Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 19 de março de 2019


O ASSASSINATO DE MARIELLI, È UM ACUMULIO
DE IRRESPONSABILIDADE

HELIO FERNANDES

Desde o inicio, especialistas competentes e respeitados, proclamaram:
"Crimes encomendados como esse, são resolvidos em 4 ou 5 dias, ou ficam
insolúveis para sempre". E concluíam,todos:" Os interesses e os
acumpliciamentos são tão poderosos, que se constituem numa força
invencível e incontrolável". È o que está acontecendo.

Desde o inicio do crime, não havia duvida: os mandantes, os que seriam
totalmente favorecidos pelo desaparecimento da vereadora, milicianos
ou policiais militares corruptos da "banda podre" da organização. (Eu
mesmo me fartei de registrar essas participações, as mais visíveis.
Fora desses criminosos e marginais, nenhum suspeito. Pois Marielli não
tinha inimigos pessoais, os que se consideravam inimigos, eram os que
sabiam que suas roubalheiras e fortunas provenientes do "governo
paralelo" que dominavam,seriam atingidos pelas denuncias delas.

Agora, esses que dominam e controlam a investigação, (me recuso a
chamá-los de responsáveis ou autoridades) tomaram decisão vergonhosa,
ultrajante, deprimente, imoral, ilegal e irresponsável. Mas que
demonstra o poder que controlam. O delegado que fazia a
investigação, deu sinais de que estava perto de denunciar mandantes.

Foi imediatamente nomeado "para fazer cursos na Itália", embarcou em
48 horas, se recusasse,seria demitido. Aceitando como aceitou, tem
tudo pago, hotel,refeições e despesas, alem de receber, integralmente,
o altíssimo salário.Com isso,cometeram ato criminoso gravíssimo,
dentro de um episodio todo ele de criminosos notórios,policialesco a
favor.

Esses que tomam decisões atrevidamente ilegais deveriam ser afastados
dos cargos, processados, investigados, condenados e presos.

PS- Mas quem poderia responsabilizar os autores dessa contraditória 
decisão?

PS2- A área é do ex-todo poderoso duplo ministro Sergio Moro. Só que
ele já foi tão desconsiderado por Bolsonaro, que se  sente desalentado,
se cumprir  a obrigação e o dever.
 
MAIA, O ANFITRIÃO DA REPUBLICA
 
No quinto mandato de deputado federal, foi descoberto como
"eminência", surpreendeu a todos, eleito presidente da Câmara.
 
Acumulando com a presidência ocasional da Republica. O vice Temer se
transformou no presidente corrupto e usurpador, abrindo espaço para
Maia ocupar o Planalto. Varias vezes.
 
Com esse cacife, disputou novo mandato de presidente da Câmara. (Não
escrevo reeleição, não é permitido). Ganhou, obtendo no primeiro
turno, impressionantes 334 votos.
 
Brandindo essa superioridade, começou o sexto mandato, (agora), como
parlamentar mais endeusado e requisitado. Principalmente pelos que
perseguem a obsessão altamente questionada e ameaçada reforma da
Previdência. O próprio Bolsonaro, em reunião com parlamentares, tem
dito e repetido: "Sobre a votação da Nova Previdência, quem tem os
cálculos mais realistas, é o presidente da Câmara". Parece verdade,
tanto que Cesar Maia afirmou publicamente, "precisamos de 308 votos, 
trabalho com a possibilidade de conquistar 350". Exagero, mas ninguém 
pode contestá-lo.
 
Nem mesmo Paulo Guedes, freqüentador habitual do seu gabinete. Mas
que faz considerações disparatadas, inconsequentes, incoerentes. As
duas de ontem.
 
1- "Estou admitindo distribuir os recursos do pré-sal, com todos os
governadores e prefeitos". Não tem poder para isso.
2"Aceitei as propostas dos militares, mesmo não concordando com
algumas. E concluindo: "Como haverá TRANSIÇÃO de 3 anos, é uma
insignificância, meu projeto é de 10 anos". A partir daí,
economizaremos 1 bilhão de reais".
 
Na mansão escandalosamente usurpadora dos recursos do contribuinte,
(Maia ficará morando lá, luxuosamente, por mais 2 anos) quando
aparatosamente se colocou como "anfitrião da Republica", Guedes contou
a Maia, o "acordo com os militares".
 
PS- Estavam lá o presidente da Republica, do STF, o presidente do
senado, o vice eleito general Mourão, que hoje já estará exercendo
mais uma interinidade.Poder é  isso.
 
A MUDANÇA DE MINISTROS, ANTES DA AVALIAÇÃO DOS 100 DIAS.
 
A demissão do segundo da hierarquia civil, Bebiano, foi acidente de
percurso. Nem irregularidade nem incompetência. Preponderância de um
dos filhos, a execução, (no sentido estrito da palavra) tinha que ser
cumprida.
 
Agora ministros serão substituídos, por fatores mais do que
constatados. Ricardo Velez, o estrangeiro que não devia ter sido
Ministro da Educação, já sabe que estão procurando alguém para o
cargo. Indicado pelo guru Olavo Carvalho, cometeu tantos erros,
geralmente por excesso de subserviência, que o próprio Olavo, retirou
o apoio que o mantinha ministro.
 
O ministro do Turismo também vai embora, no seu caso, por excesso de
irregularidades. Está respondendo a diversas acusações, tentou e
perdeu(duas vezes)ser julgado pelo STJ. Foi mantido porque Bolsonaro
não queria arriscar a lista ser obrigatoriamente aumentada. Bolsonaro
está assustado com a fragilidade da equipe. Se diverte com as
estravagancais psicológicas ou psiquiátricas da Dalmares, não vai
demiti-la.
 
