O 1º DE MAIO DO CRIMINOSO RIOCENTRO 1981, COMEÇOU COM A DESTRUIÇÃO DA TRIBUNA DA IMPRENSA NO MESMO 1981. O CORONEL JOB LORENA, NEGRO FOI PROMOVIDO A GENERAL, PRECONCEITO, DISCRIMINAÇÃO, RACISMO.
HELIO FERNANDES
*Publicações históricas no Centenário do jornalista
PARTE - I
Comissão da Verdade “inventou a pólvora” ao revelar (?) “que generais sabiam do atentado do Riocentro, em 1981”. Não só sabiam como participaram de tudo, os generais Newton Cruz, Chefe da Agência Central do SNI em Brasília, e o Quatro Estrelas, Otávio Medeiros.
Este, muito mais importante por ser o Diretor geral desse mesmo SNI, como também o único herdeiro da prorrogação da ditadura. Com mais um general, que seria ele.
E o atentado só tinha um objetivo: ataque monstruoso, (felizmente fracassado) eram torturadores mas não queriam abrir mão do Poder.
A partir de 1981, escrevi muito sobre os atentados
O primeiro movimento pela continuação da ditadura foi à destruição da Tribuna da Imprensa, em fevereiro de 1981. Era vingança e ao mesmo tempo teste para o que pretendiam desesperadamente: a continuação do regime de exceção, torturador, assassino, arbitrário, autoritário, atrabiliário.
Meu depoimento no Senado: seis horas sem parar para beber água
Contei minuciosamente como planejaram e executaram o atentado contra a Tribuna da Imprensa. Mostrei com nomes a participação total e absoluta, do general Otávio Medeiros. Foi o Chefe de tudo, pelo cargo que ocupava, e o que viria a ocupar se tudo desse certo.
Meu depoimento
Senadores e deputados, estarrecidos e perplexos com o que eu contava com a maior tranqüilidade. (Já disse há tempos, minha forma de expressão é a palavra escrita mas também a palavra falada. Tido e havido durante anos, como o jornalista mais bem informado, estava à vontade).
Não sabia nada do Riocentro
No final de fevereiro não tinha informação sobre o que planejavam para 1º de maio desse mesmo 1981. Embora, mais tarde, viesse a saber que quando fui ao Senado, (CPI do Terror, presidente senador Mendes Canale, Relator, senador depois governador, Franco Montoro) essa monstruosidade já estava sendo planejada. E reforçada com o sucesso da depredação da Tribuna, que a Comissão da Verdade ignora ou não considera.
O depoimento desapareceu
Foi um estrondo. O pessoal do SNI, “revoltado”, premeditou represália, que não conseguiram consumar. E continuaram com o planejamento do Riocentro. Ficaram satisfeitos com o fato de no meu depoimento não haver uma linha sobre o que planejavam.
Mas de qualquer maneira, decidiram “sumir” com meu depoimento. Não soube logo. Mais tarde, como tudo foi de improviso, tentei uma cópia do que falei, nenhum senador encontrou. Até hoje, permanece o sigilo. A Comissão, em vez de se “promover”, tem poderes para encontrar o depoimento, e se abastecer dos dados e revelações que estão ali.
Os autores do Riocentro investigam eles mesmos
Consumado o fracasso, ficaram apavorados. Ainda sobravam 4 anos para o “presidente” Figueiredo. Mas ele, consultado pelo general Otávio Medeiros, se negou terminantemente a dar “cobertura a criminosos como os que planejaram e executaram essa violência”.
AMANHÃ – PARTE II
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