A FARSA DA HISTORIA DO BRASIL. A
INDEPENDÊNCIA, ABOLIÇÃO E A REPÚBLICA,
TUDO ENTRE ASPAS CHEGAMOS Á “DELAÇÃO PREMIADA”. ESPERAMOS QUE SEM ASPAS E SEM
IMPUNIDADE
HELIO FERNANDES
Reprise:
Incautos,
ingênuos, informados ao contrário, festejaram o sete de setembro, a fraude da
independência. Não devem esquecer de abrir champanhe para a fraude da abolição,
a fraude da República, a fraude da democracia, conspurcada por mais de um século
de ditadores com ligeiras interrupções.
Os empresário
principalmente da “Casa Grande e Senzala” (Gilberto Freire), os senhores dos
escravos, quase todos usineiros, ganharam 9 meses de “prorrogação”, com a Lei
do Ventre Livre”,onde a Princesa Isabel assinou enquanto o pai se divertia na
Europa.
O Sete de
Setembro transferiu para Portugal, com um brasileiro de “menoridade”, toda a
fortuna que Cabral havia descoberto por acaso.
Como
não éramos independentes, ficamos na mesma situação, escravos da exploração
portuguesa, da forma ultrajante como os outros de pele negra, que eles mesmos
importaram, exploraram enriqueceram.
Foi a
primeira derrota daquela belíssima geração, que um ano depois perderia a
República, exatamente no momento em que acreditavam na vitória, no progresso,
na conquista. Foram surrupiados por dois marechais cavalarianos, que mal podiam
subir no cavalo.
Já
envelhecidos, incompetentes, sem credibilidade, abriram caminho para o domínio
dos militares. Por causa de Floriano e Deodoro, a República nasceu militar,
militarista e militarizada e jamais usou roupa civil.
Como consequência
estamos com mais de um século da
fraude da democracia, Não saímos do lugar, o que está na bandeira, “Ordem e
Progresso”, é uma iniquidade. Deviam colocar pelas mãos dos próprios militares,
“Desordem e Retrocesso”. Pelo menos seria mais coerente.
Façam as
contas. Desperdiçamos 41 anos da “republica velha”. 15 anos da primeira
ditadura. 10 anos de 45 a 55 quando o ditador foi derrubado, deixou a “vida para
entrar na história”. Mas depois o Brasil continuou no mesmo desencontro com
suas aspirações. Fomos sempre o “país do futuro”, só que esse não chega nunca.
Em 1956 veio
Juscelino que governou o tempo inteiro, nos bastidores as coisas eram
diferentes.
Depois de JK,
os sete meses do “trefego peralta”, (Jânio Quadros) que queria mais poderes,
mas trouxe poderes apenas para os generais. Sem falar nos tumultuados tempos de
João Goulart. Todos falsos e incompetentes.
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