Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 12 de abril de 2016

Editoria: Helio Fernandes. Subeditoria: Roberto Monteiro Pinho
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Domingo: faltam 36 votos para aprovação do impeachment. Dilma tem 36 votos a mais do que precisa para continuar. Mas a ultima palavra será do TSE.

HELIO FERNANDES
Quase todos que fizeram previsões antes e comentários depois da votação, erraram de forma retumbante. È que analisaram apaixonadamente, não o possível afastamento de um presidente e sim como se estivessem torcendo num Fla-Flu de fim de campeonato. Mancheteiros de jornais impressos, comentaristas de radio e televisão, politiqueiros da politicalha, não acertaram. Só o Datafolha, ha 12 dias fez avaliação confirmadíssima.

Pesquisou e revelou: "Os que são a favor do impeachment, terão 60 por cento dos votos". Examinou apenas o que acontecerá no plenário, mas acertou também na Comissão. 60 por cento de 513, dá 306. Ficam faltando 36. Fiz os cálculos sem paixão, usando apenas a aritmética. (Muitos falam em matemática, equivoco completo. A matemática é o todo. Aritmética cuida apenas dos números). Na Comissão, os apoiadores do impeachment, tiveram 38 votos, ou seja, 81,5 por cento. Projetando esse numero para o plenário no domingo, encontramos os mesmos 306 votos.

Agora, previsão e comentário para os que não querem a derrubada de Dona Dilma. Na Comissão, 27 votos, representando 41,5 por cento. Com essa percentagem, no plenário, serão 208 votos. Como precisam de 172, estão com mais 36 do que o necessário. Exatamente o que falta para os "temeristas" e os que trabalham para a "conquista" do poder, sem voto, sem povo, sem urna. È evidente que nos 5 dias que restam para a votação, haverá frenética disputa, voto a voto. Os que criaram o grupo, "não pagaremos o pato" pagarão o que for preciso. Já gastaram 400 milhões, a caixa é farta e generosa. Mas por enquanto, os que lutam contra o impeachment, estão na frente.

Temer: o conspirador "acidental"

Ha oito meses o vice começou a campanha para passar de segundo a primeiro. Escreveu: "O país precisa de um líder para REUNIFICAR o país. Seria ele. Mas a repercussão foi desastrosa, caiu no  ridículo. Meses depois, mandou uma carta(não escrita por ele ) para a presidente, chorando e se lamentando.Textual:"Sou um vice decorativo". No mesmo dia entregou a carta a um jornalista,que publicou-a imediatamente.Aí ,Não parou mais. De forma extravagante, "culpou o Planalto pelo vazamento".

Continuou, até que chegou á conspiração aberta, como agora. Intimissimo de Eduardo Cunha, fez um acordo:em troca de comandar o movimento  para acelerar o impeachment, lutaria para que a sua cassação não acontecesse.Garantiu o apoio de Aécio e do PSDB, o DEM e outros partidos. Com isso, Eduardo Cunha já sobrevive ha 6 meses. Seu objetivo: fazer como Renan Calheiros em 2007: renunciou ao mandato de presidente do Senado, não seria cassado. Dessa forma, dizem, poderia ser nomeado embaixador, assim que Temer assumisse.Inacreditável, mas rigorosamente verdadeiro.

Agora, Temer cuida dos próprios interesses políticos. Está convencido de que será mesmo presidente, mas acreditou que precisava tomar medidas paralelas e complementares. Como não tem muita imaginação nem criatividade, usa os recursos já utilizados. Alguém redigiu para ele a "declaração de posse", e como fez com a carta a Dilma, "vazou-a".Sem constrangimento, classificou seu governo que não existe, como de "salvação nacional".

Anunciou medidas importantes, bajulou empresários, repetiu o que Moreira Franco já havia anunciado publicamente:" Temer não acabará  com o bolsa-família ou o minha casa, minha vida, pode até melhora-lo". Agora, Temer e seus manifestos, insepultos. Ele acredita que até domingo, eu acho que para sempre.

Fernando Pimentel, governador do PT, indiciado por cinco crimes.

Vem sendo investigado ha quase 1 ano, passou a indiciado. Enquadrado em:corrupção,organização criminosa(era formação de quadrilha), lavagem de dinheiro, falsidade ideológica. Não resistem á facilidade do enriquecimento ilícito. Não demora será réu.

PS- Fred resolveu brigar com o técnico do Fluminense. Certo que iria derruba-lo, gritou: "Não jogo mais enquanto ele for técnico". Ganha 800 mil por mês, com a Unimed patrocinadora, ganhava 1 milhão.

PS2- O presidente do Fluminense resiste. Um trabalhador que ganha digamos, 2 mil reais por mês(milhões não ganham nem isso), receberá em 1 ano, 24 mil reais. Em 10 anos, 240 mil. Em 30 anos, 720 mil. Em 35 anos 800 mil. O que o Fred recebe num mês. Hoje, com custo-benefício de menos zero.
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