Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 3 de março de 2020




A PARTIR DE HOJE, O PARTIDO DEMOCRATA
PODERÁ ENCONTRAR QUEM VAI ENFRENTAR TRUMP

HELIO FERNANDES

Enfrentar e derrotar, que é o objetivo. Em 1950, Democratas e Republicanos fizeram acordo, que está  completando 70 anos de revolução da democracia. Mudaram as regras, os 2 partidos poderiam( e podem) lançar candidato, para ficar 8 anos seguidos no Poder. Uma eleição e uma reeleição. Depois mais nada, nem eleito nem nomeado.

O primeiro, em 1952, foi  o general Eisenhower, vencedor da ESPANTOSA batalha da Normandia.Também chamada de segunda  frente, que  deu o golpe mortal na Alemanha, acabou com a guerra mundial.Eleito facilmente, reeleito em 1956. Acabou o mandato em 1960, foi para a fazenda, nem participou  da campanha, não estava proibido.

PS- Hoje o Partido  Democrata enfrenta dificuldades e consequencias  das previas. Que está no Poder  para disputar os últimos 4 anos, não concorre a previas .Faz campanha direta, como candidato. É o presidente Trunp, Republicano.

PS2- Os Democratas, que estão em campanha ha muito tempo, cheios de duvidas, longe de certezas quanto a nomes. Concorrem HOJE ao que chamam de SUPER TERÇA. 14 candidatos, no mesmo dia e simultaneamente, disputam a indicação. 

BOLSONARO TENTOU DEMITIR MORO POR VINGANÇA,
AGORA PERDE GRANDE OPORTUNIDADE DE SE 
LIVRAR DELE, CUMPRINDO O QUE ESTÁ NA CONSTITUIÇÃO

O relacionamento espúrio, condenável, e criminoso entre os dois, vem de longa data. Tiveram um encontro rigorosamente condenável, com objetivos abjetos, compromissos e recompensas. Bolsonaro conseguiria que Lula ficasse inelegível. Aconteceu. Moro, cansado de Curitiba, iria para Brasília com suntuosa recompensa. Aconteceu. Mas apenas em parte. Receberia dois ministérios importantes. Aconteceu. 

Havia no entanto, um acréscimo nos favores: Moro seria indicado para uma vaga no STF. Não aconteceu e separou os dois.

Moro na capital, ficou seduzido pelo Executivo. Colocou no seu roteiro, disputar uma das duas vagas mais importantes do País. Presidente da República, ou vice. Admitia até, uma chapa Bolsonaro-Moro. O capitão não entendeu nem aceitou a proposta, resolveu se vingar.

Mandou demiti-lo do Ministério da Segurança, ficando só com o da Justiça.  Não contava com a reação inesperada e inédita. Textual de Moro: "Se eu for demitido de um ministério, renuncio ao outro e deixo o governo".

O capitão acostumado ao retrocesso, manteve Moro nos dois cargos. Mas estava plantado o rompimento, que caminha para ser definitivo. 

PS- Agora, Moro deu enorme possibilidade de vingança ao capitão presidente. Com o motim dos policiais militares do Ceará, ele veio a público com uma vergonhosa,
criminosa e devastadora entrevista, colocou publicamente a sua própria demissão, por ter rasgado a Constituição.

PS2- Primeiro erro gravíssimo está em manchete: "A greve militar é ilegal, mas os militares não são criminosos".

PS3- Em conversa com governadores, o ainda ministro afirmou: "Os militares praticaram ato proibido pela Constituição. Mas eles queriam cumprir e não violar a lei".

PS4- "O governo está tentando anistiar esses militares que como eu disse, não são criminosos".

PS5- A suposta anistia, se consumada, levaria ou poderia levar o ministro ao banco dos réus. Os policiais militares violaram a Constituição. O ministro cometeu dois erros na mesma declaração. Ratificou o ato inconstitucional dos militares. E ele mesmo, infringiu duramente e conscientemente a Constituição. Já devia ter sido demitido.

CEARÁ: ANISTIA PARA OS AMOTINADOS

Depois de 13 dias de greve inconstitucional, inesperadamente os policiais militares liberaram todos os  batalhões. Estavam cercados e sitiados, ninguém entrava nem saia. As  ruas eram dominadas e controladas por eles e os bandidos. De hora em hora, um assassinato covarde. O povo é sempre sacrificado.

Ha 6 dias formaram Comissão para negociar acordo de pacificação e fim da greve. Mas absurdo  dos absurdos, o que se negociava era proposta elaborada e enviada pelos policiais. Tratando do acerto financeiro. E como item final, exigência da concessão da anistia para todos.

PS- A parte financeira conseguiu o apoio do governador. Que se recusou a assinar com a concessão. Os policiais também não assinariam sem anistia.

PS2- ASSINARAM tendo recebido o AVAL e a garantia do ministro Moro: "Essa parte eu resolvo". Assinaram.

PS3-O governador continua intransigente nas suas convicções: " Não anistio criminosos"

PS4- Quem PODE mais? O ministro ou o governador? Quem tiver o apoio do presidente.

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