Titular: Helio Fernandes

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Políticos deveriam ser proibidos de falar em impeachment,  Lava jato, sucessão presidencial.

HELIO FERNANDES

O prefeito de São Paulo, desesperado de estar chegando ao fim do mandato, e provavelmente da vida publica, decidiu: "Motoristas de taxi não podem falar de política, futebol e religião com passageiros". Esses três assuntos e os outros três que coloquei no titulo, deveriam fazer parte do silencio a ser imposto a políticos ou personalidades da vida publica. Para completar a proibição deveriam apreender o taxímetro, político não fala de graça.

A crise nacional tem como base a incompetência, a imprudência, a inconsciência, tudo completado pela corrupção. Mas também, que leva quase todos a uma desvairada contradição: a ambição desenfreada. Fazem tudo para continuar no palco, desde a compra da reeleição para não deixar a presidência, até a invenção do mensalão para se manterem.

Diante do sucesso das empreitadas, corromperam os 11 maiores empreiteiros, para enriquecerem de forma alucinante, mesmo que com isso empobreçam eternamente o país. É evidente que nenhum deles desconhecia ou desconhece que o enriquecimento colossal e individual empobreceria para sempre o país.

Não vou citar nomes, a lista dos implicados, investigados, acusados e finalmente condenados é tão grande, que a palavra omissão significaria muito pouco. E a opinião publica conhece todos ou quase todos. Três deles, forte ou fartamente citados, foram presidentes da Republica, teimosamente se recusam a abandonar as manchetes. 

Os outros pretenderam o cargo, não atingiram o objetivo. Mas se transformaram em servos, submissos e subservientes. Mais grave, se fosse possível: cúmplices, coadjuvantes, intermediários no recebimento das propinas.

Agora, visível e assustadora, a coalizão contra a Lava jato. Por carta aberta, através de medidas provisórias de "leniência", afirmações palacianas de que o desemprego foi impulsionado pela Lava jato. Mesmo que fosse verdade, nada justificaria a impunidade e o "direito" á imunidade que pretendem conceder aos personagens protagonistas do maior escândalo da Historia do Brasil.

A crise é muito mais profunda do que se imagina. No ultimo dia do ano escrevi: "2016 será muito pior do que 2015. Em 2017 haverá certa melhoria, mas tão pequena, que não trará conforto econômico e conseqüentemente, de melhoria politica para o futuro. 

Rigorosamente verdadeiro.

Agora o FMI entrou em cena, revelando o que já se sabia, a repercussão foi enorme. O FMI "descobriu a pólvora", garantindo que a queda do PIB, neste 2016, será de 3,7.  Qual a surpresa? Ainda acenou com um 2017 com o PIB praticamente "zero a zero", irrealidade e inverdade. A incógnita para o país, começa em 2018. 

Qualquer analise apenas adivinhação. Será o ano da eleição da lava jato. Todos os possíveis ou supostos candidatos, foram "condecorados" em Curitiba. Menos naturalmente Lula, que afirmou ontem, estrondosamente: "Duvido que exista alguém mais honesto do que eu". Esqueceu de Dona Dilma, que não pode pretender o terceiro mandato.

E de FHC, que quase sofreu impeachment por ter comprado um mandato para ele. Foi salvo pelo troglodita que era presidente da Câmara. Agora, não pode ser presidenciável. Tendo nascido em 1931, em matéria de idade, passou muito alem da Tapobrana.

Petrobras-Argentina.

Está tentando vender duas empresas. Como surgiram dificuldades, deu nota oficial tentando explicar. Diz que as duas empresas na Argentina representam ativos importantes. Deve ser. O ex-diretor internacional, Cerveró, revelou que FHC negociou uma empresa lá, por 1 bilhão de dólares, recebendo 100 milhões de dólares de propina. FHC negou, tímida e vagamente. 

Dilma, Temer, Nelson Barbosa, George Clooney.

Dos quatro o único que tem credibilidade é o grande ator. Seguiu o caminho aberto por outros atores e intelectuais, protestando contra o fato de nenhum negro ter sido indicado para qualquer categoria do Oscar. O presidente Obama tem se ocupado e se preocupado com o crescimento do preconceito racial. 

A presidente e o vice, em hostilidade permanente, ”conversaram" durante 15 minutos. Como eram apenas os dois, deram uma versão tola sobre o encontro inútil. E Nelson Barbosa, que perseguia o Ministério da Fazenda ha anos, confirmou o que a presidentA vinha dizendo. È preciso aumentar impostos para a recuperação do país.

Como ela colocou no orçamento a arrecadação da CPM, (que não existe e dificilmente existirá) ele fez a apologia do novo imposto. Textual: "A CPMF será aprovada em maio, e em setembro o Brasil já sentirá os seus efeitos positivos".

Banco Central: sem credibilidade ou autoridade.

Tombini decidiu manter os juros como estavam. Contrariou a sua própria orientação: "A inflação só cai com a alta dos juros". Não existe o menor sinal de queda da inflação e Tombini joga a toalha. Devia entregar também o cargo, já que a contradição é visível. 

Nenhuma surpresa para este repórter. Há dias venho dizendo que não haveria aumento. E ontem, escrevi: vai ficar em l4,25 ,aumento só depois do carnaval. Quando revelei com exclusividade a carta que Tombini mandou para o Ministro Nelson Barbosa, comentei: "Eles são conflitantes em tudo, até na questão dos juros".

Portanto, vitoria do Ministro da Fazenda, se é que ele agiu pela própria cabeça. A decisão de manter os juros, errada, devia ter começado a redução. Os juros estão num patamar assustador, e a inflação inatingível. Haverá repercussão
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