NA GUERRA DO
PETRÓLEO, QUE VEM DE LONGE,
O BRASIL É SEMPRE
DERROTADO
HELIO FERNANDES
Há 60 anos, o extraordinário Monteiro Lobato, famoso escritor
de histórias infantis, se dedicou a defender as riquezas nacionais. Fez
um comentário-sensação, de enorme repercussão, pois desvendava e
denunciava os poderosos interesses que dominavam o mundo.
O comentário na integra: "De manhã, quando acordo, acendo a luz
e ligo o gás par a fazer café, estou enriquecendo empresas
multinacionais, que nos exploram".
Terminava atirando no verdadeiro e principal adversário, o
petróleo: "Entro no carro, estou pagando a Esso e
outras exploradoras" Foi expulso do seu país.
PS- O Brasil foi invadido por dezenas de americanos para divulgar:
"NÃO HÁ PETRÓLEO NO BRASIL".
PS2- Gastaram fortunas para impedir o Brasil de abandonar a
condição humilhante e ruinosa de COMPRADOR.
PS3- Nessa época, o barril chegou a valer 175 dólares, era o
que pagávamos.
PS4- Hoje produzimos 3 milhões de barris por dia, imaginem o quanto já
perdemos e o que representamos para uma aliança Putin-Arábia
Saudita, TODOS CRIMINOSOS.
125 ANOS DE REPUBLICA, GOLPES E MAIS
GOLPES. QUASE TUDO “LUTA ARMADA” DE GENERAIS. EM 1945/46 CONHECI OS 13
DEPUTADOS COMUNISTAS, QUE 20 ANOS DEPOIS SERIAM OS BRAVOS GUERRILHEIROS DO
ARAGUAIA.
Reprise: 21.02.15
A Republica
nasceu militar, militarista e militarizada. Dois marechais, (Floriano e
Deodoro) na madrugada de 15 de novembro de 1889, derrotaram a brilhantíssima
geração dos “Abolicionistas” e dos “Propagandistas da Republica”. E implantaram
um regime com o qual sonhávamos, e que o grande Saldanha Marinho fulminou numa
frase que muita gente não conhece mas, é inesquecível: “Esta realmente não é a
Republica dos nossos sonhos”.
Em 1860,
Saldanha fundou o jornal diário “A republica” e durante 29 anos, lutou
diariamente pela Republica. Quando se esperava que tudo mudasse com a
“promulgação” da Republica, as coisas pioraram terrivelmente com a
“implantação” de um governo fantasiado de Republica, dominado pelos dois
marechais envelhecidos, política e militarmente envelhecidos.
Vieram
brigados da estranha Guerra do Paraguai, eram coronéis, chegaram a marechais.
Se reconciliaram por interesses pessoais. Ao contrario da França e dos EUA, que
na mesma época (1789 e 1788) mobilizaram o povo em nome da Republica e da
independência. Tudo pelo voto direto, apesar das dificuldades.
Aqui tudo nos
bastidores, sem voto, sem povo, sem urnas. E se confrontando, Deodoro e
Floriano dominaram o país até 1894, quando foram expulsos do poder. No 15 de
novembro, oficiais de cavalaria mal podiam subir num cavalo. Mas logo depois,
Floriano, “eleito” vice em fevereiro de 1891, derrubava Deodoro, conseguia se
manter como “presidente” até 1894, quando veio o primeiro civil eleito,
Prudente de Moraes.
Esses 41
anos, mais tarde admiravelmente de “Republica velha”, mergulharam o país num
lamaçal político e financeiro, com os militares dominando tudo.
Em 1910, Rui
Barbosa tentou iluminar o cenário, se lançou candidato a presidente. Só havia
um partido, por ironia ou gozação chamado de Republicano. Foi escalado um
general para derrotá-lo. Rui fez campanha maravilhosa, sem qualquer recurso
financeiro ou técnico.
Sem
comunicação, sem gravação, até sem microfone, Rui fez discursos
extraordinários, que apesar de tudo, chegaram aos nossos tempos. Chamou sua
luta de ”campanha Civilista”, explicou: “Temos que combater a influencia da
Igreja, do exercito, do partido único”. Foi derrotado pelo Marechal Hermes da
Fonseca, sobrinho de Deodoro e Ministro da Guerra do presidente Nilo Peçanha,
que usou todo poder da máquina e do exercito, para derrotá-lo.
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