Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 27 de abril de 2020



A DEMISSÃO DE MORO,
PROBLEMA POLÍTICO E NÃO ÉTICO 

HELIO FERNANDES

Desde que se conheceram , se acumpliciaram , o magistrado e o capitão expulso do Exercito,podem ter ferido a Ética. Mas na verdade, agiram sempre politicamente.

E com tal eficiência, imprudência, solidariedade, que depois de 28 anos inúteis na Câmara, exaltando o coronel Ulrstra, ao mesmo tempo proclamado "como meu ídolo" e considerado o mais "execrável, cruel, selvagem torturador de todos os tempos".

Os próprios generais que comandavam a ditadura, não aguentaram  o coronel, foi mandado para o Uruguai como Adido Militar.

Moro  e Bolsonaro fizeram um acordo. O capitão expulso do Exercito seria presidente da Republica, ninguém acreditava, não tinha nem tem o mínimo de condições, como vem provando e demonstrando. 

Moro trocaria Curitiba por Brasília, ocuparia 2 ministérios, um sucesso assumiu logo, é altamente preparado. Tiveram bons  e péssimos momentos, de acordo com a falta de caráter e convicções do presidente. Num desses momentos, proclamou publicamente: "MORO é UM PATRIMÔNIO NACIONAL".

Passaram a ir juntos ao Estádio Mané Garrincha, colocavam a camisa do Flamengo por cima do terno. No meio da multidão.

PS- Esse tempo terminou, Moro não suportou mais, ABANDONOU  o cargo, massacrou o ainda presidente.

PS2- Moro fez  tremendas acusações ao presidente, tudo provado, e sem uma pessoa para defendê-lo.

PS3- Isso está longe de terminar e contra Bolsonaro.

PS2- Aplaudido e glorificado, Moro ABANDONOU o ministério.

Dois ministros

Bolsonaro quer substituir Moro por dois ministros. Ele dividiria então, o Ministério da Justiça e da Segurança por dois. Ele considera que se fortalece, aumentando o numero de ministros. Completa ilusão.

Ele não conseguia se harmonizar com o Ministro Moro, mesmo identificando-o como "patrimônio nacional". Pelo volume das críticas sofridas pelos 3 poderes (incluindo o Executivo que deveria ser comandado por ele), quaisquer que sejam os nomes selecionados por ele, sofrerão todas as críticas que o presidente está sofrendo.

Isso, se alguém convidado por ele, aceitar fazer parte desse desgoverno.
  

BOLSONARO, DERROTA EM CIMA DE DERROTA

Pretendia nomear um jurista  importante e respeitado, para ministro da Justiça. Mas todos que preenchiam essas condições, pediam a "Deus que não fosse contatado, sondado, chamado, convidado". Antes da demissão de Moro, se mostravam abertamente "não bolsonaristas".

Depois do discurso  de Moro, e com as "provas" e  as "acusações gravíssimas" de que o presidente interferiu na Policia Federal. No discurso em que concretizou a demissão já anunciada, Moro mostrou mensagens do presidente, inteiramente "irresponsabilizadas".

PS- Depois de interferir quis saber de detalhes de investigações e de inquéritos, que podem levar o presidente Bolsonaro a responder a varios processos por violação da Constituição.

PS2- Logo depois falou (em 4 TVs) Ayres Brito, o ministro que livraria e até glorificaria Bolsonaro, pessoalmente, e seu governo desqualificado.

PS3- Não revelou se foi convidado ou não. Nem lhe cabia impedir que a Globo, Jornal Nacional, o das 18 horas, e a recém chegada americana CNN, cometessem o erro crasso e primário de transformar um Presidente importante, num ex-ministro. Para que não esqueçam. EX- é sempre Ministro de Estado, como Delfim Netto e outros.

PS4- Depois de todas essas peripécias, sobrou Jorge Oliveira para Ministro da Justiça.

PS5- Que Republica!

PIB do Brasil estimado em 5,5% neste ano

O choque entre o presidente e o seu ministro mais importante, repercutiu de forma estrondosa no mundo inteiro. Aqui era compreensível. Mas no mundo todo as críticas a Bolsonaro foram terríveis.

A Organização Mundial da Saúde, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, culparam diretamente o presidente brasileiro por tudo de ruim que está acontecendo.

Textual que deixou Bolsonaro arrasado: "O presidente brasileiro no auge da pandemia da saúde, decidiu aumentar a tragédia, criando a pandemia econômica."

Os cientistas, pesquisadores, economistas, concluem que o Brasil neste ano de 2020 terá um PIB no mínimo de 5,5%.
  

O STF REAGIU DE MANEIRA FULMINANTE, À
MISTIFICAÇÂO DO MINISTRO DA SAUDE INTERINO

Mandetta foi demitido por ter opinião, trabalhar de forma científica, baseado nas recomendações, aconselhamentos, estudos profundos da OMS. O novo ministro levou 6 dias em silencio montando a farsa da "nova" orientação para o combate efetivo ao coronavírus .

O que se esperava era informação e definição. O país ficaria sabendo, oficialmente, se a doença que assusta o mundo, no Brasil seria combatida com mais ou menos isolamento pessoal.

Não tendo ideia própria ou definida sobre o assunto, mas  por formação a tendência de seguir  a OMS. Ficou encurralado com a sua irresponsável,  apressada e leviana definição: "Estou completamente alinhado com o presidente Bolsonaro".

Tendo que se definir, fugiu da definição, vergonhosamente acreditando que poderia enganar e trapacear, a realidade e  a credibilidade e que conseguiria enganar o país inteiro, sem protesto de ninguém.

Consumou  então a barbaridade que terá consequencias. Ética e  politicamente teria que produzir um  novo ministro.

PS- O que o ministro acreditava que seria  saída  e solução: "Estamos preparando  o plano para o fim do isolamento". Definição indefinível, negativa para o ministro e o presidente.

PS2- Reação fulminante do STF, épica  e homérica: deu 5 dias para o GOVERNO, nem citou o ministro, responsabilizou diretamente
o presidente para que explique as ações  que exerce no setor.





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