Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 31 de julho de 2018


CURITIBA, SUPREMO E TSE NO CAMINHO DE LULA. FESTANÇA PAULISTA COM CANDIDATURAS NADA RECOMENDÁVEIS. CENTRÃO PRATICAMENTE COLOCA ALCKMIN NO SEGUNDO TURNO. O PT PERDE QUANDO ATACA BOLSONARO. SERIA COMPADRIO A FAVOR DE OUTRA CANDIDATURA? ELE CHEGARÁ EM TERCEIRO. MARINA EMBERNOU QUATRO ANOS.

ROBERTO MONTEIRO PINHO

O quadro pré-eleitoral já sinaliza a concentração de dois grupos antagônicos, que possivelmente vão emplacar os seus candidatos a presidência, ambos com chances de chegar num provável segundo turno.

Outra questão no tabuleiro da prisão em Curitiba se prende a análise dos marqueteiros que utilizam como ferramenta a visibilidade do PT com os constantes incidentes envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Do outro lado, após alguns ensaios que chegaram envolver o global Luciano Hulk e o prefeito de São Paulo João Dória, até desaguar no ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin e por fim a vitoriosa articulação com o Centrão.

Sem dúvida o pré-candidato Geraldo Alckmin deu um passo gigante para concretizar o apoio dos partidos do Centrão, inicialmente com cindo agremiações, e neste momento que escrevo, atingindo um total de 13 partidos, o que significa um número de 4,6 mil prefeituras, do total de 5.570 prefeituras e o Distrito Federal.

O fato é que embora sejam a maioria pequenas legendas, elas reúnem algumas figuras regionais d e expressão e com isso, superada Ficha Limpa, evidente, esses serão os vetores da candidatura em suas regiões. Mas o mais importante é a televisão. O problema e saber usar esse tempo com competência.
A ampla aliança garante ao tucano o maior tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV. O grupo aposta que ante mesmo vai elevar seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto. Nesse ponto o candidato já entrou no foco da mídia. Começará ganhar importante percentual nas pesquisas, desde que nos debates que serão realizados nas redes de televisão, nada ocorra que possa desmanchar o espaço já alcançado.
Agira, neste momento ninguém ganhou nada. Existe uma maioria silenciosa, e nesta multidão, estão 80 milhões de eleitores, ou seja: 40% do eleitorado. Seriam eles motivados a votar? Em que momento isso poderá sinalizar no curso da campanha?
Já vi eleições serem decididas em cima da hora, com o segundo colocado com diferença de mais de 10% para o primeiro. E fechar o pleito com percentual mínimo de votos, na frente e assim vencer o pleito. Seria essa a eleição que se avizinha?
Mas Alckmin festeja 10 minutos de propaganda política. Um discurso enxuto, focado nos pontos principais que interessa a comunidade, faria ele vencedor? Ou mesmo assim, teríamos uma eleição de grupos, de um Brasil dividido entre oposição e situação. Mesmo que para isso o eleitor desconsidere os que roubaram escandalosamente o seu bolso.
O tempo da TV é o nicho dos presidenciais e dos demais concorrentes. Não é à toa, que esses partidos, ou parte deles, foram disputados também por outros pré-candidatos, como Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Do lado de fora desse formato pré-eleitoral, mas no tabuleiro de xadrez, está à candidata Maria Silva da Rede sentada em 22 milhões de votos para presidente conquistados em 2016. Ela navega com o discurso de combate a corrupção, mas não fala em punir os personagens. Em Porto Alegre, há pouco, disfarçou “criticou o Centrão”, porém terá que ser agressiva, contundente e menos teórica, e isso é um problema para a candidata.
No meio do caminho, em meio às convenções partidárias. Ainda assim existe uma expectativa quanto à edição deste ano, a 11ª edição do Prêmio Congresso em Foco. O que parece querem os organizadores esperar dos votantes nomes que estaria dentro de um contexto de “honestidade”. Mas que absurdo, se a cada momento um “santinho” do parlamento e do executivo é preso por envolvimento em falcatruas?
A esquerda ruidosa do PT e os da linha oposição vai investir com tudo nas redes sociais. A CUT financia, o PT tem dinheiro e os que roubaram vão ter que investir, é o dízimo pro terem carta branca nos governo de Lula e Dilma, para roubar. Servidores públicos, vão fazer “gazeta” e se dedicar ao teclado dos smartfones.
À direita já conhecemos bem, não posa de “boazinha”. A esquerda tupiniquim e dos boquinhas mais ainda. De um lado Bolsonaro ataca o PT e o PT ataca Bolsonaro, e o candidato do Centrão agradece.
Enquanto o PT agoniza sem ter certeza da candidatura de Lula, Paulo Paim é o nome para substituí-lo. Isso se a lei permitir. Até lá muita poeira, lama e o clima indigesto da política suja, é o cardápio na mesa do eleitor.
Nesta eleição uma coisa é certa, por sua rejeição, candidatos não querem o presidente Michel Temer no palanque.

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