Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 19 de abril de 2016

DILMA SABIA QUE PERDERIA NA CÂMARA, AGORA SABE QUE VAI PERDER NO SENADO. É UMA DERROTADA, QUE SÓ VENCEU UMA ELEIÇÃO PRODUZIDA POR LULA DA SILVA. SEU DISCURSO É DERROTISTA, FALA EM MILHÕES DE VOTOS, DE UMA ELEIÇÃO QUE DIVIDIU O PAÍS, TENDO COMO RIVAL UM CANDIDATO FRAQUÍSSIMO. NA ÚLTIMA SEMANA LULA, DOENTE FOI AS RUAS PEDIR VOTOS. “INGRATIDÃO É COISA DESSA TERRA, DIZIA MINHA QUERIDA AVÓ. IGNOROU LULA E PERDEU O RUMO.

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Em entrevista coletiva aos seus muy afetuosos da imprensa, a presidente Dilma Rousseff, deu fortes sinais de fadiga na luta para barrar o seu impeachment. Na madrugada da sexta-feira perdeu mais uma no STF. Uma ameba teria feito melhor. Dilma perde para ela mesma. É inábil, desconcentrada, emotiva e sem o menor talento político para lidar com situações de desconforto, com a crise do seu governo.

A deformidade política e pessoal dessa senhora acentuou de tal forma que até o mais leigo dos observadores da crise, constata que o impeachment é a melhor solução.

O discurso dos petistas e do PCdoB, o velho e cansativo refrão: “golpe”, forças reacionárias e por ai foi... O suplício de Dilma foi assistir sua descaracterização. Metida a “generala”, amargou uma enxurrada de votos pelo seu impeachment. Lambuzaram a presidente de todo jeito, uma zombaria total.

Lula articulou de zero a zero. Não conseguiu um voto para o NÃO! Ao contrário, amargou ter recebido no Hotel Quartel anti impeachment, de deputado “palhaço a gatunos”.  O PT fez melhor no pós-impeachment. Articula reduzir o mandato da presidente. Uma “joga antiga, que volta a cena da coincidência de mandatos. Pode ser uma saída, se não for, no mínimo joga uma penumbra no “fiasco” do SIM! Contra Dilma, Lula-lá e PT boquinhas e alinhados (esse agora nem tanto).

Em junho de 2013 os brasileiros foram às ruas para dizer “vocês não nos representam”. Alinharam da presidente (essa sublinhada), todo executivo, legislativo e judiciário. E todos nunca em tempo algum, ao longo da crise política, deram o menor sinal de estabilidade emocional. É de tal demência, e ausência de bom senso próprio, a presidente vir a público dizer que deseja dialogar com todas as forças políticas e econômicas. Se não trágico, cômico!

Forças que por sua vez desejam ardentemente expulsar a presidente do mais alto posto da nação. Lula da Silva, acabou se revelando a segunda ameba do processo. É um ator tupiniquim, que só sabe conversar com o baixo clero da política, ou seja: com os boquinhas que o bajulam, no certo e no errado.

Mensalão a parte. Mais errado evidente. Existia de fato na Câmara uma maioria pró-impeachment. Um pontuado bloguista que orbita na questão, contabiliza entre 350 e 360 votos a favor do impedimento. Fontes deste colunista contabilizaram até o fechamento da coluna, 384 votos. Deu mais alem.

No comando do PTB, voltando no auge da crise política outro irônico e perverso personagem. O ex-deputado, ex-condenado, ex presidente do PTB, Roberto Jefferson. Uma legenda de aluguel que ele herdou sem merecer, da falecida deputada e presidente do PTB Ivete Vargas. Na época existiam petebistas históricos, que preferiram ficar como coadjuvantes no processo. Mataram a história do PTB, sepultaram a sigla viva.

Tudo indica que na próxima semana, o “sinal de fumaça”, acenderá no Planalto. Provavelmente um novo presidente será ungido. O nome dele: Michel Temer. O sexto vice que assume na história do presidencialismo, modelão republicano que é um dos mais complexos e frágeis do planeta. Mas tudo ainda depende do senado federal.

Dilma da mesma forma deixou escapar na entrevista que pressentia perder a votação na Câmara no domingo. Dilma é falastrona, fala o que acha que deve falar, e não aquilo que dever ser. Não se contém, perde a linha de raciocínio, vagueia com palavras, atura no “próprio pé”.

Ingrata, ignorou Lula assim que se reelegeu. “Ingratidão é coisa dessa terra”, dizia minha querida avó... Fala de milhões de votos, numa eleição que dividiu o país. Ganhou de um candidato fraquíssimo.

Fala e opina contra ela mesma. Logo após as eleições Dilma lançou aquele discurso débil por essência, misturou “as estações”, posou de “sabidona”, sem ter qualquer respaldo de vida política.


Tem sim, uma história mirabolante do período da ditadura. Misturou “uma coisa, com outra coisa”, e se perdeu. Da mesma forma milhares de outros brasileiros também. Inclusive este que aqui escreve.

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