Titular: Helio Fernandes

sexta-feira, 20 de abril de 2018


ALCKMIN E MARINA, TENTAM TIRAR A SUCESSÃO DO OSTRACISMO

HELIO FERNANDES

Ele, negativamente. Ela, positivamente. Anteontem escrevi sobre eles, lembrando que era a segunda candidatura presidencial dos dois. Comentei que o ex-governador estava em queda  livre. E a ex - ministra e ex-senadora, a única em ascensão. Não podia saber que daria excelente e esclarecedora entrevista á jornalista Letícia Sander, publicada com destaque pelo Globo.

Em matéria de eleição, tratou de tudo e de todos. Depois de ler o que ela falou sem o menor receio ou constrangimento, a constatação: não poupou ninguém, revelando mudança importante em relação ás outras duas campanhas.

Se em campanhas moderadas (2010 e 2014), acumulou 20 e 19 milhões de votos, é fácil imaginar o que conseguirá agora, de metralhadora em punho. E tem credibilidade, respeitabilidade e independência, sem o temor de que seu nome apareça em alguma delação desarvorada.

Não é o caso do ex-governador. Acusado de ter comprado trens por 615 milhões, jogou a culpa no secretario de transportes, que tomou posse quando a compra já estava consumada. Os trens estão engavetados desde 2011. Agora, em plena campanha, Alckmin consegue se livrar dos tribunais  superiores, o processo vai para a primeira instancia, sem o seu nome.

Marina, na entrevista a Leticia Sander, não esqueceu de ninguém. Mas concentrou seu fogo em Bolsonaro, por considerar que ele é o mais perigoso, para o país, o cidadão, a democracia. Não querendo que façam interpretações  sobre o que não disse, atirou nele pessoalmente, bastardo e  sem representatividade.

Importante e textual: "Bolsonaro evoca o lado  escuro da força". Podia ter  dito, ESCURO e OBSCURO, ficaria mais completo. Mas  não parou por aí, vejam e leiam que bela introdução para uma biografia dele. Feita com  a maior sinceridade, credibilidade e autenticidade.
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"Um candidato  de cunho popular, com viés autoritário muito forte. Que não respeita direitos humanos, as minorias, a própria democracia. Muito embora usufrua dela, para defender suas idéias antidemocráticas". Resumo admirável de um personagem insuportável para  a comunidade. Insuportável e perigoso.

OS - Dona Marina fala e reprova a insistência com que tentam transformá-la em vice. È candidata mesmo, apesar da falta de recursos para a campanha.

PS2 - Única restrição: os elogios a Joaquim  Barbosa, equívoco irrecuperável.

JOÃO DORIA: AMBIÇÂO E OBSESSÃO

Por necessidade política do então governador Alckmin, saiu do nada, se transformou em prefeito da capital mais importante do país. Depois de declarações estapafúrdias, cumpriu a primeira parte do seu projeto. Eleito para um mandato de 48 meses cumpriu 16, abandonou o cargo. Usou o tempo para muitas viagens  pelo Brasil e o exterior. (Esteve até com o Papa, por causa da repercussão e da promoção)

No momento cumpre a segunda parte do projeto que pretendia executar agora em 2018, não teve sucesso. Candidato a governador vai indo bem nas pesquisas, apesar de péssima avaliação como prefeito. Ele e os amigos mais íntimos consideram que vence no primeiro turno, faltam adversários fortes.

Vencedor, mesmo que num segundo turno, repetirá o plano que exerceu na prefeitura. Tomará posse em janeiro de 2019, novamente para um mandato de 48 meses, até o fim de 2022. Aí, presidenciável, só em 2026. Vai encurtar o tempo, novamente abandonará o governo sem terminar o mandato.  

Tomará posse em janeiro de 2019, ficará até abril de 2022, já presidenciável. A não ser que aconteça um imponderável, o presidente eleito agora em 2018 faça um governo que o imponha para a reeleição. O que não parece presumível ou previsível.

PS- Nada disso é divagação, em SP, muita gente acredita. E os amigos divulgam.

PS2- Haja o que houver, Doria será noticia, até uma festejada derrota.

STF: 2 DIAS PARA DECIDIR SE MALUF FICA

NO HOSPITAL OU EM PRISÃO DOMICILIAR

Está tudo desarvorado e equivocado no caso Maluf. Ha quase 30 anos, se ele tivesse sido condenado e preso pelo colossal desfalque na prefeitura,  rigorosamente compreensível. Houve o processo, ele foi condenado na França, aqui não aconteceu nada, apesar dele saber de tudo. Tanto que nunca mais saiu do Brasil, seu nome estava na lista da Interpol para prisão.

Em novembro (ha 5 meses), com o ex-prefeito completando 86 anos, um ministro do STF, condenou-o e mandou que fosse preso IMEDIATAMENTE. Isso mesmo.

Aí  começou a incompreensão e a indecisão. O ministro Dias Toffoli, relator, concedeu um HC HUMANITARIO. Com isso desrespeitou uma tradição: o HC dado monocraticamente por um ministro, não pode ser revogado por outro ministro, só pelo plenário. Há dias perdem tempo. Pediram então a um hospital de alta reputação, o verdadeiro estado médico de Maluf.

Recebido o relatório incontroverso, pelo menos 2 ministros, se confessaram assustados com a situação do ex-prefeito. Mas continuaram  discutindo e debatendo teses jurídicas, enquanto Maluf estava ha 6 dias internado em estado grave. Finalmente por proposta do ministro Fachin, por conta própria, concedeu a Maluf HC de oficio, e com isso vai para prisão domiciliar.

PS- A situação de saúde de Maluf é tão grave, que é impossível saber se poderá ir do hospital para casa.

PS2- Todo esse problema, criado pela lentidão e omissão da justiça.

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