi o grande derrotado, menos como prefeito e mais como personagem. È impossível negar que fez boa administração, aproveitou a Olimpíada para fazer grandes obras. Apesar da escandalosa "proteção"ás construtoras, que construíram pelo menos 31 edifícios de 18 andares, em áreas com gabarito de 12.E já se fala abertamente, que as próximas construções. Terão esse novo gabarito. Lucros fantásticos e fabulosos.

Eduardo Paes, foi sacrificado por não ter ficado em silencio. Era sem duvida alguma, o único nome de realce, citado até para presidente em 2018.Devaneio de Eduardo Cunha, assim que se elegeu Presidente da Câmara.Como o segundo ponto do "seu roteiro presidenciável" era conquistar o governo do Estado do Rio,e não queria enfrentá-lo,lançou o prefeito como presidenciável do PMDB.Paes aceitou  logo,inacreditável.

Quando "acordou" para a realidade, começou a falar desabridamente. Não percebeu que homenageava o cadáver político dele mesmo.Ainda insepulto, o que acontecerá quando tentar ser candidato a governador em 2018.No Rio, o único que poderia chegar a cargos de primeiro time.

O PSDB, se julga vitorioso, mas só ganha de Michel Temer

Perdeu em São Paulo e no Rio. E em Minas, o goleiro João Leite, é mais Atlético do que PSDB. Faltam os importantes resultados de 18 capitais. Mas não disputa em Recife, Fortaleza, Curitiba. Alem das 3 que citei.Acredita que terá mais força para pressionar o presidente indireto e impopular.


Tem conversado sobre isso com FHC, hoje parceiro inconsolável, por causa da idade. O próprio FHC declarou ha tempos:"Se eu tivesse menos 10 anos, não sobraria para ninguém".Acontece que a carteira  de identidade é inviolável.Aécio considera que agora está mais garantida a exigência que fez:"O PSDB quer a presidência da Câmara em 2017, para o líder do partido, Antonio Imbassahy".Como revelei semana passada.
PT ESFACELADO, EXECRADO E PUNIDO NAS URNAS DE 2 DE OUTUBRO. LULA E DILMA SUBIRAM NOS PALANQUES, E DESMORONARAM SEUS CANDIDATOS. GERALDO ALCKMIN ELEGEU JOÃO DORIA E GANHOU LASTRO PARA DISPUTAR A PRESIDÊNCIA EM 2018. UM EVANGÉLICO E UM DITO ANTI CRISTO NA DISPUTA DA PREFEITURA DO RIO.

ROBERTO MONTEIRO PINHO

O artigo 77 da Constituição da República e a lei 5044/97, estabelece que será eleito o candidato que alcançar a maioria dos votos, não sendo computados (para a obtenção dessa maioria) os votos brancos e nulos.

E, se nenhum dos candidatos obtiver maioria absoluta na primeira votação, surge o 2º turno, concorrendo os dois candidatos com mais votos.

Nas últimas eleições presidenciais tivemos algo em torno de 29% (vinte e nove por cento) de votos inválidos (brancos, nulos e abstenção), representando, em números, 38.797.556 eleitores. Se todas essas pessoas votassem na Marina Silva, ela seria eleita no 1º turno.

O artigo 224 do Código Eleitoral fala em uma nova eleição ‘Se a nulidade atingir mais da metade dos votos’. Assim, se mais de 50% dos brasileiros anularem o voto, teremos uma nova eleição.

(...) para fins do art. 224 do Código Eleitoral, a validade da votação ou o número de votos válidos na eleição majoritária não é aferida sobre o total de votos apurados, mas leva em consideração tão somente o percentual de votos dados aos candidatos desse pleito, excluindo-se, portanto, os votos nulos e os brancos, por expressa disposição do art. 77, § 2º, da Constituição Federal” (TSE – Agravo Regimental em Recurso em Mandado de Segurança nº 665, Acórdão de 23/06/2009, Relator (a) Min. ARNALDO VERSIANI LEITE SOARES, Publicação: DJE – Diário da Justiça Eletrônico, Volume -, Tomo -, Data 17/08/2009, Página 24 ).

Nas eleições de 2 de outubro, nas duas principais capitais do país, (São Paulo e Rio de Janeiro), respectivamente 37%, e 42% não votou. O tucano João Doria (PSDB) apoiado pelo governador Geraldo Alckmin foi eleito no primeiro turno. No Rio de Janeiro, Marcelo Crivela e Marcelo Freixo vão disputar a prefeitura dia 30 de outubro.

