Titular: Helio Fernandes

quinta-feira, 23 de julho de 2015


UM CORRUPTO COMO CUNHA, NÃO AMEAÇA A DEMOCRACIA. DILMA-LEWANDOWSKI, O ENCONTRO.

HELIO FERNANDES
23.07.15

Dona Dilma insiste na maturidade verbal. Não sabe o momento de falar ou de silenciar. Ontem, cabisbaixa, a voz rouca mas incisiva: "Isso não é sinceridade ou transparência e sim total perda de tempo".

Inflação, juros, desconfiança, falta de atividade, desemprego, queda nos serviços, comercio e indústria, não há um item que seja favorável á tão badalada recuperação.

O único sinal ou realidade favorável, está previsto (?) para dezembro de 2016, inflação “no centro da meta", imagináveis ou inimagináveis 4,5 por cento.

Mas todo o resto, começando com os juros (taxa Selic) ou inalcançáveis 14 por cento. Isso agora, mas ninguém se arrisca a acreditar quando esses juros começarão a cair.

No mês passado, a presidente foi á televisão e com segurança e sem constrangimento: "A culpa de tudo é do dólar”. Ora, desde 1940, em Brecton Woods quando os EUA impuseram ao mundo o "dólar papel pintado", essa é a realidade. E ninguém se lamenta, tenta da melhor maneira se livrar dessa chantagem americana. Chantagem e roubo.

Eduardo Cunha: decadência ampla, geral e irrestrita.

Mas continua no cargo. Alguns otimistas me dizem: "Helio, você acertou totalmente ao dizer que Cunha é insignificante demais, para destruir as instituições". E reafirmando: "Cunha só continua na presidência da Câmara por causa do recesso parlamentar".

Minha convicção de que um corrupto como esse presidente da Câmara, não atingiria a liberdade de uma população de mais de 200 milhões, continua firmíssima. Mas quanto á sua saída do cargo, as notícias que recebo desestimulantes, desanimadoras, até desesperadoras.

Cunha: “Diga ao povo que fico”.

Em relação a permanência na Presidência da Câmara, a situação dele melhorou muito. No final da própria sexta-feira com o show desastroso e depois o “panelaço”, foi atingido por forte pressão e depressão.

A cúpula do PMDB, não escondia a repercutia: “O presidente da Câmara deixou bem claro que sua posição era PESSOAL”. O isolamento foi aumentando durante quatro dias, que não só parou como reverteu.

O PMDB foi aparecendo sem hostilidade, deputados e senadores envolvidos na Lava-jato, acharam melhor que ele permanecesse no cargo. E satisfação total: recebeu recado QUASE OFICIAL do PSDB, que não tomariam iniciativa de participar de qualquer movimento para exigir sua renúncia.

Em suma: cunha não se defende da acusação de ter exigido e recebido dinheiro da corrupção. Mas acredita que se recupera.

Lewandowski.

Presidente do Supremo Tribunal Federal, não podia de jeito algum conversar com a presidente da República sobre a operação Lava-jato, a grande preocupação na qual o Supremo terá participação final e definitiva.

Fora da agenda do ministro, da agenda da presidente, e os dois não no Brasil. Ele estava em Portugal, ela soube indo para a Rússia, fez uma volta (em sigilo) para falar da Lava-jato. Absurdo total. Só os dois e mais o ministro da Justiça.

PS – O cauteloso Del Nero, presidente da CBF, é o Paulo Maluf do esporte. O deputado paulista não pode sair do Brasil, está sendo procurado pela Interpol em 201 países.

PS2 – O presidente da CBF “ainda” não está procurado pela polícia internacional. Mas por precaução não sai do Brasil, mesmo ameaçado de perder os cargos lá fora.
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Caro Jornalista Helio Fernandes

Como sempre, cumprimento-o pelo excelente trabalho.

Acerca do alerta que o reitor da UFRJ sobre o título de doutor honoris causa concedido ao "presidente" Médici, a UFSC concedeu em 1993 o título de doutor honoris causa ao sr. Fidel Castro Ruz..
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Helio,
Teve uma matéria que você falou com muita preciosidade sobre a Frente Ampla. Este episódio foi importante naquele momento. Não seria o caso hoje de acontecer a mesma coisa? Você acha isso uma saída para apaziguar os ânimos dos políticos em Brasília?

Saulo Vitorino – São Paulo -SP

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