*Esse
é o blog oficial do jornalista e fundador do jornal Tribuna da Imprensa, Helio
Fernandes. A partir de agora teremos
suas matérias exclusivas, e também a participação de colunistas especialmente
convidados. (NR)
HELIO FERNANDES
Muita gente
pode achar estranho, insuspeitavel e inexplicável, até mesmo a revelação
convicção que está no titulo. Para mim um combatente como este repórter, antes,
durante e depois do golpe, altamente compreensível. A posição publica de hoje,
é a mesma de ontem, mas principalmente a grande preocupação do futuro do Brasil.
Há meses
venho escrevendo: “Se Dona Dilma for reeleita, os próximos quatro anos estarão
com trajeto garantido para o horizonte marcado pelo tumulto e até pelo
impeachment”.
Isso é o mais
previsível, basta examinar e analisar a tragédia administrativa, (perdão
“desadministrativa”) do que aconteceu do primeiro ao ultimo dia de Dona Dilma
no Planalto-Alvorada.
Na campanha
presidencial de 2002, sem qualquer ligação com Lula ou com o PT, escrevi
diariamente repudiando o desgoverno FHC, que rotulei o tempo todo, com total
segurança, de “retrocesso de 80 anos em 8”. E mais: critiquei a compra da
primeira reeleição da nossa Historia. Acrescentei que dezenas de parlamentares
receberam até 500 mil pelo voto, outros apenas 200 mil.
Agora o
próprio, falso e fraudulento FHC, afirma publicamente, perguntando: “quem pagou
essa reeleição, que dizem comprada e paga?”. Ora, foi seu ministro, que eu
expliquei na época, “teve a sabedoria de morrer logo”.
Enquanto
muitos apoiavam o candidato do PSDB na sucessão de FHC, eu escrevia dezenas de
artigos, na Tribuna impressa, repetidas pelo Brasil, a todos com o mesmo
titulo, só o texto era diferente.
Titulo desses
artigos, sempre o mesmo: “Meu nome é Luiz Inácio da Silva, mas pode me chamar
de presidente”. Valeu, repercutiu, ganhou, tomou posse, governou. Mas pode
parecer inacreditável: jamais estive perto de Lula, com alguém, do seu governo,
nunca falei com ele presidente, nem depois, já ex, embora poderoso. Esse é o meu
estilo, habito, gosto e convicção, e até obrigação jornalística. Quem duvidar,
veja nas mil frases de Millor: “Jornalista que não faz oposição, é melhor que
abra um supermercado”.
James
Carville, assessor de Clinton, descobriu a pólvora na campanha da à reeleição
do presidente americano, ao liquidar um debate que se arrastava
perdulariamente, com a frase de hoje repetida e seguida no mundo todo: “É a
economia, estúpido”.
Clinton foi
reeleito, sua campanha teve a prioridade recomendada por Carville: economia.
Ganhou a segunda eleição, com mais facilidade do que a primeira. E fez
excelente administração, embora quase sofresse impeachment, não por omissão
social e sim por excesso sexual.
Dona Dilma
que jamais ouviu falar de Carville, embora “estúpido”, seja uma identificação e
uma convicção usada para rotular ideias e pessoas sempre e cada vez maios
próxima dela. E seu ponto mais frágil, fragilíssimo, é a economia. Na micro e
macro, ou até na mais enclausurada das diretrizes de governo. Erra em tudo, na
campanha, mente despudoradamente, da mesma forma como mentiu sempre no que
acreditou que foi sua vida.
E tendo chegado
a presidente de forma que nem ela mesma considerava possível, nada surpreende
que conjugue com a maior satisfação o verbo continuar. Se chegou precariamente,
se manteve precariamente, por que não sonhar que conquiste uma nova vitória,
também precariamente?
PS- A esperança
em Aécio, tem como base a certeza de que com Dona Dilma é impossível
recuperação. E como são dois candidatos apenas, excluindo ela, sobre ele. Se
insistir no “fernandismocadosismo”, também não terá longa vida administrativa.
Ou cumpre e muda
tudo, ou não governará nem mesmo até 2018. Haja o que houver, ninguém sabe o
que acontecerá no dia 26. Com base nos Institutos, nenhuma certeza.
PS2- Não
escrevi por alguns dias, jamais acreditei que depois de 57 anos, minha mulher
me deixasse sozinho. Em três anos, perder 2 filhos, 1 irmão e agora a mulher, é
muito.
PSS3- Estou voltando
a escrever, agora num blog só meu, este heliofernandesonline. Perdi o primeiro
por mau-caratismo de quem tinha senha. O segundo, por incompetência e
vaidosismo. Agora, este é meu, escrevo o que quiser.
(Estimado Helio, a equipe do blog lhe
dá boas vindas. Parabéns pelo retorno a net).
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