PS- Se pudesse demitiria alguns civis, que já foram prestigiadíssimos.
 
PS2- Garantidos mesmo só os generais.
 
BOLSONARO CANCELOU A VISITA (rápida) AO CHILE,
SÓ VAI A ISRAEL EM 31 DE MARÇO, A PEDIDO DE NATANAHYU
 
Ele é assim, incerto, desatento e sem objetivos positivos. Ia lá, pelo
fato do novo presidente ser de extrema direita.Quando soube que o
Chile teve um grande período de democracia e liberdade, com os
notáveis poetas Gabriela Mistral e Pablo Neruda ganhando 
(separadamente) o Premio Nobel, mudou o roteiro da viagem. Podia 
ir e festejar o tempo de ditadura cruel,covarde e sem escrúpulos, 
a mais terrível e mortal que já houve na America do Sul. O
tempo de Pinochet.
 
Dos EUA iria a Israel, direto. O Primeiro Ministro, que responde a
vários processos por corrupção,( ele e a mulher)pediu ao presidente
para não ir agora. Quer a visita mais perto da eleição geral, que foi
obrigado a convocar.
 
Bolsonaro concordou, apesar dos interesses do Brasil serem contra 
a viagem.
 
E um perigo ronda a viagem. Bolsonaro já havia decidido manter a
embaixada em Tel Aviv. Mas Trump deve pedir a Bolsonaro que transfira
a embaixada para Jeruzalém.

NA VERDADE COMEÇA E TERMINA HOJE, O ENCONTRO RÁPIDO, 
EM QUE TRUMP TRATA O BRASIL E SEU PRESIDENTE COMO 
PARCEIROS SERVIS E SUBALTERNOS
 
Diante dessa "consideração" de Trump em relação ao Brasil, três
exigências principais,serão impostas (fora as outras), sem que
Bolsonaro tenha o direito de protesto, através do tradutor. Vejamos
as três condições irrefutáveis e irrevogáveis do presidente americano.
 
1- Venezuela. È a mais urgente e imediata, Trump quer que o Brasil
mande tropas para a invasão projetada e programada. Bolsonaro estaria
de acordo, acontece que militares estão contra. O vice presidente
eleito, general  Mourão, foi taxativo duas vezes:" Não existe a menor
possibilidade de enviarmos tropas para invadir a Venezuela". Uma
dessas afirmações foi feita na Colômbia, quando representava o Brasil.
Outros militares de alta patente concordam com Mourão.
 
2- China. Arrogante, Trump quer que o Brasil apóie os EUA, na guerra
comercial entre as duas potencias.O Brasil é parceiro da China nos
BRICS, e excelentes as relações comerciais. Bolsonaro anunciou que irá
á China, ainda no primeiro semestre. Através de assessores, Trump fez
chegar a Bolsonaro: "Gostariamos que essa viagem fosse cancelada".  
Bolsonaro ficou estarrecido, mas viu confirmado o tratamento de
"parceiro subalterno", que Trunp usa em relação ao Brasil.
 
3- Concessão total para os agirem em Alcântara, no Maranhão. 
Verdadeira invasão, até mesmo com tropas, que ficariam numa
espécie de "base americana", como eles têm em vários países. No caso,
porta para o domínio em toda a America do Sul. Aí, Bolsonaro teria que
ouvir o protesto do Exercito inteiro. Que já se manifestou sempre,
pois a própria Amazônia ficaria ameaçada.
 
PS- Felizmente, Trump e Bolsonaro conversarão não muito demoradamente.
Pouco tempo para atender ás exigências de Trump. Seu ÍDOLO.
 
PS2- Bolsonaro volta ao Brasil ainda hoje, preocupado com as reações ás
concessões. Mas a divulgação publica, levará algum tempo.
 
A MÚMIA, O GENÉRICO E OS CÍNICOS. TRISTE FIM DA ABI

PS – Sem a menor perspectiva de voltar a ser a entidade que se 
notabilizou por sua luta pela democracia e a liberdade de imprensa, 
A Associação Brasileira de Imprensa – ABI, vai realizar eleição para 
escolha de um terço do seu conselho e da diretoria e seu presidente.

PS2 – Notícias que chegam são desastrosas. A atual diretoria 
se esfacelou, dois diretores que nunca contestaram os desmandos 
do atual presidente, o “apresentador de TV genérico”, Domingos Meireles, 
prometem montar uma chapa para e derrubar o pior dirigente 
de toda sua história associativa. São aventureiros, e representam 
tudo aquilo que nunca deu certo. 
Ou seja: são refugos da atual diretoria.

PS3 – Contas desconexas, dívidas incalculáveis, dezenas de ações 
judiciais, inclusive com ação do Ministério Público do Trabalho - MPT, 
a sede, que é um descaso arquitetônico, tamanho o abandono em que 
se encontra.
 Empregados desestimulados, e a total ausência do seu presidente 
a frente da administração, forma o quadro melancólico e com sinais 
de fadiga, e o fim da linha para a ABI.

PS4 – Uma nova chapa está se formando, composta de quase uma 
centena de abnegados que acreditam poder mudar o rumo dos 
acontecimentos. Prometem uma administração enxuta, esmerada unida 
com seus trabalhadores, que torcem pela ressurreição da instituição. 
Este decano conselheiro, torce que dê certo. Onde há vontade e astúcia 
é possível obter êxito.

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