Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 7 de março de 2017

Mais outra acusação contra Sergio Cabral, Odebrecht, Eike Batista

HELIO FERNANDES

Não tenho a menor ideia até onde irão as denuncias contra o ex-governador. A cada dia surgem novas. A de agora vem do Le Monde, jornal respeitado da França. Ele é frontalmente ligado á CORRUPÇÃO para que a Olimpíada de 2016, fosse realizada no Rio de Janeiro. Dá valores, datas, nomes de pessoas ligadas a Serginho, e que pagaram 7 milhões para a Olimpíada ser no Rio. 

Não é a primeira vez que ele é ligado a mobilizações corruptas no setor esportivo. Os 7 milhões que teria pago pela Olimpíada, representam importância mínima, comparada com o que gastou no Maracanã: 1 BILHÃO e 300 MILHÕES, para transformar o maior estádio do mundo, lenda e legenda nacional e internacional no chiqueiro imundo e desprezado que é hoje.

Depois de desperdiçar essa fortuna, favorecendo a Odebrecht (sempre ela, sempre ela) constatemos a realidade de antes e a de agora. Inaugurado em 1950, o jogo final Brasil - Uruguai, com a derrota provocou o silencio emocionante de 200 mil pessoas presentes. Foi um dos espetáculos mais tristes e trágicos a que já assisti em toda a vida esportiva.

RECORDE NACIONAL E INTERNACIONAL, HOJE ABANDONADO

Depois da Copa de 1950, terminaram as obras, colocaram “borboletas”, logo se sabia quantas pessoas estavam presentes. E vieram os grandes públicos. Em 1970, 20 anos depois, a eliminatória Brasil - Paraguai. Quem perdesse, estaria fora. 187 mil pagantes. Numero jamais superado. Em 1983, Fla-Flu, com a presença  de 177 mil pessoas. Começaram então as conversas para que o Brasil sediasse outra Copa.

Demora, as sedes das Copas e das Olimpíadas, são escolhidas de 6 em 6 anos. Em 2008 ficou decidido: a Copa de 2014 seria no Brasil, com exigências de 9 estádios e a construção de um NOVO Maracanã, com a derrubada do ANTIGO, que precisava de completa remodelação. Vou tratar apenas do Maracanã, apesar dos outros, chamados de 'elefantes brancos', terem desperdiçado dezenas de bilhões.

DERRUBADA DO MARACANÃ, CRIME DE LESA PÁTRIA, INESQUECÍVEL

 Era o símbolo esportivo nacional com repercussão internacional. Todos queriam jogar no Maracanã, não havia nada igual no mundo. Destruíram um estádio lenda-legenda, colocaram no lugar, outro de 79 mil lugares, mas que é liberado apenas para 74 mil. E introduziram a corrupção como rotina, tudo comandado pela Odebrecht.

O contribuinte pagou 1 bilhão e 300 milhões para substituir um monumento por um mostrengo. E para as Olimpíadas precisaram de mais 300 milhões, para adaptações. O Maracanã antigo era freqüentado pelo povo, que se dividia entre a GERAL e a ARQUIBANCADA, criando as palavras, "geraldino" e "arquibaldo". 

Na Copa de 2014, o povo ficou distante, nos piores lugares. Os "aristocratas'' freqüentaram durante a Copa, sumiram. Nada disso pode ser esquecido, é CRIME, e dos grandes. E mais grave: o que sobrou do lendário Maracanã é "administrado" pela Odebrecht e Eike Batista. Os IRRESPONSAVEIS pelos lucros fabulosos e pelo chiqueiro desabitado, e sem futebol.

Para terminar por hoje. O Barcelona está INVESTINDO 1 bilhão em obras no seu estádio. Dos atuais 94 mil lugares, passará para100 mil.  Tudo o que se refere ao Maracanã, deveria se incluído na lava-Jato. Em se tratando de Odebrecht e Eike Batista, é tudo dinheiro sujo. Apesar deles serem mestres na lavagem de dinheiro.
O GESTOR João Doria

Foi candidato a prefeito, de São Paulo com um patrocinador verdadeiro e uma frase duvidosa. O patrocinador, publico e notório: Geraldo Alckmin, governador do estado. E a frase que ele mesmo começou a contestar: "Não sou POLITICO, sou GESTOR". Antes mesmo da posse, acreditando que todos são idiotas, garantiu: "Não serei candidato á REELEIÇÃO".

Como ninguém havia perguntado nada, cumpri meu papel e alertei: se antes da posse ele faz uma declaração como essa, alguma coisa pretende obter. O que logo se mostrou rigorosamente verdadeiro. Queria e ainda pretende "queimar etapas", surgindo como presidenciável para 2018.

Agora, o prefeito João Doria aparece em manchetes pré-fabricadas, como presidenciável com mais chances do que os três que já foram candidatos. E que jogam tudo no encerramento da carreira com uma candidatura em 2018. Alckmin, Aécio, Serra. O prefeito, parecendo muito experto, não passa de um tolo.

Desmoralizando a frase que o projetou, Doria age como político, primário.  E como gestor, precisaria de tempo. Que só teria para 2022, e assim mesmo se fizesse uma extraordinária administração. Para ser candidato em 2018, teria que deixar a prefeitura em abril de 2018. Ou seja: praticamente 1 ano.

Alem de todas as impossibilidades, dificuldades e impropriedades, mais uma que o GESTOR que não é POLITICO, não percebeu: o eleitor não gosta de quem se candidata a um cargo, pensando em disputar outro. 

O Ministro-senador-governador Serra, poderia lhe dar aula sobre o assunto. Foi eleito, sofreu terrivelmente, cumpriu 16 meses, saiu, se candidatou a governador. Foi eleito, mas cobrado intensamente. E tinha um curriculo que Doria está longe de ostentar. 

Em suma: para 2018 nenhuma chance para o gestor ou o político. E 2022 está tão longe que ofusca a visão do político e do gestor.

O CHANCELER MONOGLOTA

Aloizio Nunes Ferreira, será o primeiro da Historia. Disseram que Serra também era. Tolice. Estava exilado no Chile. Com o golpe de Pinochet, os brasileiros tiveram que ir embora. Serra foi para os EUA. Queria fazer uma Universidade. Acreditando que a ditadura acabaria logo, não se matriculou, mas melhorou muito seu inglês.

O governo de Portugal, chegou a reclamar do Brasil, muitos embaixadores iam para lá porque só falavam português. O mais notório: Gama e Silva, Ministro da Justiça e do AI-5. O jornalista Oto Lara Resende apelidou-o de "doidivanas do Balaio". Doidivanas pelo estilo. Balaio, uma boite da moda naqueles tempos. Inferior ao Vogue e ao Sachas. O ministro era também inferior ao padrão dos freqüentadores das outras duas boites.








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