O maior índice de pessoas que deixaram de votar em todo o País foi registrado no Rio de Janeiro (24,28%). Praticamente um em cada quatro eleitores não votou na capital carioca. Brancos, nulos e abstenções chegaram a 1.866.621 no Rio. Os dois líderes, Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), juntos, tiveram 470 mil votos a menos.

Somadas, as abstenções, nulos e brancos superaram o primeiro colocado em dez capitais: Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Aracaju (SE) e Belém (PA).




O PT com Lula e Dilma subindo em palanques, desmoronou e só ganhou em duas cidades. O partido passou ocupar a 10ª posição no número de votos. Foi esfacelado, execrado e punido pelos erros, escândalos e praticas criminosas contra os cofres da União.

O processo eleitoral brasileiro é na sua essência um embuste. Os partidos políticos não são participativos, a cúpula está sempre nos cargos públicos, no horário gratuito eleitoral, elegem aqueles que estão próximos dessas pessoas.

Os partidos ditos de esquerda, são os que mais se locupletam dessas benesses. O PCdoB possui 11 deputados federais e nenhum senador, mais da metade ocupa cargos públicos, e até ministério. Sua base eleitoral está na área da saúde, educação e um braço na Central Única dos Trabalhadores, com facções do PT e do PCdoB.

Uma representação de apenas 11 deputados no universo de 513, significa 2% do seu total. Número insignificante, e que no passado, no governo do ditador sanguinário Getúlio Vargas, o seu fundador no Brasil, Luiz Carlos Prestes fez aliança para eleger uma Constituinte e subiu no palanque para cometer uma heresia política,  numa eleição em que elegeu 13 deputados e um senador.

Da mesma forma que o PCdoB é nanico e “boquinha” três dezenas deles orbitam neste poder, mantido pelo cidadão contribuinte, que padece a cada momento por conta das agruras protagonizadas justamente pelos seus representantes no Congresso.

Agruras essas que atiraram o país no fundo do poço, com os rombos na Petrobrás, BNDES, Caixa Econômica e Banco do Brasil. Para o empresário venal, e propineiro, levantar dinheiro a baixo custo se tornou uma prática e cultura no processo econômico.

O anacrônico processo eleitoral brasileiro e deveras controverso. Vota o analfabeto que não tem direito a assinar uma procuração cartorial, sem estar assistido, mas dá seu voto, que é uma procuração, sem saber ler a Constituição Federal.

Vota o maior de 16 anos, que não pode responder pelos seus atos, eis que ainda e considerado impúbere perante a lei. Vota o cidadão que recebe o “Bolsa Família”, instituto degradante, eis que o cidadão precisa de emprego, com isso dignidade e respeito.

O poder é inteligente, se reveza a cada duas décadas. Sabe traçar estratégias, e assegura posições. A direita é financiada com moeda corrente, à esquerda com quirelas de cargos públicos, contemplando seus militantes. Assim tem sido desde a velha Republica.

 O impeachment se tornou uma constante, e os vices, sempre os maiores contemplados. Ser vice político no Brasil é um bom negócio.

Daqui dois anos (2018), teremos eleições para as assembléias, Câmara, Senado e presidência da República.

Hoje diria que Alckmin seria a candidatura com maior visibilidade, e potencial de votos. Num PSDB complicado, com estrelas, e pretendentes a vaga, teremos uma fase pré eleitoral bastante movimentada.



RESSACA

FERNANDO CAMARA

A classe política está atordoada até agora, tentando desvendar os motivos que levaram aos resultados de ontem, 2 de outubro. Poucos chegaram perto, por vários motivos que ainda estão sendo digeridos e devem ser explicados com detalhes pelos responsáveis.

Imaginava-se, sim, que o PT sofreria um revés, mas ninguém esperava que fosse tão contundente.  Junto com o PT, os institutos de pesquisa também naufragaram, ao não identificar tendências importantes no comportamento do eleitor. O sempre subestimado eleitor deu um recado heterodoxo à classe política e aos institutos de pesquisa: Basta!

A classe política aguarda ansiosa pela resposta dos institutos para discrepâncias tão evidentes, como as parciais no RJ e SP, entre IBOPE e DATAFOLHA.

