Tombini: confuso, tumultuado, indeciso, sem
convicção, contraditório.
HELIO
FERNANDES
Deu entrevista
na televisão, desperdiçou os 25 minutos de que dispunha. E principalmente,
desmentiu a ele mesmo, varias vezes. Usou e abusou de palavras como
"desinflação", que deixavam a impressão que estavam sendo
"desinventadas" naquele momento. Foi à base de toda a sua
argumentação, utilizada do inicio ao fim.
Sem
compromisso com afirmações anteriores, não percebia que estava se desmentindo,
sendo incoerente e contraditório. Nos primeiros dias de janeiro deste tenebroso
2016, garantiu, também na televisão: "A inflação no final deste 2016,
estará no centro da meta, 4,5 por cento". Ninguém acreditou. Mas não se
esperava que ele mesmo apresentasse números completamente diferentes. E isso
apenas 50 dias depois.
Na
conversa, praticamente só ele falou. Textual: "A inflação cairá 2 por cento,
a queda pode ser de 3 pontos neste 2016. Como está no momento em 11 por
cento admitimos que fique em 8 por cento, o máximo para este ano". Deu uma
parada para a Mirian Leitão fazer outra pergunta, continuou. Sem perceber que
estava "prevendo" o dobro do que ele mesmo imaginara.
Novamente
textual e surpreendente: "Em 2017 cairá outros 3 por cento, o que chegará
a uma inflação de 5 por cento, praticamente o centro da meta, esperado por
nós". Não explicou como fará isso, que seria inédito para ele mesmo. Pela primeira
vez abandonou a economia, se dedicou ao aspecto financeiro, que rotulou como
muito importante.
Não deu
uma palavra sobre juros. Mas, no dia seguinte sussurrou: "Os juros
começarão a cair". Não disse quando e o repórter não pode revelar de quem
ouviu.
Num país
dominado por contradições contundentes, a extravagante situação do senador
Delcídio Amaral, condenado á inacreditável prisão domiciliar parlamentar.
Jamais
imaginamos que pudessem acontecer tantas e tão absurdas realidades, todas ao
mesmo tempo. O país tem uma presidente que está mais para rainha da Inglaterra,
"reina mas não governa". Só que ela não é uma coisa nem outra. Embora
espantosamente coloque no orçamento a receita presumida da CPMF. Que nem foi
apreciada. Mas como está no Congresso mais desmoralizado da Republica, pode ser
aprovada ou recusada. Por cumplicidade ou omissão.
A
jornalista Miriam Dutra desenterrou o relacionamento extraconjugal que teve com
FHC, E do envolvimento que durou entre 6 e 7 anos. FHC, transformado na maior e
mais badalada personagem das redes sociais, da televisão e de todos os jornais
impressos, logo surgiram os contestadores, que só não foram em numero maior,
porque FHC não tem a menor credibilidade. E sua versão dos fatos é tão insustentável,
que o MP deve investigá-lo. E o próprio Ministro da Justiça anunciou,
"ninguém está acima da lei".
Alem do mais, a empresa supostamente
envolvida com a remessa de dinheiro para a jornalista no exterior, tinha
relacionamento oficial com o governo do qual dependia. Seu negocio milionário
nos aeroportos precisava de concessão contratual. E de relacionamento quase
sempre promiscuo com intermediários. E de entendimento político para a
renovação sem licitação, das concessões que geravam lucros miliardarios.
Para
terminar por hoje, apenas por hoje. FHC não tem a menor credibilidade, seja no
exame do seu governo, "retrocesso de 80 anos em 8”. E nas afirmações
repetidas, falando na sua cassação e exílio, coisas que jamais aconteceram. Já
dei e poderia repetir fatos que desmentiriam o ex-presidente. Sempre desafiei
FHC a mostrar como é que pretenso cassado como ele se dizia, poderia ter sido
candidato a senador em 1978 em plena ditadura. Naquela época não havia suplente
nominal. O partido registrava uma chapa com três nomes. O mais votado era o
senador, os outros, primeiro e segundo suplentes, pela ordem.
Franco
Montoro teve 3 milhões, eleito. FHC, quase 300 mil, suplente. 4 anos depois, já
com eleição direta, Montoro se elegeu governador , FHC assumiu , passou a
senador. Para corroborar, dois fatos irrefutáveis, que confirmam o que FHC
jamais desmentiu. Em 1978, chegado do exílio, José Serra se candidatou a
deputado estadual, a candidatura não foi registrada. Motivo alegado: Serra
ainda estava cassado.
