Titular: Helio Fernandes

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

PIS e COFINS, Empresários – ATENÇÃO.

FERNANDO CAMARA
26.08.15

A exemplo das artimanhas que diminuíram Bolsas Sociais sorrateiramente como o FIES e Seguro desemprego, é tramado nas madrugadas da Esplanada o aumento percentual das contribuições de PIS e COFINS.

Um corredor para Janot, uma decisão para Michel e para quem é empresário mais impostos

Senado sob holofotes

A sabatina do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta quarta-feira, e a votação prevista para o mesmo dia no plenário do Senado prometem ser os fatos mais importante da semana. A aposta é a recondução por larga margem de votos. Afinal, os senadores não querem que manifestantes substituam "fora Dilma" por "fora Renan", jogando a crise no colo deles.

A tendência pró-Janot está longe de representar uma unanimidade. Ele enfrentará um verdadeiro corredor polonês, graças ao senador Fernando Collor. Collor promete sentar-se na primeira fila da Comissão de Constituição e Justiça para constranger Janot. O senador foi denunciado junto com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Só Cunha e Collor? Cadê os outros?

Para Cunha ser considerado réu o STF tem que acolher a denúncia encaminhada pelo MP. Cunha acelera a construção de alianças políticas e midiáticas no sentido de intimidar a Corte a comprar uma briga com o Executivo. Quanto a Collor, se permanecer neste mundo, não há jeito de escapar do banco dos réus.

Mas só o Sobrenatural de Almeida pode esclarecer as motivações políticas que impediram o chefe do MP de encaminhar todos os denunciados de uma só vez, e restringir a denúncia a apenas dois, justamente às vésperas da sua sabatina no Senado. São mais de 40! Mistério sempre há de pintar por aí.

Cunha divide opiniões

O presidente da Câmara manteve o ar de irônico e aguerrido, costurando alianças... Com a Força Sindical, Evangélicos e até nas entrevistas. Resta saber quanto tempo manterá a fleuma. Renan passou por situação semelhante, submergiu. Em 2007, suportou 210 dias de desgaste e 14 capas de Veja. Largou a presidência da Casa apenas quando obteve a certeza de que manteria o mandato. Reorganizou forças e voltou por cima. Está semana estará à frente das negociações da chamada agenda Brasil ou plano Renan.

Cunha não é o problema

A estratégia de Eduardo Cunha é diferente daquela adotada por Renan. Se o deputado puder, irá para cima de seus adversários. Ele, porém, não é o problema que assola o governo. A principal equação de Dilma hoje é como sair da paralisia. 157 mil postos de trabalho encerrados em julho, aumento da inflação, diminuição dos investimentos e falta de confiança, o Brasil precisa de um Governo que resolva os seus problemas e recupere nossa confiabilidade.

Análises equivocadas

Jornalistas insistem em afirmar que ele, Cunha, determina a pauta da Câmara, e a chamam de “Pauta Bomba”... Não é! Cada item que é levado à pauta do Plenário é discutido e votado na reunião do Colégio de Líderes, cada um tem um voto (seja partido grande ou pequeno), e como o Governo se tornou minoria e os beneficiados (o povo) se tornaram maioria, a maioria do Líderes tem concordado em votar itens de interesse e de apelo popular, principalmente os que mobilizam.

E assim a popularidade do Governo desce a ladeira, enquanto o Congresso tenta angariar alguma simpatia popular.

Embora Cunha não esteja demissionário, ele ainda tem apoios na Casa para se segurar no cargo, os políticos já conversam sobre a lima de sucessão.
Na vacância da presidência da Câmara:

1. O primeiro vice-presidente, deputado Waldir Maranhão PP/MA, enfrenta dois inquéritos no STF onde é acusado de lavagem de dinheiro no ano de 2013.

2. Maranhão foi apontado pelo doleiro Alberto Youssef, condenado por lavagem de dinheiro e investigado por outros crimes na Lava-Jato, como um dos deputados que recebeu dinheiro por meio da empresa GFD, usada pelo doleiro para distribuir propina a políticos.


3. O segundo vice-presidente é o deputado Giacobo, do PR do Paraná, que não está enroscado na Lava Jato. Caso chegue ao topo, apenas poderá presidir nova votação para a escolha de um novo presidente.

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