O Rio de Janeiro colocou Marcelo Crivella e Marcelo Freixo no segundo turno, dando um basta ao PMDB de Eduardo Paes, Cabral, Pezão, Piciani e Eduardo Cunha. Em face a retumbante rejeição, os candidatos do segundo turno se apressaram em dispensar o apoio político do PMDB, mas aceitam de bom grado os eleitores insatisfeitos da sigla.

No Estado, o resultado é mais ou menos esperado, porém, diante de uma zebra, será no mínimo engraçado observar Marcelo Freixo à frente de uma hipotética negociação da dívida do Estado com os banqueiros: esses imperialistas!

São Paulo superou todas as expectativas, e tirou dos institutos de pesquisa qualquer chance de defesa e cravou Doria no primeiro turno, com esmagadores 53% da preferência dos eleitores.

A vitória acachapante de Doria, por enquanto, continua ludibriando os políticos e institutos de pesquisa. Do ponto de vista do eleitor, não foi uma vitória de Geraldo Alckmin. Foi o basta retumbante ao PT e à toda classe política. Doria ganhou com o elaborado discurso marqueteado apolítico, o empresário bem sucedido e fazedor. Sabemos, entretanto, que tudo não passa de uma estratégia de campanha que soube identificar uma brecha para chegar ao eleitor.

Do ponto de vista político, a vitória de Doria em São Paulo credencia Geraldo Alckmin do PSDB a ocupar a vaga de candidato em 2018, deixando Aécio Neves, mais uma vez, em segundo plano.

O PT ficou com o Acre e com Araraquara de Edinho Silva. É o que sobrou para hoje. Diante de tudo isso, não é de surpreender que até o reduto mais petista do país – São Bernardo do Campo – também deu as costas ao partido. Nem o filho de Lula se reelegeu vereador.
A Baixada Santista, que abriga o maior polo portuário do País, também varreu o petismo de sua história. De Cubatão a Mongaguá. Ali, formou-se o maior polo peessedebista do Estado, praticamente.

Enquanto ainda discutimos a ressaca desse pleito, 2017 entra no radar dos analistas com luz amarela. Isso porque as delações mais contundentes na Operação Lava Jato ainda estão em curso, algumas nem começaram mas podem promover um giro de 180 graus nos prognósticos até agora considerados. É o caso, por exemplo, da delação de Felipe Rocha Parente, Leo Pinheiro e Marcelo Odebrecht. Por enquanto, Romero Jucá e Renan Calheiros estão em banho-maria. Só por enquanto. Chegarão a Temer? Oremos.

As novas regras eleitorais, que tiraram milhões de reais das campanhas, privilegiaram candidatos ligados a grupos religiosos ou que mantêm ligações estreitas com grupos de comunicação (radialistas, por exemplo). A tendência é piorar em 2018.

O novo momento impõe aos políticos muita reflexão. Grupos políticos até então considerados intocáveis estão sendo banidos de seus redutos eleitorais. É o caso, por exemplo, da família Barbalho, no Pará, e a família Garotinho, que foi excluída do pleito no primeiro turno. 

Enquanto isso, o governo federal segue nadando de braçada, conseguindo aprovar suas medidas sem muita dificuldade, se consolidando com um discurso cada vez mais firme.


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Temer se queixa da "herança maldita". Palocci, a corrupção burra.

HELIO FERNANDES

Na próxima semana estará completando 5 meses de governo. Ele tenta se justificar, "nos primeiros tempos era apenas interino ou provisório, a incerteza era total". Tem a extrema capacidade de fugir da verdade, criando uma realidade só para ele. E se aproveitando de tudo,sempre em beneficio pessoal. Sua carreira é o mais completo apogeu do "carreirismo". Isso não é redundância, e sim a vitoria do oportunismo e da maleabilidade ou mistificação.

Não perde uma chance para mostrar as condições precárias em que assumiu o governo. Já disse duas vezes e repetiu no sábado, véspera da eleição municipal, tentativa de "ajudar" candidatos, principalmente em São Paulo. Textual. "Recebi um governo falido, inflação alta, juros lá em cima, desemprego absurdo. Não fui eu que criei nada disso".

Se tivesse disputado nas ruas a eleição presidencial, derrotado os adversários, assumido o Planalto e constatado o caos e a crise, que chama primaria e insensatamente, de “a maior da nossa historia", uma realidade incontestável.

Teria então todo direito e até á obrigação de convocar uma cadeia, desculpe a palavra, de radio e televisão, para comunicar ao povo que o elegeu, a catástrofe que estava assumindo. Legitimo. Irrefutável. Receberia compreensão geral.

