O STF NÃO CONSIDEROU
"ROBUSTAS"
AS ACUSAÇÕES CONTRA
BOLSONARO
HELIO FERNANDES
O presidente participou de
manifestações contra a democracia, pessoalmente nas ruas, como carreata. E
depois, empolgado com a multidão que o aplaudia, alem de ameaçar as
instituições, colocou todos em risco violando as instruções e aconselhamentos
da OMS.
O STF tinha á disposição, nos
dois casos, constatação visual, com ele totalmente desprovido de cautela,
abraçando e apertando as mãos de quem se aproximasse.
Quando ele acabou de cometer um
dos crimes, o presidente da Câmara discursou: "Se ele
insistir, será responsabilizado". Insistiu não aconteceu coisa alguma.
Na questão nítida e
exclusivamente política, está tudo gravado na voz do próprio Bolsonaro.
Textual, pessoal e indiscutível: "Quero o fechamento do Congresso e do
Supremo. E depois a volta do Ai-5".
Se fossem vivos, Aurélio e
Houais estariam recriminando alguns ministros pela falta de convicção
democrática. E uma segunda vez, pelo uso da palavra "robusta",
vulgar e medíocre para figurar no dicionário pessoal de
ministros do Supremo.
PS- Ultima esperança: existe
um outro processo de investigação sobre acusações anti-democráticas de
Bolsonaro. O relator é o decano Celso de Mello.
IMPEACHMENT
DE BOLSONARO
Ha meses se fala no assunto.
Antes de haver pedido á Câmara havia coordenação. Falaram com Rodrigo
Maia, respondeu, só este repórter publicou: "Se houver algum pedido
de impeachment, não coloco em pauta para votação".
Meses transcorridos, com o
assunto no STF, pediram ao presidente da Câmara para informar o que sabia
sobre a questão.
Ontem se manifestou,
tergiversando, que palavra. Existem outras, mas não tão eficientes
quanto essa para quem está obrigado a responder, mas não quer se
definir. Leiam o malabarismo verbal do presidente da Câmara, todo entre
aspas.
PS- "Não sou contra ou
a favor do impeachment. Mas é um assunto que precisa ser tratado com cuidado e
sem pressa".
PS2- Existia um clima de
hostilidade entre os dois, Bolsonaro queria reconciliação, Maia, não. É
bem possível que não demora, e Bolsonaro estará almoçando no palácio
mordomico do presidente da Câmara.
A
DECLARAÇÃO "FORTALECENDO" O MINISTRO DA ECONOMIA, É MAIS UM EPISÓDIO ENVOLVENDO BOLSOGUEDES
O presidente foi colocado diante do
dilema opção. Demitia o ministro da Economia, (como queriam ou exigiam
militares de dentro do Planalto fardado e até uns poucos de fora) ou
reforçava o ministro ameaçado e intimidado.
De forma espetacular e inesperada, deu "plenos
poderes ao ministro" que estava presente, mas não sabia de nada.
Repetiu o que dissera ao apresentá-lo, era
presidente eleito mas ainda não empossado. Até a "carta branca",
recebida ha 16 meses, (e logo rasgada acintosamente) foi repetida agora.
"Congelando" um projeto de mais de 200 bilhões patrocinado
por grupos militares e criticado duramente pelo ministro, o presidente não teve
duvida: "O ministro Guedes é o homem que decide tudo na
economia".
PS- Não houve protesto ou represália dos
militares. Eles sabem que Bolsonaro precisava "dessa demonstração de
força e prestigio".
Alem do mais, conhecem Guedes, ( todos
conhecem, é um perdulário de oportunidade) já começou.
PS2-"Prevejo para o próximo ano, o maior
crescimento da nossa História".
PS3- Como falou vagamente, próximo ano, 2021, garantiu 20 meses para ser cobrado.
Ele não resistirá. E a "compreensão" de
agora, terá se esgotado.
BOLSONARO
E O CORONAVÍRUS
Até assessores ficam surpreendidos com
seu comportamento e respostas. Quando falam no aumento do número de
mortes, responde: "Todos morrem, não faço milagres".
MISTÉRIOS DO
BANCO CENTRAL
Depois de passar um tempão
desperdiçando reservas, veio a declaração oficial, do Banco Central: "Dólar alto,
é arma contra a crise, não investiremos forte". HOJE, terça não
investiram mesmo.
Resultado, incógnita: a
moeda CAIU 2,64, veio para 5,50, exatamente o contrario do
que propagavam. E perseguiam.
A Bovespa subiu quase 4% (3,96),
pelo terceiro dia trafegando nessa estrada de mais 4%. Não é tendência, é
momento. Ainda estão em 81 mil pontos, já deviam estar em 132 mil pontos,
desde o mês passado.
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