Titular: Helio Fernandes

domingo, 14 de outubro de 2018



ERROS HISTÓRICOS DA OAB, ABI 
E AGORA A FENAJ 

HELIO FERNANDES

Não conheci e não conheço essa Fenaj. Nos momentos em que fui prisioneiro da ditadura, em que durante 15 anos, desterrado, encarcerado, torturado, ameaçado de morte, e privado de acompanhar o crescimento dos meus filhos e filhas, e ainda que mesmo já no dito regime da abertura política e a volta do estado de direito, sofremos um violento atentado a bomba que arrasou com a vida material da Tribuna da Imprensa, por que essa entidade sindical nunca se postou a nosso favor. 

PS- Por que agora no meio do fogo cruzado, de um embate extremado, áspero e discricionário de ambos os lados, neste segundo turno para eleger o futuro presidente do país, essa entidade sindical assume um papel partidarizado, levando consigo seus associados a uma jornada sem volta.

PS2 - Em 1964 num erro dessa monta, cometeram a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), ambas se posicionando a favor do Golpe Militar. E mesmo que a frente viessem fazer a auto-critica, a mancha sanguinária jamais se dissipou.

PS4- Mesmo que sub-repticiamente a Fenaj emoldurou seu manifesto, está gravado apoio a candidatura do Partido dos Trabalhadores (PT), e com isso obviamente, diminuiu a credibilidade dos seus apontamentos, mesmo aqueles fatos dúbios em que a fake news tenha atirado na lama das redes coais.

PS5- Pautando aqui um trecho do Manifesto: (...) “Portanto, além de um dever cívico, é também uma obrigação ética dos jornalistas posicionarem-se contra um candidato a presidente da República que faz apologia da violência, não reconhece a história do país, elogia torturadores, derrama ódio sobre negros, mulheres, LGBTIs, índios e pobres e ainda promete combater o ativismo da sociedade civil organizada. Esse candidato é Jair Bolsonaro, do PSL".

PS6- Demonstra a Fenaj seu partido e preferência eleitoral, que no meu entender é vedado as instituições federativas.

PS7- No mesmo manifesto, a Fenaj confessa: (...) “Do outro lado, temos a candidatura de Fernando Haddad. Sem cair na tentação de avaliar os governos do PT, podemos afirmar seguramente que o partido respeitou – e respeita – as instituições democráticas; apresenta-se para o debate público e submete-se à vontade soberana do povo, expressa nas urnas. Haddad não é, portanto, um extremista autoritário que apenas está no polo oposto, como querem fazer crer seus adversários políticos".


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