Parodiando o poeta Carlos Drummond de
Andrade: “No meio do caminho tinha um sítio. Tinha um sítio no meio do caminho”.
E Lula-lá estava lá.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
É
Lava jato, Lava tudo e pode acabar em pizza. O ex-ministro Gilberto Carvalho
ex-chefe do Gabinete de Luiz Inácio Lula da Silva, durante oito anos em que o ocupou
a Presidência da República considerou, “a
coisa mais normal do mundo” se a empreiteira Odebrecht tiver
bancado a reforma de um sítio usado pelo ex-presidente. Como complicador
Carvalho também argumenta que Lula não é o dono formal da propriedade, que está
em nome de sócios de um dos filhos do ex-presidente.
A
matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo, garante que existe “uma espécie de consórcio informal de
empresas dirigidas por amigos do ex-presidente bancou obras no sítio
freqüentado pela família em Atibaia, São Paulo”. Pelo menos três
empresas, todas investigadas na operação Lava-Jato, teriam participado das
reformas no imóvel, de acordo com os relatos: a Usina São Fernando, do
pecuarista e amigo do ex-presidente José Carlos Bumlai, além da Odebrecht e
OAS. – diz a nota.
O
artigo 317 do Código Penal trata do crime de corrupção passiva. O cerne da lei
é solicitar, receber ou aceitar vantagem indevida, mesmo fora da função ou
antes de assumi-la, desde que em virtude da função. O ato funcional, de
natureza comissiva ou omissiva, sobre o qual versa a venalidade pode ser lícito
ou ilícito. E não adianta afirmar que “não sabia de nada”.
A
questão maior é, porque Lula teria praticado tal irregular negociação? Qual a
vantagem da empreiteira em ter reformado a alto custo o sitio de Atibaia?
De
acordo com o Código de conduta dos servidores públicos os integrantes do
Executivo veda que recebam mimos superiores a R$100,00.
O
grande problema é que diante de tanta corrupção veio à edição da Lei nº 12.683,
de 9 de julho de 2012, estabelecer um novo regime jurídico para os crimes de ¨lavagem¨
ou ocultação de bens, direitos e valores no Brasil.
Sem
adentrar ao mérito da questão de culpa, mas examinando pelo aspecto político,
este tipo de deslize (se comprovado), é mais um ponto negativo na pretensão de
Lula da Silva, se eleger presidente em 2018.
A
questão maior é saber se o eleitor estaria politizado a ponto de entender que o
seu voto, significa sim ou não a corrupção no Brasil, seja ela de autoria de
qualquer representante público, o que importa é que este homem público, tem que
ser o exemplo de honestidade sob todos os aspectos, principalmente quando se
trata de levar vantagem, em detrimento do cargo que ocupa.
Desde
o mensalão, estamos cada vez mais no atoleiro da corrupção. Temos observado
desculpas das mais cínicas e incipientes dos aliados e dos próprios quadros do
petista Lula da Silva, elas surgem no exército de “boquinhas”, milhares deles
ocupante de cargos públicos, que fazem coro com essa vergonhosa situação, como
se isso tivesse a ver com a defesa partidária, dos princípios, dos dogmas
idealistas que se propõe um partido, que se diz de esquerda e honesto.
Que
me conteste aquele que souber o inverso, no contraditório, venha provar que os
dirigentes de partido da agremiação petista não tenham nomeado cargo público.
Essa é uma cultura, que herdamos do colonialismo, do feudal e de todo modelo
retrógado de estado.
Parodiando
o poeta Carlos Drummond de Andrade: “No meio do caminho tinha um sítio. Tinha
um sítio no meio do caminho”. E Lula-lá estava lá.
Dilma
Rousseff, se mostra incompetente, uma chata de plantão, disforme sob todos os
aspectos. Uma presidente que sequer ocupou cargo eletivo em toda sua vida, e
ganhou de presente, no lastro do petismo, o cargo de presidente do Brasil.
Dilma
e Lula “não sabem de nada”, mas a realidade é outra, mesmo que a Carta Maior
forneça o adjetivo de que: Nemo tenetur se
detegere, “ninguém é obrigado
a fazer prova contra si mesmo”.
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