EUA: PERSEGUIÇÃO VIL AOS NEGROS.
HELIO
FERNANDES
*Publicações históricas
no Centenário do jornalista
Em 1866, há
mais de 100 anos a emenda constitucional número 13, acabou com a escravidão. A
luta vinha de longe, milhões morreram na mais terrível guerra civil de 1860.
Lincoln foi assassinado em 1865, quando terminava 1 mês do segundo mandato.
EUA, Cuba e Brasil, os únicos países que ainda sustentavam a escravidão.
Agora, tanto
tempo depois, a violência cruel e selvagem contra os negros, aumentou e se
oficializou. Negros são assassinados por
policiais brancos, nem indiciados ou acusados, se chegassem aos tribunais,
seriam absolvidos.
Sintoma da
mesma situação de sempre: lojas comerciais lançam produtos, colocam restrições
bem visíveis: “SÓ PARA BRANCOS”. Com a eleição, posse e seis anos de mandato do
primeiro presidente negro, admitia-se ou esperava-se que tudo fosse melhorar.
Piorou,
atingiu níveis nunca dantes imaginados. O presidente não pode fazer nada a não
ser protestar. A Constituição é 70 por cento ESTADUALISTA, 30 por cento FEDERALISTA,
os estados podem tudo.
Quero lembrar
que hoje, um extraordinário jornalista e criador múltiplo e eclético, Haroldo
Lobo, estaria completando 100 anos.
Em 1956
esteve nos EUA com Fernando lobo, (nenhum parentesco), também excelente
compositor, notável, depois pai do Edu, grandes amigos do repórter contaram
historias espantosas.
Haroldo era
negro, ele e Fernando (que lancei em 1950 na revista Manchete, assumimos do
zero, ia fechar, em dois anos pulou para mais de 150 mil exemplares, política e
jornalisticamente, a mais importantes), conheceram o horror nos EUA. Escolheram
um hotel, não puderam ficar, “não hospedava negros”.
Para
transitar, almoçar, jantar, uma procura humilhante, bares e restaurantes
”separatistas”, que não aceitava negros. Lamentável. Degradante. Inaceitável. O
Brasil mesmo escravagista jamais chegou a esses índices.
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