Candidato
a deputado federal em l966 pelo MDB, este repórter foi cassado por 10 anos, três
dias antes da eleição. Em 1977 o MDB lançou minha candidatura ao Senado em
1978. Como eu fora cassado com tempo e data fixados, minha cassação terminou em
novembro de 1976, decisão revoltante.
Não fui
registrado, o execrável Gama e Silva, Ministro da Justiça declarou: "A
cassação não é mais por 10 anos, é para sempre”. (Foi um dos redatores do
inominável AI-5, subserviente sempre. Quase no fim da ditadura, contou aos
generais que estava ameaçado de morte. Foi nomeado embaixador em Portugal, anos
e anos de recompensa ). Derrubaram FHC, um paladino da moral, da ética, mas não
da dignidade. Não é questão intima ou particular.
Depois desses
fatos abomináveis ou inacreditáveis, surge outro, envolvendo o senador Delcídio
Amaral, do PT, existem muitos. Mas nenhum com essas características, desafiando
a democracia. E criando uma realidade irreal, que começará a se deslindar ou se
complicar a partir de hoje, segunda feira, quando Delcídio entrar novamente no
Senado. Ele ficou precisamente 80 dias fora do Senado, preso. Agora, volta e
deve ser presença assídua, pois o Supremo determinou que esse é o seu local de
trabalho. E ele está em prisão domiciliar, só pode sair de casa para trabalhar.
È
impossível imaginar os episódios constrangedores que ocorrerão. O Supremo
determinou que Delcídio tenha que passar as noites em casa. Como a Câmara e o
Senado, terça e quarta feira, (e ás vezes até as quintas) atravessam as
madrugadas trabalhando, Delcídio não pode participar.
Dessa
forma, o Supremo que fixou o Senado como local de trabalho, está cerceando o
direito do senador, e desrespeitando a própria Constituição. Que garante e até
exige, que todo cidadão trabalhe, a não ser que possa provar que vive de rendas
legitimas. O Supremo poderia autorizar o senador a participar de sessões
noturnas. Facílimo fiscalizar se ele está lá. Tendo que deixar o Senado com
"hora marcada", não se livrará de maldades ou brincadeiras irreverentes
e até mesmo constrangedoras: "Senador Delcídio, ia lhe conceder o aparte,
mas ultrapassará seu tempo aqui". Ou então: "Delcídio, a sessão
noturna de hoje, terá grandes debates, pena que você não possa
participar". Isso num tom amistoso e até falsamente generoso.
O
Ministro Zavascki, que tem atuado de forma elogiável, pode resolver facilmente
a situação. Sem esquecer que o senador Delcídio, do PT, terá no dia a dia do
Senado, um adversário verdadeiramente inimigo: a cúpula indefensável do PT,
principalmente seu presidente nacional.
Desemprego lancinante e crescente, PIB decadente e
reincidente
Foi
anunciado agora: 9 milhões e 100 mil trabalhadores estão sem emprego. Como
sempre, o governo se diz surpreendido, mas sem condições de qualquer
desmentido. Esse numera do IBGE, tem dados conclusivos apenas do ano passado.
Mas nesse janeiro e 15 dias de fevereiro, já subiu bastante. Antes era só a indústria
que desempregava. Agora atingiu vários setores, incluindo comercio e
serviços, em grande escala. Falam em 12 milhões no fim do ano, outros chegam a
estimativas maiores.
Não
haverá investimento este ano. Por desconfiança, descrença e desesperança.
E com o credito cada vez mais caro e raro. O governo fazia circular a analise
de que "o PIB deste inacreditável 2016, ficaria em menos 1,9 por
cento". Já está em menos 2,9. E o numero do "mercado", nada exagerado,
admite queda de 4 por cento. È a realidade nacional colocada aqui no final de dezembro:
2016 será pior do que 2015. Quanto a 2017, está muito longe, como se dizia
antigamente, "nada a declarar".
O Papa influencia o miliardario Trump
Duas
primarias das eleições americanas. Nas republicanas, surpresas apesar de Donald
Trump ter sido o vencedor, como era esperado. Mas sim pela sua declaração de
que abandonou a idéia de construir um muro para impedir que os mexicanos
entrassem nos EUA. Como o Papa atirou diretamente em Trump, afirmando que “quem
constrói muros em vez de pontes não é um bom cristão", ele fez a
declaração depois de vitorioso.
Deb Bush,
ex-governador da Florida, filho e irmão de presidente, desistiu, até agora só
teve votação inexpressiva. A primaria foi na Carolina do Sul, criada no norte.
Mais tarde é que surgiu a Carolina do Norte, no sul do país. As duas fazem
parte das 13 províncias transformadas em estados pela constituinte de 1788. A
primaria democrata, em Nevada, deu razoável vantagem para Hillary
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