Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 6 de agosto de 2018


ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Lula está praticamente fora das eleições

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar na próxima semana um pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula que sejam suspensos os efeitos da sua condenação, aplicados pelo TRF-4. Agora o Supremo pode antecipar uma posição sobre a candidatura de Lula, antes mesmo de o Tribunal Superior Eleitoral se pronunciar sobre a (in) elegibilidade. Com isso pode surgir vários cenários jurídicos, conforme análise de um jornalão.
Possibilidades...
Cenário nº 1 – O TSE nega o registro da candidatura de Lula até o dia 17 de setembro (20 dias antes da eleição). Nesse caso, Lula não concorre e o PT pode indicar outro candidato, com nome e foto na urna eletrônica; Cenário nº 2 – O TSE nega o registro e o STF não se pronuncia até o dia 17.9. Nessa hipótese, o PT manteria o nome de Lula como candidato ou indicaria outra pessoa para aparecer na urna; Cenário n° 3 – O TSE nega o registro e o STF nega o eventual recurso de Lula, entre 17.9 e o primeiro turno (7 de outubro). Nessa hipótese, se o PT tiver mantido o nome de Lula, ficará sem candidato na urna;  Cenário nº 4 – O TSE nega o registro e o Supremo indefere o recurso entre o primeiro e o segundo turnos. Nesse caso, os votos dados a Lula no primeiro turno seriam anulados. O terceiro colocado seria levado ao segundo turno E Cenário nº 5 – O TSE nega o registro e o Supremo indefere eventual recurso de Lula entre o segundo turno e a diplomação.
Registro cassado
A hipótese é pouco plausível – mas, se ocorrer, e se Lula tiver sido o mais votado, ele teria seu registro cassado antes da diplomação. Haveria necessidade de convocação de novas eleições.  Em uma reunião dos cardeais do PT os nomes de Fernando Haddad e Jaques Wagner foram mencionados.
Lula quer Haddad
No entanto, a preferência de Lula recai pára Haddad, sendo esse o plano B do partido para assumir a candidatura no caso da impugnação da candidatura do ex-presidente. A conversa surgiu nos bastidores da agência Reuters segundo uma fonte que acompanha de perto as negociações.
É de todo provável impugnação da candidatura de Lula que, condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, deve ser enquadrado na lei da Ficha Limpa.
Negócios da esquerda...
O PCdoB ”roeu a corda” com o PT e escolheu o sindicalista Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), para vice de  Manuela D'Ávila na disputa pela Presidência da República. A informação foi publicada no jornal Estado de S. Paulo.

Fechamento...

Com chapa definida, dirigentes do PCdoB mantêm aberta a possibilidade de fechar acordo com o PT, se Manuela for escolhida como a vice imediata de Lula. Mas ISS “é remoto”, informou um cardeal do partido à coluna. A jovem política tem 1% nas pesquisas. O prazo para ajustar as negociações entre o PT e o PCdoB vai até as 19h do dia 15 de agosto para registrar na Justiça Eleitoral os nomes escolhidos.

Redes sociais vão comandar as eleições

A exemplo do que vem ocorrendo nas eleições da Europa e EUA as redes sociais, estão pontuando as eleições no Brasil. Dados não divulgados, estimam que 40% dos eleitores estão garimpando nomes, para fechar chapa para 7 de outubro.
Com a possibilidade de segmentar o público-alvo e direcionar mensagens de forma rápida, barata e pouco fiscalizada, as redes sociais atraíram o interesse dos operadores políticos
Objetivos políticos
Nos EUA, segundo Oxford, 85% da população adulta usa a internet regularmente e 80% dessas pessoas estão no facebook. Na maior parte do tempo, as redes sociais não são utilizadas para fins políticos, mas sim para interação com amigos e familiares e compartilhamento de cultura popular e vídeos bem-humorados.

O problema é que, com a possibilidade de segmentar o público-alvo e direcionar mensagens de forma rápida, barata e pouco fiscalizada, essas plataformas atraíram o interesse dos operadores políticos.

Fiscalização

Para os analistas á evidências crescentes de que as redes sociais estão sendo utilizadas para manipular e enganar os eleitores. “Precisamos desenvolver leis mais severas para o uso de mídias sociais, big data e novas tecnologias da informação durante as eleições. Proteger nossas democracias agora significa estabelecer regras de flair play antes das votações, e não depois” – sintetizou a análise.

Eleições estão sendo manipuladas pelas redes sociais

Alguns casos de manipulação nas redes sociais são mais notórios, como o pleito norte-americano de 2016, que elegeu Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Entre 2010 e 2018, as eleições de pelo menos 48 países foram afetadas por campanhas que influenciaram os cidadãos em polêmicas políticas e manipularam o debate público nas redes sociais. É o que mostra o relatório divulgado no último dia 20 pelo Instituto de Internet da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Segundo o estudo,  países de todos os continentes sofreram com as chamadas “tropas cibernéticas” (ou cybertroops), no termo em inglês) nas  redes sociais.

