BOLSONARO SE DESENTENDEU COM
MAIA,
ACENA COM CONCESSÕES QUE
DESGASTAM
GUEDES
HELIO FERNANDES
Em 3
meses de governo, Bolsonaro foi eleito
inesperadamente, acumulou
erros e
equívocos colossais. Administrativos e pessoais. Não acertou
uma.
Desperdiçou um capital nas redes sociais, conquistado gastando
fortunas,
doadas pelos grupos mais corruptos e desmoralizados. Na
primeira
pesquisa, sua popularidade, e "sua forma de governar", foram
totalmente
desmoralizadas.
Prometeu
fazer "avaliação dos seus primeiros 100 dias, pessoais e de
governo".
Esse prazo está chegando, não existe o que avaliar. De
péssimo
para baixo, ele e do ministério indefensável.
Rompeu
com Rodrigo Maia, que durante 19 meses, tem um mandato
intocável,
conquistado com o voto de 334 deputados. Esperava aprovar a
Previdência,
e se lançar candidato a governador. (O pai tentou ser
governador
e senador,varias vezes, só se elegeu vereador).
Agora,
Bolsonaro, que "havia dado carta branca ao super ministro Paulo
Guedes",
oferece alterações no projeto, que contrariam
o economista que
ele mesmo
escolheu, "sou analfabeto em economia".
Acredito
que se Bolsonaro não atrapalhar, o projeto poderá ser
aprovado,
com muitas concessões. Mas já escrevi e não mudei de
convicção:
"10 anos é muito tempo. Mas não haverá de jeito algum,
"economia
de 1 trilhão, 100 bilhões por ano".
PS- Isso
se Guedes chegar lá.
BOLSONARO VOLTOU ONTEM DE MADRUGADA, PRETENDE
IR À CÂMARA, HOJE, QUINTA
Não comunicou ao presidente Maia, mas segue o conselho acintoso
dele: "Senta na cadeira e começa a governar". Não seguiu toda a
recomendação, mas vai conversar com deputados, segundo informou
pessoalmente, "terei agenda e encontro diario com parlamentares" Depois
de atacado violentamente pelas "redes bolsonaristas", (foram
registradas mais de 600 mil pauladas pessoais), Maia pediu para
Bolsonaro explicar, "o que é a nova forma de fazer política".
O presidente mais desgastado, ridicularizado, impopularizado, começa a
a tentar mostrar o que é isso,tão badalado por ele.E já marcou
encontro para hoje, com lideres do MDB e Centrão. O que existe de mais
antigo e irrecuperável. Não fazem política, nova ou velha, defendem
seus interesses escusos, qualquer que seja o presidente da Republica.
A única diferença, e não para melhor, é que a nova versão do
"troca-troca", se realizará no Planalto e não na Câmara. Os
Convidados (?) para esses encontros, se chamam Jucá e Kassab. O
primeiro, ministro de Temer, foi demitido por corrupção, ficou apenas
6 dias no cargo. E não se reelegeu senador. Bolsonaro prefere
conversar com parlamentares mais vulneráveis, como Jucá.
O outro, Kasssab, não disputou eleição, não queria deixar o
ministério. E responde a vários processos, o que não afeta a
avaliação do ínclito Bolsonaro. Começou a carreira como vice-prefeito
de Serra, em SP. Ninguém ignorava, que, eleito, Serra trocaria a
prefeitura pela candidatura a governador. Kassab assumiu com uma
declaração, que revelava toda sua desfaçatez:" Não sou de esquerda,
de centro, de direita".
PS- Bolsonaro trocou a coordenação da NOVA Previdência. Sai Rodrigo
Maia, entra Onix Lorenzoni.
PS2- A chefia da Casa Civil era muito para Lorenzoni. Esse cargo mais
a coordenação da Previdência, exagero.
DIRIGENTES DE PAÍSES ÁRABES, QUEREM CONVERSAR
O relacionamento comercial com o Brasil, têm muita importância para
nós. São grandes compradores de carne de boi e de frango. A produção
de carne de frango,já foi reduzida, os empresários reclamam. Os
compradores fizeram contato, o que significa que não querem romper o
laço comercial.
Bolsonaro (para irritação e revolta de Paulo Guedes) respondeu sem
estudar o problema: "O escritório comercial, é solução temporária.
