Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 6 de maio de 2019


A DERRUBADA DE MADURO, QUE PARECIA 
O ASSUNTO DO DIA, VAI SE TRANSFORMANDO 
NO ASSUNTO DO MÊS, DO ANO, ATÉ QUANDO?
 
HELIO FERNANDES
 
Agora os dois lados abandonaram as convicções (se é que tiveram
alguma), apelam para os mesmos generais.
 
Maduro, com lagrimas nos olhos: "Defendam a independência do país".
Guaidó, (auto declarado presidente sendo negado pelos próprios
supostos correligionários) implora aos generais: "Derrubem Maduro,
convoquem eleições, restabeleçam a democracia". Não é ouvido nem
seguido.
 
Alem do mais, é desinformado. Na terça passada, Guaidó tentou derrubar
Maduro, baseado na informação (falsa e mistificadora) de que "haveria
sublevação em massa de generais". Estes, que dominam tudo, nem saíram
dos quartéis.
 
Os únicos que pediram asilo na embaixada do Brasil foram 24 soldados e
1 oficial de patente inferior. A luta continua pela supremacia
militar. A OEA, aparentemente desistiu do papel de conciliação. 13
países, identificados como "grupo de Lima". Medíocres, sem coragem
e sem convicção.
 
Maduro pode perder o cargo, imediatamente ou ficar indefinidamente.
 
A desmerecida homenagem ao capitão
 
Surpreendentemente colocado entre as "100 personalidades, mas
importantes do mundo" (blasfêmia e mistificação), o capitão
passou a acumular vetos á despropositada e desmerecida homenagem.

O premio é concedido todo ano e entregue num dos centros literários
mais importantes dos EUA. A direção se reuniu, concluiu: "O presidente
do Brasil de extrema direita, não tem condições de receber esse premio
aqui". Mudou o local, num veto claríssimo ao capitão, veto
que se multiplicou, e provocou a desistência humilhante.

Mas o veto ou a discordância é também interna. O vice general Mourão,
mandou fazer um levantamento completo dos seus locais de
trabalho. Recebeu a denuncia "de que estava tudo sendo gravado",
Concluiu que isso só poderia ser feito com a participação ou a omissão
do capitão.

Quem visse a Primeira de O Globo de ontem, poderia imaginar o
contrario. O presidente e o vice, ás gargalhadas, tentando deturpar 
a realidade. E o capitão como sempre desmentido a ele mesmo: 
"Minha grande preocupação é a Argentina". Que farsante.

PS- A foto é ótima, (não dão o crédito) nada a ver com a realidade

O CHANCELER, PREMIO NOBEL DE CHARLATANICE, 
SABUGICE, SUBSERVIÊNCIA
 
Os que estavam na fala do ministro para novos diplomatas ficaram
estarrecidos, "quando ele comparou Jair Bolsonaro a Jesus Cristo".
Bernardo Mello Franco revelou, "que ele até chorou". O capitão, sempre
grato e compreensível,agradeceu ao chanceler olavista, há muito tempo
ele também acredita na comparação feita.
 
O dia foi de louvor á família Bolsonaro, glorificada sem
constrangimento e com total despudor. O filho Flavio foi condecorado
com a mais alta recompensa do Itamaraty, a Ordem do Rio
Branco, privativa de personagens da mais alta competência, categoria e
representatividade.
 
A comenda dada a Flavio Bolsonaro é mais uma vitoria dos milicianos,
protegidos e condecorados  pelo filho do capitão, quando deputado.Mas
o processo cora ele continua, não pode ser interrompido,inocentado,
arquivado.
 
DOCUMENTÁRIO
 
Em 1 de abril de 1964, mais uma ditadura militar. Apresentaram como
"justificativa", o fato do Brasil estar às vésperas de se transformar
numa nova  Cuba comunista. Nem perto, pela força, (em 1935, pela
revolução comunista de Prestes) nem pelo voto nas diversas eleições
que disputou.
 
Nada surpreendente para uma República que nasceu IMPLANTADA e não
PROMULGADA. O notável Saldanha Marinho, que em 1860, lançou o jornal
diário "A República" , não se conteve e exclamou: " esta não é
realmente a República dos nossos sonhos".
 
Os dois marechais (Deodoro e Floriano, que vieram brigados da
estranha Guerra do Paraguai ) acordaram e desalojaram os bravos
"propagandistas da República". Deodoro foi feito "presidente" e
Floriano "vice" e Ministro da Guerra.
 
Essa situação durou apenas oito meses, Floriano derrubou Deodoro
assumiu todos os poderes, afrontou o legislativo, e perseguiu Rui
Barbosa de tal maneira que ele teve que se exilar na Suíça. Pela
Constituição, Floriano teria que fazer nova eleição. Prepotente e
arrogante, pensou que fosse ficar presidente o resto da vida. Mas em
1894 perdeu a eleição para Prudente de Moraes que era presidente do
senado.
 
E que foi o primeiro civil presidente da República.
 
Queiroz?
 
Onde está Queiroz? Fugido e desaparecido ha meses, não se preocupa em
aparecer. Protegido pelo ministro Moro e pelo filho do capitão, (seu
chefe que não sabia de nada) cometeu crime militar, se refugiou no
quartel maior do milicianos.
 
Já se passaram 6 meses, nada aconteceu. Nem acontecerá.


Um comentário:

  1. Floriano não "perdeu" eleição nenhuma. Ele nem disputou. Sai do poder no prazo constitucional. E foi Prudente, tão louvado por você, que criou o "dedaço" indicando o sucessor.

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