Titular: Helio Fernandes

quinta-feira, 19 de março de 2020


EXECUTIVO E LEGISLATIVO,

DIVERGEM DA CALAMIDADE PÚBLICA

HELIO FERNANDES


O Brasil tem tratado da questão como emergência, quando é uma realidade, que mobiliza  e movimenta o mundo inteiro. Fechamento das fronteiras, proibição de vôos, restrições e "quarentenas" obrigatórias, rotina para os principais países. 

A Europa inteira, (26 da UE)  fecharam suas  próprias fronteiras inteiras, e  proíbem todo e qualquer voo. O Brasil inerte silencioso, e sem nenhuma providencia.

(Tenho um amigo, com que falo praticamente todo dia. Sua mulher foi para a  Europa. Na hora de voltar, proibida de tomar avião, tem que esperar os 30 dias da proibição. Também sair do país, a pé, as fronteiras estão fechadas). 

PS-  Sou a favor da decretação da  calamidade pública, respeitadas as liberdades publicas e os direitos democráticos.

PS2- Tenho até um candidato para o cargo, jamais falei com ele. Mas assisti sua atuação num programa de  TV de 6 horas, com personalidades científicas  e jornalísticas.

PS3- Seu nome, João Gabbardo, secretário Executivo do ministério da Saúde. Sem concorrente, insubstituível. E  rigorosamente  democrata.

BOLSONARO: O PANELAÇO QUE ESTAVA DEMORANDO

Uma parte do país ficou surpreendida, mas satisfeita com o protesto dirigido ao capitão presidente. Publicamente ele ficou furioso e manifestou seu desapontamento. Tem 99% de chance dele considerar que foi injustiçado.

A opinião pública que normalmente se manifesta, estava devendo esse protesto. Na verdade esse protesto estava marcado, coordenado, acertado para o dia 18. Mas já no dia 17, rigorosamente sem nenhum planejamento, houve o que podemos chamar de revolta retardada ou manifestação reprimida.

De qualquer maneira, o povo se encontrou consigo mesmo espontaneamente.

Tendo antecipado satisfatoriamente o calendário, passando o 18 para 17 e tendo gostado da repercussão, agora o 18 verdadeiro, em vez de panelaço, será panenenenenelaço. A satisfação exige mais satisfação, e tudo isso o país receberá merecidamente.

PS- Portanto, esperamos que em todas as casas do Brasil, haja não só o som das panelas, mas o grito improvisado que tem que ser repetido com a maior veemencia: "FORA BOLSONARO". Se ele ficou irritado no dia 17, o país todo espera que no dia 18 (estou escrevendo antes do fato) ele renuncie pra valer.

Até agora ele tem renunciado sem publicar a palavra. É a pura e irrefutável renúncia que devia ser pregada na porta principal do Planalto.

DEPOIS DA TERÇA TRÁGICA,
A QUARTA DRAMÁTICA COM PANELAÇO

Perderam muito na terça, não esperavam uma quarta, com as bolsas de NY, abrindo em queda de quase 10 por cento. Passaram o pregão todo sem recuperação. E ainda tiveram a companhia perdulária, de toda a  Europa, (UE) e Ásia.

O Brasil com uma hora de atraso nos relógios, abriu em queda de 8 por cento, logo caiu para 14. Fechou com menos 10,35, foi o que conseguiu.

A Petrobras continua no prejuízo, o brent crude ficou em 26 dólares por barril, já esteve em 72. O dólar agora  passou mesmo de 5 reais na verdade, 5,10. Mais 2 por cento. Apesar do presidente do BC, empurrado pelo ministro da Economia, ter desperdiçado mais as nossas reservas.

2 comentários:

  1. BOLSONARO TEM QUE SAIR SIM MAIS SUBSTITUI-LO POR MOURÃO NÃO RESOLVE PORQUE O MODELO ECONOMICO SE MANTERA E MOURÃO NÃO É UM HOMEM DEMOCRATA VIDE SUAS DECLARAÇÕES ANTES DAS ELEIÇÕES,TEMOS QUE BUSCAR OUTRAS ALTERNATIVAS,GOSTARIA DE SUA ANALISE.

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  2. A tática de trollagem, típica do trumpismo, tem seus próprios limites.

    Os tempos são outros e não há intentona comunista que justifique estado de sítio ou revolução centralizadora de nossa federação centrífuga (inexistente antes de 1891).

    Bolsonaro, Messias, não é reencarnação do imperador, que não acreditava em Federalismo, justamente por ter o país instituições fracas, com um povo sem formação educacional e, portanto, sujeito a manipulações.

    Nossos dias darão muito material para a ficção, para a produção literária atual e vindoura.

    Mas o momento é de um choque de realidade crescente. Ainda que as estatísticas estejam sendo dolosamente manipuladas para parecer que há menos infectados e menos mortos pelo coronavírus.

    Basta ser pobre e buscar o atendimentos público com sintomas para constatar essa realidade.

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