Titular: Helio Fernandes

sábado, 11 de julho de 2015


QUE SAUDADES DA ELEIÇÃO DA GUANABARA. SARNEY ENRIQUECIDO DE GLORIAS E DA GEOGRAFIA FINANCEIRA. CIRO GOMES, VOLTA AO PRIMEIRO PLANO.
HELIO FERNANDES
(matéria publicada em: 26.6.14)    

Aos 84 anos, faz suspense, garante, “não disputarei mais nenhuma eleição”. Existem duvidas que não serão explicadas até o último minuto possível. Na verdade sua possível desistência, nada a ver com a idade e sim com o medo da derrota, que não seria um fim apropriado.

Sarney nem é controverso, sua vida é conhecidíssima. Só não lembram suas “vitórias” como suplente ou vice. Com 23 anos, candidato a deputado federal, segundo suplente, logo assumiu. 40 anos depois, servindo fielmente à ditadura, em 1985 queria ser vice de Maluf, na indireta.

Pediu a um grande e saudoso jornalista para conversar com o ex-prefeito. Repudiado, foi surpreendentemente escolhido por Tancredo, ganhou a presidência depois da ditadura, sem restrição ou protesto. E ficou 5 anos. 

“Vou acabar com 40 anos de domínio de Vitorino” 

Em 1965, mocíssimo, candidato a governador do Maranhão, se elegeu com o compromisso que está no título desta nota. Acabou com a ditadura de Vitorino, implantou a sua, que dura até hoje. O modesto e pobre filho de um desembargador, está aí, potência política, eleitoral, cheio de propriedades e de grandes recursos. “Não volta, Sarney”.

O genial Millôr Fernandes se consagrou também como crítico literário, criticando, dissecando e demolindo os romances de Sarney. Quando o ex-presidente publicou “Brejal dos Guajás”, Millôr deixou Sarney com insônia por um mês, apenas com uma frase: “Esse é um livro que quando você larga não consegue mais pegar”. 

Os que apoiavam, não apoiam mais 

Em matéria de recalque, remendo nas relações, apoiar e passar a criticar ferozmente, é a coisa mais comum no Brasil. São tantos os casos , dezenas só neste momento, vou citar apenas o que Ciro Gomes disse sobre Marina.

“Tenho NOJO de Marina, PAVOR do seu discurso MENTIROSO”. Base das suas palavras: o fato de Dona Marina e o próprio Campos, apoiarem Dilma até outubro de 2013, e agora fingirem de oposição. 

Primeiro Ministro pede desculpas 

Aconteceu na Grã-Bretanha, um dos maiores escândalos: espionagem do jornal (?) “News of the World”. O ex-diretor foi absolvido. O editor seguinte, ex-assessor do Primeiro Ministro, condenado. Cameron imediatamente pediu desculpas públicas. Rudolph Murdoch, dono do jornal, não sofre coisa alguma, continua impune, lá e nos EUA. 

Os irmãos Gomes apoiam Dilma 

São surpreendentes, principalmente o Ciro, “o verdadeiro irmão”. Governador do Ceará mocíssimo, candidato a presidente duas vezes, “fez” o irmão governador. Este ficou no cargo já reeleito, invalidou a candidatura do Ciro a senador. Mas nada por acaso.

Apoiaram Dona Dilma ontem, têm rumo para o que pretendem. Cid, um cargo no exterior. Já garantido. Ciro Ministro, vai escolher a pasta. E nada surpreendente que tente ser presidenciável pela terceira vez. 

Frase perfeita para Serra, vice de Aécio 

Nos EUA, se pronuncia muito a frase: “Nenhum presidente gosta de nomear alguém que ele não possa demitir”. Isso acontece quando se falava que Hillary seria vice de Obama.

Há meses se fala muito na possibilidade de Serra ex-tudo, (deputado, várias vezes Ministro, senador, prefeito, governador, duas vezes presidenciável) ser o paulista ideal para compor com o mineiro Aécio, o que se chamava de “café com leite”. O problema é o contato pessoal. Aécio tem certeza de que Serra sabe mais do que ele. 

“Volta, Cabral” 

 Essas duas palavras e uma interrogação, pareciam propriedade de Lula. Mas como não foi possível, mudaram de dono, surpreendentemente como está no título. Ontem tratei da desistência do ex e da indicação de César Maia a senador. Tratado aqui amplamente, mudou de tom e de clima.

E como César Maia é execrado política e eleitoralmente, Cabral passou o dia recebendo pedidos para “desistir da desistência”.

Perguntavam: “O que um político de 50 anos, ex-senador e ex-governador, vai fazer da vida pública, sem mandato?”. Duas vezes surpreendem e, respondia: “Estou pensando”. 

Os movimentos de Eduardo Paes 

O prefeito furioso, e identificou o acordo de Aécio-Pezão, (o Aezão) como suruba eleitoral. Como se ele não fosse um trefego “surubista partidário”. Justificou para amigos: “Tenho que pensar na eleição de 2016”. Engano de data.

Eduardo Paes trabalha para 2018, quando pretende ser candidato a governador. As datas estão a favor dele. Deixa a prefeitura em 2017, já reeleito, tem 1 ano limpo para a campanha. Em relação à própria sucessão, tudo é incerteza e escuridão. 
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