Titular: Helio Fernandes

quinta-feira, 29 de agosto de 2019



TODOS QUEREM "AJUDAR" A AMAZÔNIA

HELIO FERNANDES

Mas não pelo fato dela representar o "pulmão" do Planeta. E sim pelo fato do seu fantástico território ser depositário de fabulosas e diversificadas riquezas. Incluindo quantidades incalculáveis de nióbio, cobiçadas pelas potencias do mundo. Principalmente as mais ricas, que se reúnem como quadrilhas, e se intitulam de G7.

Quem complicou as coisas foi o presidente da França. Ele transformou um problema que poderia ser resolvido com participação grandiosa, numa questão de base comercial. Antes de qualquer encontro ou conversa do grupo, levou a questão para o lado comercial, de forma abjeta, e sem qualquer apoio.

Duas propostas que  só serviam a ele e a França. Sanções contra o Brasil. E recusa de ratificar o acordo UE-Mercosul.

Foi contestado duramente pelo Primeiro ministro do Reino Unido. Assim que chegou a Biarritze, Boris Jhonson foi incisivo e liquidou a questão: "O problema da Amazônia não pode incluir interesses seja de quem for".

Partiram então para a colaboração financeira. O G7, como um todo, doaria ao Brasil, 90 milhões de reais para acabar com as queimadas. O Brasil já devia ter recusado essa "proposta indecente". Recebendo dinheiro, fica evidente que os doadores acreditam que podem reivindicar recompensas.

Mas a alternativa que seduz o presidente brasileiro, é inaceitável, tem que ser recusada. A proposta de Bolsonaro, publicada por ele: "Acordo Brasil-EUA para tratar e cuidar das queimadas e desmatamento". O Brasil tem que assumir a responsabilidade e resolver o problema sozinho.

Com seu jeito estabanado de governar, desperdiçou 155 milhões da Alemanha e 134 milhões da Noruega. Vinham colaborando há anos, sem nenhuma exigência. Alem de abrir mão do dinheiro, insultou os dirigentes dos dois países.

PS- Agora a questão virou ação terrorista da França. Seu presidente Macron propõe que a Amazônia seja internacionalizada.

PS2- Quer que a Amazônia, (desmatamento e queimadas) seja resolvido pela ONU. Já garantiu apoio do Secretario Geral.

PS3- Mais grave ainda: sugere um confuso  e premeditado ESTATUTO com ingerência total sobre a Amazônia.

PS4-  INTERVENÇÃO  no Brasil. Isso exige reação dura e imediata, que não parece estar nos planos de Bolsonaro. Inacreditável, mas rigorosamente verdadeiro.

A IMPORTÂNCIA DA AMAZÔNIA, SILENCIOU 2 ASSUNTOS NO SENADO

A sabatina do embaixador nos EUA, "rachou" completamente os senadores. Impossível dizer o que acontecerá na  votação, se houver. Dividiu até os personagens. Já aceito ha 15 dias, pessoalmente pelo presidente dos EUA, a indicação deveria ter sido imediata.

Contraditoriamente o presidente afirmou: "Admito não fazer a indicação, não quero expor meu filho a um fracasso". Passava recibo na indecisão e na dificuldade de obter maioria,

Surpreendentemente o filho veio a publico, desmentiu o pai presidente: "Continuo candidato  a embaixador, serei aprovado". Na disputa pela credibilidade da afirmação, o pai leva vantagem: é ele que envia a indicação para o senado.

O outro assunto, atropelado, é a reforma da Previdência. Será aprovada. A batalha,(que se trava nos bastidores) é para que o projeto não seja alterado. Se for, volta para a Câmara.

PS- Com pressões e receios, Bolsonaro liberou emendas  para as duas votações.

PS2- È o que ele chama de "nova política".

OS MALABARISTAS DA ECONOMIA, DO PROJETO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Quando Paulo Guedes foi convidado para super ministro, e anunciou seu plano de salvação nacional, ha muito não se falava em TRILHÃO. Foi categórico: " A Nova Previdência vai produzir economia de 1 trilhão em 10 anos. Não admito conversar sobre outro numero".

(Alem desse projeto, garantiu que venderia (privatizaria) 400 estatais, faturando 800 BILHÕES, por fora. Contestado de todos os modos, aumentou a euforia, sua previsão de economia, passou para 1 trilhão, 241 bilhões, não abriu mão nem do quebrado.

Negado pelos maiores especialistas, que não iam acima de 700 bilhões, foi recuando durante meses, aceitou o que a Câmara aprovou sob restrições:933 bilhões nos mesmos 10 anos. Durante todo esse tempo, contestei o projeto, chamei-o de farsa planejada. 

O projeto chegou ao senado, e foi escolhido relator o Tasso Jereissatti, escrevi que a escolha fora combinada mas o resultado seria deplorável. Só que não traduzi o que para este repórter se enquadraria como deplorável.

Não precisaria. Anteontem, depois de 12 dias com o projeto, Tasso  deu a primeira declaração com números avassaladores pelo entusiasmo e a euforia. Estarreceu até o autor e redator do projeto. Seu cálculo e prognostico para a economia, nos mesmos 10 anos. Vou colocar numa linha isolada.

1 TRILHÃO, 315 BILHÕES. 

Guedes jamais chegou perto desse total. Os vários relatores que ficaram meses discutindo e debatendo detalhes, não passaram, (repetindo) de 933 BILHÕES.

PS- O senador do Ceará, sozinho e com tempo mínimo, aumentou a economia em mais 400 BILHÕES.

PS2- Se era difícil engolir 933 BI, imaginem essa mistificação aumentada, (sem explicação) em mais 400 BI.

PS3- Alem da farsa, critica dura aos que vieram antes dele.

DÍVIDA PÚBLICA VAI A 4 TRILHÕES DE REAIS

Mas a direção do BC parece satisfeita e confortável com as reservas em dólares. Perto de 400 BI em dólares. E continua desperdiçando a moeda. Autorizou Paulo Guedes a gastar 50 BI. E ontem jogou 500 milhões no mercado para sustentar a cotação. Que no entanto fechou praticamente em 4,17. A mais alta.

E o presidente do BC fez declaração que considerou satisfatória, auspiciosa e animadora: "O real precisa cair muito para nos preocupar".

Nobel

Falam com insistência que o Brasil receberia seu primeiro Nobel. E seria através de  um representante da  população mais antiga, o Cacique Raonic. Seria uma condecoração individual para ele. E homenagem para toda a família indígena. Pode não se confirmar.

Mas os primeiros rumores surgiram do Vaticano, quando ele foi recebido pelo Papa. 


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