Titular: Helio Fernandes

quinta-feira, 18 de abril de 2019

TOFFOLI, GILMAR MENDES, MORAES, 
LEWANDOWSKI, IMPLANTAM A CENSURA
ABERTA E SEM CONSTRANGIMENTO

HELIO FERNANDES

Os 3 ministros que dominavam o combate á Lava-Jato na Segunda Turma,
(Gilmar, Lewandowski, Toffoli) querem transferir a censura para o
plenário. Já "ganharam" o apoio de um neo-magistrado, que veio da
secretaria de Segurança de SP. Autorizava a violência contra
estudantes. Agora, pratica a violência contra a Constituição. Como
origem e consequencia, contra a democracia e a Liberdade de Imprensa.

Toffoli sabia quem estava escolhendo ao indicar para investigar
criticas na Internet, o ultimo ministro nomeado, sem convicção ou
tradição democrática ou entusiasmo pela liberdade. Toffoli assinalou o
roteiro a ser seguido. Implantou o desrespeito á Constituição, com um
discurso que escondia ou mistificava suposta apologia á liberdade de
imprensa.

( Toffoli, Moraes e Gilmar, tinham todas as condições de pertencerem
ao STF, de 1937 a 1945. Os nefandos 8 anos do ditatorial "Estado
Novo". Vargas implantou a ditadura total, fechou Câmara e Senado,
deixou o Supremo funcionando, sempre a favor da ditadura. O ditador
extraditou para a Alemanha a mulher de Prestes, sabendo que ela iria
para a câmera de gás, como aconteceu. O ministro da Justiça, José
Carlos de Macedo Soares, incitava os advogados a entrarem com recurso
no STF," vocês têm a chance de reverter a extradição". Perderam essa
questão,(e todas as outras, por unanimidade) o STF era formado por 11
Toffolis, 11 Gilmar, 11 Moraes).

Agora censuraram (e mandaram retirar da Internet), criticas a
ministros. A ordem já foi cumprida. Para esses 3 ministros, democracia
e liberdade de imprensa, são apenas FAKE
 
O DESGOVERNO BOLSONARO APAVORADO 
COM CAMINHONEIROS
 
Eles pararam o país inteiro no ano passado, tomaram consciência da sua
força, ameaçam repetir a façanha. Só que agora tomaram a
iniciativa,falam em greve total da categoria.Em vez de repressão, o
desgoverno (Bolsonaro) tenta conversar, oferece uma porção de
vantagens, que na verdade, significam privilégios
 
Como supostamente ainda tem 4 anos de governo,(desgoverno) Bolsonaro
poderia inscrever seu nome na Era da modernidade. Acabando com o
retrocesso e a lentidão.Trocando o caminhão pela ferrovia, como
acontece na maioria dos  países. Em 4 anos poderia renovar 30 ou 40
por cento, (menos os 100 dias de inoperância, incompetência e
imprudência) do sistema arcaico e ultrapassado.
 
Mas progresso, nada a ver com o passado, presente e futuro, 
do eterno capitão.
 
BOLSONARO: "LIBERDADE DE EXPRESSÃO 
É DIREITO INVIOLÁVEL"
 
O capitão gosta muito de repetir e insistir: "Isso é promessa de
campanha". Na verdade,na disputa presidencial, defendeu muita
coisa, nada que se parecesse com democracia. Muito menos com o que
chama agora, de "direito inviolável". Só descobriu o que se aproximava
da importância do Congresso, a partir de 28 de outubro, última data da
disputa eleitoral.
 
Antes, se concentrava em tirar Lula da campanha e Sergio Moro da
magistratura, para que "começasse carreira política". (Agora,
Bolsonaro e Moro estão decepcionados, um com o outro). Mesmo os
"compromissos-obsessão", ligados a armas, (posse e transporte) só
cumpriu 50%. Autorizou a posse de armas, mas sem que pudesse
transportá-las, por  exemplo, para o trabalho ou qualquer outro lugar.
 
BOVESPA E DÓLAR
 
Os investidores jogadores, que são os mesmos que compram e vendem
ações e a moeda americana não estão acreditando na aprovação da
reforma da previdência. O centrão e o PR já afirmaram publicamente:
"só votaremos a favor da reforma, se o projeto for muito alterado".
Enquanto isso, muitos deputados queriam votar a reforma antes da
Páscoa, Rodrigo Maia foi passar a semana santa em São Paulo. Surpresa
total, mas ele já marcou a votação para a terça feira que vem.
 
Ontem a Bovespa fechou a 3,93 com queda de mais de 1,5%.
 
O dólar teve a última cotação a R$ 3,86, se aproximando dos 4 reais,
já que os investidores jogadores não estão acreditando que a Câmara
fique a favor desse projeto sem muita alteração.
 
PS- o mercado nem aproveitou a notícia excelente que veio da China. O
PIB da maior potência comunista, subiu 6,64% no primeiro trimestre.
Era o que o mundo capitalista esperava mas que não deu para ser
aproveitado.
 