Mas sua situação é completamente diferente dessa imaginaria que mostrei. Durante quase 1 ano liderou a conspiração parlamentar contra Dilma, presidente eleita e reeleita. Incompetente, sem duvida alguma. Na parte econômica, política,
administrativa.  Agravada por causa do conflito e da estagnação, provocado com a união do próprio Temer, com seu parceiro e amigo, Eduardo Cunha.

(Corrupto e indefensável, o ex-presidente da Câmara não pode ser contestado, pelo menos no que disse no discurso da noite da cassação: "Se não fosse eu, não teria havido impeachment". Rigorosamente verdadeiro. E Temer não seria presidente, interino, provisório, indireto. Totalmente inconstitucional).

Inflação, juros, desemprego Temer e Dilma, sem diferença

Os que se aproveitaram e se aproveitam da ocupação ocasional e circunstancial
da permanência indébita do poder, deveriam dizer, não dizem por que não acreditam: "Ele não completou nem 5 meses, é preciso esperar". Teriam alguma razão, se proporcionalmente existisse alguma coisa, "plantada e que começaria a frutificar dentro de algum tempo". Não faz nada, quando tenta, se arrepende, recua,
não acredita na base parlamentar, a base não acredita nele.

Ele, o Ministro da Fazenda e o Presidente do Banco Central, fazem afirmações disparatadas. Ha meses o presidente do BC, vaticinou: "No fim deste 2016, a inflação estará no centro da meta, 4,5 por cento". Passou para o "alto" da meta, 6 ou 6,5 por cento. Já transferiu para o fim de 2017.

Assumiram com 11 milhões e 100 mil desempregados. Ante ontem o IBGE publicou
pesquisa. Os sem trabalho atingiram o total "redondo", de 12 milhões. Imediatamente a Golden Sachs divulgou: "Em 2017 o desemprego ainda vai subir mais”. Economistas falam em 13 milhões. Barbaridade. Crueldade. Tragédia.

Enquanto perderam 900 mil empregos em menos de 5 meses, o trêfego Meirelles vai á televisão e garante: "Empresários e consumidores estão recuperando a confiança".

Não é apenas trêfego, mas também irresponsável. E continua insistindo: "Não haverá aumento de impostos, "No momento". Nem ele sabe o que está afirmando. Tudo malabarismo para iludir o cidadão. Essa afirmação tola e tosca, de que "empresários e consumidores, recuperaram a confiança no governo", sem nenhuma credibilidade. Empresários não investem, confiança do consumidor, só com investimento.

E mais um item, importantíssimo, inteiramente desprezado pelos "gênios" recrutados pelo presidente indireto, inócuo, inútil: os juros. Vergonhosos, calamitoso, criminosos.

Estão ha muito tempo em irrecuperáveis 14,25 por cento. É à base de toda a tragédia. Minoria escandalosa, que enriquece sem esforço ou trabalho, empobrece o país inteiro. O juro é o fruto saboroso de uma arvore que nunca foi plantada.

Em suma: não ha suma nesse desgoverno, nem agora, nem depois. Temer se diverte viajando e chegando. Hoje, segunda, vai á Argentina conversar com o presidente Macri. No sábado, comunicou a Rodrigo Maia, rindo, "se prepara para ser presidente da Republica".

Só não falou a duração da ausência. O jornalista Jorge Bastos Moreno, revelou no seu blog e coluna: "Temer gosta de chegar e fazer a transmissão do cargo, no aeroporto, quase sempre de madrugada".

Palocci: a vitória da corrupção sobre a convicção

Sua prisão não provocou a menor surpresa. Seu nome era citado ha muito tempo. Se existe alguma surpresa, é provocada pelo fato de ter trocado, uma carreira política que poderia ter chegado á presidência da Republica, pela ambição burra de possuir uma geografia bancaria, que se localizava em vários países.

Em 2005, no auge do mensalão, José Dirceu, mentor e maior influencia sobre Lula, foi atingido e derrubado. Palocci, todo poderoso Ministro da Fazenda, não resistiu, 1 ano depois era demitido. Por corrupção e covardia contra um humilde caseiro. Saiu quando era o "o homem da vez", na hierarquia de Lula e do PT.

Ressuscitado por Dona Dilma, que pretendia mostrar a Lula e ao partido, "quem manda sou eu", eis Palocci ministro Chefe da Casa Civil. Só duraram 7 meses, não conseguia explicar de onde vinha tanto dinheiro. Saiu mas "sem desonra, ainda não
existia a Lava-Jato". Aí, foi completamente "desvendado".

