Titular: Helio Fernandes

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A POLITICALHA ESTRAÇALHA A REPRESENTATIVIDADE

HELIO FERNANDES

Precisamos de uma reforma em todos os setores, ou melhor, em todos os Poderes. Não existe prioridade, a comunidade aplaudiria que Legislativo e Judiciário fossem totalmente reestruturados, reformulados, reescalonados. Mas não para beneficio pessoal de juízes e parlamentares, e sim para que um país de 207 milhões de habitantes se liberte dessa minoria escandalosa de aventureiros, de toga ou sem ela.

Judiciário e Legislativo querem que tudo continue com está. E se forem pressionados a fazer modificação, preservarão os favores dos quais gozam ilimitadamente. E manterão todos os privilégios indecentes e cumulativos, quando chegarem á aposentadoria miraculosa, suntuosa e luxuosa. Afronta á desigualdade de um povo pobre, explorado miseravelmente, que paga essa farra eterna e rigorosamente duradoura.

O exemplo degradante e inaceitável vem do Legislativo. Começou a fazer a reforma da política, a arte de governar os povos (Aristóteles). Anunciou medidas renovadoras e saneadoras,junto com outras, verdadeiras excrescências, como o voto de lista, e o vandálico, terrorista e imoral "distritão".Como na verdade o objetivo era garantir e facilitar a permanência dos que têm mandato, até as excrescências foram eliminadas.

513 deputados e 54 senadores têm o mesmo objetivo: a reeleição. Assim é indispensável conseguir o impossível consenso, basta citar o entusiasmante "distritão". Serve aos poucos da cúpula, desagrada os muitos da base. Foi retirado. Outros itens, o mesmo destino. Decidiram então pelo que serve ocasionalmente a todos.

Começaram em alta velocidade, exclamavam e proclamavam estrepitosamente: "Queremos que essa reforma política passe a vigorar já em 2018". Diante da impossibilidade de acordo entre 567 parlamentares, desvendaram e desnudaram a politicalha. E sob aplausos gerais, desmentiram o anunciado, comunicaram: "Todas as reformas aprovadas só entrarão em vigor em 2020".

Qual a vantagem de trocar 2018 por 2020? Em 2020, a eleição é municipal, não afeta nem atinge os 567, que em 2018 disputarão mandatos federais: governador, senador, deputado federal. Continuarão a farsa da mais importante reforma que o país espera, devia exigir.

PS- Tudo isso tramado e premeditado, diante do omisso e corrupto presidente. Que tem a certeza do apoio geral para recusar a segunda denuncia que vem do Supremo.

PS2- Já disse e não canso de repetir: ninguém obterá os 342 votos necessários para que o Supremo investigue (apenas investigue) as mais variadas acusações contra Michel Temer

PS3-Temer terá que gastar mais uma parte enorme do dinheiro do contribuinte, continuar assinando nomeações de corruptos e desmoralizados. Mas se mantendo no poder.

PS4- O Supremo já devia estar investigando Temer, sem autorização da Câmara. A Constituição é clara: Presidentes eleitos pelo SUFRAGIO POPULAR precisam de AUTORIZAÇÂO (textual) da Câmara.

PS5- Quando e contra quem, Temer disputou eleição pelo SUFRAGIO POPULAR?

MORO, BRETAS, SERGINHO CABRALZINHO, ADRIANA ANCELMO, DOIS MAGISTRADOS,DOIS CRIMINOSOS, DUAS SENTENÇAS

Nesse furacão de corrupção que assolou ou assaltou o Brasil, o caso do casal que governou o Estado do Rio, não saiu das manchetes. Pela importância do cargo dele, do escritório dela, o vulto  da corrupção, a ambição dele por dinheiro vivo, a paixão dela por jóias raras e caras, tudo ajudou a repercussão. 

A prisão de cabralzinho, sem incidentes ou contradições. A da advogada exatamente o contrario. Entrava e saía da prisão, parecia protegida por um ente superior, mais poderoso do que os magistrados. Surpreendentemente, os 2 enquadrados na Lava-Jato, só que os dois respondendo  ao juiz de Curitiba e simultaneamente no Rio.

A advogada, em Curitiba, foi ABSOLVIDA por Moro.O MP recorre para Porto Alegre, instancia superior aos processos de Curitiba, quer a condenação. Enquanto espera, no Rio foi condenada a 18 anos por Bretas. E ainda aguarda a decisão de Porto Alegre.

Serginho cabralzinho filhinho enfrentou outra realidade. Em Curitiba foi condenado por Moro, a 14 anos. Não gostou, pediu transferência para o Rio, é réu em 12 processos. Agora, Bretas assinou a primeira condenação, 45 anos de uma vez. Somando, 59 anos. Especialistas dizem que pode chegar a 150 anos.

O ex-medico Abdelmassih, está condenado a 181 anos, incluídos os 5 que esteve fugido depois de libertado por Gilmar Mendes.(A propósito: ontem, num julgamento no Supremo,Gilmar foi derrotado e ridicularizado, por 10 a 1).

PS- As sentenças, muito comentadas. Mas o que chamou a atenção geral: a imponência, a importância, a clareza, a relevância do texto das duas sentenças do juiz Marcelo Bretas.

PS2- Li as sentenças, só preciso de uma palavra, para identificá-las: MAGISTRAIS. Pena que tenha que ser no plural. Na língua portuguesa, o singular é mais bonito, mais lúcido, mais elucidativo.

PS3- Moradores ilustres estão articulando a união de todos os segmentos da Barra da Tijuca, para uma segunda tentativa de emancipação. O advogado civilista Agostinho Teixeira, morador e com escritório na Barra há 30 anos, é um dos entusiastas da ideia. O grupo que aposta na sua emancipação é pequeno e integrado por nomes ilustres da região, empresários, artistas, políticos e ainda instituições e entidades que apoiam a proposta.

PS4- Em 1988 a proposta emancipacionista foi votada num plebiscito, mas apenas 5,6 mil eleitores deram o SIM, e pouco mais compareceram as urnas. Os que lutaram pelo NÃO a emancipação fizeram intensa campanha com a proposta de abstenção de votar. O comparecimento ficou abaixo do esperado, e próximo de 40 mil moradores eleitores não compareceram no plebiscito.

PS5- Tida como a Miami brasileira, a Barra da Tijuca tem forte potencial turístico, e sua infra-instrutora é uma das melhores do país. No transporte a ligação com o Metrô é fator de estimulo, dos que apostam na sua emancipação. Com o parque Olímpico de 2016, a região se tornou pólo mundial, “e hoje existe outra motivação, a sua emancipação é melhor não apenas para seus moradores, mas também para o Brasil”, afirma Teixeira.

PS6- Em 1988, os moradores da Barra da Tijuca tentaram separar a Barra do município do Rio de Janeiro e, assim, transformar a região em um novo município. No topo do movimento estava o publicitário Roberto Medina. Hoje é diferente, a proposta dos emancipacionistas não aprova uma liderança e criaram um colegiado que possa realizar um trabalho coeso e de amplo esclarecimento a população.




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