EM 48 HORAS, MILHÕES DE BRASILEIROS,
DECIDIRÃO. A QUASE CERTEZA DA ESPERANÇA NA DEMOCRACIA DA ALTERNACIA. OU A
AMARGA DESESPERANÇA DA IMPRUDENCIA E INCOMPETENCIA DA PERMANENCIA SEM
DEMOCRACIA.
HELIO FERNANDES
Hoje, o
último confronto, quase diria conflito entre Dona Dilma e Aécio. Duvidas
completas atingindo praticamente a todos.
O cidadão-contribuinte-eleitor, que as pesquisas insistem em rotular de
indecisos, quando na verdade não se convenceram de nada. Daí essa diferença
mínima e verdadeira incógnita, que começou 24 horas depois do primeiro turno, e
se mantém até agora.
O Datafolha e
o Ibope, que erraram tremendamente nas previsões do primeiro turno, sofrem e se
dilaceram na tentativa de acertar agora. Mas vejam só: dão aumento de seis por
cento nos que achavam o “governo Dilma, ótimo ou excelente”. Ora se ela não fez
nada, nesses 10 dias, apenas injuriou, difamou e caluniou, por que melhorou de
cotação?
O que será do
Brasil, com Aécio presidente? No estranho, esdrúxulo e extravagante regime
presidencialista-pluripartidário, que só existe neste país, o presidente é
muito mais importante do que os partidos. O presidente é um só, as legendas são
trinta e duas, por enquanto.
Analisando
até sem muita profundidade, a constatação: o presidente, se tiver vontade,
personalidade, autenticidade, credibilidade, estará muito acima dos partidos.
Não terá a menor necessidade desse troca-troca impiedoso, que vem se mantendo
no poder desde 1994, até agora, 2014.
Oito anos do
PSDB e de FHC. 12 anos do PT, dividido entre Lula e Dona Dilma. Ela quer
igualar os tempos de presidente, não importa que ele tente voltar em 2018, aos
73 anos de idade. Não examino nem analiso problemas ou sucessão, que só
acontecerão em 2018, ou seja, tempo e espaço dispersos ou desperdiçados,
principalmente se tiver Dona Dilma como reeleita.
Só poderemos
acreditar em Aécio, votando nele. Tem compromissos que não poderá deixar de
cumprir, começando pelo fim da reeleição. Há mais de trinta anos combato a
reeleição, que também foi desprezada e desesperançada por todos os
constituintes e Constituições.
Não pensem
nos partidos e sim nos presidenciáveis. Imaginem 513 deputados repartidos entre
32 legendas; O presidente é apenas um só, seu mandato até agora de quatro anos,
pelo compromisso de Aécio, passará a cinco, nem mais nem menos. Mais, de jeito
algum. Menos, pela decisão da maioria, já falei na turbulência que o eleito
terá que enfrentar, no caminho mais do que previsível do impeachment.
Não custa
repetir o que já afirmei: só conheceremos os rumos do Brasil com Aécio Neves,
votando nele. Ou então, numa premissa rigorosamente verdadeira, só poderemos
sonhar com um Brasil diferente, não votando novamente em Dona Dilma. Presidente
por acaso ou omissão geral, Dona Dilma quer mais indiferença do eleitor, para
habitar por outros quatro anos, o Planalto e o Alvorada.
Para ela, o
verbo reeleição, é exatamente esse, HABITAR. Administrar não passa pela sua
mente ou pela sua trajetória e vida. Disputou apenas uma eleição, diretamente
para presidente. E foi eleita pelos votos de Lula, que com ela, transformou
“postes” em malabaristas políticos e eleitorais. (O que não repetiu agora em
São Paulo).
Ao contrario
de Dona Dilma, Aécio disputou tudo pelo voto, merece a chance e a oportunidade
de chegar a presidente. Deputado federal, presidiu a Câmara. Governador de
Minas em dois mandatos, saiu com aprovação de 92% por cento do eleitorado.
Escolha unanime do seu partido.
Não importa
que esse partido se chama PSDB e tenha tido um único
presidente-tragédia-catástrofe, que foi FHC. Ele não terá ascendência ou
domínio sobre Aécio, já pediu e obteve a concordância: será embaixador na IONU,
bem distante de Brasília.
PS- O debate
de hoje, na Globo, encerra a fase da campanha eleitoral. É impossível dizer o
que acontecerá. Não há duvida de que se apresentarão numa televisão do sudeste,
disputando os votos decisivos do próprio sudeste.
PS2- São
Paulo, Minas e Estado do Rio consolidarão a vitória, ou determinarão a derrota.
São os três maiores redutos eleitorais, em cada um deles ou em todos, não existe
supremacia eleitoral.
PS3- E essa
supremacia eleitoral continua escondida pelo fato de não haver superioridade
política. Trocando de nomes do presidente, é bem possível, quase certo, que
desapareça o amaldiçoado troca-troca. É o que o povo espera de um Brasil sem
REELEIÇÂO.
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