Preso por 5 dias, a Policia Federal e o Ministério Publico, pediram a transformação
em temporária, sem tempo determinado. Sergio Moro concordou, e aí veio o ataque de imprudência dos advogados. Acusaram a Força Tarefa de arbitrariedade e abuso de Poder, "ele não pode ser preso 48 horas antes da eleição". Tolice, ele já estava preso. Exagero na incompetência, alegar a Lei Eleitoral, nada a ver.

E entrando no mérito da acusação: "Palocci pode explicar tudo, ele está sendo acusado por mera suposição". Acontece que a investigação provou que ele recebeu da Odebrecht, 128 MILHÕES de dinheiro de propina. Determinado o bloqueio, foram encontrados em duas contas e BLOQUEADOS, 60 milhões de reais. Como negar tudo isso? 

Rumores muito fortes em Brasília, que Palocci fará delação premiada. Não acredito. Mesmo porque, ele não poderá contar nada substancial, que já não foi minuciosamente detalhado por Marcelo Odebrecht. Este sim, o verdadeiro
DELATOR. Que restabelecerá a perfeita igualdade entre os "propineiros" dos mais diversos partidos.

Não é o fim da Lava-Jato. Mas pode ser o seu ENCERRAMENTO. Aplaudido. Ovacionado. Glorioso. E com a chamada opinião publica, proclamando: "Vocês, sim nos REPRESENTAM".

Farcs e Presidente da Colômbia são candidatissimos ao Nobel da Paz

O plebiscito para que o povo decida sobre o acordo para o fim de uma guerra civil de 50anos, foi ontem. No momento, em que escrevo, por causa do fuso horário, não sei o resultado. Mas o correspondente Ariel Palácio, que conhece tudo sobre a America Latina, revelou o que coloquei no titulo desta nota. Se acontecer, será o rebaixamento de um dos maiores Prêmios existentes. Mas estamos vivendo uma Era, em que tudo é imaginável.

Alfredo Nobel, o criador do Premio que leva seu nome, fez fortuna colossal, inventando a dinamite. E não apenas isso. A partir de 1880 e por muitos anos, fabricou as armas mais modernas para aquela época. Pode se dizer que foi o criador da "indústria do armamento", hoje tão poderosa quanto à do petróleo. Morreu sem herdeiros, deixou tudo para manter não só o Premio Nobel da Paz, mas todos os outros, disputadíssimos.

Eisenhower, ao passar a presidência dos EUA, depois de exercê-la por 8 anos: "Agora eu sei por que o mundo é dominado pelo complexo industrial militar".

Dos supostos presidenciáveis para o hipotético 2018, só Alckmin não perdeu

PS- Foi uma eleição desestimulada e desesperançada. Com o cidadão desanimado e constrangido. E por causa disso, a abstenção, voto branco e anulado, foi inominável. 144 milhões inscritos que poderia provocar uma renovação maravilhosa, começando pela base, que é o voto municipal.

PS2- Como quase o país inteiro esperava, a verdadeira política, a indispensável e necessária, foi derrotada pela politicagem e a politicalha. E os velhos e deteriorados caciques, insistiram todos eles, concordando: "Essa eleição municipal será o ponto de partida para a campanha presidencial de 2018".

PS3-Mas todos foram ultrapassados, o único que elegeu facilmente seu candidato, foi o governador Alckmin, como digo no titulo desta maneira. Tirou João Doria do ostracismo de quem jamais disputou eleição, levou- ao vencedor com tal vantagem e velocidade, parecendo um Usain Bolt.

PS4- È lancinante olhar para o resultado das 3 maiores capitais. São Paulo, com um cidadão que nega a política, em vez de exaltá-la. No Rio, um "bispo" que repudia o titulo e a própria religião evangélica. E em Minas, um goleiro, disputando com um diretor de clube que sempre participou do esporte negativo. Explorando o prestigio do clube.

PS5-Amanhã faço analise profunda dessa eleição, que deveria mobilizar os 144 milhões de eleitores inscritos. Mas que não compareceram nem 100 milhões. Muita tristeza para um dia apenas.


CLT não é a vilã nas relações de trabalho
(...) Embriagados e envaidecidos pelo poder (que eles imaginam possuir), esses magistrados não só banalizam o judiciário, mas também instiga à sociedade a rejeição a este formato de justiça, (que já esteve próximo de ser ideal) e hoje totalmente mergulhada no seu inferno astral.