Deixou claro, a transferência da embaixada, pode estar a caminho.
O general Mourão, vice-presidente eleito, geralmente é claro. Desta
vez, precisa ser interpretado. Afirmação: "O Escritório Comercial,
pode ser decisão intermediaria".
BOLSONARO FAZ QUESTÃO DE EXIBIR SUA IGNORÂNCIA
ECLÉTICA
O ministro do Exterior faz questão de desmoralizar a tradicional e
respeitada diplomacia brasileira. Afirmou sem o menor conhecimento ou
constrangimento: "O nazismo e o fascismo, começaram como movimentos de
esquerda". Foi massacrado de todas as maneiras. O embaixador da
Alemanha afirmou: "Isso não é erro, é besteira".
Bolsonaro, em visita ao Museu do Holocausto, fez questão de "ratificar
as besteiras do seu ministro". Foi desmentido de corpo presente, pela
própria direção do Museu. Sem falar em historiadores, cientistas
políticos, sociólogos.
O Itamaraty está em pânico, com as decisões de mudanças, anunciadas
por Bolsonaro. Reconheceu, "minha imagem no exterior está péssima, vou
mudar o embaixador nos EUA, e 15 outros representantes". Sua imagem
está tão deteriorada, que não adianta transferir embaixadores. Dizem
que Trump defendeu a permanência de Sergio Amaral.
E os países mais representativos, (principalmente da UE, que
receberiam pelo menos um terço dos novos representantes) têm uma
grande preocupação. Os novos embaixadores, seriam de direita, como o
próprio Bolsonaro.
O VICE, GENERAL E ELEITO
Não fez por menos: "De esquerda é o comunismo, não resta duvida". Não
precisa de interpretação. E alem de tudo, quando fez essa afirmação
irrefutável, era presidente no exercício do cargo.
PAULO GUEDES, ENCURRALADO PELA OPOSIÇÃO
Contestadíssimo, desde o inicio. Começou com afirmações espúrias e
Extravagantes "foi ridicularizado". Textual: "Quem ganha mais, terá
que pagar mais, acabaremos com os privilégios". Ficaram esperando, não
disse se os privilegiados, são civis ou militares. Outra afirmação não
levada a serio: "O sistema previdenciário brasileiro, está falido,
antes da população envelhecer".
Parlamentares de todos os partidos pediram a palavra, "desmontaram
o ministro".
Acusação gravíssima, não respondida pelo Ministro: "O senhor quer
debater sobre números ou fatos, que não estão no projeto enviado a
esta Câmara". Rigorosamente verdadeiro, o ministro mudou de assunto.
E afirmou nova bobagem: "Só apresentarei a Capitalização, se o projeto
não for muito alterado".
Mais terreno perdido pelo ministro, e não precisava ser "derrotado"
aparentemente por aliados. No caso, Rodrigo Maia, que relacionou 3
assuntos, "que não sobreviverão de jeito algum". Entre esses 3, a
capitalização. Alias, toda a câmara está contra a capitalização, essa
afirmação do presidente da câmara, "foi um recado generoso do Rodrigo
Maia, que a arrogância habitual do ministro da economia não deixou que
ele percebesse.
Depois de horas, exatamente como na semana passada, o ministro
encerrou sua exposição, fugiu do debate, não convenceu a ninguém, e
deixou para o Parlamento e para a comunidade, 3 certezas:
1º- Dificilmente haverá votação no primeiro semestre.
2º- O projeto está cada vez mais combatido e menos aceito pela Câmara.
3º- Deputados combativos afirmaram o que venho dizendo desde o início:
"Não haverá economia de 1 trilhão, a não ser que 900 bilhões, sejam
tirados ou retirados dos trabalhadores.
As maiores contestações feitas ao ministro, tiveram como autor ou
autores, deputados do PT. Muito bem informados, que declararam não
estar contra o ministro, e sim, contra o seu projeto.
Afirmação textual de toda a oposição: "Tudo o que o ministro chama de
economia, e não admite que seja menos de 1 trilhão, sairá do bolso do
contribuinte."
É o que eu chamo há mais de 40 anos, de "Cidadão - Contribuinte - Eleitor".
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