Titular: Helio Fernandes

quarta-feira, 8 de julho de 2015

O CARRASCO MEDICE, É "DOUTOR HONORIS CAUSA" DA UFRJ. CUNHA MASSACRA DILMA, ELA NÃO PROTESTA. O POVO QUER PUNIÇÃO COM A LAVA-JATO.

HELIO FERNANDES
08.07.15

Existe enorme semelhança entre o governo Vargas, pela primeira vez eleito pelo voto direto. E o segundo de Dona Dilma. A partir de janeiro de 1951, foram três anos e sete meses, tragédia vivida dia a dia e que terminaria em 24 de agosto de 1954, quando voluntariamente ele "deixou a vida para entrar na História".

O segundo mandato de Dona Dilma, com fatos rigorosamente parecidos, mas que ainda não se consolidaram. A presidente tomou posse em janeiro de 2015, com duração normal ou constitucional um pouco maior, até dezembro de 2018, 43 meses para Vargas, 48 para Dilma.

Vejamos rapidamente algumas coincidências, já que a presidente insiste em comparar fato da Era Vargas, com fatos que podem constituir a Era Dilma.

Vargas quase não começou o governo de 60 meses (5 anos), precisou nomear Ministro da Guerra, o presidente do Clube Militar, general da ativa de quatro estrelas, Estilac Leal. Era a maior liderança Militar–Nacionalista, acabava de derrotar o prestigiado General Oswaldo Cordeiro de farias.

Estilac tomou posse acabou a oposição duríssima de Lacerda-Golbery, amicíssimos. Mas começava a luta de Vargas pela sobrevivência.

Logo em 1952, Jango, Ministro do Trabalho, dobrou o salário mínimo, foi derrubado. Com Vargas sem poder fazer nada. Não podiam resistir a um Manifesto assinado por 69 coronéis. (A primeira assinatura era do Coronel Kruel).

Governando, mas sem poder algum, Vargas foi “imprensado entre a renuncia ou o licenciamento por 60 dias”. A oposição não dava tréguas a Vargas, ele respondia apenas com palavras ou frases: “Não renuncio nem me licencio, se insistirem encontrarão apenas minha morte”. Foi a primeira referência fúnebre.

Em março de 1953, se julgando poderosa (e parecia que era mesmo) a oposição apresentou a Câmara o pedido de impeachment. Durante quase três meses, a Câmara discutiu o assunto, até que numa noite de junho do ainda 1953, a votação foi colocada em pauta.

Para surpresa de muita gente, da oposição e da situação, o impeachment teve apenas 120 votos, a permanência de Vargas no poder, ultrapassou a casa dos 300 votos, Satisfação mas não tranquilidade.

A verdade: Vargas estava sitiado por fora e traído por dentro. As reuniões dramáticas eram diárias até que 1954 houve o assassinato do Major Vaz, oficial da FAB, de um grupo de fazia voluntariamente a segurança do deputado Carlos Lacerda. Aí explodiu tudo, Vargas completamente isolado no Catete, cada vez e com maior insistência, repetindo, “não renuncio nem aceito o licenciamento”.

No dia 23 de agosto de 1954, Vargas convocou uma reunião no Catete, com todo o ministério. Marcou para as 8 da noite, explicou, “tenho muito trabalho”. Mas quando ele saiu já eram mais de cinco da manha. Único assunto da reunião, para espanto do próprio Vargas: seu licenciamento por 30 ou 60 dias. Vargas concordou em se licenciar por 30 dias.

Quando se preparava para dormir, o irmão “Bejo” Vargas entrou, falou: “Não há licenciamento algum, você está deposto”. Vargas disse apenas, “então é isso?”, pediu ao irmão para sair. Ficou sozinho, logo se ouviu o tiro que liquidava uma Era.
(continua amanhã).

 UFRJ-Médici.
Não conheço o novo reitor da Universidade, sua posição e convicção em relação á "Pátria Educadora". Se for positiva, pode prestar um grande benefício ao Brasil. E já começou com uma denuncia estarrecedora.

Pouca gente sabia (eu nem tinha ideia) que a UFRJ, tem um doutor Honoris causa, que se chama Garrastazu Medici. O próprio. Pulou do SNI para "presidente", foi um dos mais arbitrários, autoritários, atrabiliarios. 

Pelo passado terrível e terrorista, merece o título de "doutor torturadores causa". Como esse título não existe, pelo menos deve ser expulso do que usurpou com uma grande manifestação do povo em frente á universidade.

Resposta.

Pedro Ricardo Maximo, teu texto é definitivo, elucidativo, nada a acrescentar. É fácil concordar com você nas criticas á governanta e sua trupe. Também recomendável teu conselho para que pelo menos aproveitem as lições de "Pope Francis", como você chama carinhosamente o líder da Igreja católica.

Preocupadíssima, como o país inteiro, Mariana Paes e Silva, usa seu direito democrático de protestar, e não esquece de ninguém. Como você diz, todos são culpados, a Petrobras a grande vítima. Tua relação de culpados está completa: empreiteiras, funcionários, executivos, diretores, FHC, Lula, Dilma. A maior empresa brasileira terá que arranjar tempo para recuperação. Obrigado, Mariana.

PS- FHC vai fazer uma série de TV, com o título: "Os inventores do Brasil". O primeiro programa será autobiográfico. Pelo estilo e o homem, os outros também.

PS2- O Presidente do TCU, Augusto Nardes, está ha tempos brilhando sob os holofotes, tentando culpar Dona Dilma. Deve ter os seus motivos.

PS3- Jornais e televisões publicaram seu nome no bojo, não tentaram ouvir suas explicações. Devem ter os seus motivos.

PS4- O povo não acredita em mais ninguém, repudia os personagens e seus partidos. Condena a corrupção, pede que a Lava jato chegue ao fim, com a punição de todos os culpados. Tem milhões de motivos.
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Helio Fernandes,

Meus cumprimentos.

Não tenho procuração para defendê-lo aqui no seu blog, mas me sinto no dever de manifestar e dar total solidariedade, e também comungar com sua manifestação em resposta a pergunta imprópria e desnecessária de um leitor desta coluna, que tanto abrilhanta e valoriza o jornalismo brasileiro. E sendo aqui na internet, instrumento como você mesmo assinalou em sua resposta, “A internet teve a grande vantagem, através de sites e blogs, de dar voz e espaço, a quem não tinha como se expressar ou se comunicar. Mas veio a enorme desvantagem: fez surgir crápulas, calhordas, gente sem caráter como esse insignificante sem nome, tem que viver de pseudônimo”. Perguntar realmente "não ofende", mas não pode ser insolente. Mas para você que enfrentou o “terror do Golpe de 64”, isso agora é “café pequeno". É um desinformado, que sequer soube perguntar, versus um grande homem da democracia, brilhante e um destaque do jornalismo. Você está acima dessa gente. Registro minha solidariedade, não apenas quanto a sua resposta, eis que se trata de um assunto já divulgado por inúmeras vezes, e não precisa ser repetido, conforme o jornal acabou sob sua promissora direção. Mas também por conhecer através dos ensinamentos acadêmicos do direito, e de um saudoso parente que era seu leitor, o quanto o seu jornal Tribuna da Imprensa, foi intransigente, batalhador, com páginas de o quanto enfrentou o sistema opressor durante os 21 anos do Golpe Militar que se instalou no país.

Não existe mais o que escrever. Fica por tanto declarado meu apoio a sua benévola luta que é a luta de todos os brasileiros.

Do advogado criminalista,
Ralph Linchotti – Niterói - RJ





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