Titular: Helio Fernandes

quarta-feira, 22 de julho de 2015


OBRIGAÇÃO URGENTE DE CUNHA: PEDIR ACAREAÇÃO COM O ACUSADOR. FUGIU, QUER SER PROCESSADO NO SUPREMO. LULA SABIA DE TUDO NO BNDES.

HELIO FERNANDES
22.07.15

As reviravoltas na vida de Eduardo Cunha têm sido impressionantes. Desconhece e ainda mais ignorado e ignorante do que hoje, foi nomeado presidente da Telerj. Empresa cobiçada, não se sabe que o garantiu e nomeou.

Mas uma coisa ficou pública: acumulou tantas acusações de irregularidades e corrupção implícita e explicita, teve que ser demitido.

Já havia feito bons relacionamentos, começou na nobre carreira de lobista, tomando a precaução de se hospedar no hotel onde ficavam os expoentes da nobre profissão.

Mas era pouco para ele. Embora jamais imaginasse que seria o segundo na hierarquia do poder, no caso do presidente de qualquer sexo ou procedência, ser impedido.
Cunha: corrupção e chantagem.

Continua com a possibilidade, enquanto mantiver o cargo e muitos trabalharem pela substituição da presidente. Mas ninguém trabalhou tanto quanto ele para eliminar as duas chances e a partir "do momento em que exigiu cinco milhões de dólares (quinze milhões de reais) para facilitar o Petrolão".

Recebeu o dinheiro, acreditou que ninguém saberia. Mas quando o pagador não suportou a combinação de chantagem e corrupção exigidas, entregue e recebida p-e-s-s-o-a-l-m-e-n-t-e, o diretor da Soyo Setel, Júlio Camargo, resolveu se livrar e contou tudo, Cunha desabou, despencou, desesperou.

Não tendo como se defender, o presidente da Câmara, (até quando?) atirou para todos os lados, mas o único diretamente atingido foi ele mesmo. Não recebeu um aceno, um abraço, uma palavra de conforto.

Todos fogem dele, espera o fim, da trégua parlamentar (4 de agosto) para decidirem, que a ética, a moral e a dignidade, têm prioridade absoluta. Principalmente depois das condenações que estão explodindo.

Temer o falastrão vazio.

Antes era recatado, mais para o silencioso. Só que a partir da impopularidade de Dona Dilma e da possibilidade de chegar á presidência (remota) sem voto e sem eleição, não parou mais.

Quando o impeachment parecia possível, disparou: "Em nome do Brasil, devemos pensar numa união nacional". Ninguém respondeu, voltou: "O PMDB certamente terá candidato a presidente em 2018", Não citou nomes, mas era como se falasse diante do espelho.

Ainda antes de Cunha: "O Brasil não está em crise, a recuperação será breve e rápida". Depois de Cunha: “É apenas uma crisezinha". devia pagar royalties a Mantega. E ontem, desabrido, contraditório, misterioso e desafiador: "Se eu fosse presidente da República, o Joaquim Levy seria Ministro da Fazenda”. Por que tentar a o segundo Joaquim com o impossível?

E finalmente, misturando tudo, apenas frase sumária, fingindo que ironiza: “Um dia, o PMDB pode deixar o governo, principalmente em 2018, se tiver candidato próprio”. Temos que reconhecer, é o máximo em matéria de malabarismo o verbal, no melhor estilo Cirque di Soleil.

BNDES.

Depois do show espetáculo deprimente que ainda estarrece o país, quando já não havia mais ninguém, Eduardo Ci=unha apresentou uma CPI para investigar esse órgão. Se ele não fosse tão desprezível, desmoralizado, depreciado, até que a ideia mereceria aplausos, há muito o que devassar nos corredores e bastidores desse banco, Mas não uma CPI do ódio e da vingança.

Para que a investigação fosse mais rápida e conclusiva, poderiam até limitar assim: “CPI para apurar a administração de Luciano Coutinho”. Foi nomeado por Lula, que havia sido alertado: “O BNDES é uma usina de escândalos e de doação de dinheiro facilitado para ‘amigos’ do Planalto”.

O primeiro Presidente do BNDES foi Guido Mantega. Sobrou para ele o Ministério do Planejamento, quase nada. Vago o BNDES, mudou para lá, demitido Palocci, lógico, por corrupção. Mantega herdou o cargo, o último da hierarquia econômica.

Aí vazio esse extravagante BNDES, Lula acertou de forma surpreendente: preencheu o cargo com o economista Carlos Lessa, competente e insuspeito. Por causa dessas credenciais e currículo positivo, durou muito pouco.

Lula esqueceu a verdade.

Quatro meses no cargo, acreditando em Lula, lesa contou ao presidente o que acontecia no banco. Empréstimos elevados e sem garantia, (incluindo Eike Batista e os fantásticos repasses para a Odebrecht). Textual: “Presidente o dinheiro sai do BNDS a quatro por cento, chega á Petrobras no mínimo a oito ou nove”.

Lula que não conhece o Rio, perguntou: “Por que você junto o banco e a Petrobras?”. Surpreendido, Lessa respondeu: “As duas empresas ficam na mesma Avenida Chile”. Lula agradeceu, 25 dias depois demitia o presidente-informante, começava a Era Coutinho, o presidente-claudicante.

Como sempre, Lula “não sabia de nada”.

PS – Não é apenas no Brasil, que as potencias, físicas e empresariais estão ajustando contas com a justiça. A poderosa Nike, até agora intocável, responde pelo crime de suborno e de formação de quadrilha.

PS2 – Com fartas provas foi indiciada pelo desvio de 160 milhões, junto com a CBF, na época presidida por Ricardo Teixeira. Este morava em Boca Raton, EUA, com medo de extradição, veio correndo para o Brasil.

PS3 – O atual presidente da CBF, o cauteloso Del Nero, ao contrário,m não sai do Brasil. Assim, o país fica sem representação até na FIFA. Inédito, mas Embaixador tem transito livre, o que significa: não pode ser preso ou extraditado.
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