RAQUEL DODGE DEVERIA SER RECONDUZIDA IMEDIATAMENTE
 
Seu mandato termina em setembro. Mas a eleição é em julho. Sabendo (ou
acreditando) quer não seria escolhida para um segundo mandato, não se
candidatou. Mas houve uma reviravolta, que pode modificar tudo. O
presidente Toffoli tendo sofrido muitas críticas nas redes sociais,
resolveu criar uma forma de punir os que fazem restrição a ele ou ao
STF.
 
Criou então, inacreditavelmente, uma forma de censura contra todos que
fazem restrições. Se acumpliciou com o ministro Alexandre de Moraes, e
depois de tremendas irregularidades, escolheu o colega para relator da
censura. Abandonou a tradicional escolha por sorteio, nomeou Alexandre
de Moraes relator da investigação.
 
Alexandre de Moraes apresentou o texto que provocou os maiores
protestos nos círculos jurídicos e políticos.  Esqueceram da PGR
Raquel Dodge respeitadíssima pela responsabilidade, dignidade e
credibilidade. Pegou o texto aprovado unicamente pelos dois ministros,
fez uma análise em profundidade, redigida em 27 laudas. Quando acabou,
não sobrou nada do que havia sido feito por Toffoli e Moraes.
 
PS- A repercussão da sua análise, quem quiser pode constatar pela internet.
 
PS2- O ministro Fachin por 2 vezes, pediu explicações ao seu colega
Alexandre de Moraes.
 
PS3- O ministro Marco Aurelio Mello fez críticas públicas e duríssimas
à (ideia?) de implantar a censura no tribunal mais importante do
país.
 
PS4- O capitão transformado em presidente da república que tem
insistido ultimamente, "que a liberdade de imprensa e de expressão,
são indispensáveis para a consolidação da democracia", devia voltar
sua atenção para o mandato de Raquel Dodge.
 
ESSA COLUNA NÃO CIRCULARÁ NOS DIAS 19 (SEXTA-FEIRA 
DA PAIXÃO) E NOS DIAS 21 E 23 DE ABRIL. VOLTA A CIRCULAR 

NO DIA 24 DE ABRIL (QUARTA-FEIRA).

3 comentários:

  1. Caro jornalista e repórter Hélio Fernandes.
    Suas análises são guias para reflexão e debates pelo país. Destacamos no seu importante texto: "Os 3 ministros que dominavam o combate á Lava-Jato na Segunda Turma,
    (Gilmar, Lewandowski, Toffoli) querem transferir a censura para o
    plenário. Já "ganharam" o apoio de um neo-magistrado, que veio da
    secretaria de Segurança de SP. Autorizava a violência contra
    estudantes. Agora, pratica a violência contra a Constituição. Como
    origem e consequência, contra a democracia e a Liberdade de Imprensa". Ao final, confere o relevante valor do pronunciamento do presidente Bolsonaro. Ele pode não ter a cultura, a intelectualidade, o dom da palavra, mas fala com honestidade sobre o momento crítico. E tem outra qualidade: passou muitos anos na Câmara Federal, mas não se tem prova sobre roubo, corrompendo ou sendo corrompido. O que Veja publica, sobre a censura à imprensa, um conforto para a democracia: "Bolsonaro: imprensa é essencial para ‘chama da democracia’ não apagar Declaração ocorre na mesma semana em que o Supremo Tribunal Federal determinou a censura de uma reportagem crítica ao presidente da Corte, Dias Toffoli". Forte abraço, de seu admirador capixaba.

    ResponderExcluir
  2. Continuamos espremidos entre a ditadura judiciário-militarista, camuflada sob matizes distintos, mas estruturalmente copiadora da Venezuela, e o prolongamento longitudinal e a agudez coorte de uma crise de desemprego, inflação e retrocesso que mal imita a da Argentina. Sem mencionar a gigantesca máquina de corrupção, que pede por censura, sempre seletiva e sem moral, que, felizmente, tem funcionado ao contrário, tal inacreditável e seletiva propaganda aos censurados.

    ResponderExcluir
  3. Ferrovias e hidrovias. Que maravilha viver!! Mas o buraco é mais insano. Passa pela "indústria da desavergonhada e eternizada precariedase da infraestrutura". Lucrativa e superfaturada demais para ser desmontada. Um espetáculo horripilante.

    Há, ainda, a contínua questão petrolífera. Desde IPOs de ARAMCOs que faz Maomé Bin Salomão por Jeff Bezos no chinelo, até as tensões transcontinentais que alcançam Venezuela, Rússia, Irã e retornam à mencionada Arábia Saudita. Passando pelas intervenções usadas como pretexto não apenas para o estímulo, mas para a entrega total da Perobrás, muito bem planejada contra os interesses nacionais em tempos de proposital escasseamento produtivo dessa matriz que ainda atravessa os seculos como modelo forçado, concentrado e destrutivo ao planeta, mas lucrativo para seus algozes-coordenadores.

    ResponderExcluir