Titular: Helio Fernandes

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

O DISCURSO DE PAULO GUEDES, ESTREMECE
AS BASES DO FRÁGIL GOVERNO BOLSONARO

HELIO FERNANDES

O presidente, menos de 10 dias da posse, é obrigado a reconhecer que
manda muito menos do que imaginava. È contestado de todos os lados,
negado, contestado e desmentido por escalões inferiores. Tudo por culpa
dele mesmo. Começou com o discurso de posse de Paulo Guedes. Super
ministro, quis se afirmar logo na entrada em cena, no começo do
espetáculo.

Fez um discurso tão claramente afirmativo, que até eu tive que
elogiar. Principalmente a realidade da desigualdade, que ele definiu,
esclareceu e prometeu eliminar. Textual: "Os Três Poderes pagam os mais
altos salários, para o povo, nada". E concluiu: "Mas isso será
eliminado". Bolsonaro logo demonstrou seu desagrado, e deixou que
soubessem.

Uma hora depois, Guedes também soube, publiquei. Paulo Guedes,
acintosamente encerrou as atividades do dia, foi pra casa. Instalou-se
a barafunda e a confusão. O mais atemorizado era o próprio Bolsonaro.

Começou então o festival Wagner do confirma-desmente. Bolsonaro
recorreu ao general Augusto Heleno, conselheiro que ouve, pedindo sua
intervenção, “darei todas as explicações".

O Chefe do Gabinete Institucional optou pela confirmação," isso
acontece em todo inicio de governo, é muita coisa". Comunicou ao
presidente, que respondeu, "vou fazer a minha parte”. E  fez, durante a
posse dos ministros escolhidos por Guedes, presente.

Afirmação recuo do presidente, que o ministro recebeu com um aberto
sorriso. Textual de Bolsonaro, olhando para ele: "Conheço  um pouco de
política. Mas você conhece mais, muito mais do que eu de economia".
.
Desceu da tribuna, abraçou demoradamente seu super ministro.

PS- Depois disso cometeu tais descalabros verbais, que teve que ser
corrigido e desmentido por escalões inferiores, "que não perdoaram",
desbarataram "o mito".
 
E A CIRÚRGIA DO BOLSONARO?
 
Era considerada urgente e indispensável. Foram estudadas varias datas,
todas transferidas. Queriam que fosse antes da posse, os médicos
marcaram para 17 dezembro. Não houve nada, já se passaram 22 dias,
nenhuma providencia ou preparativo. E nenhuma explicação, a cirurgia
seria pretexto e não necessidade?
 
O presidente já tem viagens marcadas para fevereiro, março e
abril. (Sem falar em Davos, quer fazer sua estréia internacional
lá). Tem duas viagens perigosas, EUA e Israel. Tratarei disso mais
perto.
 
Ninguém no Planalto dá explicações.
 
Também ninguém aceita ser porta-voz.
 
Alguns, sondados ou convidados, recusaram.
 
MADURO, E NÃO A VENEZUELA, NO BANCO DOS REUS
 
Execrado pelo país e o mundo, usa e abusa de artifícios e subterfúgios,
consegue enganar todos, todo o tempo. Só que agora exagerou, é
considerado ILEGÍTIMO por todos. Primeiro foi o próprio
Parlamento.  Agora é a Suprema Corte, um ministro fugiu do pais, "não
quero participar de uma farsa"
 
14 países, reunidos em cima, 13 repudiaram a permanência ou continuação
de Maduro, mais 6 anos no Poder.
 
O tempo está acabando.
 
PS- Vamos falar da ABI, essa associação de jornalistas escreveu o
nome da instituição durante o regime da ditadura, quando resistiu bravamente 
as tentativas de calar a classe. 
 
PS2- Agora o atual presidente (uma palavra forte demais para quem ocupa o cargo), 
é o medíocre apresentador de enlatados sobre casos que ninguém sequer 
sintoniza a emissora para assistir (o programa da traço),  está entregando 
o cargo, que nunca ocupou de fato.
 
PS3- Domingos Meireles, (é o nome do cidadão) afundou a ABI, sem piedade. 
Nada fez, e o que fez, acabou em fiasco. Uma diretoria de sete membros 
onde apenas dois comparecem na sede. Um deles uma mulher, generala,
uma abutre, poste do jornalismo. Na vida profissional nem ela sabe o que fez 
durante sua malograda estadia na Venus platinada. 
 
PS4- Agora vem eleição para escolha da nova diretoria.  No mínimo 
duas chapas, cada uma com 45 nomes do Conselho e sete diretores. 
Meireles não agüenta ficar em pé, outros colegas, apesar 
de serem notáveis, passam ao largo da ABI, não arriscam subir 

de elevador, cujas instalações data do tempo em que foi construída.

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