Eleição de Trump

Alguns casos são mais notórios, como o pleito norte-americano de 2016, que elegeu Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, e o referendo do Brexit no Reino Unido, também ocorrido naquele ano. Os pesquisadores também mapearam a manipulação de acordo com as organizações responsáveis por praticá-la. No caso do Brasil, as empresas privadas (três ou mais) e políticos e partidos (dois) foram os maiores influenciadores do debate público nas redes sociais durante as eleições de 2010, período analisado pela universidade.

As agências do governo, organizações civis e os próprios cidadãos também foram considerados responsáveis diretos pela manipulação das discussões ocorridas na internet. Nas Filipinas em 2016 e nos EUA em 2008, houve influência de todos esses atores definidos pela pesquisa - os únicos dos 48 países analisados em que isso aconteceu.

Ódio a serviço da manipulação

Uma das técnicas de manipulação identificadas é o uso de “trolls” para atingir pessoas, comunidades ou organizações específicas com discursos de ódio nas redes sociais De acordo com o relatório, as tropas cibernéticas utilizam uma variedade de técnicas para espalhar suas mensagens e conduzir o debate na internet. Uma dessas estratégias é o uso massivo de “comentaristas” que se engajam ativamente em conversas e discussões com usuários verdadeiros.
Blogs e sites de notícias
Estes comentaristas atuam em diversas plataformas diferentes, incluindo blogs, sites de notícias e, claro, redes sociais. Segundo a universidade britânica, há evidências de que os governos e partidos políticos usam essa ferramenta para manipular o debate na internet de três maneiras: espalhar propagandas favoráveis a seus pares; atacar e difamar a oposição; desviar o foco das discussões para assuntos menos relevantes.

No Brasil

Um número crescente de partidos políticos está contratando empresas de relações públicas e análise de dados para espalhar desinformação, lançar bots e iniciar campanhas de trolling . A prática, de acordo com os pesquisadores, é cada vez mais comum tanto nas democracias mais consolidadas quanto nas emergentes.

Em termos de tamanho, as tropas cibernéticas variam. Em alguns casos, as equipes são muito pequenas e empregam apenas algumas pessoas para propagar mensagens nas redes sociais por um curto período de tempo - durante as campanhas eleitorais, por exemplo. Outras são empresas maiores, que mantêm centenas ou até milhares de “funcionários” dedicados a manipular informações.

O Brasil, segundo o estudo, faz parte do grupo de países que tem tropas cibernéticas de capacidade média. Estas possuem forma e estratégias muito mais consistentes, que envolvem pessoas em tempo integral e durante o ano todo, e utilizam uma variedade maior de técnicas de manipulação. Cuba, Equador, Malásia, México, Irã, Coreia do Norte, Filipinas, Arábia Saudita, Sérvia, Síria, Turquia, Ucrânia, Reino Unido, Venezuela e Vietnã completam a lista.

De acordo com a universidade, o Brasil mantém uma tropa cibernética permanente de cerca de 60 pessoas. Quanto aos investimentos, foram verificados contratos múltiplos de R$ 24 mil, R$ 130 mil e até R$ 10 milhões.

O lucro da Petrobras...

O lucro da Petrobras fechou em R$ 10,07 bilhões no segundo trimestre de 2018. Além de ser o melhor resultado obtido desde 2011, a nova marca representa um crescimento de 45% frente ao primeiro trimestre do ano, quando o lucro da estatal foi de R$ 6,96 bilhões. De acordo com a empresa, atualmente presidida por Ivan Monteiro, o lucro da Petrobras “foi influenciado principalmente pelo aumento das cotações internacionais do petróleo, associado à depreciação do real em relação ao dólar”.

Além desses fatores, o endividamento líquido da estatal obteve queda de 13% quando comparado com o cenário de 2017, indo para US$ 73,66 bilhões, o menor desde 2012. Os principais fatores que contribuíram para a redução da  dívida da Petrobras (líquida) foram a geração operacional e a entrada de caixa de US$ 5 bilhões com os desinvestimentos no semestre. Com isso, o novo valor devido passou a corresponder a 3,23 vezes o lucro de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitida ajustado). No fim de 2017, a proporção era de 3,67. Vale destacar que a meta da estatal é reduzir para 2,5.

Em relação ao desempenho, a companhia sustenta que a tendência positiva já vinha sendo registrada em trimestres anteriores, com um lucro operacional 18% superior ao do primeiro semestre de 2017, totalizando R$ 34,5 bilhões. Fatores como menores despesas gerais e administrativas e menores gastos com ociosidade de equipamentos contribuíram para o resultado.

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