Titular: Helio Fernandes

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

EM 48 HORAS, MILHÕES DE BRASILEIROS, DECIDIRÃO. A QUASE CERTEZA DA ESPERANÇA NA DEMOCRACIA DA ALTERNACIA. OU A AMARGA DESESPERANÇA DA IMPRUDENCIA E INCOMPETENCIA DA PERMANENCIA SEM DEMOCRACIA.

HELIO FERNANDES

Hoje, o último confronto, quase diria conflito entre Dona Dilma e Aécio. Duvidas completas atingindo praticamente a todos.  O cidadão-contribuinte-eleitor, que as pesquisas insistem em rotular de indecisos, quando na verdade não se convenceram de nada. Daí essa diferença mínima e verdadeira incógnita, que começou 24 horas depois do primeiro turno, e se mantém até agora.

O Datafolha e o Ibope, que erraram tremendamente nas previsões do primeiro turno, sofrem e se dilaceram na tentativa de acertar agora. Mas vejam só: dão aumento de seis por cento nos que achavam o “governo Dilma, ótimo ou excelente”. Ora se ela não fez nada, nesses 10 dias, apenas injuriou, difamou e caluniou, por que melhorou de cotação?
O que será do Brasil, com Aécio presidente? No estranho, esdrúxulo e extravagante regime presidencialista-pluripartidário, que só existe neste país, o presidente é muito mais importante do que os partidos. O presidente é um só, as legendas são trinta e duas, por enquanto.

Analisando até sem muita profundidade, a constatação: o presidente, se tiver vontade, personalidade, autenticidade, credibilidade, estará muito acima dos partidos. Não terá a menor necessidade desse troca-troca impiedoso, que vem se mantendo no poder desde 1994, até agora, 2014.

Oito anos do PSDB e de FHC. 12 anos do PT, dividido entre Lula e Dona Dilma. Ela quer igualar os tempos de presidente, não importa que ele tente voltar em 2018, aos 73 anos de idade. Não examino nem analiso problemas ou sucessão, que só acontecerão em 2018, ou seja, tempo e espaço dispersos ou desperdiçados, principalmente se tiver Dona Dilma como reeleita.

Só poderemos acreditar em Aécio, votando nele. Tem compromissos que não poderá deixar de cumprir, começando pelo fim da reeleição. Há mais de trinta anos combato a reeleição, que também foi desprezada e desesperançada por todos os constituintes e Constituições.

Não pensem nos partidos e sim nos presidenciáveis. Imaginem 513 deputados repartidos entre 32 legendas; O presidente é apenas um só, seu mandato até agora de quatro anos, pelo compromisso de Aécio, passará a cinco, nem mais nem menos. Mais, de jeito algum. Menos, pela decisão da maioria, já falei na turbulência que o eleito terá que enfrentar, no caminho mais do que previsível do impeachment.

Não custa repetir o que já afirmei: só conheceremos os rumos do Brasil com Aécio Neves, votando nele. Ou então, numa premissa rigorosamente verdadeira, só poderemos sonhar com um Brasil diferente, não votando novamente em Dona Dilma. Presidente por acaso ou omissão geral, Dona Dilma quer mais indiferença do eleitor, para habitar por outros quatro anos, o Planalto e o Alvorada.

Para ela, o verbo reeleição, é exatamente esse, HABITAR. Administrar não passa pela sua mente ou pela sua trajetória e vida. Disputou apenas uma eleição, diretamente para presidente. E foi eleita pelos votos de Lula, que com ela, transformou “postes” em malabaristas políticos e eleitorais. (O que não repetiu agora em São Paulo).

Ao contrario de Dona Dilma, Aécio disputou tudo pelo voto, merece a chance e a oportunidade de chegar a presidente. Deputado federal, presidiu a Câmara. Governador de Minas em dois mandatos, saiu com aprovação de 92% por cento do eleitorado. Escolha unanime do seu partido.

Não importa que esse partido se chama PSDB e tenha tido um único presidente-tragédia-catástrofe, que foi FHC. Ele não terá ascendência ou domínio sobre Aécio, já pediu e obteve a concordância: será embaixador na IONU, bem distante de Brasília.

PS- O debate de hoje, na Globo, encerra a fase da campanha eleitoral. É impossível dizer o que acontecerá. Não há duvida de que se apresentarão numa televisão do sudeste, disputando os votos decisivos do próprio sudeste.

PS2- São Paulo, Minas e Estado do Rio consolidarão a vitória, ou determinarão a derrota. São os três maiores redutos eleitorais, em cada um deles ou em todos, não existe supremacia eleitoral.

PS3- E essa supremacia eleitoral continua escondida pelo fato de não haver superioridade política. Trocando de nomes do presidente, é bem possível, quase certo, que desapareça o amaldiçoado troca-troca. É o que o povo espera de um Brasil sem REELEIÇÂO.





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