ROBERTO MONTEIRO PINHO                             

Alguns desafetos das relações de trabalho apontam a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como o maior obstáculo para a paz social, a estabilidade econômica e a manutenção dos empregos e a geração de oportunidades.  Sindicatos bem estruturados e sérios (e não de fachada) vêm demonstrando total competência formal na solução de conflitos, seja nas convenções coletivas, seja nas relações individuais.
 O problema está na espinha dorsal dessas relações, quando são judicializadas as questões, e a partir deste ponto que se tem inicio as agruras, com as mais estapafúrdias e inacreditáveis decisões, que empobrecem as relações capital/trabalho, emudecem trabalhadores e empregadores e causa grave lesão as partes e ao estado.
Neste último verifica-se a sua total ausência, seja no anteparo das ações de fiscalização (fase pré), nas empresas, seja em segundo plano a ausência de estrutura material para amparar as rescisões no âmbito dadas própria delegacias regionais do trabalho.
A especializada se constitui num autêntico mercado de ações, se joga ali a sorte de enriquecimento sem causa, a desgraça das decisões criminosas infecta, não somente as relações de trabalho, mas o judiciário e as leis num todo.
A justiça trabalhista se tornou um monstro jurássico, em primeiro aspecto pela morosidade e postura de seus magistrados e serventias, por outro pela pobreza das decisões que embaralham e congestionam todo sistema jurisdicional trabalhista.
A maioria dos que militam nesta justiça, optam por não denunciar esses desmandos, data vênia, não por covardia, mas como forma de evitar retaliações que podem causar dano aos seus clientes, no conteúdo das ações que tramitam nas mãos desses magistrados. O que aqui descrevo, estão registrados na minha obra “Justiça Trabalhista do Brasil” (Editora Topbooks).
As 1.378 (números de 2009) Varas do Trabalho (1ª instância), e os 24 TRTs (Tribunais Regionais do Trabalho) e o TST (Tribunal Superior do Trabalho) formam o maior complexo de causas trabalhistas do planeta, e recebem por ano cerca de 2,4 milhões de processos, distribuídos para 3.600 juízes. As informações são do programa “Justiça em Números”, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em 2003, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), realizou uma pesquisa com 1.700 entrevistados, e o resultado classificou o Judiciário no 5º lugar quanto ao grau de confiança da população, recebendo 39% dos votos. O Poder está à frente do Ministério Público (37%) e do Congresso Nacional (34%) na preferência popular. As duas instituições apontadas como mais confiáveis pelo público: a Igreja (74%), Imprensa (60%).
Apesar das ponderações dos integrantes do judiciário na época, a situação em 2011 se tornou caótica, em razão disso foram estabelecidas novas metas nacionais definidas durante o 4º Encontro Nacional do Judiciário, realizado na cidade do Rio de Janeiro, em dezembro de 2010, os temas foram escolhidos pelos presidentes dos 91 tribunais brasileiros. Em 2019 76 milhões de ações tramitavam no judiciário, em 2015 este número saltou para 105 milhões.
Embriagados e envaidecidos pelo poder (que eles imaginam possuir), esses magistrados não só banalizam o judiciário, mas também instiga à sociedade a rejeição a este formato de justiça, (que já esteve próximo de ser ideal) e hoje totalmente mergulhada no seu inferno astral.
Em 1977 estava em curso à reforma do judiciário, a sociedade tinha um conceito abaixo da critica, e por essa razão ficou conhecido como justiça PPP, só pune Preto, Pobre e Puta. (os registros estão à disposição dos que contestam). Voltamos agora a falar deste mesmo judiciário. Com a entrada em vigor do NCPC, desenhou-se um quadro preocupante quanto à insubordinação de magistrados a sua aplicabilidade no processo do trabalho.
A ausência de um Código exclusivo é ainda o maior obstáculo para os operadores do direito laboral. O princípio da celeridade, incluído na Carta Magna com a inserção do inciso LXXVIII no artigo 50 a partir Emenda Constitucional 45/2004, é um dos pilares do NCPC, mas não permite que subjugue outros institutos.
Para não criar insegurança jurídica, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) editou a Instrução Normativa 39 (IN 39) para dispor sobre as normas da Lei 13.105/2015 aplicáveis e inaplicáveis ao processo do trabalho.