JT possui a pior qualidade entre as
justiças
(...) “No universo dos tribunais a
administração da justiça trabalhista é a o pior de todas. Suas decisões são
controvertidas, e propiciam a 98% dos empregadores interporem recursos, que
acabam levando à demanda para a eternidade. Neste grupo inclui 44% de ações
públicas e 15% de bancos privados”.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
O diagnóstico do programa Justiça em Números do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) elabora anualmente pelo Departamento de Pesquisas
Judiciárias (DPJ), com a supervisão da Secretaria Especial de Programas,
Pesquisas e Gestão Estratégica (SEP) do CNJ, um elenco de informações
detalhadas por tribunal e segmento de justiça.
Na última publicação em 2019 a 16º edição do Relatório Justiça
em Números reuniu informações dos 90 órgãos do Poder Judiciário, elencados no
art. 92 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, excluídos o
Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça.
Os números incluem: os 27
Tribunais de Justiça Estaduais (TJs); os cinco Tribunais Regionais Federais
(TRFs); os 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs); os 27 Tribunais Regionais
Eleitorais (TREs); os três Tribunais de Justiça Militar Estaduais (TJMs); o
Superior Tribunal de Justiça (STJ); o Tribunal Superior do Trabalho (TST); o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM).
Agora vamos usar a ótica nos aspectos práticos. O Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) foi criado pela EC nº 45/2004 e instalado em 14 de
junho de 2005, (art. 103-B da Constituição Federal). Trata-se de um órgão do
Poder Judiciário com sede em Brasília (DF) e atuação em todo o território
nacional. Longe de ser um órgão moralizador das ações do judiciário, ele se
tornou o mais corporativo de todos os órgãos da União. O primeiro passo foi
instituir a numeração única de todos os processos existentes no judiciário
brasileiro.
Em
termos oficiosos em 2008, o CNJ promoveu o I-Encontro Nacional do Judiciário,
onde magistrados, presidentes dos tribunais de todo o país debateram o que
poderia ser feito para aperfeiçoar a gestão dos tribunais e dos serviços
prestados à Justiça. A ideia era unir em torno de propostas comuns da Justiça
diretrizes estratégicas de atuação. O 2ª Encontro ocorreu seis meses depois, em
2009. Nele, as lideranças do Judiciário discutiram temas como Eficiência
Operacional; Acesso à Justiça; Gestão de Pessoas e Atuação Institucional.
Segundo dados oficiais a
média de um processo nessa justiça tem a duração de 12 anos, sendo que 62%
desses são insolúveis por absoluta falta de patrimônio dos empregadores. No
meio dessa tormenta, derivada dos desmandos judiciais, o trabalhador padece,
sem sequer ter acesso a Fundo de Garantia e Previdência Social, como
conseqüência, as aposentadorias travam por falta de contribuições patronais.
O que se constituiria numa instituição pública com objetivo de
aperfeiçoar o trabalho do sistema judiciário brasileiro, principalmente no que
diz respeito ao controle e à transparência administrativa e processual, o órgão
nacional esbarrou na forte muralha de resistência dos atores do judiciário, que
enxergam o CNJ como Corte homologatória de informações maquiadas,
inconsistentes e mentirosas. Então a sociedade indignada quer saber, afinal de
que serve esse tribunal, caro, e insólito?
No universo dos tribunais a administração da justiça
trabalhista é a o pior de todas. Suas decisões são controvertidas, e propiciam
a 98% dos empregadores interporem recursos, e acabam levando à demanda para a eternidade.
Neste grupo inclui 44% de ações públicas e 15% de bancos privados.
Perguntamos a razão dos membros deste judiciário não
discutirem com franqueza e pudor essas questões. A resposta imediata e cultural
é a de que o aperfeiçoamento do sistema de execução nesta justiça avance no
sentido de ser mais rigoroso. Rigor para os demandantes, e benevolência para
seus juízes e jurássicos servidores. Existe uma explicação que nunca foi dada a
esse colunista. Por que a Justiça do Trabalho foi à última a entregar a informação
dos processos em tramitação? Ademais, Qual a verdadeira razão para essa justiça
trocar de provedores de internet a cada ano? O pudor desses senhores está no
banco dos réus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário